AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O ativista social Paulo Fonteles Filho repassou à 23ª Brigada de Infantaria de Selva, responsável pela logística da expedição de busca de ossadas de guerrilheiros do Araguaia, uma série de áreas no sul do Pará que merecem uma análise detalhada de geólogos e legistas.
O mapa montado por Fonteles e por Sizostrys Alves da Costa, da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, contou com a colaboração dos principais mateiros do Exército na fase final dos combates com os comunistas.
A ideia de parceria com os ex-guias dos militares, homens pobres que sempre foram discriminados pelos chamados grupos de direitos humanos, já era defendida no final dos anos 1970 pelo pai de Paulo Fonteles Filho - Paulo Fonteles, o primeiro advogado da causa da guerrilha, assassinado por pistoleiros em 1987. "Eles se tornaram guias do Exército pela tortura e pela coação psicológica. Meu pai já dizia que eles eram vítimas da ditadura e isso se expressa na miséria em que se encontram e no abandono", diz Fonteles Filho.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.