30 de junho de 2009

HONDURAS: EXÉRCITO FOI BENEVOLENTE COM ZELAYA, DIZ MICHELETTI

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, disse hoje que o Exército de seu país foi "benevolente" com o deposto Manuel Zelaya, ao permitir sua saída do país, porque ele deveria ter sido preso pelos "delitos cometidos" e insistiu que "não houve um golpe de Estado".
"Acredito que Exército foi benevolente ao permitir que o ex-presidente (Manuel Zelaya) saísse do país, quando na realidade deveria ter sido enviado às prisões nacionais pelos delitos cometidos em diferentes circunstâncias", disse Micheletti.
As declarações foram feitas em uma entrevista à "Rádio Caracol", da Colômbia, nas quais afirmou, além disso, que "só Deus sabe o que um cidadão com a conduta do senhor (Hugo) Chávez pode fazer", quem ameaçou derrubá-lo para restituir seu aliado Zelaya no poder.
Sobre o presidente venezuelano, acrescentou que não podia crer que o mundo aceitasse intromissões em "situações internas de Honduras" e pediu que "a autodeterminação dos povos seja respeitada".
Micheletti insistiu que quer comunicar "ao mundo que aqui, neste país, não houve um golpe de Estado", mas "uma sucessão constitucional" provocada pelas debilidades do deposto Zelaya.
Leia mais.

ARAGUAIA: GOVERNO NÃO QUE ACHAR CORPOS, DIZ SOLDADO

De Sérgio Torres:
Soldado que atuou na repressão à guerrilha do Araguaia, Raimundo Pereira de Melo, 55, indicou à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência, em 2004, os locais onde estariam enterrados dois guerrilheiros em Xambioá (TO). Segundo ele, de forma deliberada, as buscas ocorreram em áreas diferentes das que apontara.
Pereira de Melo disse ter ficado claro não haver interesse do governo em encontrar os restos mortais de Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) e Valquíria Afonso Costa. "Eu mostrei para o pessoal da Secretaria de Direitos Humanos e do Ministério da Justiça os pontos exatos das valas onde estavam os corpos dos guerrilheiros, uma ao lado da outra. As buscas aconteceram a 5 m dali. Eu mostrei isso a eles e não me deram atenção. Claramente não queriam achar nada", disse.
As escavações na antiga base militar de Xambioá ocorreram em março de 2004. Pereira de Melo e os colegas Josian José Soares e Antônio Adalberto Fonseca foram levados ali pela Secretaria de Direitos Humanos para mostrar as covas.
Acompanhado por especialistas, o então secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, não localizou os restos mortais dos guerrilheiros que nos anos 60 e 70 foram enviados ao Araguaia pelo PC do B. Cerca de 60 deles constam da lista oficial de desaparecidos.
Da lista constam Osvaldão e Valquíria. Pereira de Melo diz que ficou vigiando por 16 noites a cova de Osvaldão, em 1974. Ao lado dele estaria sepultada Valquíria. "Existe um lado [do governo] que não quer mostrar. Eu falei para o dr. Nilmário que estavam escavando no ponto errado. Ele só me disse: "Tá ótimo Raimundo, é ali mesmo". Vimos que era tudo uma palhaçada e fomos embora", disse. Leia mais.

FOLHA ON LINE

DE OLHO NA VENDA DE AVIÕES MILITARES, EMPRESA LEVA SENADORES À SUÉCIA

Os senadores tucanos Eduardo Azeredo (MG), Flexa Ribeiro (PA) e Sérgio Guerra (PE) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) flanam em Estocolmo, segundo eles “a convite do governo sueco”, para visitar a Saab, fabricante de aviões-caça, que o país tenta vender ao Brasil. A viagem surpreendeu até mesmos os diplomatas brasileiros na Suécia. As assessorias de Azeredo e Ribeiro confirmam que tudo foi pago pela Suécia.

cláudiohumberto.com.br

29 de junho de 2009

HAITI: NOVO CONTINGENTE COMEÇA A CHEGAR



O rodízio dos militares brasileiros que integram o batalhão de fuzileiros e a companhia de engenharia na Missão da ONU para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) começou na semana passada. A cada seis meses há a troca de contingente. Desde o dia 23, militares do 11º contingente do Batalhão de Infantaria da Força de Paz e do 9º contingente da Companhia de Engenharia, provenientes em sua maioria da região Sudeste, estão chegando em Porto Príncipe. O rodízio estará concluído em 10 de julho. O 11º contingente brasileiro na MINUSTAH terá 1.268 militares, sendo 1.018 do Batalhão Haiti (infantaria) e 250 da Companhia de Engenharia.

DEFESA

MILITARES HOMENAGEIAM VÍTIMAS DO A447 EM ALTO-MAR

Uma cerimônia em alto-mar homenageou, nesta segunda-feira (29), às vítimas do acidente com o avião que fazia o voo 447 da Air France.
Em um ato ecumênico, os militares que participaram da operação de resgate jogaram flores no mar, para lembrar as 228 pessoas que estavam a bordo do Airbus.
As buscas pelos passageiros e tripulantes foram encerradas na sexta-feira (26). Cinquenta e um corpos foram retirados do mar, além de 600 partes do avião.
A Marinha francesa continua fazendo buscas pela caixa-preta da aeronave. Entre esta segunda e terça-feira (30), o equipamento deve deixar de emitir sinais, segundo previsões do escritório de investigação e análise francês. Leia mais.
G1

HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DE HONDURAS

Ricardo Montedo

[Agitação popular+ação militar+presidente deposto]=GOLPE! Correto? Sem dúvida!
Até hoje, não duvidei um instante sequer que a combinação desses ingredientes significasse ruptura do estado de direito em qualquer canto do planeta.
Por isso, interpretei como uma quartelada (mais uma) latino-americana, a destituição do presidente hondurenho, Manuel Zelaya, apeado do cargo pelos militares.
Só que, nos últimos dias, a equação evoluiu e acabei acrescentando novos elementos à fórmula, que ficou assim:
[referendo inconstitucional-(oposição do Congresso+oposição do Ministério Público+oposição do Judiciário+oposição do partido do presidente) + (apoio de Chaves (o Hugo, não o Chapolin)+apoio de Cuba+ALBA)+ação militar]=CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO.
Parece incrível, mas é a mais pura verdade. Zelaya foi deposto por que tentou impingir ao povo hondurenho um referendo declarado ilegal pela justiça do país, que permitiria sua reeleição “ad eternun”, nos moldes do que seu guru, Hugo Chaves, fez na Venezuela.
A ação militar foi realizada para cumprir a constituição vigente (que o presidente queria rasgar), rigorosamente dentro dos princípios da Carta Magna daquele país e com o apoio do Legislativo e do Judiciário. Balela? Então, vejamos:
- Afastado Zelaya, foi empossado o presidente do congresso hondurenho, como manda a lei.
- As eleições de novembro continuam marcadas, como manda a lei.
- Em janeiro, deve assumir o novo presidente a ser eleito, como manda a lei.
Eis aí. Foi abortada uma tentativa de usar o estado de direito para implantar uma ditadura, mascarada de democracia, no melhor estilo chavista.
Só que, ao contrário do tiranete de Caracas, o aprendiz de feiticeiro não adotou algumas medidas prévias, como amordaçar a imprensa, obter controle total das centrais sindicais e emparedar o congresso (além da oposição, dezenas de parlamentares de seu partido apoiaram a intervenção militar).
Duvida? Confira o que disse à Folha de São Paulo a deputada Myrna Castro, do Partido Liberal (de Zalaya), que apoiou a destituição do correligionário, acompanhada de 62 dos 128 deputados do partido governista:
FOLHA - Por que a senhora retirou seu apoio a Zelaya?
CASTRO - Eu deixei de apoiá-lo no momento em que ele começou a atuar à margem da lei. Eu sou advogada. Eu respeito a Constituição. Ele praticou uma quantidade enorme de delitos, o Congresso tem um relatório demonstrando isso.
FOLHA - A senhora votou pela entrada na Alba?
CASTRO - Sim, e me arrependo. Estou a favor dos programas sociais, o problema é que se fez uma campanha de luta de classes entre ricos e pobres, com ataques constantes ao setor privado.
A claque “bolivariana” reagiu ensandecida à deposição de Zalaya, pautando, como sempre, a grande mídia, que, sem a menor análise das circunstâncias peculiares dos acontecimentos em Honduras, de imediato classificou a deposição como golpe.
Mais uma vez atropelada pelos fatos, a dobradinha Lula-Amorim procura restituir ao Brasil a função de protagonismo na América Latina, assumida sem cerimônia por Chaves, e exige a volta do presidente deposto.
Avançamos. Desta vez, ao menos, nosso Guia poupou-nos de suas metáforas futebolísticas, como aquela que comparou a “uma briga entre vascaínos e flamenguistas” a violenta repressão de Amhadinejad à oposição no Irã.

28 de junho de 2009

A CARA DE PAU DO ZÉ DIRCEU

Ricardo Montedo
Zé Dirceu tem um blog. Você não sabia? Nem eu. Pois é, mas o homem tem um espaço virtual sem leitores, apenas testemunhas. Então, o jeito é postar em blogs de maior alcance que possam dar guarida a sua retórica de bom moço incompreendido e injustiçado pelas elites.
O luminar do pensamento esquerdófilo vem de publicar no blog do Noblat um artigo intitulado “Desaparecidos: o direito à verdade e à justiça”, no qual insta as Forças Armadas, o Governo e o Estado brasileiros a reconhecerem todos os crimes praticados durante a ditadura, particularmente os casos de tortura, assassinatos e desaparecimento de corpos de militantes executados, exortando o Governo Lula a publicar “toda a verdade, sem medo, fazendo justiça à memória dos que deram a vida pela liberdade e pela democracia.”
Como Reinaldo Azevedo, “eu quero é que arreganhem os arquivos do Araguaia”. Apure-se tudo. Publique-se tudo. Mas, Zé, poupe-nos desse papo furado de chamar os guerrilheiros maoístas de mártires da liberdade e da democracia. Eles eram do PC do B, lembra? Muitos deles treinados na China de Mao, um dos maiores assassinos da história (disputando cabeça-a-cabeça o prêmio com Hitler e “Papá” Stalin).
Atribuir aos guerrilheiros mortos uma condição que eles nunca reivindicaram [a de democratas e paladinos da liberdade] é desonestidade intelectual das mais grosseiras. A guerrilha sempre deixou claro que seu objetivo era implantar uma ditadura de esquerda, em substituição ao regime militar.
No Araguaia não houve luta do bem contra o mal, como prega Dirceu. Houve, sim, uma disputa entre dois modelos opostos de totalitarismo. Os comunistas perderam. E caiu o pano.
Se muitos foram executados (e foram), por servidores militares do Estado, depois de rendidos e sem esboçar defesa, então é assassinato e o Estado é responsável, sim!
São, portanto, justas as reivindicações das famílias que pleiteiam indenizações. É uma reparação do Estado aos familiares de pessoas que, estando sob sua guarda, foram executadas por agentes seus.
Vá lá, talvez elas não rendam os milhões que receberam Cony (o Carlos Heitor), Ziraldo e Jaguar, afinal, o que são uma decapitação, um fuzilamento sumário, comparados a um emprego perdido ou um jornal fechado, não é mesmo?
De toda forma, serão bem superiores às ínfimas pensões pagas (quando o são) as viúvas e filhos das inocentes vítimas do terror, explodidas ou metralhadas nas ruas pelos “heróicos defensores” da liberdade e da democracia.

BOLSA DITADURA JÁ CUSTOU 2,5 BILHÕES

‘Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?’(Millôr Fernandes)
Élio Gaspari
“Se alguém quisesse produzir um veneno capaz de desmoralizar a esquerda sexagenária brasileira dificilmente chegaria a algo parecido com o Bolsa Ditadura.
Aquilo que em 2002 foi uma iniciativa destinada a reparar danos impostos durante 21 anos a cidadãos brasileiros transformou- se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens.
O Bolsa Ditadura já custou R$ 2,5 bilhões à contabilidade da Viúva. Estima-se que essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem.
Em 1952, o governo alemão pagou o equivalente a R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões) ao Estado de Israel pelos crimes cometidos contra os judeus durante o nazismo.
O Bolsa Ditadura gerou uma indústria voraz de atravessadores e advogados que embolsam até 30% do que conseguem para seus clientes.
No braço financeiro do pensionato há bancos comprando créditos de anistiados. O repórter Felipe Recondo revelou que Elmo Sampaio, dono da Elmo Consultoria, morderá 10% da indenização que será paga a camponeses sexagenários, arruinados, presos e torturados pela tropa do Exército durante a repressão à Guerrilha do Araguaia.
Como diria Lula, são 44 "pessoas comuns" que receberão pensões de R$ 930 mensais e compensações de até R$ 142 mil.
Essa turma do andar de baixo conseguiu o benefício muitos anos depois da concessão de indenizações e pensões aos militantes do PC do B envolvidos com a guerrilha.
O doutor Elmo remunera-se intermediando candidatos e advogados. Seu plantel de requerentes passa de 200.
Ele integrou a Comissão da Anistia e dela obteve uma pensão de R$ 8.000 mensais, mais uma indenização superior a R$ 1 milhão, por conta de um emprego perdido na Petrobras.
No primeiro grupo de milionários das reparações esteve outro petroleiro, que em 2004 chefiava o gabinete do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh na Câmara. O Bolsa Ditadura já habilitou mais de 160 milionários.
É possível que o ataque ao erário brasileiro venha a custar mais caro que todos os programas de reparações de todos os povos europeus vitimados pelo comunismo em ditaduras que duraram quase meio século.
Na Alemanha, por exemplo, um projeto de 2007 dava algo como R$ 700 mensais a quem passou mais de seis meses na cadeia e tinha renda baixa (repetindo, renda baixa). Na República Tcheca, o benefício dos ex-presos não pode passar de R$ 350 mensais.
No Chile, o governo pagou indenizações de 3 milhões de pesos (R$ 11 mil) e concedeu pensões equivalentes a R$ 500 mensais. Durante 13 anos, entre 1994 e 2007, esse programa custou US$ 1,4 bilhão.
No Brasil, em oito anos, o Bolsa Ditadura custará o dobro. O regime de Pinochet matou 2.279 pessoas e violou os direitos humanos de 35 mil.
Somando-se os brasileiros cassados, demitidos do serviço público, indiciados ou denunciados à Justiça chega-se a um total de 20 mil pessoas. Já foram concedidas 12 mil Bolsas Ditadura e há uma fila de 7.000 requerentes.
Os camponeses do Araguaia esperaram 35 anos pela compensação. Como Lula não é "uma pessoa comum", ficou preso 31 dias em 1979 e começou a receber sua Bolsa Ditadura oito anos depois.
Desde 2003, o companheiro tem salário (R$ 11.239,24), casa, comida, avião e roupa lavada à custa da Viúva. Mesmo assim embolsa mensalmente cerca de R$ 5.000 da Bolsa Ditadura. (Se tivesse deixado o dinheiro no banco, rendendo a Bolsa Copom, seu saldo estaria em torno de R$ 1 milhão.)
O cidadão que em 1968 perdeu a parte inferior da perna num atentado a bomba ao Consulado Americano recebe pelo INSS (por invalidez), R$ 571 mensais. Um terrorista que participou da operação ganhou uma Bolsa Ditadura de R$ 1.627.
Um militante do PC do B que sobreviveu à guerrilha e jamais foi preso, conseguiu uma pensão de R$ 2.532. Um jovem camponês que passou três meses encarcerado, teve o pai assassinado pelo Exército e deixou a região com pouco mais que a roupa do corpo, receberá uma pensão de R$ 930.
Nesses, e em muitos outros casos, Millôr Fernandes tem razão: ‘Conta que o assalto às arcas da Viúva, veneranda e desprotegida senhora, produziu milionários e avacalhou a velha esquerda.
“Se alguém quisesse produzir um veneno capaz de desmoralizar a esquerda sexagenária brasileira dificilmente chegaria a algo parecido com o Bolsa Ditadura.
Aquilo que em 2002 foi uma iniciativa destinada a reparar danos impostos durante 21 anos a cidadãos brasileiros transformou- se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens.
O Bolsa Ditadura já custou R$ 2,5 bilhões à contabilidade da Viúva. Estima-se que essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem.
Em 1952, o governo alemão pagou o equivalente a R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões) ao Estado de Israel pelos crimes cometidos contra os judeus durante o nazismo.
O Bolsa Ditadura gerou uma indústria voraz de atravessadores e advogados que embolsam até 30% do que conseguem para seus clientes.
No braço financeiro do pensionato há bancos comprando créditos de anistiados. O repórter Felipe Recondo revelou que Elmo Sampaio, dono da Elmo Consultoria, morderá 10% da indenização que será paga a camponeses sexagenários, arruinados, presos e torturados pela tropa do Exército durante a repressão à Guerrilha do Araguaia.
Como diria Lula, são 44 "pessoas comuns" que receberão pensões de R$ 930 mensais e compensações de até R$ 142 mil.
Essa turma do andar de baixo conseguiu o benefício muitos anos depois da concessão de indenizações e pensões aos militantes do PC do B envolvidos com a guerrilha.
O doutor Elmo remunera-se intermediando candidatos e advogados. Seu plantel de requerentes passa de 200.
Ele integrou a Comissão da Anistia e dela obteve uma pensão de R$ 8.000 mensais, mais uma indenização superior a R$ 1 milhão, por conta de um emprego perdido na Petrobras.
No primeiro grupo de milionários das reparações esteve outro petroleiro, que em 2004 chefiava o gabinete do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh na Câmara. O Bolsa Ditadura já habilitou mais de 160 milionários.
É possível que o ataque ao erário brasileiro venha a custar mais caro que todos os programas de reparações de todos os povos europeus vitimados pelo comunismo em ditaduras que duraram quase meio século.
Na Alemanha, por exemplo, um projeto de 2007 dava algo como R$ 700 mensais a quem passou mais de seis meses na cadeia e tinha renda baixa (repetindo, renda baixa). Na República Tcheca, o benefício dos ex-presos não pode passar de R$ 350 mensais.
No Chile, o governo pagou indenizações de 3 milhões de pesos (R$ 11 mil) e concedeu pensões equivalentes a R$ 500 mensais. Durante 13 anos, entre 1994 e 2007, esse programa custou US$ 1,4 bilhão.
No Brasil, em oito anos, o Bolsa Ditadura custará o dobro. O regime de Pinochet matou 2.279 pessoas e violou os direitos humanos de 35 mil.
Somando-se os brasileiros cassados, demitidos do serviço público, indiciados ou denunciados à Justiça chega-se a um total de 20 mil pessoas. Já foram concedidas 12 mil Bolsas Ditadura e há uma fila de 7.000 requerentes.
Os camponeses do Araguaia esperaram 35 anos pela compensação. Como Lula não é "uma pessoa comum", ficou preso 31 dias em 1979 e começou a receber sua Bolsa Ditadura oito anos depois.
Desde 2003, o companheiro tem salário (R$ 11.239,24), casa, comida, avião e roupa lavada à custa da Viúva. Mesmo assim embolsa mensalmente cerca de R$ 5.000 da Bolsa Ditadura. (Se tivesse deixado o dinheiro no banco, rendendo a Bolsa Copom, seu saldo estaria em torno de R$ 1 milhão.)
O cidadão que em 1968 perdeu a parte inferior da perna num atentado a bomba ao Consulado Americano recebe pelo INSS (por invalidez), R$ 571 mensais. Um terrorista que participou da operação ganhou uma Bolsa Ditadura de R$ 1.627.
Um militante do PC do B que sobreviveu à guerrilha e jamais foi preso, conseguiu uma pensão de R$ 2.532. Um jovem camponês que passou três meses encarcerado, teve o pai assassinado pelo Exército e deixou a região com pouco mais que a roupa do corpo, receberá uma pensão de R$ 930.
Nesses, e em muitos outros casos, Millôr Fernandes tem razão: ‘Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?’"

BRASIL É DÉCIMO SEGUNDO EM GASTOS MILITARES

Com o desembolso de US$ 23,3 bilhões em 2008, o Brasil ocupa a 12ª posição no ranking das 15 nações com maiores gastos militares em todo o planeta, concentrando 1,6% do total mundial.
O país aparece à frente de países como Canadá, Austrália e Espanha, e logo atrás de Coreia do Sul, Índia e Itália.
Liderando os gastos militares globais aparecem os Estados Unidos, que com orçamento anual próximo aos US$ 600 bilhões, sozinho, gasta mais do que a soma de todos os outros 15 países da lista. Os números são do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), financiado pelo governo da Suécia.
Nos últimos dez anos o Brasil teve crescimento de 30% nos gastos militares. O país é a maior potência militar da América do Sul, responsável por 68,5% dos gastos bélicos no subcontinente. (ACN)
GAZETA DO POVO

27 de junho de 2009

GRIPE A: EXÉRCITO E AERONÁUTICA PARTICIPAM DE CAMPANHA DE PREVENÇÃO NO RS

Joanna Ferraz joanna.ferraz@diariosm.com
A prefeitura de Santa Maria (RS) elaborou, nesta sexta-feira, um plano de prevenção à disseminação do vírus da gripe A na cidade que envolve policiais militares, Exército e Aeronáutica. As estratégias foram definidas à tarde, em uma reunião entre Secretaria de Saúde, 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Defesa Civil, Brigada Militar (BM), Exército, Base Aérea, Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal.
Leia mais.
ZERO HORA.com

DESMOBILIZAÇÃO DAS TROPAS: UM EXEMPLO DE PROFISSIONALISMO

Quarentena, inspeção de saúde rigorosa, avaliação psicológica, exames médicos e laboratoriais completos.
Estes são alguns dos procedimentos executados pelo Exército para a verificação do estado de saúde dos militares que acabam de retornar da Força de Paz da ONU no HAITI (MINUSTAH).
As diretrizes médico-sanitárias da Diretoria de Saúde do Exército tem sido cumpridas à risca, e só após o resultado da bateria de testes, os militares são liberados para retornar a seus quartéis de origem e rever suas famílias.
Veja um exemplo desse trabalho aqui.
Agora MS

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: CABRAL FORMALIZA COMPROMISSO

O governador do Rio, Sérgio Cabral, recebeu na quinta-feira (25) o general Gianni Gola, presidente do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM).
O objetivo do encontro foi formalizar os compromissos do Governo do Estado com a realização dos V Jogos Mundiais Militares de 2011, que acontecem no Rio.
Durante a reunião, que contou com a presença do secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, da secretária de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia Lins, do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e do general Rui Alves Catão, comandante militar do Leste, entre outras autoridades, Cabral afirmou que o Rio vive um momento especial devido à integração entre as três esferas de poder: municipal, estadual e federal.
O governador garantiu segurança para os Jogos e convidou o general a voltar ao Brasil, em agosto desse ano, para o lançamento oficial da competição.

CONFIRMADO AUMENTO DOS MILITARES

AUMENTOS DOS MILITARES VÃO DE 8% A 11,06%
Alessandra Horto e Marco Aurélio Reis
A queda brusca na arrecadação de impostos federais não vai atrapalhar a entrada em vigor, na próxima quarta-feira, do reajuste dos soldos de 611.935 militares das Forças Armadas.
Como antecipado por esta Coluna sempre que o governo acenou com a possibilidade de adiar reajuste salarial de servidores públicos civis, o aumento de julho, com efeitos financeiros nos contracheques militares pagos em agosto, esteve garantido por força de recursos previamente alocados para este fim nas próprias forças singulares.
Eles vão de 11,06% para guarda-marinha a 8% para almirante-de-esquadra. Ficam de fora do aumento deste mês quem teve reajuste em fevereiro. Este é o caso de aspirantes, alunos de escolas preparatórias, grumetes, soldados especializados ou não e recrutas. Na tabela abaixo os novos valores podem ser conferidos ao lado do posto ou graduação. Na segunda coluna está o número índice do reajuste. Basta multiplicar o vencimento atual por ele que o resultado é o salário com o reajuste incorporado.

ACIDENTE AÉREO: FORÇAS ARMADAS ANUNCIAM FIM DAS BUSCAS

As Forças Armadas informaram, em entrevista colectiva no Recife (PE) nesta sexta-feira (26), que as buscas aos corpos e destroços do Airbus da Air France foram encerradas após 26 dias.

O tenente-coronel Henry Munhoz, assessor de comunicação da FAB, afirmou que há nove dias corpos não são avistados e, portanto, não existe possibilidade de encontrar mais vítimas do voo AF 447. Ao todo, 51 corpos foram localizados.

O Airbus caiu no Oceano Atlântico no fim da noite do dia 31 de Maio com 228 pessoas a bordo enquanto fazia a rota Rio-Paris. Segundo Munhoz, mais de 600 destroços - entre componentes estruturais da aeronave e bagagens diversas - foram recolhidos durante o período das buscas, realizadas numa área que corresponde a oito vezes o território do Estado de São Paulo.

Nos últimos 15 dias, apenas dois corpos foram resgatados, segundo a FAB. "Desde o início nosso objectivo era encontrar as 228 pessoas. Até hoje, nossas aeronaves seguiam com botes e suprimentos de alimentação caso alguém fosse localizado. Nós temos a plena consciência que o melhor foi feito pela Aeronáutica e Marinha", afirmou o tenente-coronel.

De acordo com a FAB, as embarcações que procuram captar emissões da caixa-preta da aeronave permanecem na área de buscas.

ANGOLA PRESS

26 de junho de 2009

EXÉRCITO BRASILEIRO VENCE VINTE PAÍSES EM COMPETIÇÃO DE FORÇAS ESPECIAS


Isabel Fleck
(CComSEx)

Exército brasileiro vence competição militar com 20 países das Américas, em Goiânia, e se firma como realidade para atuar em conflitos regionais.

Por seis dias, os sete militares mais bem preparados das forças especiais de 21 países das Américas deram, em Goiânia, uma pequena demonstração do que cada Exército é capaz. Com diferentes táticas, armas e equipamentos, eles passaram pelas mesmas provas e enfrentaram os mesmos obstáculos. A equipe brasileira foi a que melhor combinou capacidade física com habilidades militares, e conquistou o primeiro lugar. Mais do que a vitória, no entanto, o Brasil comemora a projeção do seu Exército, depois dos bons resultados na competição, realizada pela primeira vez no país.

Para o governo brasileiro, vencer Exércitos como os dos Estados Unidos e da própria Colômbia (1) - campeã invicta nas últimas três competições e que tem sido patrocinada nos últimos nove anos por Washington - representa muito mais do que ter uma equipe bem preparada. Mostra à grande potência militar do continente que o Brasil tem propriedade não só para atuar, mas também para liderar esforços conjuntos em situações de conflito na região.


Do lado norte-americano, o interesse foi confirmado pela grande presença militar do país, representado pelo Comandante de Operações Especiais dos EUA, Eric Olson, e por uma delegação de quase 60 pessoas. "Esse tipo de encontro nos permite dividir ideias de como melhor trabalhar juntos, em um nível estratégico. E nós queremos trabalhar com outros países, queremos dialogar e aprender com cada um", confirmou o porta-voz do Comando Sul do Exército norte-americano, Armando Hernandez.

Mas se o encontro militar serviu como "vitrine" para as forças especiais brasileiras, também foi útil para ajudar a integrar os exércitos de países da região que fazem parte do Conselho de Defesa Sul-Americano, idealizado pelo Brasil. Das 12 nações que compõem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), oito participaram da competição - com exceção de Venezuela, Bolívia, Guiana e Suriname. "Essa troca de experiências que ocorre aqui é muito importante, pois favorece o aumento da confiança entre os exércitos. No caso de uma operação conjugada (no futuro), as equipes já se conhecem, o que facilita muito o trabalho", observou o porta-voz da Brigada de Operações Especiais, Luís Gustavo Stumpf.

O capitão da equipe chilena, tenente Raul Saez, concorda que o encontro ajuda a criar um clima de confiança na "base". "O melhor de tudo é a interação com outras equipes, outras culturas. E dessa interação acaba surgindo um grupo de amigos que, ano a ano, se encontra nessa competição", disse Saez. Já o líder do time da Nicarágua, capitão Rodolfo González, destaca a possibilidade de reavaliar técnicas militares como um dos pontos positivos do encontro. "Do ponto de vista tático, a competição é muito importante, porque se aprendem técnicas de outro Exército que podem ser aplicadas ao nosso", revelou.

TÁTICAS

Enquanto os 147 militares que formavam as 21 equipes suavam a farda nas provas de resistência e de habilidades técnicas, comandantes das forças especiais de cada país participavam de um seminário sobre táticas antiterror e metodologias usadas em ambientes de conflito, como o Iraque e o Haiti. Para os participantes, a oportunidade é de aprender com os acertos dos outros países, que são revelados a portas fechadas. "Aqui, tiramos muitos ensinamentos que vão nos ajudar a melhorar nossa doutrina e a preparar nosso soldado", admite o general Ricardo de Matos Cunha, 1º subchefe do Comando de Operações Terrestres.

O militar afirma que a experiência brasileira no Haiti também vem sendo acompanhada com atenção pelos outros países. "Não é de hoje que o Brasil tem se projetado internacionalmente, principalmente na parte militar. As nossas atuações em operações de paz, desde a década de 1950, quando fomos para o Canal de Suez, e depois na América Central, na África e, principalmente, no Haiti, nos garantem uma posição de destaque no concerto dos exércitos internacionais", destacou.

PLANO COLÔMBIA

Desde 2000, os EUA ajudam o combater o narcotráfico e os grupos armados por meio do Plano Colômbia. Nesse período, Washington já investiu US$ 5 bilhões no Exército do país sul-americano, se tornando o maior destino de ajuda militar dos EUA fora do Oriente Médio. O Plano Colômbia foi decisivo para capacitar as Forças Armadas colombianas: os efetivos aumentaram 50%, o setor de inteligência se refinou e a aquisição de modernos helicópteros e aviões, inclusive Supertucanos brasileiros, deu mobilidade às tropas.

Os EUA têm tentado fazer com que o Brasil se submeta a fazer um trabalho tipo "policial" no combate às drogas; o que tem sido rechaçado pelas FFAA brasileiras, mantendo a independência e postura de potência regional diferenciada pelo Brasil.

Confira todas as notícias e vídeos do evento em

FORÇA COMANDOS

MARCO MACIEL EXALTA PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS NAS BUSCAS AO AIRBUS

[Foto: senador Marco Maciel ]


O senador Marco Maciel (DEM-PE) chamou a atenção, nesta quinta-feira (25), para o papel da Aeronáutica e da Marinha brasileiras no resgate de corpos dos passageiros e destroços do Airbus 330 que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio. O parlamentar ressaltou que os militares brasileiros, juntamente com os franceses, têm revelado no episódio uma grande coragem, sentido do dever e capacidade técnica.

- Destaco, no caso, o denodo, o desprendimento, o dedicar-se sem limite de tempo de nossos marinheiros e aviadores, expressões que uso simbolicamente, incluindo aí toda a escala hierárquica e especializações das Forças Armadas brasileiras no mar, no ar e em suas instalações em terra, armadas muito mais com almas do que com armas, não só por obrigação, mas também muito mais por cooperação e solidariedade - disse o senador.

Marco Maciel lembrou uma advertência do professor, jurista e filósofo Miguel Reale, segundo o qual o país se esquece frequentemente de "ligar cidadania a patriotismo, vocábulos que deveriam andar sempre juntos", como recurso em certas situações adversas.

A propósito, Marco Maciel lembrou a tendência "de certos governos" de não priorizar o reaparelhamento das Forças Armadas e auxiliares sob a justificativa da necessidade de recursos para outros setores. Tal tendência decorreria do esquecimento da contribuição das Forças Armadas no tempo de paz, principalmente por ocasião de catástrofes.

- Muitas vidas, muito mais valiosas do que os recursos financeiros economizados, são perdidas, às vezes pela demora no atendimento ou quando as equipes de socorro não estão devidamente equipadas para as atividades de salvamento - observou Marco Maciel.

EXÉRCITO JÁ VASCULHA O ARAGUAIA

De Leonencio Nossa:

Oficiais do 52º Batalhão de Infantaria de Selva, de Marabá, vasculham há um mês a Serra das Andorinhas, no Sul do Pará, região indicada em relatórios como local de combates e sepultamento de integrantes da Guerrilha do Araguaia (1972-1975). A região de Três Quedas, no município de São Geraldo do Araguaia, foi um dos lugares mapeados recentemente pelos militares. Nos dias 27 e 28 de maio, uma equipe de quatro oficiais do Exército esteve nas terras do empresário Jorge Araújo, que não estão numa área de manobra e treinamento militar. A presença do Exército na região da guerrilha chama a atenção porque a área deve ser revirada em breve à procura das ossadas dos militantes do PC do B e camponeses mortos. Uma comissão foi criada há quase dois meses pelo Ministério da Defesa, mas a indicação dos nomes de quem vai participar das buscas está atrasada - apesar de o ministro Nelson Jobim ter estabelecido que a comissão deveria ser constituída até o dia 14 de maio. Até o momento, só três integrantes foram nomeados. Seis procuradores da República já pediram que as buscas no Araguaia sejam coordenadas por autoridades civis vinculadas à promoção de direitos humanos e acompanhadas por familiares de vítimas. Às 8 horas do dia 28 de maio, uma equipe militar esteve no Hotel Cidade, do empresário Jorge Araújo, no centro de São Geraldo do Araguaia, e pediu autorização de entrada na fazenda, a 28 quilômetros da cidade. "Eles disseram que estavam atrás dos ossos do pessoal da guerrilha", relata Araújo. O gerente do Hotel Cidade, Pauliram Pereira da Silva, 25 anos, disse ao Estado que os oficiais estavam com aparelhos GPS e poucas armas. "Eu perguntei se eles tinham condições de achar as ossadas. Um oficial me respondeu que tudo estava mapeado, eles estavam com GPS e tinham as localizações."Leia mais.

ESTADÃO

EXÉRCITO E POLÍCIA CERCAM BAIRRO EM CIDADE GAÚCHA

Polícias e Exército cercam o bairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul (RS), em operação na manhã desta sexta-feira (26). A ação conjunta intitulada “Convivência em Harmonia" envolve a Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Federal. Entre 250 e 300 homens participam da operação que tem o intuito de cumprir mais de 100 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão.
A atividade inicia pelo bairro Bom Jesus e vai se estender durante 24 horas em outros pontos da cidade. Ninguém sai ou entra na área cercada sem passar pela revista. Observadores em pontos fixos e móveis, patrulhamento, uso de carros, motos e cavalos, além de cães farejadores são alguns dos métodos adotados para a operação ter êxito.
GAZETA DO SUL

NOVO GRUPO DE MILITARES SUBSTITUIRÁ TROPAS NO HAITI

Os 1.200 militares brasileiros que integram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) vão ser substituídos por um novo grupo de fuzileiros e engenheiros militares. Nesta quinta-feira (25), 48 fuzileiros seguiram para o Haiti, onde vão se reunir aos 115 infantes que viajaram na última segunda-feira (22). Mais 1.037 militares deverão chegar ao país caribenho até o próximo dia 9.
A pretexto de garantir a lei e a ordem e proporcionar a estabilização política do país, considerado o mais pobre do hemisfério ocidental, os militares recrutados pela 11ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, com sede em Campinas, São Paulo, passaram por um treinamento específico para o tipo de atividade que irão executar por, no máximo, sete meses.
Segundo o tenente-coronel José Mateus Ribeiro, da assessoria da 12ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, unidade de origem de 150 dos fuzileiros sediada em Caçapava, São Paulo, o processo de seleção dos voluntários para servir no Haiti começou em outubro do ano passado e contou com avaliações física e psicológica, além de avaliação da formação profissional militar.
Além de se prepararem para atuar em conflitos em ambientes urbanos, garantir a segurança de instalações militares ou civis e fazer a escolta de autoridades, os militares também foram capacitados a desenvolver atividades sociais que beneficiem o povo haitiano. De acordo com Ribeiro, se for necessário, os brasileiros estão aptos a usar armas letais em conformidade com os procedimentos estabelecidos pela própria Organização das Nações Unidas (ONU).
Há cinco anos o Brasil coordena as tropas da Minustah, com o aval da ONU, cujo conselho autorizou a presença de militares estrangeiros na antiga colônia francesa, arrasada por anos de guerra civil, instabilidade política e seguidos desastres naturais.
Este é o 11º contingente a ser enviado ao país. Dos atuais 1.200 militares brasileiros a serviço no Haiti, há mil infantes (fuzileiros, médicos e dentistas) do Exército e da Marinha e 200 engenheiros militares. Com o contingente que assumirá a missão, viajarão cinco oficiais e 25 praças paraguaios, que irão atuar conjuntamente com os militares brasileiros.
Voluntário a seguir com as tropas, o tenente-coronel Ribeiro diz que todos os seus companheiros que já estiveram no Haiti voltaram chocados com a situação social haitiana. “O pessoal fica muito chocado com a experiência [de viver] em um país tão pobre, onde o nosso trabalho para manter a paz é muito importante, ajudando o país a se reorganizar”.
Questionado sobre a repercussão, entre as tropas, das críticas à presença militar estrangeira, o tenente-coronel se limitou a comentar que foi o próprio governo haitiano quem solicitou a ajuda internacional, que a ONU ainda entende ser necessária. “O processo de paz local precisa ser consolidado e amadurecido e é isso que estamos vendo ocorrer com o Haiti”, concluiu o militar. Leia mais.

TRÁFICO DE DROGAS: GENERAL RECOMENDA MAIOR ATENÇÃO ÀS FRONTEIRAS

O secretário nacional de Políticas Antidrogas, general Paulo Uchôa, disse nesta quarta-feira (24) que as autoridades brasileiras estão conscientes da importância de fortalecer a fiscalização na extensa fronteira com os maiores produtores de cocaína do mundo – Colômbia, Bolívia e Peru.
O Relatório Mundial sobre Drogas 2009, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (Unodc), confirma o país como uma das principais rotas de tráfico para outros continentes.
“No que diz respeito à produção de drogas, o Brasil não incomoda muito o mundo. O país não produz para a exportação. Incomodamos, sim, por ser um país de trânsito excelente para o tráfico, já que temos fronteiras com os maiores produtores de cocaína do mundo”, afirmou Uchôa.
“São mais de 9 mil quilômetros que temos que cuidar. Enquanto isso os Estados Unidos têm apenas a fronteira com o México, que é menor do que a nossa só com a Bolívia. Isso explica a necessidade da intensificação [ de esforços] para enfrentar esse problema”, acrescentou. Leia mais.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA GAÚCHA RECEBE PROPOSTA PARA EXTINÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, recebeu na manhã desta quinta-feira proposta de emenda constitucional que extingue a Justiça Militar. O documento foi entregue pelo presidente do Tribunal de Justiça do RS (TJ), desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa.
A proposição conta com 35 assinaturas de deputados estaduais. Pavan disse que a Assembleia deverá decidir favoravelmente à proposta, devido ao número expressivo de assinaturas — são necessárias 33 para aprovação.
Caso a extinção da Justiça Militar seja aprovada, uma câmara criminal do TJ receberá especialização para julgar crimes militares. Todos os cargos em comissão e funções gratificadas da Justiça Militar serão extintos. Leia mais.

25 de junho de 2009

MILITARES PERNAMBUCANOS RETORNAM DE MISSÃO NO HAITI

Militares pernambucanos, integrantes da Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) para a estabilização do Haiti, país da América Central, retornaram na noite da última quarta-feira (24) ao Recife. O reencontro com os parentes foi marcado pela emoção.
O Hércules C130 que trouxe os 52 militares aterrisou na Base Aérea do Recife pouco depois das 21h - alguns minutos de atraso que fizeram com que a saudade aumentasse ainda mais. Mães, pais, noivas e esposas estavam ansiosos.
“Emprestei ele à outra mãe dele, que é a pátria, e ela está me devolvendo meu filho com a missão cumprida e com muito orgulho”, disse a aposentada Rosilene Gonçalves.Leia mais.

PARAGUAI VAI COLOCAR MAIS MILITARES NA REGIÃO DE ITAIPU

Agência Ansa
O governo do Paraguai quer ampliar a presença militar na região da usina binacional de Itaipu, informou nesta quarta um porta-voz do Executivo.De acordo com a fonte, o assunto foi discutido durante uma reunião do presidente Fernando Lugo com chefes das Forças Armadas do país, que apresentaram um projeto para remanejar oficiais que trabalham em postos de fronteira.O porta-voz das Forças Armadas, José Manuel Cáceres, explicou que o objetivo é identificar os locais em que "os postos e destacamentos militares poderiam ser melhor aproveitados em suas funções".O ministro da Indústria, Francisco Rivas, enfatizou por sua vez que faz parte do projeto ampliar a presença militar na região do Rio Paraná, onde está a hidrelétrica, cuja gestão é dividida com o Brasil. Leia mais.

EU QUERO É QUE ARREGANHEM OS ARQUIVOS DO ARAGUAIA

Por Reinaldo Azevedo


Os tontons-maCUTs começaram a torrar a minha paciência com essa história de “arquivos do Araguaia”. Porque já escrevi que não havia santos por lá de nenhum dos dois lados, acreditam que sou contrário à divulgação do conteúdo dos arquivos, estejam eles onde estiverem.

Abertura? Quero mais é que sejam arreganhados! Todos os arquivos secretos. E que todo mundo saiba de tudo — sem seleção de informação. Que se mostrem todos os registros, quem fez o quê, por quê, quem disse o quê para quem. Tudo mesmo!

A única coisa é tomar cuidado com o pendor para a literatura ruim, distinguindo o que é arquivo do que é leitura política do arquivo. É do interesse do país saber como morreu aquela minoria extremista que queria implantar uma ditadura comunista no Brasil, seguindo o modelo de Mao Tse-Tung, um assassino compulsivo. Fosse, em vez de uma minoria comunista, uma minoria nazista, eu estaria interessado do mesmo modo. Grupos organizados em nome de ideologias homicidas devem merecer sempre a nossa atenção.

E também acho útil que saibamos quando as forças que combateram os extremistas agiram dentro ou fora dos limites dados no combate a uma guerra de guerrilhas no coração das trevas. Contem-me tudo! Que não sobre um só papel sem publicidade.

Aliás, já passou da hora de se fazer, com efeito, o inventário dos mortos do período — incluindo as pessoas assassinadas pelos comunistas. Que não sobre mito sobre mito, mistificação sobre mistificação, falso heroísmo sobre falso heroísmo.

Reinaldo Azevedo

ARAGUAIA ERA VIGIADO DESDE OS ANOS 60, DIZ EX-INFORMANTE

Leonencio Nossa
Nos últimos 37 anos, o Exército e o PC do B mantiveram a mesma versão sobre a descoberta da Guerrilha do Araguaia, em 1972. As histórias oficiais dos dois lados do conflito no Bico do Papagaio destacam que os militares chegaram à área após os depoimentos sob tortura dos ex-guerrilheiros Tereza Cristina e Pedro Albuquerque Neto, presos em fevereiro daquele ano.
É uma ferida que costuma ser reaberta com frequência.O casal, que vive em Fortaleza, nunca mais voltou à região da guerrilha.
Mas é numa fazenda de 200 alqueires, em São Geraldo do Araguaia, a 20 quilômetros do Rio Araguaia, que mora um personagem da história do conflito que tem uma versão diferente sobre a descoberta do foco guerrilheiro comunista.Ex-informante do Exército e ao mesmo tempo carteiro dos guerrilheiros, o fazendeiro Clobiniano Alves, de 63 anos, relata que meses antes da prisão de Pedro e Tereza, agentes de inteligência já tinham informações bem detalhadas da guerrilha e de comandantes de destacamentos, como Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, e Paulo Mendes Rodrigues, o Paulo.
''PAPAGAIO'
'De uma família tradicional de barqueiros no Araguaia e no Tocantins, Clobiniano contou ao Estado, demonstrando tranquilidade, que viu Pedro retornar preso como um "papagaio" para localizar sítios ocupados pelos guerrilheiros.
Antes disso, o barqueiro presenciou diversos moradores darem informações aos militares sobre os "paulistas", como os guerrilheiros eram conhecidos na região.O próprio Clobianiano diz que deu longos depoimentos ao Exército.
"Eu era neutro. Fiquei do lado do Exército porque era o lado forte. Era obrigado a dizer quem era guerrilheiro. Era o meu trabalho", relata.
Numa cadeira de plástico, na varanda de sua fazenda, Clobiniano relata que recebia pelo "trabalho". O serviço era forçado, segundo ele. O barqueiro levava os rádios dos guerrilheiros para consertar em Imperatriz e comprava lanternas, pilhas e pacotes de cigarros Continental. Era o responsável também pela compra, numa loja da Souza Cruz, de uma caixa de charuto por mês para os líderes da guerrilha."
Antes do rapaz (Pedro Albuquerque) aparecer preso, os militares já estavam aqui disfarçados de garimpeiro, vaqueiro, roçador e marinheiro", conta.
Leia mais.

24 de junho de 2009

ABIN ANALISA SUPOSTO ATENTADO CONTRA O AF447

O diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Trezza, admitiu hoje na Rússia a possibilidade de um atentado no voo 447 da Air France, que fazia a rota Rio-Paris em 31 de maio e caiu no oceano Atlântico, matando 228 pessoas. Trezza, que participa de uma conferência de diretores de serviços secretos em Irkoutsk, adiantou à agência de notícias russa Ria Novosti que a Abin "analisa minuciosamente as circunstâncias do acidente com o Airbus, estamos verificamos todas as hipóteses, especialmente a de ataque terrorista". Mas ressaltou que "ainda não temos elementos para confirmar". O site da revista francesa L"Express noticiou que o serviço secreto francês investigava dois passageiros conhecidos pelas conexões com o terrorismo islâmico, mas a hipótese foi descartada - eram homônimos.

claudiohumberto.com.br


CÂMARA APROVA MOÇÃO DE APOIO ÀS FORÇAS ARMADAS

Câmara aprova moção de apoio às Forças Armadas
Gilberto Nascimento

O Plenário aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, uma moção de apoio do DEM às Forças Armadas, em reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos na busca de vítimas e dos destroços do acidente com o avião da Air France ocorrido no dia 31 de maio.

Ao se manifestar favoravelmente à moção, o deputado José Genoíno (PT-SP) defendeu a melhoria da remuneração dos militares e pediu que projetos estratégicos das Forças Armadas não sejam contingenciados. A revisão do pagamento dos militares também foi defendida pelo deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).

O Airbus da Air France que partiu do Rio de Janeiro na noite do dia 31 de maio, em direção a Paris, caiu sobre o Oceano Atlântico quase quatro horas depois de decolar. A bordo, estavam 228 pessoas, e nenhuma sobreviveu. As Forças Armadas brasileiras vêm tendo destaque nos trabalhos de busca dos corpos e dos destroços. Da operação, participam também militares da França.

Rotina
Para o deputado Lira Maia (DEM-PA), a moção "sublinha um trabalho que todos acompanham, mas que é um trabalho cotidiano das Forças Armadas".

O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), classificou de corajosa a iniciativa das Forças Armadas de começar as buscas prontamente para minimizar o sofrimento dos parentes das vítimas, que não tinham informação alguma sobre o acidente. "As ações dos militares brasileiros são um ato de coragem, com voos em altitudes menores que 300 metros", ressaltou.
AGÊNCIA CÂMARA

PARA MILITARES, QUESTIONAMENTO SOBRE GRUPO DE TRABALHO É POLÍTICO

A divulgação da nota da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos questionando o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Defesa, para tentar encontrar vestígios dos mortos na Guerrilha do Araguaia, causou surpresa e irritação entre os militares pelo seu uso político. Primeiro, pelo atraso com que a queixa está sendo apresentada - quase dois meses depois da publicação do ato que criou o GT - e, segundo, pelo uso do que chamam de oportunismo político da iniciativa, que se aproveita da divulgação de arquivos do oficial da reserva Sebastião Curió para tentar criar nova polêmica com os militares sobre o tema, principalmente porque, o convite aos familiares já havia sido feito pelo ministério da Defesa, há quase 20 dias.

Embora nas Forças Armadas oficiais lembrem que o grupo não foi criado por iniciativa do Executivo, mas sim para cumprir uma determinação judicial, que determinou sua composição, o Ministério da Defesa informou, por meio de nota, que os familiares dos mortos, por iniciativa do ministro Nelson Jobim, já foram convidados, "no dia três de junho, em reunião, da qual participaram 14 integrantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, entre eles, o presidente da Comissão, Marco Antonio Rodrigues Barbosa", que redige a nota com a reclamação.

A Defesa lembra ainda que a portaria da Defesa já prevê a participação dos Governos do Estado do Pará e do Distrito Federal como membros permanentes do grupo, além de outros órgãos e entidades. "Já foram convidados a compor o grupo responsável pelos trabalhos técnicos peritos da Polícia Federal das áreas de geologia, medicina legal e odontologia, antropólogos do Museu Emílio Goeldi (vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia), bem como peritos da Polícia Civil do Distrito Federal das áreas de medicina legal, antropologia forense e pesquisa forense de DNA", prossegue a nota.

Sobre a divulgação dos arquivos de Curió, há diferentes tipos de opiniões entre militares que integram a cúpula das Forças Armadas. Mas todos são unânimes em insistir na tese que o Exército não tem documentos guardados para serem entregues, embora todos também reconheçam que, a exemplo de Curió, muitos outros militares levaram para suas casas documentos históricos.

Entre as opiniões sobre o que foi divulgado por Curió, há oficiais que entendem que quanto mais se abrir, quanto maior for o esforço para se descobrir alguma coisa, melhor porque será mais um caminho para se encerrar de uma vez por todas a polêmica Há, no entanto, os que acham que isso só serve para "alimentar" a esquerda e até mesmo incentivar os que insistem que é preciso reabrir as questões do passado, inclusive falando em revisão da anistia.

Mas os militares são unânimes também em avisar que não aceitarão, em hipótese alguma, que se revise a Lei de Anistia, como chegou a ser aventado por integrantes do Ministério Público Eles insistem que os crimes já estão prescritos e que não há motivos para que sejam reabertos os casos.(AE)

Jornal Cruzeiro do Sul

23 de junho de 2009

JOBIM ACHA ADEQUADA COORDENAÇÃO DO EXÉRCITO ÀS BUSCAS DO ARAGUAIA

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Criticado pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que afirma que a criação de um grupo coordenado pelo Exército para realizar novas buscas aos restos mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia tem “caráter fundamentalmente militar”, o Ministério da Defesa alega que sua intenção é superar as “dificuldades logísticas” enfrentadas por expedições anteriores, não interferindo nas iniciativas de outras instâncias.
Para o ministério, o Exército é a instituição com as melhores condições de oferecer o apoio logístico para que os despojos dos desaparecidos sejam encontrados em uma região de difícil acesso. Daí porque a Força tenha sido escolhida para coordenar o grupo que contará com a participação de representantes dos governos do Pará e do Distrito Federal, além de órgãos e entidades convidadas pelo próprio ministério.
Em nota divulgada ontem, o ministério alega ter editado a Portaria nº 567 somente após ter sido “provocado” pela Advocacia-Geral da União (AGU) a adotar as providências necessárias para o cumprimento de uma decisão judicial da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A portaria trata da criação de um grupo de trabalho, coordenado pelo Exército, responsável por tentar localizar, recolher e identificar os restos mortais de guerrilheiros, militares e de eventuais agricultores mortos durante os combates entre os opositores do regime militar vigente e as tropas dExército, no início da década de 70.
Até a publicação da portaria, garante o ministério, 13 missões de buscas já haviam sido realizadas com o objetivo de localizar onde os mortos podem estar enterrados. A maioria das expediçõe teria sido acompanhada por representantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, órgão vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. A nota diz ainda que há relatos que revelam a necessidade de que futuras expedições com a adoção de metodologia científica adequada e com os meios logísticos necessários para a localização dos despojos.
“Atento a tais necessidades e objetivando o cumprimento da decisão judicial, a portaria criou um grupo de trabalho com a finalidade de “coordenar e executar, conforme padrões de metodologia científica adequada, as atividades necessárias para a localização, recolhimento e identificação dos corpos dos guerrilheiros e militares mortos no episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia”, diz a nota. Já foram convidados a participar do grupo técnicos da Polícia Federal especializados em geologia, medicina legal e odontologia, antropólogos do Museu Emílio Goeldi (vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia) e peritos da Polícia Civil do Distrito Federal.
Observadores independentes também deverão ser convidados a participar ativamente dotrabalhos do grupo.
Parentes de mortos e desaparecidos já teriam sido convidados pelo próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante uma reunião da qual participaram 14 integrantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, entre eles, o próprio presidente da Comissão, Marco Antonio Rodrigues Barbosa.
Concluída a composição do grupo, a próxima etapa será o trabalho de reconhecimento das áreaonde as buscas serão feitas. A terceira etapa consistirá no trabalho de campo propriamente dito. E quarta etapa será a fase de trabalho em laboratório.

EXÉRCITO TINHA CAMPOS DE EXECUÇÃO, DIZ CURIÓ.OS GUERRILHEIROS, NÃO, DIGO EU.

Do Estadão de hoje:
O regime militar repetiu, ao longo de 1974, nas matas do Araguaia, o método usado décadas antes pelos franquistas na Galícia para eliminar guerrilheiros republicanos presos.

Após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), os vencedores utilizaram o verbo "passear" ao se referirem à "libertação" de presos e à transferência deles das celas para campos afastados das cidades, onde eram fuzilados e deixados em valetas às margens de rios e estradas.

No Sul do Pará, os militares brasileiros optaram por dar ao verbo "fugir" um novo significado - execução sumária.Um dos locais de "fuga" de guerrilheiros presos fica no município de Brejo Grande do Araguaia, no Sul do Pará. Pelo menos oito foram mortos numa área conhecida por Clareira do Cabo Rosa.

É o que revela o manuscrito Relatório de Prisioneiros, cedido ao Estado pelo agente da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura. O documento, posterior à guerrilha, indica que morreram no local Antonio Ferreira Pinto, o Alfaiate, em 28 de abril de 1974, Luiz Renê Silveira e Silva, o Duda, em março de 1974, e Uirassu de Assis Batista, o Valdir, em 28 de abril de 1974. Todos passaram por interrogatório na base de Marabá.

A escolha do local de execuções teve um caráter simbólico: naquela área o cabo Odílio Cruz Rosa foi morto pelo grupo do guerrilheiro Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, em 1972. A guerrilha teria feito ameaças a quem resgatasse o corpo. O Exército, então, mandou um grupo especial de 36 boinas pretas, comandado pelo general Thaumaturgo Sotero Vaz, para buscar o cadáver, que só foi recuperado dez dias depois da morte do militar.

A área aberta na selva por mateiros, para o pouso de helicópteros na operação de resgate do corpo, passou a ser utilizada na terceira campanha como campo de execução.Após os interrogatórios na Casa Azul, base militar em Marabá, prisioneiros foram levados de helicóptero para lá. Alguns, percorriam um trecho de mata até serem mortos. Outros tombavam ao redor da clareira. Os militares costumavam dizer aos presos que o deslocamento tinha por finalidade o reconhecimento de áreas utilizadas pela guerrilha.
Leia mais.


CONTRAPONTO
Por dever de justiça, convém ressaltar que a guerrilha foi bem mais pragmática nas execuções que promoveu, como a do jovem tenente da PM/SP, ALBERTO MENDES JÚNIOR, no Vale do Ribeira, em 10 de maio de 1970. Confira:
"...enquanto Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima vigiavam o prisioneiro, Lamarca, Yoshitane Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se. Constituíram o que chamaram de "tribunal revolucionário" e condenaram o tenente à morte.
Em seguida, Yoshitane Fujimore desferiu-lhe coronhadas de fuzil pelas costas. Caído e com a base do crânio partida, o tenente Mendes gemia e contorcia-se de dor. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe os golpes finais, esfacelando-lhe a cabeça. Ali mesmo, numa pequena vala e com os coturnos ao lado da face ensangüentada, o corpo foi enterrado."
Modesto Spachesi

Bem mais simples, não?

ACIDENTE AÉREO: JORNAL FRANCÊS DIZ QUE SUBMARINO CAPTOU SINAIS DAS CAIXAS-PRETAS

Daniela Fernandes
A Marinha da França teria captado sinais das balizas das caixas-pretas do voo 447 da Air France, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pelo jornal Le Monde. As balizas que emitem os sinais sonoros para permitir a localização das caixas pretas têm o tamanho de uma pilha grande e são acopladas às caixas-pretas.
O minissubmarino Nautile, do Instituto Francês de Pesquisas Marítimas, já teria mergulhado na segunda-feira para tentar encontrar as duas caixas-pretas do Airbus A330, guiado pelos "fracos" sinais emitidos pelas balizas, afirma o jornal francês.
O Nautile, normalmente operado por dois pilotos e um observador, é equipado com braços motores e pinças.
Uma porta-voz do BEA, órgão francês que investiga as causas do acidente, disse nesta terça-feira à BBC Brasil que “as caixas-pretas não foram localizadas” e afirmou que “as equipes de busca verificam todos os sons que são captados”, sem confirmar as informações do jornal Le Monde nem dar maiores detalhes sobre o assunto.
O BEA informou que fará um comunicado “tão logo tenha uma informação precisa”.
A companhia aérea Air France, contatada pela BBC Brasil, também não confirmou a informação.
Leia mais.
BBC BRASIL

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MILITARES LOCALIZAM POSSÍVEIS NOVOS DESTROÇOS
MAIS TRÊS CORPOS SÃO ENCONTRADOS
MILITARES ADMITEM QUE CHANCE DE ENCONTRAR TODOS OS CORPOS É REMOTA
FRANÇA ELOGIA MILITARES BRASILEIROS
MARINHA E AERONÁUTICA JÁ RESGATARAM 41 CORPOS

ATUALIZAÇÃO (10:00 H)
O BEA, órgão francês que investiga o acidente, disse que as equipes de busca não captaram nenhum sinal que pudessem ter certeza que era das caixas-pretas.
"Nenhum sinal transmitido pelos localizadores das caixas-pretas foi validade até agora", disse o BEA em comunicado.

22 de junho de 2009

OS “MOVIMENTOS SOCIAIS”, A “TROPA BRASILEIRA DE OCUPAÇÃO” E A “AUTODETERMINAÇÃO DO POVO HAITIANO”

Ricardo Montedo

Em meio à divulgação das lambanças secretas de Sarney et caterva, passou quase despercebida a audiência pública realizada no dia 17 último pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do combalido Senado da República, que ouviu representantes de “movimentos sociais” sobre a atuação da tropa brasileira que compõe e comanda a Missão da ONU para Manutenção da Paz no Haiti (MINUSTAH).
A comitiva, ciceroneada pelo PSTU, partido que prega uma “democracia ampla para os trabalhadores e uma ditadura dos trabalhadores sobre a burguesia” - seja lá o que isso signifique - disparou críticas contra a atuação brasileira, pontilhadas por palavras-chave do defasado discurso-padrão comuno-socialista universal, como imperialismo, burguesia, conspiração, opressão do povo, ocupação, etc.
À “tchurma” além de membros do próprio PSTU, juntaram-se representantes da Rede Jubileu Sul, PACS(não o do Lula, é outro), Conlutas, Batay Ouvrier (a CUT do Haiti) e entidades afins.
O delírio esquerdófilo latino-americano típico atingiu seu clímax com a fala do representante da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).
Após sugerir que deveríamos imitar Cuba (what???), o luminar lascou:
- Está na hora de o Brasil inverter a sua presença. Por que não se pensa em um PAC para o Haiti?
E mais não digo para não cansá-los. A íntegra da audiência está aqui.
A história haitiana evidencia uma desigualdade crônica, pois, desde a independência (1804), jamais o País ostentou uma situação social livre de conturbações. Essa instabilidade permanente culminou na conjuntura caótica de 2004 (ano da criação da MINUSTAH), assim descrita por um militar brasileiro, ex-membro da Missão:
- Não havia instituições políticas sólidas, polícia estruturada, segurança; as escolas não funcionavam.
- Tudo era dominado por gangues armadas, que seqüestravam, matavam e comandavam quase tudo no país, até mesmo a venda de água dos poços artesianos.
- Era muito comum ocorrerem tiroteios entre gangues ou assassinatos de várias pessoas nas ruas sem motivo aparente. As pessoas morriam por estarem na hora e local errados. As tropas encontravam por vezes grupos de 5 ou mais corpos espalhados pelas ruas.
Gradualmente, as tropas pacificaram as áreas, retirando as gangues do comando e substituindo-as por lideranças comunitárias, buscando proporcionar à população uma vida normal. A rotina segura abriu campo para reivindicações antes impossíveis, como saúde, comida, emprego, educação e outros quesitos, todos, obviamente, de responsabilidade do estado haitiano e não dos militares.
Os “movimentos sociais”, espertamente, omitem que, antes da pacificação, eles não poderiam sequer se expressar, sob pena de extermínio.
Também silenciam sobre a tomada, por soldados brasileiros, da “Base Jamaica”, baluarte e QG de gangues em Cite Soleil, transformada em um centro de assistência social .
Os “movimentos sociais” não citam o trabalho da Engenharia do Exército Brasileiro, asfaltando quilômetros de ruas, reconstruindo escolas, praças e outros bens públicos.
Curiosamente, nunca viram os brasileiros distribuindo água, comida, medicamentos, etc., tampouco os médicos e enfermeiros militares ajudando a dar à luz a inúmeras crianças dentro dos postos de saúde das bases.
Para não ser injusto, devo presumir que os “movimentos sociais” estejam preocupados e comprometidos com a melhoria das condições de vida da população haitiana, certo?
Só que, na visão distorcida dessa gente, tudo passa pela “autodeterminação do povo haitiano”, com um temperinho ideológico, claro, que ninguém é de ferro.
Exemplifico: o mesmo militar brasileiro descreve o boicote de uma ONG ambientalista (“movimento social” por excelência) a um projeto que previa a construção de latrinas em determinada área (as observações entre parêntesis são minhas).
- Na primeira reunião -narra ele- a alegação (verdadeira) foi de que as latrinas contaminariam a água do subsolo. (Bravo!)
- Em nova reunião, foi sugerida a coleta e envio de esgoto até o despejo em uma vala. Nova obstrução, pois poluiria o rio mais próximo. (Comovente a preocupação com o meio ambiente.)
- Nova sugestão: construir fossas junto às casas! Também não, da mesma forma, poluiria as águas subterrâneas. (Aplausos!)
- A decisão?
- Não fazer nada!!!
E assim, os moradores da comunidade continuam a fazer suas necessidades no quintal, esperando que a chuva espalhe os dejetos!!!!
Afinal, os “movimentos sociais” estão aí, a postos, para garantir que “autodeterminação do povo haitiano” lhes garanta o direito de decidir o que fazer com suas próprias fezes, não é mesmo?

OAB VAI À JUSTIÇA PARA PROIBIR EXERCÍCIO DA ADVOCACIA POR OFICIAIS DO EXÉRCITO

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ajuizou hoje (22) ação ordinária na Justiça Federal contra a União, com o objetivo de proibir o exercício da profissão de advogado por oficiais do Exército da ativa. Conforme a ação da OAB, oficiais do Exército estão praticando exercício ilegal da advocacia, atuando não só como advogados, mas também em consultorias, assessorias e até direção jurídica – atividades privativas de advogados inscritos na OAB, de acordo com o Estatuto da Advocacia. A ação pede a declaração de invalidade jurídica da portaria do Ministério da Defesa que “autoriza” o exercício de atividades privativas da advocacia por oficiais do Exército.
claudiohumberto.com.br

MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR REABRIU APURAÇÕES SOBRE DESAPARECIDOS NA DITADURA

O Ministério Público Militar reabriu 25 casos de investigação sobre desaparecidos políticos no regime militar (1964-1985). A reabertura foi baseada na tese sustentada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, de que sequestros de pessoas não encontradas, vivas ou mortas, são crimes em andamento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a nova tese, por serem delitos ainda sem solução, eles ainda não prescreveram e não podem ser abrangidos pela Lei da Anistia.
No início deste mês, a Procuradoria Geral da Justiça Militar encaminhou ofício ao comando do Exército solicitando informações sobre a composição e as atribuições dos oficiais do DOI-Codi de São Paulo - órgão repressor da ditadura militar- no período de 1971 a 1976..
Para os procuradores, os militares Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, que comandaram o DOI-Codi de 1971 a 1976, são responsáveis pelos delitos.
Redação Terra

21 de junho de 2009

EMPACOU O PAC? CHAMA O EXÉRCITO! (IV)

O que começou como uma solução temporária para acelerar as obras de infraestrutura tem se transformado na principal arma do Governo federal para concluir os projetos. Nos últimos três anos, a transferência de obras para o Exército cresceu cerca de 900% e elevou o faturamento anual de R$ 40 milhões para mais de R$ 400 milhões. A demanda tem sido tão forte que, em alguns casos, o serviço precisa ser terceirizado por falta de mão de obra. A expansão da carteira de projetos, que beira os R$ 2 bilhões, tem causado inveja até mesmo às grandes construtoras, que torcem o nariz e contestam o avanço do Exército no setor. Em média, o custo dos projetos do Exércio é 18% menor. Às vezes, 40% mais barato. Além disso, as obras são feitas de acordo com exigências militares de resistência e rusticidade. (informações do Estadão)
CORREIO DO ESTADO (MS)


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DESASTRE AÉREO: AVIÃO COM RADAR NOTURNO É RETIRADO DAS BUSCAS

O Exército anunciou neste sábado (20), que o R-99, avião equipado para rastreamento noturno, foi retirado das operações de busca ao Airbus desaparecido a três semanas.
Em nota, o comando do Exército informou que "o R99 voou mais de cem horas e cumpriu um papel fundamental na operação, principalmente em sua fase inicial, quando permitiu localizar os primeiros restos do voo 447 a 1.000 km do litoral brasileiro."
A busca continua com outro avião e navios franceses e brasileiros.
MINISTÉRIO DA DEFESA

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MILITARES LOCALIZAM POSSÍVEIS NOVOS DESTROÇOS
MAIS TRÊS CORPOS SÃO ENCONTRADOS
MILITARES ADMITEM QUE CHANCE DE ENCONTRAR TODOS OS CORPOS É REMOTA
FRANÇA ELOGIA MILITARES BRASILEIROS
MARINHA E AERONÁUTICA JÁ RESGATARAM 41 CORPOS

ARAGUAIA: CURIÓ CONFIRMA EXECUÇÃO DE 41 GUERRILHEIROS


De Leonencio Nossa, para o Estado de São Paulo
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975).
Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia.
Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas.
Até a abertura do arquivo de Curió, eram conhecidos 25 casos de execução. Agora há 16 novos casos, reunidos a partir do confronto do arquivo do major com os livros e reportagens publicados. A morte de prisioneiros representou 61% do total de baixas na coluna guerrilheira.
Uma série de documentos, muitos manuscritos do próprio punho de Curió, feitos durante e depois da guerrilha, contraria a versão militar de que os mortos estavam de armas na mão na hora em que tombaram.
Muitos se entregaram nas casas de moradores da região ou foram rendidos em situações em que não ocorreram disparos.
Os papéis esclarecem passo a passo a terceira e decisiva campanha militar contra os comunistas do PC do B - a Operação Marajoara, vencida pelas Forças Armadas, de outubro de 1973 a janeiro de 1975.
Nota do editor: classificar a guerrilha como"movimento de resistência" é ofender a inteligência dos leitores. O que houve no Araguaia foi uma disputa entre dois projetos ditatoriais. Os maoístas perderam.
(PS:obrigado ao mestre Reinaldo Azevedo pelo alerta. )

20 de junho de 2009

HAITI: CONTINGENTE DE ENGENHARIA DO MS CONCLUI PREPARAÇÃO

Dezesseis militares da 4ª Companhia de Engenharia de Jardim (MS), terminaram o treinamento e deverão se integrar, a partir do final do mês, ao 9º Contingente da Companhia de Engenharia de Força de Paz do Haiti, a exemplo de outras dezenas de militares de Jardim e Guia Lopes da Laguna que já atuaram na missão.

AQUIDAUNA NEWS

ALUNA DO COLÉGIO MILITAR DE RECIFE VENCE O "SOLETRANDO" DA REDE GLOBO

A "garota sorriso", Larissa Oliveira, 15 anos, estudante do 9º ano do Colégio Militar do Recife, acaba de vencer o concurso Soletrando, do programa Caldeirão do Huck. A jovem ganhou uma bolsa de estudos no valor de R$ 90 mil e levou para casa o Troféu Monteiro Lobato.

JOBIM EM PORTUGAL: BRASIL NÃO PARTICIPA DE OPERAÇÕES DE "FAZER A PAZ"

"O Brasil só participa em operações sob a bandeira da ONU, de manutenção da paz (peace keeping) e não para fazer a paz (peace making)", declarou ontem em Lisboa o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao ser questionado sobre a possibilidade da participação brasileira em uma eventual força de estabilização para a Guiné-Bissau.
Jobim declarou que o Brasil pretende "colaborar com o Ministério da Defesa guineense". Para isso, enviará para a Guiné-Bissau uma missão militar para colaborar na reestruturação do exército.
Mesmo assim, Jobim admitiu que se se tratasse de uma força sob a bandeira das Nações Unidas, o Brasil poderia ainda examinar a questão.
"Eu não fui consultado, nem o ministro da Defesa (de Portugal) me falou nada sobre esse assunto", esclareceu, advertindo que, nesse caso, "podia garantir a realização das eleições presidenciais" no próximo dia 28.
"No nosso ponto de vista é fundamental a realização de eleições, a criação de um novo governo e, em cima do novo governo, começar a reconciliação nacional e a reconstrução do país", destacou.
Leia mais.
Expresso

BRIGADA DE INFANTARIA LEVE FESTEJA NOVENTA ANOS E RECUPERAÇÃO DOS FUZIS ROUBADOS

A Brigada de Infantaria Leve (Caçapava-SP) comemorou ontem 90 anos, no dia em que foi recuperado o último fuzil dos sete que foram roubados do 12º BIL.
Nos 90 anos de história, o destaque foi a atuação dos militares na Segunda Guerra Mundial.
Hoje, a Brigada é uma tropa de ação rápida do Exército, que já autou na Força de Paz no Haiti e na segurança ao Papa Bento XVI, em 2007.
Nesta quinta-feira (18) foi recuperado o último dos sete fuzis roubados de dentro do quartel em março. O fuzil estava enrolado em um lençol, dentro de uma valeta, às margens da Rodovia Carvalho Pinto, no trecho que corta São José dos Campos. Ele foi recuperado após a prisão de um suspeito conhecido como Juninho, que estava escondido na capital. Segundo a polícia, ele teria apontado onde estaria a arma.
"Evidentemente, no local onde aconteceu a ação, algumas questões de segurança foram reavaliadas. No geral nós nos consideramos seguros e as medidas tomadas foram pontuais", disse o general Araújo Lima,comandante da Brigada Aeromóvel.
Um suspeito, conhecido pelo apelido de “Mexirica”, ainda está sendo procurado pela equipe de investigação.
Leia mais.

VNews



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19 de junho de 2009

HAITI: FRUSTRADA TENTATIVA DE ATRIBUIR MORTE DE MANIFESTANTE A SOLDADOS BRASILEIROS

Um manifestante foi morto ontem no centro de Porto Príncipe, capital do Haiti, durante velório que se transformou em manifestação de seguidores de Jean Bertrand Aristide. O funeral era do padre Gérard Jean-Juste, ligado ao ex-presidente.O religioso, que auxiliava os pobres no Haiti e na Flórida, morreu há duas semanas.
Imagens de TV mostraram que os manifestantes enfrentaram os soldados da Missão de Paz, chefiada pelo Brasil. Inicialmente, a morte foi atribuída a um tiro, que teria sido disparado por um dos militares. O comandante da missão, general Floriano Peixoto (brasileiro), afirmou que o suposto tiro não foi disparado pelas tropas
A porta-voz Sophie Boutaud de la Combe informou que as tropas brasileiras dispararam sete tiros de advertência para afastar a multidão, que agiu de forma agressiva, e que depois os soldados foram enviados de volta para a base. "Os capacetes azuis teriam sido atacados a pedradas por manifestantes provenientes de vários bairros da cidade", explicou.
O incidente aconteceu quando milhares de pessoas participavam dos funerais do padre Gérard Jean-Juste, ligado ao ex-presidente haitiano Jean Bertrand Aristide. O religioso, conhecido por seu trabalho entre os pobres no Haiti e em Miami, morreu há duas semanas na Flórida.
Segundo os manifestantes, o morto teria sido "abatido por soldados brasileiros da Minustah", o que foi imediatamente negado pelo comandante brasileiro, que afirmou ter “soldados altamente capacitados, acostumados a lidar com protestos, que carregam armas não letais para lidar com este tipo de situação.” Segundo Floriano Peixoto, em muitos casos os protestos são infiltrados por "elementos de fora do contexto original" da manifestação e que têm "segundas intenções".

NÃO FOI TIRO
As notícias de hoje praticamente confirmam a convicção do comandante brasileiro, com a informação de que a morte, inicialmente atribuída a uma bala, aconteceu, na realidade, por um ferimento na cabeça da vítima, causada por uma pedra ou um objeto contundente.
Em nota oficial, o comando da missão afirmou que "a Minustah desmente categoricamente as alegações, segundo as quais alguns membros de seu componente militar teriam atirado contra uma pessoa que faleceu esta manhã".

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