O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que somente em 2010 o governo deverá concluir a licitação para a compra dos 36 novos aviões de combate que irão substituir parte da atual frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo Jobim, que dissera que a empresa vencedora seria anunciada ainda este mês, o "tempo está escasso" para que isso aconteça.
- A Força Aérea ainda não me entregou o trabalho (a análise técnica das propostas apresentadas pelas três empresas concorrentes). Vai entregar talvez na semana que vem e eu creio que isso vai ficar para o início do ano que vem - disse Jobim.
O ministro reafirmou que a decisão final sobre o negócio será política e caberá ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje,três empresas disputam o contrato com o governo brasileiro: a francesa Dassault, fabricante do caça Rafale; a norte-americana Boeing, produtora do modelo F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o modelo Gripen NG. Tanto Jobim quanto Lula, no entanto, já demonstraram preferência pelos caças franceses.
A previsão inicial era de que a FAB concluísse a análise técnica das propostas e entregasse o resultado ao ministro até o fim de outubro. Cumprida essa etapa, o ministério iria repassar seu relatório ao presidente Lula para que ele então tomasse a decisão final.
As três concorrentes estão sendo avaliados em cinco áreas consideradas prioritárias pelo governo brasileiro: transferência de tecnologia; domínio brasileiro do sistema de armas oferecido; acordos de compensação e participação da indústria nacional, além de aspectos técnico-operacional e comercial. O domínio do sistema de armas irá garantir que o Brasil use, sem qualquer restrição, os armamentos próprios, já existentes ou a serem desenvolvidos.
Agência Brasil