Exército despeja 120 famílias de área do Incra em MS
JOÃO NAVES DE OLIVEIRA - Agencia Estado
Em uma operação bastante ostensiva, soldados do Exército garantiram ontem o despejo de 120 famílias de sem-terra que ocupavam uma área do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Ponta Porã (MS), a 330 quilômetros de Campo Grande. A tropa do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada chegou ao imóvel fortemente armada e com carros blindados, entre eles um tanque de guerra. O local com 400 hectares fica dentro do Assentamento Itamarati, e é destinado à criação do núcleo urbano do assentamento, mas o projeto está tramitando há anos na Prefeitura Municipal de Ponta Porã.
Entretanto, cinco soldados da Polícia Militar, integrantes do pelotão do posto policial do assentamento, dividiram a área e venderam lotes para os sem-terra. Segundo informações do Incra, os acusados, Wilson Alves Rech, Teófilo Cezário da Silva, Júnior Sobrinho do Amaral, Luiz Artur dos Santos e Aparecido Antunes de Souza, fundaram uma associação de moradores para facilitar a comercialização da gleba, atuando como dirigentes da entidade.
A denúncia está incluída em processo aberto pelo Ministério Público Federal, que investiga o caso. A juíza federal Adriana Delboni Taricco, que determinou o despejo, alegou a existência de forte disposição de resistência à ordem judicial e possível enfrentamento por parte dos ocupantes ilegais dos lotes. O despejo foi realizado sem qualquer incidente.
ESTADÃO.COM.BR
Nota do editor: perceba como a manchete original, do Estadão (em negrito, no topo da notícia) empresta (propositalmente?) uma conotação negativa a atuação dos militares. Parece-me o mesmo condicionamento ideológico que classifica a deposição de Zelaya como "golpe militar".
Entretanto, cinco soldados da Polícia Militar, integrantes do pelotão do posto policial do assentamento, dividiram a área e venderam lotes para os sem-terra. Segundo informações do Incra, os acusados, Wilson Alves Rech, Teófilo Cezário da Silva, Júnior Sobrinho do Amaral, Luiz Artur dos Santos e Aparecido Antunes de Souza, fundaram uma associação de moradores para facilitar a comercialização da gleba, atuando como dirigentes da entidade.
A denúncia está incluída em processo aberto pelo Ministério Público Federal, que investiga o caso. A juíza federal Adriana Delboni Taricco, que determinou o despejo, alegou a existência de forte disposição de resistência à ordem judicial e possível enfrentamento por parte dos ocupantes ilegais dos lotes. O despejo foi realizado sem qualquer incidente.
ESTADÃO.COM.BR
Nota do editor: perceba como a manchete original, do Estadão (em negrito, no topo da notícia) empresta (propositalmente?) uma conotação negativa a atuação dos militares. Parece-me o mesmo condicionamento ideológico que classifica a deposição de Zelaya como "golpe militar".