EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA
Incidente foi manchete no principal jornal do Paraguai (reprodução: montedo.com) |
O governo brasileiro negou neste sábado (1º) que militares brasileiros tenham invadido o espaço paraguaio durante atividades da operação Ágata, que tem como objetivo reprimir delitos na fronteira entre os dois países.
O Paraguai fez um protesto formal contra o Brasil alegando invasão de soberania do país, por afirmar que as ações ocorreram em águas paraguaias. Nesta sexta-feira (31), o embaixador brasileiro em Assunção foi convocado para ouvir as queixas do governo do país vizinho.
O Ministério da Defesa informou neste sábado que todas as ações referentes à operação foram realizadas do lado brasileiro e que não houve incursão do lado paraguaio.
A reclamação dos vizinhos se refere a dois episódios. Na noite da última terça (28), segundo o governo brasileiro, três barcos de contrabandistas foram apreendidos do lado brasileiro. No momento em que as embarcações eram rebocadas, uma lancha do Exército foi atacada e houve troca de tiros. Os militares não foram feridos e saíram em busca dos atiradores, que não foram encontrados.
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O jornal paraguaio "ABC Color", ao tratar do mesmo episódio, disse que eram seis embarcações, que estavam a 100 metros da costa paraguaia, na altura da cidade de Salto del Guairá, que faz fronteira com os municípios brasileiros de Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR).
No dia seguinte, segundo o mesmo jornal, o confronto foi entre militares dos dois países. O Ministério da Defesa informou que o comando da operação Ágata desconhece esse incidente, e que nenhum militar brasileiro participou de qualquer atividade contra o Exército vizinho.
Ainda de acordo com o ministério, o embaixador do Brasil no Paraguai já informou ao governo vizinho que, mesmo assim, foi aberto um inquérito para apurar as ocorrências.
A Defesa divulgará na próxima segunda-feira (3) o balanço da operação Ágata, que terminou nesta sexta (31).
Folha/montedo.com