Sete anos após terremoto, Missão das Nações Unidas no Haiti homenageia militares falecidos
Ascom - MD
Porto Príncipe (Haiti) – O Force Commander da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), general Ajax Porto Pinheiro, reuniu na última quinta-feira (12), integrantes dos contingentes que compõem a missão para um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto ocorrido em 12 de janeiro de 2010. Na ocasião, o general lembrou os 18 militares brasileiros falecidos na catástrofe, além de três filipinos, três jordanianos e um uruguaio.
Hoje, o 25º Contingente do Batalhão Brasileiro (BRABAT) encontra-se no Haiti. São 850 militares, sendo 639 do Exército, 181 da Marinha e 30 da Força Aérea.
A participação do Brasil na MINUSTAH é uma ação conjunta das três Forças, coordenada pelo Ministério da Defesa. O treinamento dos militares para integrar o contingente começa com um ano de antecedência ao envio das tropas e é realizado pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), com sede no Rio de Janeiro.
O terremoto de 2010
Há sete anos, no dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto com magnitude 7.0 na escala Richter destruiu a capital do Haiti, Porto Príncipe, e deixou cerca 220 mil mortos, 300 mil feridos, incluindo milhares de pessoas que tiveram membros amputados, e 1,5 milhão de cidadãos desabrigados. Dentre os mortos, militares brasileiros e a presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
O desastre natural causou grandes danos à cidade e a outras localidades do país, com milhares de edifícios destruídos, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento e a sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).
Desastres naturais no país
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Haiti é o país com maior número de mortes - 229.699 - por catástrofes naturais. Após o terremoto em 2010, o país sofreu com a seca causada pelo fenômeno El Niño e em 4 de outubro de 2016, foi atingido pelo furacão Matthew.
O furacão Matthew atingiu a região sul do país com ventos de até 240 quilômetros por hora, destruindo casas, arrancando postes, árvores e antenas. Cerca de mil pessoas morreram e milhares ficaram desabrigados.
Após o furacão, os militares brasileiros atuaram em várias frentes, em apoio às atividades de assistência humanitária. O componente militar da MINUSTAH continua a assistência ao governo haitiano, para a permanência de um ambiente seguro e estável no país.
Ministério da Defesa/montedo.com