Número de mortes chega a 130 do lado palestino e quatro em Israel

Dois soldados israelenses morreram nesta terça-feira (20) nas proximidades da Faixa de Gaza por causa de um foguete disparado por milícias palestinas. Com isso, subiu para cinco o número de israelenses mortos desde que começou a ofensiva Pilar Defensivo há sete dias. As outras três vítimas são civis.
Um dos soldados, de 18 anos, foi identificado como Yosef Fartuk, informou o Exército em comunicado, no qual detalha que era natural de Emanuel, assentamento judaico dentro de território palestino, no norte da Cisjordânia. Não há informações sobre o segundo oficial.
O soldado, que cumpria o serviço militar obrigatório, estava descansando em um kibutz fronteiriço quando milícias palestinas atacaram com dezenas de bombas e foguetes a região ao norte da estreita Faixa de Gaza.
Um dos projéteis caiu perto de Fartuk, que ficou gravemente ferido e morreu pouco depois. Na quinta-feira passada outros três israelenses, neste caso civis, morreram na cidade de Kiryat Malachi como consequência de um foguete que impactou seu edifício.
Mortes do lado palestino chegam a 130
A algumas horas para que entre um cessar-fogo na região, o número de mortes chegou a 130 no lado palestino.
Entre as novas vítimas estão dois cinegrafistas da rede de TV Al Aqsa, emissora via satélite do movimento islamita Hamas. Ambos morreram nesta terça-feira em bombardeios aéreos israelenses contra dois carros na Cidade de Gaza, nos quais um outro palestino também morreu.
A rede informou da morte de dois de seus operadores de câmera, Mohammed al Kumi e Hussam Salama, por um míssil lançado por um avião não tripulado israelense contra o carro no qual circulavam pela rua Al Shifa, no campo de refugiados de Shati.
Os dois estavam em um veículo preto marcado com as letras TV em rosa e que acabou em chamas pelo ataque.
Os corpos dos dois cinegrafistas foram levados completamente carbonizados ao hospital Al Shifa da cidade.
Consultado pela Agencia Efe, o escritório do porta-voz do Exército israelense se limitou a assinalar que houve durante o dia "vários ataques no norte de Gaza".
Desde quarta-feira passada, o Exército israelense bombardeou vários prédios que abrigavam sedes de meios de comunicação e feriram seis jornalistas.
Nesta segunda-feira o Exército atacou um edifício que abrigava jornalistas por considerar que destacados dirigentes do braço armado da Jihad Islâmica, responsáveis pelo lançamento de foguetes contra Israel, estavam em seu interior.
| Jack Guez/AFPJudeus cantam para soldados israelenses que aguardam sinal verde para ofensiva terrestre na fronteira com a Faixa de Gaza |
ONU pede mais tempo para negociação
O secretário-geral da ONU considerou nesta terça-feira que uma "nova escalada" no conflito entre Israel e o movimento palestino do Hamas seria "um desastre para a região", no momento em que uma trégua parece se desenhar no sétimo dia de ofensiva israelense contra Gaza.
"Uma nova escalada seria perigosa e desastrosa para toda a região", declarou Ban Ki-moon, durante uma coletiva imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ban Ki-moon chegou a Israel para conversações com os líderes israelenses, a fim de obter um cessar-fogo.
Israel, que realiza desde a última quarta-feira ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, decidiu adiar a sua ofensiva terrestre no território palestino para dar oportunidades aos esforços diplomáticos, de acordo com um alto funcionário israelense.
R7/montedo.com