Não foi entoado o HINO NACIONAL BRASILEIRO em um evento público, com autoridades representativas de segmentos diversos da sociedade, do judiciário e do executivo.
O fato foi registrado discretamente pela mídia na semana passada. Entretanto, peço que leiam este relato que recebi por e-mail:
"Vou relatar algo inacreditável ocorrido na data de
Torna-se fundamental a análise dos fatos por todos nós. É singular o momento que vivemos na administração pública.
Fui designado com outros dois policiais para realizarmos a segurança física da Ministra Maria do Rosário, Secretaria dos Direitos Humanos. Em que pese o fato da pessoa da ministra ser de uma gentileza e educação muito pouco comuns nas esferas do Governo Federal, vide o temperamento irascível da atual mandatária da nação.
Ao chegar com a dignitária em uma solenidade pública na sede da OAB/RJ, fomos ao plenário onde seria realizado o o ato inaugural da desapropriação da denominada "Casa da Morte" situado no município de Petrópolis, estado Rio de Janeiro.Essa residência segundo relatos de presos políticos, serviu de base de operações para agentes do DOI-CODI durante os anos 70.
Não entrarei no mérito se ocorreram torturas ou não no local citado.
Após as apresentações de praxe, foram compor a mesa de debates a citada ministra, o presidente da OAB-RJ Wadih Damous, o ex-frei Leonardo Boff, a ex-primeira dama Maria Thereza Goulart e o procurador geral do município de Petrópolis Marcus Vinicius de São Thiago.
Discursos inflamados com conotação ideológica não seriam surpreendentes, até pelo tema central do evento. Em seguida, foi anunciada a apresentação de um coral composto por adolescentes da cidade de Petrópolis.
O maestro inicia com um discurso de exaltação ao guerrilheiro argentino Che Guevara e emenda com canções de cunho ideológico. Primeiro uma música lembrando a America Latina, os países libertos do "jugo imperialista" bem ao gosto dos presentes.
A segunda música foi a interpretação de Cálice de autoria de Chico Buarque e Gilberto Gil. Aplausos. Ao término da segunda música, aconteceu o inacreditável. O maestro barbudo (quase um fundamentalista) pede a atenção de todos e brada em alto e bom som, com a sua voz grave, que a apresentação final seria especial. O momento mais esperado. E anuncia a INTERNACIONAL SOCIALISTA.
Surpreendido, fiquei em estado catatônico. Adolescentes da platéia e adultos levantam-se, erguem os punhos cerrados e bradam a plenos pulmões o ode à esquerda. Fiquei envergonhado.
Não foi entoado o HINO NACIONAL BRASILEIRO em um evento público, com autoridades representativas de segmentos diversos da sociedade, do judiciário e do executivo.
Por toda a sua história de luta em defesa das garantias constitucionais, a OAB não merecia ser palco de um evento direcionado para um setor sectário e que não me representa. Fico preocupado com os adolescentes envolvidos em uma atmosfera deturpada e com valores míopes. Finalizando o meu relato, o evento foi gravado por emissoras estatais e privadas. Se alguém possui dúvidas da veracidade dos fatos acima, solicitem o vídeo. É chocante!!"
Eis o vídeo, do site da Folha:
Eis o vídeo, do site da Folha:
Nota do editor
A Internacional é um famoso hino socialista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo. A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa.
A Internacional ganhou particular notoriedade entre 1922 e 1944, quando se tornou o hino da União Soviética. Desde então, foi traduzida em inúmeros idiomas.