A fuga marítima em embarcações pela Baía da Ilha Grande poderá ser o plano A, em detrimento da fuga pela Rodovia Rio-Santos, em caso de acidente na usina nuclear de Angra dos Reis. A nova alternativa de fuga foi admitida nesta quinta-feira pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armando Félix. Ele acompanhou o exercício geral do Plano de Emergência da Central Nuclear de Angra, que mobilizou mais de mil pessoas, cinco helicópteros das Forças Armadas e embarcações da Marinha.
Segundo o ministro, que é carioca, a situação da Rio-Santos ainda é crítica para evacuar a população em caso de acidente nuclear. Os problemas, segundo ele, vão continuar mesmo após a conclusão das obras de duplicação do trecho entre Santa $e Itacuruçá. Os municípios de Angra e Paraty defendem a duplicação da rodovia até Paraty.
- Conheço a rodovia como turista, mas hoje conheci como responsável pelo plano de segurança. As condições da estrada para o turismo são boas, mas, num caso de evacuação, temos que levar em conta que a Rio-Santos corta uma região de encostas frágeis, sujeitas a deslizamentos. O índice pluviométrico na região é semelhante ao da Amazônia. O teste foi importante e vamos estudar se a fuga marítima passe a ser o Plano A e a fuga rodoviária o Plano B. Não podemos correr riscos - disse o ministro.
O prefeito de Angra, Tuca Jordão, disse que a observação do ministro confirmou a preocupação dos prefeitos da Costa Verde:
- Nossa grande preocupação sempre foi a Rio-Santos, por isso lutamos pelas melhorias na estrada.