30 de junho de 2012

Tenente do Exército está desaparecido há quatro dias no Rio Solimões

Exército procura tenente desaparecido no Rio Solimões, no Amazonas

Militar estava de colete e fazia trabalho investigativo


Álisson Castro . portal@d24am.com
Manaus - O primeiro tenente do Exército Brasileiro,Rui Guilherme Cohen Nascimento, 27, está desaparecido há quatro dias, após naufrágio em Alvarães (a 531 quilômetros a oeste de Manaus). De acordo com o Comando Militar da Amazônia (CMA), o militar estava a caminho da sede do município de Tefé em uma balsa do Exército acompanhado do sargento Alex Sandro Teixeira Dorai.
Eles precisaram pegar mantimentos e seguiram em uma voadeira pelo Rio Solimões. Durante o trajeto a pequena embarcação foi atingida por um forte banzeiro e virou. Ambos usavam colete salva-vidas, informou o Exército.
A reportagem do Portal D24AM apurou que o primeiro tenente integrava uma equipe de investigação sobre desvio de combustível, informação não confirmada pelo CMA.
O Exército informou que o militar estava em missão de entrega de suprimentos alimentícios da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé.
O comando informou, por meio de sua assessoria, que até o final da tarde ontem, o primeiro tenente ainda não havia sido encontrado. Os serviços de busca continuam sendo feitos pelo Exército com barcos e um helicóptero militar auxiliado pela Marinha, além de homens do Corpo de Bombeiros do Amazonas.
O sargento que estava na voadeira foi resgatado por ribeirinhos, informou o CMA.
Nascimento presta serviço no Centro de Embarcações do Exército, no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus.
D24am/montedo.com

Em agosto: documentos do extinto EMFA serão abertos ao público

Documentos sigilosos das Forças Armadas serão abertos ao público

Documentos sigilosos produzidos ou acumulados entre 1946 a 1991 pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) serão abertos ao público em agosto. Eles fazem parte do arquivo do Ministério da Defesa e serão encaminhados ao Arquivo Nacional, após análise.
De acordo com o Ministério da Defesa, o levantamento da documentação atende à Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em maio. O acervo inclui ofícios, memorandos e mensagens trocadas por autoridades militares e civis do governo brasileiro, relatórios sobre a conjuntura política nacional e internacional e correspondências trocadas entre integrantes do governo e representantes de outros países.
O ministério informou que um grupo de trabalho vai fazer a análise, o inventário e o recolhimento do acervo ao Arquivo Nacional. O material também será digitalizado. Os documentos vão estar disponíveis para consulta pública após o prazo legal de 30 dias, contados a partir da próxima segunda-feira.
O acervo está organizado em 37 volumes encadernados classificados como sigilosos, recebidos ou produzidos no Emfa, extinto em 1999, após a criação do Ministério da Defesa. Há também 52 volumes de boletins reservados.
A existência dos documentos sigilosos foi informada à comissão e ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no último dia 8 pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Dias antes, Amorim participou da reunião da Comissão Nacional da Verdade e disse que o ministério repassaria todas as informações que forem requisitadas pela comissão, inclusive arquivos dos centros de informações do Exército (CIE), da Marinha (Cenimar) e da Aeronáutica (Cisa).
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Agência Brasil/montedo.com


STM condena mulher que recebeu pensão da mãe falecida por sete anos

STM: Mulher que fraudou Previdência em R$ 400 mil vai ficar reclusa

O Superior Tribunal Militar negou recurso de uma civil condenada por ter embolsado R$ 400 mil referentes à pensão de sua mãe. A ré se passava pela mãe falecida para efetuar o recadastramento anual, e fraudou a previdência por sete anos. De acordo com a denúncia, a mãe da mulher condenada morreu em 2003 e, anualmente, e a filha ligava para a administração militar como se fosse a pensionista para efetuar o recadastramento, sob o argumento de que estava muito doente para comparecer à seção militar.

Confissão
O Exército continuou pagando a pensão até 2010. O sigilo bancário da civil foi quebrado a pedido do Ministério Público Militar, o que comprovou a fraude. Em depoimento, a acusada confessou o crime, e contou que ela e sua família sofriam ameaça de morte feita por agiotas. A Auditoria Militar do Rio de Janeiro condenou a acusada, e fixou a pena em quatro anos. No entanto, aplicou a atenuante de confissão espontânea, o que reduziu a pena para dois anos e oito meses de reclusão.
No recurso ao STM, a defesa contestou a fixação da pena base acima do mínimo legal e pediu para a condenação ser substituída por prestação de serviços comunitários. No entanto, o relator do caso, ministro José Américo dos Santos, manteve a sentença de primeira instância. O relator explicou que a pena acima do mínimo legal teve sua origem no elevado tempo que durou a fraude — sete anos — e na má-fé da civil em enganar a administração militar se passando pela mãe falecida. O ministro entendeu que o argumento de que sofria ameaça de morte não foi comprovado.
“Dívidas e dificuldade financeira não autorizam o cidadão a lançar mão de empreitadas criminosas”, acrescentou o relator. Quanto à substituição da pena por serviço comunitário, o relator lembrou que o Código Penal Militar não contempla essa modalidade de substituição de pena. Os ministros, por unanimidade, acompanharam o seu voto. Com a decisão, a civil deve começar a cumprir a pena em regime prisional inicialmente aberto.
Jornal do Brasil/montedo.com

Após 6 anos: certidão de óbito comprova que soldado da FAB foi morto por um tubarão

ATAQUE DE TUBARÃO: 20 ANOS
Certidão de óbito comprova que soldado foi morto em ataque de tubarão
Reportagem do JC teve acesso ao documento, que revela que Darlan dos Santos Luz morreu por hemorragia provocada por animais de grande porte

Recife - A comprovação de que casos são subnotificados, suspeita levantada por médicos-legistas e bombeiros, é um dos temas desta sexta-feira (29) da série de reportagens Ataque de tubarão: 20 anos. Cópia de certidão de óbito, entregue ao JC pelo pai de uma das vítimas ocultadas, comprova a morte por hemorragia depois das mordidas. Veja, ainda, como foi o protesto dsta quinta (28), data do primeiro ataque oficialmente registrado, na Praia de Piedade. Sábado (30), último dia da série, conheça um estudo sobre os problemas psicológicos dos sobreviventes.
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Pai de Darlan olha a foto do filho pequeno - Fotos: Hélia Scheppa
Textos: Carlos Eduardo Santos e Verônica Falcão
A morte do soldado da Aeronáutica Darlan dos Santos Luz, em 3 de setembro de 2006, aos 21 anos, provocou dissidências no Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). Médicos-legistas que defendiam a inclusão dele na lista das vítimas, hoje totalizando 55, 20 delas fatais, deixaram a entidade. Agora, cinco anos depois da briga, que expôs a possibilidade de subnotificação de casos, o JC teve acesso à certidão de óbito dele.
O laudo é taxativo. Aponta como “causa da morte hemorragia externa decorrente de ferimentos corto-contusos em tronco e membros provocados por animais marinhos de grande porte.” Ou seja, Darlan foi atacado por um tubarão, na frente do Edifício Holliday, em Boa Viagem.
O documento, guardado junto a fotos e objetos pessoais de Darlan pelo pai dele, o ambulante Edvaldo Severino da Luz Filho, 61, é uma prova de que o Cemit esconde o número real de vítimas, que pode chegar a uma centena, segundo o tenente-coronel bombeiro da reserva Neyff Souza, pesquisador autodidata do assunto.
“Não tenho dúvida de que Darlan foi atacado. Ele desapareceu de tarde, às 13h, num domingo. No dia seguinte, quando os bombeiros acharam o corpo, na frente do Edifício Castelinho, mais ou menos 10h, eu estava na praia procurando também. Vi na barriga e na perna dele as marcas dos dentes do bicho. Foi horrível. Nem era preciso ser especialista pra saber que aquilo era mordida de tubarão”, relata Edvaldo.
O ambulante lembra que, na época do ataque, a praia ainda não era sinalizada. As placas, hoje 150 ao todo, entre educativas e de advertência, passaram a ser afixadas na orla, de Olinda ao Paiva, em 2007, por exigência do Ministério Público Federal. Por isso Edvaldo, que mora numa casa alugada no Jordão Baixo, Zona Sul do Recife, pretende processar o governo do Estado.
Leia mais sobre o caso Darlan, a sugestão do GBMar de criar uma nova lsita e como foi o protesto em frente à Igrejinha de Piedade, na edição desta sexta-feira (29) do Jornal do Commercio.
JC/montedo.com

Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas” é incorporado à Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil efetivou ontem (29), em cerimônia presidida pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante-de-Esquadra Fernando Eduardo Studart Wiemer, nas dependências da Base Naval de Portmouth, no Reino Unido, a Incorporação do navio-patrulha oceânico “Amazonas”.
O navio, construído pela empresa BAE Systems Maritime – Naval Ships, recebe o mesmo nome da classe em que se enquadra, “Amazonas”, que contará com mais duas embarcações até 2013: navio-patrulha oceânico “Apa” e navio-patrulha oceânico “Araguari”, todos nomes de importantes rios brasileiros. O navio teve sua construção iniciada em 15 de fevereiro de 2008, com o batimento de quilha em 15 de junho do mesmo ano. Foi lançado ao mar em 10 de fevereiro de 2009 e sua construção foi finalizada em setembro de 2010.
As principais características do Navio são:
Comprimento Total: 90,5 metros
Comprimento entre Perpendiculares: 83 metros
Boca Máxima: 13,5 metros
Calado de Navegação: 6,0 metros
Deslocamento Carregado: 2.060 toneladas
Velocidade Máxima com 2 MCP: 25 nós
Raio de Ação a 12 Nós: 4.000 milhas náuticas
Autonomia: 35 dias
Capacidade de Tropa Embarcada: 39 militares
Capacidade de Transporte de Carga: 06 Conteineres de 15 toneladas
Armamento: 01 canhão de 30mm e 02 metralhadoras de 25mm
Sistema de Propulsão: 2 Motores MAN 16V28/33D 7.350 HP
Geração de Energia: 3 Geradores CATERPILLAR de 550 kW
1 Gerador CATERPILLAR de 200kW
Tripulação: 12 Oficiais, 21 SO/SG e 48 CB/MN
Os Navios-Patrulha destinam-se ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas a de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
O navio-patrulha Oceânico “Amazonas” foi projetado e construído para atender às necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas. Devido à sua grande autonomia e capacidade de operar com aeronave orgânica (helicóptero) e duas lanchas, contribuirá com os demais navios da Marinha do Brasil na proteção e fiscalização da chamada “Amazônia Azul”.
Após a incorporação à Marinha, o “Amazonas” será preparado para navegar em direção ao Brasil, o que está previsto para ocorrer na primeira quinzena de agosto. Em uma viagem de dois meses, o navio suspende de Plymouth, cumprindo o seguinte roteiro: Lisboa (Portugal), Las Palmas (Espanha), Mindelo (Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria), São Tomé e Príncipe, Natal (RN), Salvador (BA), Arraial do Cabo (RJ) e tem como porto final, na primeira quinzena de outubro, o Rio de Janeiro (RJ).
Portos e Navios/montedo.com

FX-2: governo adia compra dos caças. De novo.

Governo adia outra vez compra de caças para Aeronáutica

Apesar de o ministro Celso Amorim (Defesa) ter dito no Congresso que o novo caça da Aeronáutica seria anunciado ainda neste semestre, o governo brasileiro enviou carta aos Estados Unidos, à França e à Suécia pedindo a extensão das propostas até 31 de dezembro.
O Brasil, representado pela Aeronáutica, solicita no texto que os três governos e as empresas concorrentes --a Boeing norte-americana, a Dassault francesa e a Saab sueca-- mantenham até a nova data os termos, as condições e os valores das propostas concluídas ainda no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já atualizadas ao menos duas vezes.
Enviado via embaixadas em Brasília, no dia 20 de junho, o documento foi assinado pelo brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate), responsável pela avaliação das propostas.
Conforme a Folha apurou, a nova postergação ocorre por ser inoportuno anunciar um gasto que pode chegar a ficar entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões (R$ 12 bilhões e R$ 16 bilhões) em um cenário de crise internacional e baixo crescimento econômico.
Esse é mais um dos recuos do Brasil no processo de renovação dos aviões de caça da FAB (Força Aérea Brasileira). O primeiro programa, chamado de F-X, no governo Fernando Henrique Cardoso, foi suspenso por Luiz Inácio Lula da Silva em 2005.

PROGRAMA
Ao ser retomado, o programa ganhou o nome de F-X2 e praticamente começou do zero, até porque as próprias empresas já tinham atualizado sua oferta de aeronaves.
Após a eliminação do Sukhoi russo e do Eurofighter Typhoon europeu, sobraram na disputa o Dassault Rafale, o Boeing F-18 e o Saab Gripen.
O F-X2, porém, não teve melhor sorte do que o original F-X. Atravessou todo o segundo mandato de Lula, com direito a disputas entre empresas e governos e alguns vexames do Brasil.
Quando o então presidente francês Nicolas Sarkozy veio ao Brasil para uma solenidade do 7 de Setembro, o governo chegou a anunciar a opção pelo Rafale. Lula, porém, teve de recuar: o relatório final da FAB ainda estava sendo produzido.
Quando concluído e revelado pela Folha, o Planalto e a Defesa foram surpreendidos com o resultado: o sueco ficou em primeiro lugar, o norte-americano em segundo, e o preferido da área política, o francês Rafale, em terceiro e último.
O programa então arrastou-se e foi postergado de vez com a eleição da presidente Dilma Rousseff.
Jornal Floripa/montedo.com

29 de junho de 2012

STF prorroga prazo de validade das normas dos concursos das Forças Armadas

AGU consegue no STF prorrogação do prazo de validade de normas dos concursos que limitam a idade para o ingresso nas Forças Armadas

Leane Ribeiro
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu nesta sexta-feira (29/06), no Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogar, até 31 de dezembro de 2012, o prazo de validade dos editais e regulamentos de concursos das Forças Armadas que limitam a idade para o ingresso na carreira. A medida visa assegurar a continuidade dos 20 processos seletivos da Marinha e Exército brasileiros que estão paralisados, pois ainda aguardam aprovação no Congresso de nova lei que fixa critérios específicos paras estes casos.
Diante do risco de grave insegurança jurídica, a Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT), órgão da AGU, elaborou manifestação na qual explicou ao STF que o prazo estipulado anteriormente pela Corte não foi suficiente para a aprovação da lei. Ao pedir a extensão desse limite, o órgão destaca que a suspensão dos concursos prejudicaria o andamento das fases para preenchimento de vagas nas Forças Armadas. Encontram-se suspensos atualmente 12 concursos da Marinha e oito do Exército.
Inicialmente, a União havia recorrido ao STF contra decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que determinou que o limite de idade para ingresso nas Forças Armadas deveria ser fixado por lei ordinária e não apenas estabelecida nos editais. A Justiça Federal entendeu que esse posicionamento está previsto no artigo 142, parágrafo 3ª, X, da Constituição Federal.
Devido a preocupação com a manutenção e funcionamento das Forças Armadas, o Supremo fixou, até 31 de dezembro de 2011, a validade dos editais e regulamentos dos concursos que previam limites de idade, prazo em que seria editada uma nova lei sobre o assunto. Ao apreciar o caso, o STF entendeu que a expressão contida no artigo 10 da Lei nº 6.880/80, ao estabelecer o ingresso na carreira militar conforme os "regulamentos da Marinha, Exército e da Aeronáutica", não estaria amparada pela Constituição.
Após essa decisão, a Presidência da República encaminhou ao Congresso Nacional, em regime de prioridade, os Projetos de Lei (PLCs) nº 2843/2011 e nº 2844/2011 propondo a alteração da Lei nº 11.279/06 sobre os requisitos para ingresso nas carreiras da Marinha e nos cursos de formação de militares do Exército. Os PLCs foram aprovados pela Câmara Federal no dia 14 de junho e encaminhados ao Senado, onde estão sob a análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, com parecer do relator favorável à matéria.
Na manifestação, a SGCT ressaltou ainda que apesar do empenho do Governo Federal para aprovação mais rápida dos projetos, a fim de evitar problemas com a ausência das referidas normas, ainda não existe previsão para aprovação da lei no Congresso. Segundo o órgão, o afastamento desses regulamentos e editais poderia gerar outros problemas, como a possibilidade de ingresso de candidatos com idade muito superior àquela prevista nas normas.

Casos
Um exemplo disso foi o caso citado pela ministra do STF Ellen Gracie durante julgamento, em que um candidato com 77 anos obteve na Justiça liminar para participar de provas de admissão às Forças Armadas. Em outro julgamento, um candidato de 43 anos conseguiu permissão para concluir as fases para ingresso quadros da Marinha onde o limite de idade é de 32 anos. No Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica, um outro foi matriculado, aos 48 anos, por força de decisão judicial e após três meses de formado na Escola de Especialistas, já poderá ser transferido para os quadros de reserva remunerada.
Para a AGU, restou clara a necessidade de se prorrogar o prazo de validade das normas até que a lei específica seja aprova pelo Congresso. O objetivo principal é garantir a continuidade dos concursos e o preenchimento anual dos quadros nas carreiras militares. Dados do Exército apontam que de 2010 a 2011 mais de 32 mil pessoas foram inscritas nos Cursos Preparatórios de Cadetes e mais de 85 mil para os Cursos de Formação de Sargentos.

Julgamento
A relatora do caso no Supremo Tribunal, ministra Carmem Lúcia, acolheu os argumentos da AGU, sendo seguida pela maioria do plenário.
Ref.: Recurso Extraordinário nº 600.885 - STF
AGU/montedo.com

Greve: funcionários do Hospital das Forças Armadas paralisam atividades por aumento de salário

Funcionários do HFA cruzaram os braços por aumento de salário
Funcionários do Hospital das Forças Armadas (HFA) cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (29/6) em busca de reajuste salarial. Os médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem que aderiram à paralisação, estão na entrada do hospital e querem negociar com o Govero Federal. Durante a manifestação, sem prazo para terminar, apenas os seviços médicos da emergência, do centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e laboratório estão funcionando.
Em apoio a greve, servidores de todo o país farão uma passeata às 11h na Esplanada dos Ministérios com destino ao Ministério do Planejamento, segundo a coordenadora da greve, Valda Eustáquio. Os funcionários do Hospital devem se dirigir ao local para se juntar ao grupo.
De acordo com Eustáquio, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) também deve aderir a greve a partir de segunda-feira (2/7). Outros hospitais federais espalhados pelo país também devem aderir à greve.
Correio Braziliense/montedo.com

Exército deixa o Alemão nesta sexta: “fomos ríspidos, mas cumprimos o dever”

Policiais já assumiram o comando da região com instalação de UPP
Ilustração: Cadu Tavares (Gabeira.com)
A região dos complexos da Penha e Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, passará nesta sexta-feira (29) pela última etapa do processo de substituição da Força de Pacificação do Exército por policiais militares. As últimas comunidades a receberem UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foram as que compõem o Parque Proletário da Penha, incluindo a Vila Cruzeiro.
Diante do fim de um ciclo que marcou a história das Forças Armadas, o major Marcus Bouças, oficial de comunicação da Força de Pacificação, exaltou o período de permanência na região, mas admitiu que foi preciso agir com maior rigidez em razão de algumas atitudes “desproporcionais” de moradores.
— Buscamos desempenhar o trabalho da melhor forma possível, para o bem de toda a comunidade. Os poucos acontecimentos de confronto se deram pela necessidade de momento, por causa de algumas atitudes que não condiziam com a normalidade. Foi preciso usar mais rispidez nestes casos. Mas todos foram levantados e investigados através de Inquérito Policial Militar e foram solucionados.
Segundo Bouças, porém, os episódios negativos não apagam a história construída desde que os complexos foram tomados das mãos da maior facção criminosa do Rio, em novembro de 2010. O major considera que a passagem do Exército pelo Alemão e Penha cumpriu os objetivos e preparou o terreno para que o governo do Estado estendesse a rede das UPPs.
— Saímos desta missão totalmente motivados. Temos consciência do dever cumprido. Nos propusemos a manter a paz na região, deixando sempre em primeiro lugar o bem estar da população.
Ao longo dos quase dois anos de presença do Exército nas comunidades, alguns confrontos com moradores colocaram o projeto em xeque. No último dia 10 de março, um jovem acusou soldados de o terem torturado na Vila Cruzeiro. O caso foi levado à Polícia Civil, que abriu inquérito. Mais de dez militares foram ouvidos e negaram o crime.
Em setembro do ano passado, uma ação de criminosos desestabilizou por alguns momentos o comando do Exército no Complexo do Alemão. No dia 4, moradores e militares se envolveram em uma confusão. Segundo os militares, eles foram atacados com pedras e garrafas e reagiram com balas de borracha e spray de pimenta.
Dois dias depois, um novo conflito, desta vez com traficantes, voltou a deixar em foco o complexo. Tiros foram disparados por criminosos, o que assustou moradores e fechou o comércio local. À época, o major Marcus Bouças informou que um homem ficou ferido, próximo à estação de teleférico da Fazendinha. Segundo Bouças, a vítima estava aparentemente alcoolizada.
O Exército não confirmou na ocasião, mas o tiroteio teria começado após um "bonde" de ao menos dez carros com 50 traficantes armados invadir uma das favelas da região, segundo informações recebidas pela polícia. Ainda de acordo com os policiais, os bandidos seriam remanescentes da Vila Cruzeiro e teriam tentado retomar parte do território ocupado.

Último passo
A instalação da UPP no Parque Proletário da Penha foi iniciada às 6h de quinta-feira (28). O mesmo processo já havia sido realizado entre março e junho nas comunidades da Fazendinha, Nova Brasília, Alemão, Pedra do Sapo, Chatuba, morro da Fé e morro do Sereno.
Segundo o comando da Polícia Pacificadora, o total do efetivo na área dos complexos do Alemão e Penha deve ser de cerca de 2.000 policiais.
R7/montedo.com

AGU tenta liberar concursos do Exército e da Marinha no STF

Última sessão do semestre
Lauro Jardim
Na última sessão do semestre, que acontece nesta manhã no STF, a Advocacia-Geral da União vai tentar convencer os ministros a prorrogarem até o fim do ano a validade de editais de concursos do Exército e da Marinha que colocam itens como idade, peso e altura nos critérios de seleção.
Atualmente, vinte concursos estão suspensos, sendo doze da Marinha e oito do Exército.
A AGU acredita que até o fim do ano o Congresso vai conseguir aprovar leis para garantir que as Forças Armadas usem tais critérios seus editais.
Todo o problema teve inicio no ano passado, quando o STF entendeu que, sem uma lei específica, não poderia impedir que senhores de idade ou fora de forma ingressassem no no Exército através dos concursos.
Radar On-line (Veja)/montedo.com

Síria: general elogia comprometimento e coragem de observadores militares brasileiros





Chefe de missão na Síria afirma que não quer soldados da ONU armados
Em entrevista ao G1, general elogiou 11 brasileiros no país. 'São corajosos'.
Governo e rebeldes 'decidiram que têm mais a ganhar lutando', acredita ele.

Tahiane Stochero
O general Robert Mood, que comanda a missão de paz da ONU na Síria, disse em entrevista exclusiva ao G1 que, apesar do aumento da violência, ele não quer observadores das Nações Unidas armados no terreno.
General Robert Mood comanda observadores da ONU
na Síria, incluindo 11 brasileiros
(Foto: Martial Trezzini/AP)
Desde maio de 2012, ele chefia 300 militares que monitoram um conflito entre governo e grupos rebeldes, iniciado em março de 2011, que já provocou mais de 15 mil mortes.
No grupo de observadores da ONU, há 11 militares brasileiros que foram elogiados por Mood. "Eles são comprometidos e corajosos", afirmou.
Há duas semanas, o trabalho deles foi suspenso pelo Conselho de Segurança porque não havia condições de segurança.
Nesta semana, a ONU divulgou estar “alarmada” com a violência no país e preocupada com a proteção de jornalistas e a população civil. Mesmo assim, Mood disse que os observadores têm a obrigação de continuar no país até que as partes voltem a negociar. E, para ele, devem continuar desarmados.
“A violência na Síria está gradualmente aumentando desde 10 de junho. Tanto o governo da Síria como os grupos armados de oposição estão focados em perseguir os meios militares para alcançar seus objetivos”, explicou o general, que respondeu, a partir de Damasco, quartel-general da ONU na Síria, às perguntas enviadas pela reportagem por e-mail.
“Carros da ONU estiveram sob ataques de tiros, direta e indiretamente, diversas vezes até suspendermos o trabalho. Já há muitas armas nas mãos do governo e dos rebeldes nesse país. Se nós introduzirmos observadores armados, tendo a acreditar que isso irá complicar a situação e pode até prolongar o conflito”, ponderou.
Carros levando observadores da ONU foram atingidos
por tiros em El-Haffeh, na Síria (Foto: ONU/Divulgação)
“Como observadores desarmados, acreditamos que nosso comprometimento com a população é ainda nossa melhor força de proteção”, afirma. “Também tenho a preocupação de que, se andarmos armados, nossos observadores passam a ser vistos mais como alvos legítimos.”
Questionado sobre se acreditava que uma intervenção internacional da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou uma missão da ONU para impor a paz no país seriam alternativas para resolver o problema, respondeu: “Apenas as partes (governo e rebeldes) podem pôr fim à violência na Síria”.

Conflito de muitas faces'
Mood demonstrou preocupação com a população civil, afirmando que viver no país está mais perigoso devido ao aumento do uso de explosivos, armas pesadas (bombas e metralhadoras), intensos tiroteios e atiradores de precisão (snipers) em comunidades. “Também estou preocupado com a contínua ocupação militar de hospitais e que pessoas tenham acesso a tratamento e a medicamentos”.
Apesar de Kofi Annan, encarregado pela ONU e pela Liga Árabe de negociar o cessar-fogo na Síria, afirmar que a situação se aproxima de uma guerra civil, o general acredita que “é difícil colocar a crise na Síria em um modelo”.
Área com população morando em Homs é alvo de
ataques. ONU mostra preocupação com civis feridos
no confronto (Foto: David Manyua/ONU/Divulgação)
“É um conflito complicado e de muitas faces, com vários participantes e várias dimensões. Minha análise é que é um conflito de baixa intensidade, localizado e diferenciado, dependendo da região e da cidade. Além disso, as oposições políticas e armadas ao governo são muito fragmentadas”, afirmou.
Conflito de baixa intensidade é o termo que define uma guerra interna em um país, quando há confronto entre grupos insurgentes rebeldes e forças regulares do governo, como Exército e polícias.
“Quando o cessar-fogo foi declarado, em 12 de abril, a situação se acalmou por um tempo. Hoje, nós estamos vendo a deterioração da situação na Síria aumentando a cada dia. As partes (governo e rebeldes) decidiram que eles têm mais a ganhar com confrontos e violência do que com negociação política”, desabafa

'Time do Brasil'
O comandante da ONU diz que a violência ainda impede que os observadores façam patrulhas nas ruas, mas que a decisão de retomar ou não os trabalhos é revista a cada dia. Na quinta (28), Annan propôs um novo plano de transição ao governo. “Nossa missão é monitorar a diminuição da violência. A ONU nunca teve a intenção de monitorar o aumento da violência”, diz Mood.
Rebeldes sírios posam com armas em Idlib
(Foto: AFP)
“Meus observadores são a voz factual do que está ocorrendo nas ruas. Nós descrevemos apenas o que vimos com nossos próprios olhos e o que podemos verificar. Denunciamos violações aos seis pontos que o plano do Kofi Annan fez para conter a escalada do conflito e que tanto o governo como os rebeldes concordaram”, disse.
Entre os pontos monitorados estão o cessar-fogo, boas condições para os presos, liberdade de reunião e para protestos pacíficos, acesso de ajuda humanitária e liberdade de imprensa.
Mood agradeceu o apoio do Brasil para a formação da missão de observadores da ONU na Síria, afirmando que eles são “corajosos e comprometidos”. “Estamos realmente agradecidos ao suporte que o Brasil deu, permitindo que conseguíssemos estar aqui país com rapidez. Temos um time eficiente aqui do Brasil que tem demonstrado muita coragem e liderança”, disse ao G1.
O Brasil foi um dos primeiros países a enviar militares para a UNSMIS (Missão de Observadores da ONU para a Síria) no início de maio deste ano, logo após a criação. “Estou orgulhoso e impressionado e, acima de tudo, agradecido com a coragem e o comprometimento que os militares brasileiros demonstraram todos os dias”.
G1/montedo.com

Batalha fictícia entre argentinos e brasileiros chega ao ápice

Operação Guarani
Mais de 1,1 mil militares e 210 viaturas participam de ação conjunta na Argentina
Batalha fictícia entre argentinos e brasileiros chega ao ápice Rodrigo Allram,Exército Brasileiro/Divulgação
Soldados dos dois países fazem ação simultânea - Foto: Rodrigo Allram,Exército Brasileiro
Humberto Trezzi
humberto.trezzi@zerohora.com.br
Os militares envolvidos na Operação Guarani - maior exercício conjunto entre Brasil e Argentina, desde o século XIX — vivem há três dias batalhas fictícias intensas. Os exercícios, que envolvem cerca de 1.200 militares e 210 viaturas, simulam a entrada do Exército Brasileiro em território argentino para aliar-se ao país vizinho (Exército Azul), invadido por uma guerrilha (Exército Vermelho). A ação ocorre no município argentino de Apostoles, província de Misiones, cerca de 100 quilômetros a oeste de São Borja (RS).
Num dos pontos culminantes, quarta-feira, o ataque veio do céu. Dois helicópteros equipados com metralhadoras abriram fogo contra dois blindados, um Urutu e um Cascavel, da tropa comandada pelo Aspirante Mossi, comandante do 3º Pelotão Cavalaria Mecanizada de Santiago (RS). O contra-ataque foi rápido e eficiente. A munição era de festim, mas o combate foi real, compara Mossi. Os militares estão sempre de prontidão para bloquear o inimigo, mas sem informação alguma sobre quando e como os ataques vão acontecer.
—Para nós que estamos aqui, tudo é muito real e o fator surpresa ajuda a aumentar nossa tensão. Além disso, momentos adversos são cruciais, como ataques noturnos, quando não sabemos de onde vem o inimigo— descreve o soldado Miguel, há quatros anos no Exército Argentino. Ele avalia que preparo psicológico e físico são fundamentais para uma operação como essa. Ele permaneceu 16 horas na mesma posição, com recomenações para não perder a atenção.
A Operação Guarani prossegue até sexta-feira, quando militares dos dois países farão visitas e ações de ajuda a uma escola de Misiones. Os dois exércitos também farão demonstração de dois ataques, para melhorar a integração entre as forças."
Os oficiais que coordenam a ação conjunta acreditam que o entrosamento está perfeito. A próxima edição da Operação Guarani deve ocorrer dentro de dois anos, em território brasileiro.
ZERO HORA/montedo.com

Marinha vai reconhecer como dependente companheiro de militar gay

União homoafetiva
Casamento ainda não garantiu a militar gay o reconhecimento do estado civil
João Batista Pereira da Silva foi o primeiro integrante da Marinha a se casar oficialmente com uma pessoa do mesmo sexo. Somente agora, mais de nove meses depois, órgão se dispõe a alterar a identidade militar

Marina Pinhoni
João Batista Pereira da Silva e Claudio Nascimento Silva durante sua cerimônia de casamento
João Batista Pereira da Silva e Claudio Nascimento Silva durante sua cerimônia de casamento (Leonardo Simplício/Divulgação)
Quando duas pessoas se casam, é necessário que seja feita a alteração do estado civil nos documentos de identificação oficiais, bem como a consequente atualização dos dados cadastrais em diversas instituições. Um procedimento corriqueiro e automático, certo? Sim, desde que o casal seja heterossexual. Para João Batista Pereira da Silva e Claudio Nascimento Silva a batalha dura mais de nove meses.
João foi o primeiro militar da Marinha a se casar oficialmente com uma pessoa do mesmo sexo, em uma cerimônia realizada em agosto de 2011. Desde setembro daquele ano, briga para ter o novo estado civil reconhecido pelo órgão. Somente agora, depois de apelar para diversas frentes – entre elas a Presidência da República –, o cabo da reserva finalmente conseguiu um indicativo de que o caso será resolvido. Em nota enviada ao site de VEJA nesta quarta-feira, a Marinha afirmou que regularizará a situação até esta sexta, dia 29. O órgão informa que após o comparecimento dos dois ao Serviço de Identificação da Marinha (SIM), a nova identidade será expedida no prazo de quarenta e oito horas – o anúncio oficial dessa decisão para os interessados, entretanto, ainda não foi feito.
Desde setembro de 2010, João e Claudio – que é superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro – tem a união estável reconhecida. A disputa com a Marinha começou quando João solicitou a inclusão do parceiro como dependente para que ele tivesse acesso aos benefícios oferecidos para os cônjuges de militares. A resposta afirmativa ao requerimento só veio em outubro de 2011, mais de cinco meses depois do pedido.
Veja.com/montedo.com

28 de junho de 2012

UPP:Bope substitui Exército e ocupa a Vila Cruzeiro


Marcello Victor

Rio - A Polícia Militar começou, na manhã desta quinta-feira, a substituir as tropas do Exército que ocupavam a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte, há um ano me meio. Cerca de 500 homens do Batalhão de Choque (BPChoque), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) e Companhia de Cães.
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Policiais do Bope ocuparam a Vila Cruzeiro | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Segundo o major Marcus Bouças, da Força de Pacificação, policiais ocuparam pontos estratégicos da Vila Cruzeiro por volta das 6h e não houve registro de confrontos, prisões ou apreensões. O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, comemorou a ocupação.
"Essa é a conclusão de um trabalho iniciado há um ano de meio. O Exército desempenhou um papel maravilhoso. A ocupação foi um grande desafio, hoje é um dia histórico de retomada do Alemão e Penha", celebrou. De acordo com Caldas, será feita agora uma revista pela comunidade.