19 de outubro de 2017

Em vídeo, soldado do Exército recebe pisões e terra no rosto. MPF investiga


Resultado de imagem para 41º Batalhão de Infantaria Motorizado de Jataí
Incidente ocorreu no 41º BIMtz, em Jataí- GO (Imagem: EB)
RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
Em um vídeo que está sob investigação no Ministério Público Federal de Rio Verde (GO), um militar aparece pisando na cabeça, nas costas e jogando terra no rosto de um soldado no chão. A gravação teria sido feita no interior do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado de Jataí, a 327 km de Goiânia (GO).
Nas imagens obtidas pela Folha e feitas provavelmente com um telefone celular, um soldado no chão é coagido a continuar exercícios físicos. O vídeo acompanha uma denúncia anônima feita ao MPF, que instaurou um inquérito civil nesta quarta-feira (18) para apurar supostas práticas de assédio moral, racismo e "até mesmo tortura", segundo o MPF.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou no início da noite desta quinta-feira (19) em sua conta em rede social que "o ocorrido em Jataí é fato isolado e será apurado com rigor". "Não aceito a ocorrência de abusos e maus-tratos em nossos quartéis", escreveu o general.
Em nota à Folha na quarta-feira (18), o Comando do Exército em Brasília já havia informado que o comando do batalhão determinou a prisão, por 72 horas, dos militares acusados por soldados de terem cometido os maus-tratos na unidade militar.
Na representação que deu origem ao inquérito, consta que no ato da apresentação dos novos soldados ao batalhão todos foram instados a dizer se eram "petistas ou defensores dos direitos humanos". Os que assim se identificaram, segundo a denúncia sob investigação, "passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos", conforme texto divulgado pelo MPF de Goiás.
O procurador da República que apura o assunto, Jorge de Macedo, disse que a denúncia, feita de forma anônima, veio acompanhada de áudio e vídeo que conteriam indícios dos abusos contra pelo menos quatro soldados. Entre os militares sob investigação estão cabos e sargentos sob comando de um tenente.
A um soldado negro, um dos suspeitos teria dito que "você é preto, feio e não pode mudar isso".
Segundo o Comando do Exército, além das prisões foi determinada a "transferência interna dos militares que teriam recebido os maus-tratos, para evitar contato entre denunciados e denunciantes, a fim de garantir a correta elucidação do ocorrido". Também foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar).
"Cumpre ressaltar que a Força Terrestre tem, como um de seus valores, o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como empenha-se rigorosamente para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei", afirmou o Comando, em nota à reportagem.
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou no início da noite desta quinta-feira (19) em sua conta em rede social que "o ocorrido em Jataí é fato isolado e será apurado com rigor". "Não aceito a ocorrência de abusos e maus-tratos em nossos quartéis", escreveu o general.
Em nota à Folha na quarta-feira (18), o Comando do Exército em Brasília já havia informado que o comando do batalhão determinou a prisão, por 72 horas, dos militares acusados por soldados de terem cometido os maus-tratos na unidade militar.
Na representação que deu origem ao inquérito, consta que no ato da apresentação dos novos soldados ao batalhão todos foram instados a dizer se eram "petistas ou defensores dos direitos humanos". Os que assim se identificaram, segundo a denúncia sob investigação, "passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos", conforme texto divulgado pelo MPF de Goiás.
O procurador da República que apura o assunto, Jorge de Macedo, disse que a denúncia, feita de forma anônima, veio acompanhada de áudio e vídeo que conteriam indícios dos abusos contra pelo menos quatro soldados. Entre os militares sob investigação estão cabos e sargentos sob comando de um tenente.
A um soldado negro, um dos suspeitos teria dito que "você é preto, feio e não pode mudar isso".
Segundo o Comando do Exército, além das prisões foi determinada a "transferência interna dos militares que teriam recebido os maus-tratos, para evitar contato entre denunciados e denunciantes, a fim de garantir a correta elucidação do ocorrido". Também foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar).
"Cumpre ressaltar que a Força Terrestre tem, como um de seus valores, o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como empenha-se rigorosamente para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei", afirmou o Comando, em nota à reportagem.
Folha de São Paulo/montedo.com

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