Atualização 17h
Ex-militar invade quartel do Exército e é baleado, no interior do Paraná
Ex-militar invade quartel do Exército e é baleado, no interior do Paraná
Invasão foi na noite de domingo (19), na 15ª Companhia, em Palmas.
Rapaz, de 19 anos, está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva.
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Primeira invasão ocorreu na garagem da 15ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, em Palmas, no domingo (19) (Foto: Michelli Arenza/RPC TV) |
Silvia Cordeiro
Do G1 PR
Dois jovens invadiram o quartel da 15ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada, em Palmas, na região sul do Paraná, na noite de domingo (19). De acordo com o comandante Bertony Matias Soares, durante a invasão, um dos rapazes foi atingido por um tiro depois de ter desobedecido às ordens dos militares em serviço. O jovem baleado havia deixado o quartel no dia 10 de janeiro, após cumprir as obrigações. O rapaz foi levado em estado grave a um hospital de Palmas. O outro fugiu do local e ainda não foi identificado, segundo o comandante.
Soares conta que, na manhã do mesmo dia, a garagem do quartel também foi invadida. O ladrão quebrou a janela e furtou algumas ferramentas. No entanto, os objetos foram encontrados em um matagal, ainda no terreno do quartel. Segundo o comandante, nenhum objeto de uso exclusivo do Exército foi roubado. Por causa dessa situação, a segurança na 15ª companhia foi reforçada durante todo o dia.
Por volta das 22h, o quartel sofreu a segunda invasão. “Assim que os militares viram os dois indivíduos, deram uma advertência, mas eles investiram contra o nosso pessoal de forma agressiva. Depois disso, a equipe de serviço iniciou o procedimento padrão com três tiros de fuzil para o alto. Os rapazes continuaram na investida e um deles acabou sendo atingido por um tiro”, relata o comandante.
Segundo informações do Hospital Santa Pelizari, o estado de saúde do jovem continua grave e ele permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta. “Estamos acompanhando o estado de saúde do rapaz. Já falamos com o médico e estamos em contato com o advogado da família para prestar apoio necessário”, explica.
De acordo com o comandante, um inquérito foi aberto para investigar se existe alguma relação entre as duas invasões e, também, para verificar as impressões digitais e descobrir quem são os demais envolvidos. “O certo é que todos cometeram um crime militar. Até mesmo o ex-soldado, que já cumpriu com as suas obrigações por dez meses e voltou a ser considerado um civil”, esclarece. Segundo Soares, assim que o rapaz se recuperar, ele pode responder pelo crime de invasão de área militar, que prevê pena de seis meses a três anos de prisão.
Assista a reportagem do PR TV
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G1/montedo.com