6 de março de 2018

Comandante do Exército se associa ao colega da Marinha e defende militar no Ministério da Defesa

No Twitter , o general Eduardo Villas Bôas diz que 'os argumentos são consistentes e desprovidos de ideologia'
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas - Michel Filho / Agência O Globo/14-02-2016

RODRIGO TAVES

BRASÍLIA - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, usou sua conta pessoal no Twitter, nesta segunda-feira, para se associar ao comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira, que, em entrevista publicada esta manhã no site do GLOBO, defendeu a permanência de um militar no Ministério da Defesa. Na última semana, após nomear o general Silva e Luna como ministro interino, o presidente Michel Temer afirmou que, em breve, vai renomear um civil para o ministério.
Em sua entrevista ao GLOBO, o comandante da Marinha disse: "Um militar, como qualquer outro profissional escolhido pelo presidente da República, pode sim chefiar o Ministério da Defesa. Anteriormente, profissionais de outras carreiras de Estado já exerceram esse cargo, e não há qualquer razão para que um militar não possa exercê-lo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o atual ministro da Defesa é um fuzileiro naval de carreira".
O almirante também negou que haja desentendimento entre as três forças sobre quem deve chefiar a Defesa:
"As Forças Armadas vivem um ambiente de extrema cooperação e, em atuação conjunta, buscam cumprir as missões a nós atribuídas. Não há a mínima restrição à indicação de um general para o cargo de ministro da Defesa, até porque essa escolha é prerrogativa do presidente. Adicionalmente, no caso em questão, o general Silva e Luna conta com larga experiência no cargo de secretário-geral do ministério, e se desincumbe de suas funções de maneira competente e equilibrada".
O comandante do Exército passou o dia no Rio, em reunião com o interventor na Segurança Pública, general Braga Netto, e também usou o Twitter para fazer comentários sobre a intervenção. Disse que o Exército não fará promessas que não pode cumprir.
O Globo/montedo.com

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