Na última quinta-feira (28), quatro integrantes do Ministério Público Militar entraram na Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, dentro do QG do Exército, cumprindo mandado de busca e apreensão. Os promotores de justiça levaram CPUs e farta documentação.
DFPC: devassa do MPM (imagem: EB) |
Dá cá, toma lá!
A ação teve origem em denúncia de pagamento de propina em esquemas milionários, que impunham a cobrança por liberações em processos de blindagem de veículos, baseado no antigo princípio de ‘criar dificuldades para vender facilidades’.
Um empresário do setor teria apresentado uma relação de depósitos bancários na mesmas datas dos envios dos processos, coincidindo com as liberações das blindagens.
Blindados, pero no mucho!
O site Diário do Poder informa que, em 2012, a 2ª Promotoria do Consumidor de São Paulo, com apoio da Associação Brasileira de Blindagem, apurou resultados negativos para disparos de calibre .40. em blindagens executadas pela empresa TecPro Tecnologia em Proteção.
O esquema funcionava assim: como a liberação da blindagem depende do aval da DFPC, as empresas pagavam comissão ao militar encarregado, que expedia a autorização, mesmo que a blindagem estivesse em desacordo com as condições técnicas exigidas.
Achaque
Recentemente, outro empresário, responsável pela implantação de uma plataforma eletrônica de controle na DFPC, denunciou ao MPM de SP o achaque sofrido por parte de um oficial da reserva, que agia como porta-voz de um grupo que pretendia abocanhar parte do valor milionário da licitação. (com informações do site Diário do Poder)