31 de agosto de 2014

A precarização salarial das Forças Armadas brasileiras

De todas as instituições imbuídas constitucionalmente de garantir a paz social e a segurança pública, as Forças Armadas são as mais defasadas, seja em termos de progressão na carreira, seja na questão de moradia ou em questões salariais.

Jefferson Gomes Nogueira*
Sociólogo e mestre em História Jefferson Gomes NogueiraÉ recorrente o envio de tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em apoio aos estados brasileiros para as mais diversas demandas. Depois da atuação das Forças Armadas antes, durante e depois da fatídica Copa das Copas, em que centenas de militares ficaram meses longe de seus familiares para garantir o sucesso daquele evento, necessário se faz colocar na agenda dos presidenciáveis a questão da defasagem salarial que vitima essa categoria social há anos.
Numa comparação rápida no portal da transparência do governo federal pode-se constatar a disparidade salarial existente entre o Ministério da Defesa e outros órgãos de segurança pública do País, sejam eles estaduais ou federais.
Assistimos, nos últimos meses que antecederam a Copa, ao emprego do Exército e da Marinha no estado do Rio de Janeiro, em Salvador e em Pernambuco, em missões que caberiam, à luz da Constituição Federal, a outros órgãos de segurança pública.
O emprego das Forças Armadas no combate ao tráfico de drogas deveria se restringir a vigilância de nossa extensa faixa de fronteiras; entretanto, essas tropas federais vêm sendo constantemente utilizadas em ações de apoio às operações policiais contra o crime organizado e o tráfico de drogas no meio urbano, missão que foge a sua especificidade operacional e constitucional, haja vista que são ações de natureza policial.
Não obstante ao fato de que, na estrita Garantia da Lei e da Ordem, podem as Forças Armadas ser empregadas após o pedido dos governadores à Presidência da República, o fato é que em muitos desses casos essa missão caberia à Força de Segurança Nacional, criada justamente com essa finalidade. Essa força especializada composta por policiais civis e militares, por peritos criminais e por bombeiros militares das diversas unidades da federação trabalha atrelada à Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça.
Além dessas missões de intervenção direta no combate à criminalidade, as Forças Armadas atuam nos lugares mais longínquos do País não só na missão de segurança das fronteiras nacionais, mas, sobretudo, na estabilidade social daquelas localidades. Seu emprego vai desde a construção/reconstrução e manutenção das vias de acesso (estradas e pontes), passando pela assistência médica/odontológica às populações locais, até ao apoio à educação básica.
Desnecessário se faz, nesse pequeno artigo, ressaltar o importante papel das Forças Armadas na missão de paz no Haiti, que já dura mais de uma década e que já custou a vida de dezenas de militares brasileiros.
Dessa forma, é imprescindível que a defasagem salarial das Forças Armadas entre nos debates dessa campanha presidencial, haja vista que aquela instituição está diretamente envolvida nas questões inerentes à segurança pública, em que, historicamente, assistimos, por ocasião das diversas greves das Polícias Militares Estaduais, à imediata e pronta intervenção das Forças Armadas na garantia da segurança pública em diversos estados.
A questão crucial é que as Forças Armadas são impedidas, por dispositivo legal, de fazer greve e reivindicar seus direitos. Esse fato as deixam numa situação paradoxal, pois, enquanto as forças auxiliares exercem seu justo direito de lutar por suas demandas mais prementes, os militares das Forças Armadas veem, silenciosamente, seus salários e seus direitos sendo usurpados significativamente.
De todas as instituições imbuídas constitucionalmente de garantir a paz social e a segurança pública, as Forças Armadas são as mais defasadas, seja em termos de progressão na carreira, seja na questão de moradia ou em questões salariais.
A Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, que trata da remuneração dos militares das Forças Armadas e que suprimiu diversos direitos da categoria, tramita no Congresso Nacional há mais de uma década, demonstrando o total descaso pela categoria. “Ou se revoga toda a MP, com os efeitos maléficos que eles trouxeram, ou então se discute as emendas que apresentamos.
Do jeito que está não podemos mais ficar. É preciso que o Executivo entenda que precisa remunerar os militares dignamente”, defendeu Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas dos Militares e Pensionistas, Unemfa, durante reunião entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e dezenas de representantes de associações dos mais diversos setores da Marinha, Exército e Aeronáutica, ocorrida em 13 de maio deste ano. De acordo com os representantes dos militares, mais de oito milhões de pessoas dependem da votação da MP 2215/2001.
Para uma instituição que figura em segundo lugar no quesito credibilidade e confiança da população brasileira, sua situação salarial está longe de corresponder a tamanho grau de responsabilidade e prestígio.
*Sociólogo e mestre em História (historiasocial2009@yahoo.com.br)
CORREIO DO ESTADO/montedo.com

Exército destrói plantação com 1.200 pés de 'folha de coca' na Amazônia

No Amazonas, Exército destrói 1200 pés de planta que dá origem à cocaína
A ação fez parte da operação Curare II e destruiu plantações de epadú na região de Amaturá, no interior do Amazonas.
Exército soube da plantação por meio de de denúncias de moradores.
Foto: CMA / Divulgação
Neto Cavalcante / portal@d24am.com
Tabatinga (AM) -Tropas do Exército Brasileiro destruíram, nesta sexta-feira (29), mais de mil e duzentos pés de epadú na região de Amaturá, no interior do Amazonas. A plantação encontrada pelos militares através de denúncias da própria população ribeirinha confirma as suspeitas de que o plantio da folha que dá origem à cocaína está sendo feito também dentro do território brasileiro, ao longo da região de fronteira no extremo oeste do Amazonas.
A ação fez parte da operação Curare II (substância paralisante usada pelos índios para caçar animais), em andamento desde o mês de junho e que tem como objetivo reprimir a ação criminosa do tráfico internacional dentro do Brasil. A estratégia dos militares é combater o plantio da folha e ganhar a confiança e apoio das populações locais.
De acordo com o Tenente Coronel Pedra, comandante do 17° Batalhão de Infantaria de Selva (17º Bis), com base em Tefé, o cultivo da epadú foi denunciado por moradores ribeirinhos do município de Amaturá, distante 909 quilômetros de Manaus. Uma das contrapartidas da cooperação dos ribeirinhos foi o atendimento médico e odontológico feito por profissionais de saúde do Exército, durante a operação.
Os pés de epadú estavam plantados em meio a plantações de mandioca, abacaxi e banana. Ainda de acordo com o comandante da operação, este tipo de cultivo consorciado dificulta a identificação dos ilícitos quando avistados de aeronaves.
O epadú está pronto para a colheita quando a planta atinge cerca de 2 metros de altura, com oito a nove meses de cultivo. O material destruído pelo exército poderia se transformar em até 50 quilos de cocaína, se misturado a outros substratos durante o refino da droga. A área fica perto de Tabatinga, na fronteira do Brasil com Colömbia e Peru. Os militares usaram lanchas e estavam portando armamento pesado. Pelo ar, o apoio foi era feito por helicópteros blackhawk, os mais modernos da aviação do Exército, equipado com metralhadoras e lançadores de mísseis ar-terra. Nenhuma pessoa foi presa.
A plantação estava vazia, mas pelo tamanho das plantas, a estimativa é de que o plantio tenha sido feito de dois a três meses.
A ação contou com 184 militares do 17° BIS com o apoio do 8° BIS e de homens da polícia civil e Polícia Militar.
D24am/montedo.com

RJ: soldado do Exército é algemado à força por PMs de UPP

Vídeo mostra soldado do Exército sendo algemado à força por PMs de UPP
Jovem estava à paisana. Caso ocorreu no Morro Chapéu Mangueira, no Leme
Imagem mostra PM algemando soldado do Exército no chão no Morro Chapéu Mangueira - Reprodução / Internet
RUBEN BERTA
RIO — Um vídeo gravado por celular na última quarta-feira, que mostra uma abordagem de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro Chapéu Mangueira, no Leme, vem se espalhando desde sexta-feira pelas redes sociais. As cenas mostram o rapaz, um soldado do Exército de 18 anos, morador da comunidade, que estava à paisana, sendo algemado à força pelos PMs. Ele tenta se desvencilhar, mas acaba sendo imobilizado no chão. No início das imagens, um policial aponta o dedo para o jovem e diz “eu te prendo, eu te prendo”. Em seguida, já agarrando o morador, ele completa: “Você vai algemado, você vai algemado, para você aprender!”. Três agentes fazem a imobilização.
O jovem foi procurado pelo GLOBO, mas preferiu não dar declarações sobre o caso. Ele revelou a amigos, porém, que já dentro do carro da PM que o conduziu para a delegacia, teria recebido ameaças, inclusive de morte. Ao contar que é militar, um sargento da UPP, segundo a versão dos amigos, teria pedido para ele prestar continência, mas o rapaz se recusou, alegando que naquele momento estava à paisana. Os policiais também teriam duvidado que o jovem é militar porque ele não estava com sua carteira de identificação no momento da abordagem. Durante o vídeo, também é possível ver que um PM tenta impedir a gravação das imagens.

Em nota, a comandante da UPP Chapéu Mangueira/Babilônia, tenente Paula Apulcro, dá outra versão, alegando que outros fatos teriam ocorrido antes da gravação das imagens: “Uma equipe policial da unidade estava em patrulhamento pela Ladeira Ary Barroso, no Morro Chapéu Mangueira, quando um soldado solicitou que um homem, de 18 anos, encostasse em um canto para ser revistado. O rapaz disse então que era da Brigada Paraquedista do Exército, que não aceitaria ser revistado e que o policial não tinha autoridade para realizar aquela abordagem nele. O soldado então pediu sua identificação de militar, mas ele disse que não se identificaria, pois não daria satisfação a um soldado e que só reconhece como militar os superiores dele”.
Também segundo a comandante da UPP, “o PM chamou o sargento, que chefiava a equipe, e explicou a situação. O sargento disse ao soldado que na esfera militar exigia-se respeito, mas ele foi ficando arredio e agressivo e, aumentando o tom de voz, começou a dizer que todos ali eram corruptos. Nesse instante, lhe foi dada voz de prisão por insubordinação. Ele tentou fugir dos policiais sendo necessário ser algemado para poder ser levado até a 12º DP (Copacabana), onde o caso foi registrado como desacato”.
Amigos do rapaz disseram que os PMs teriam feito a abordagem o acusando de ter publicado na internet imagens de agressões praticadas por policiais, o que foi negado pelo jovem. A abordagem ocorreu por volta das 17h30m de quarta-feira, quando o soldado estava voltando da autoescola. Nos últimos dias, ele estaria evitando sair de casa, com medo de sofrer represálias. Na 12ª DP, o morador também registrou queixa de agressão e de ameaça.
O GLOBO/montedo.com

Eleições 2014: Forças Armadas vão dão apoio logístico a 80 cidades

Forças vão ajudar no transporte de pessoal, urnas eletrônicas e demais materiais durante eleições, em cidades do Centro-Oeste e Norte

Militares vão ajudar para que todos tenham condições de votar
Divulgação/TSE
Militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea vão prestar apoio logístico a cidades e localidades de difícil acesso da Região Centro-Oeste e Norte, no transporte de pessoal, urnas eletrônicas e demais materiais durante as eleições 2014, em outubro.
A atividade é uma das ações subsidiárias das Forças Armadas prevista na Constituição. O objetivo é assegurar condições para que moradores de lugares inóspitos possam exercer a cidadania e votar em outubro.
Até o momento, mais de 80 comunidades dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Mato Grosso do Sul solicitaram o serviço ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com informações da Subchefia de Operações do Ministério da Defesa (MD), a expectativa é de que esse número aumente até às vésperas das eleições.
Caso haja autorização do TSE, as Forças Armadas irão atuar, também, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no primeiro e segundo turno nas localidades que necessitarem de apoio. A finalidade é permitir que os candidatos entrem em redutos eleitorais com segurança, bem como no entorno de áreas de votação
Fonte: Ministério da Defesa
PORTAL BRASIL/montedo.com

30 de agosto de 2014

Comes e bebes do VI Comando Aéreo Regional somam R$ 39,6 mil

Imagem ilustrativa (Mundo Pop)
Thaís Betat
O VI Comando Aéreo Regional encheu o Carrinho de Compras desta semana com diversos produtos alimentares. O total da compra somou R$ 39,6 mil. Dentre as aquisições pode-se encontrar 320 garrafas de vinho tinto, 20 licores de laranja, 3.840 garrafas de água mineral, 5.720 sucos de caixinha, 50 refrigerantes Sprite, 1.500 catchups, 600 cogumelos em conserva, 100 coloraus em pó (corante vermelho), 100 coentros e 100 molhos tipo shoyo.
Com relação às bebidas alcoólicas, estão 200 garrafões de vinho tinto, com teor de açúcar seco, da marca Almadém e preço unitário de R$ 14,00. Além disso, o Comando vai comprar licor da marca Cointreau. Cada uma das 20 embalagens possui 700 ml do líquido ao custo de R$ 59,79.
[...]
Já o Superior Tribunal Militar (STM) vai adquirir seis uniformes de copeiro, seis jalecos, seis calças, 12 sapatos sociais, 24 gravatas, 50 pares de meias e 15 cintos sociais por R$ 3,3 mil. O uso do uniforme correto é obrigatório pelos ministros militares. Ainda em vestimentas, o Gabinete do Comandante da Aeronáutica adquirirá 30 prendedores de gravata ao custo de R$ 420,00. O acessório será de metal prateado, com um sabre alado recortado e virá dentro de um saco de veludo azul. 
Confira aqui as notas de empenho da semana.

*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.

Contas Abertas/montedo.com

Exército e bombeiros tentam apagar incêndio em parque ecológico de MT

Incêndio atinge Parque Estadual Serra Azul, na cidade de Barra do Garças.
Condições climáticas e dificuldade de acesso prejudicam operação.
Militares e bombeiros tentam controlar incêndio no Parque Serra Azul, em Barra do Garças (MT). (Foto: Diego Hurtado/TVCA)
Militares e bombeiros tentam controlar incêndio no Parque Serra Azul, em Barra do Garças (MT). (Foto: Diego Hurtado/TVCA)
Denise Soares
Do G1 MT
Militares do Exército passaram a integrar a equipe de bombeiros que tenta controlar um incêndio no Parque Estadual Serra Azul, região de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Na manhã desta sexta-feira (29) os militares e brigadistas voltaram ao parque, que registra um grande incêndio desde o último final de semana.
Foram disponibilizados 30 militares do 58° Batalhão de Infantaria Motorizada de Aragarças, cidade goiana localizada logo ao lado de Barra do Garças. Eles foram divididos em equipes, coordenadas por bombeiros, e enviados para ajudar na operação. Uma aeronave dos Bombeiros também é usada no combate. O avião tem capacidade para despejar três mil litros de água em viagens de curta duração.
A baixa umidade e ventania são algumas das dificuldades enfrentadas no combate à queimada no parque, além da característica íngreme do local. O fogo está dividido em diversas partes do parque, aumentando a dificuldade no trabalho. “O clima está seco, a umidade baixa e a temperatura alta, sem previsão de chuva. O vento aumenta durante a noite e acaba espalhando o fogo", disse ao G1 o comandante e tenente-coronel dos bombeiros, Willckerson Cavalcante.
Com medo que o incêndio avance nas casas próximas do morro, na quinta (28) alguns moradores chegaram a tentar apagar fogo com fogo. “O fogo saiu da encosta do morro e agora é visível para a população na cidade. Algumas pessoas tomaram a iniciativa errada de tentar apagar fogo com fogo e pioraram um pouco a situação. Orientamos para que as pessoas nos chamem e evitem fazer isso”, explicou o tenente-coronel.
O comandante diz que já pediu para que uma segunda aeronave da corporação fosse enviada para ajudar no combate.
Incêndio atinge o Parque Estadual Serra Azul, em Barra do Garças (MT), desde o último final de semana. (Foto: Diego Hurtado/TVCA)
Incêndio atinge o Parque Estadual Serra Azul, em Barra do Garças (MT), desde o último final de semana. (Foto: Diego Hurtado/TVCA)
Parque Serra Azul
A área, que possui cerca de 10 mil hectares, fica a quatro quilômetros do centro de Barra do Garças. O Parque Serra Azul é composto por circuito de cachoeiras, trilhas, grutas e sítios arqueológicos. É considerado um dos principais roteiros turísticos da região.
G1/montedo.com

DF: desfile de 7 de setembro custará R$ 1,2 milhão

Thaís Betat
Os custos da tradicional festa de 7 de setembro realizada na Esplanada dos Ministérios em Brasília deram um salto de quase R$ 360 mil este ano. Este ano, R$ 1,2 milhão foram empenhados para os preparativos. No ano passado, os gastos totalizaram R$ 829 mil. Cerca de 30 mil pessoas são esperadas para o evento.
A expectativa é de que fossem gastos R$ 2,2 milhões pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), responsável pelo evento. O custo geral do desfile nos últimos sete anos girou em torno de R$ 2,2 milhões e R$ 800 mil.
O montante separado prevê a contratação da empresa Sisters Promoções e Eventos LTDA, para a organização e montagem logística (planejamento, coordenação, supervisão e execução) das ações para a realização da Semana da Pátria e do desfile.
O desfile contará, por exemplo, com arquibancadas com capacidade para 22 mil pessoas sentadas. As estruturas possuem assentos de estrutura metálica tubular com capacidade de carga de no mínimo 400kg/m², guarda corpo padronizado por toda extensão, e escadas de acesso com corrimão. Já as autoridades ocuparão cinco tribunas de honra cobertas, com capacidade entre 200 e 300 pessoas cada.
De acordo com a Secom/PR é preciso planejamento e coordenação para que as ações ocorram “sem transtornos”. O objetivo é que tanto as as autoridades, quanto a população que assiste ao desfile cívico militar possam ser recebidas de maneira apropriada, com conforto e segurança.
Entre as estruturas previstas também há uma específica para imprensa: 30 torres para instalar delay de sonorização, cabine de locução e três torres de controle. Para garantir o funcionamento dos aparelhos eletrônicos, haverão dois sistemas de geradores a diesel. Além disso, três telões serão colocados em lugares estratégicos.
Dispostos nos arredores haverão 261 banheiros, sendo 20 deles para pessoas portadoras de deficiência. Vinte e um são de “luxo”, pois terão pia com acionamento da torneira no pé, descarga com acionamento no pé, porta papel toalha, porta papel higiênico, grades de ventilação e dutos de respiro, com tampa móvel no fundo que evite a visualização de dejetos e com abastecimento de água para pia e descarga.
A festa também terá coffee break para 200 pessoas, com salgados, bolos, folhados, biscoitos e frutas fatiadas, café, água, sucos naturais, refrigerante e guardanapos. A preparação das iguarias tem previsão de gastos de R$ 14,4 mil.
O tradicional desfile comemora os 192 anos da proclamação da Independência do Brasil. O feriado é considerado o dia cívico mais reconhecido no País. Possivelmente o evento contará com a presença de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e outros de mais de 20 entidades e órgãos. Além disso, a presidente Dilma Rousseff e grande parte dos ministros do governo devem comparecer.
Contas Abertas/montedo.com

43 Capacetes Azuis são detidos por militantes sírios

Membros de força de paz são detidos por militantes na Síria
43 soldados da ONU foram detidos nas Colinas de Golã, região síria sob ocupação israelense
Tanque com membros na ONU na Síria
Colinas de Golã: ONU está trabalhando para garantir a libertação dos soldados (Ronen Zvulun/Reuters)
Louis Charbonneau, da Reuters
Nações Unidas - Um grupo de 43 soldados da Organização das Nações Unidas (ONU ) nas Colinas de Golã, região síria sob ocupação israelense, foi detido por militantes que enfrentam o Exército da Síria , e o órgão está trabalhando para garantir sua libertação, disse a ONU nesta quinta-feira.
"Durante um período de intensificação da luta, iniciado ontem, entre elementos armados e as Forças Armadas da Síria dentro da área de separação nas Colinas de Golã, 43 integrantes das forças de paz, da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, na sigla em inglês), foram detidos esta madrugada por um grupo armado nas proximidades de Al Quneitra", disse a assessoria de imprensa da ONU em comunicado.
EXAME/montedo.com

Brasil reafirma intenção de se juntar à Argentina e Chile em força de paz

Brasília, 28 ago (EFE). - O Brasil reafirmou nesta quinta-feira a disposição de se somar à Argentina e ao Chile na Força de Paz Combinada "Cruz del Sur", uma iniciativa conjunta que está à disposição da Organização das Nações Unidas (ONU), informou o Ministério da Defesa em comunicado.
A participação brasileira foi discutida na reunião que os ministros da Defesa, Celso Amorim, e do Chile, Jorge Burgos, tiveram em Brasília. Amorim explicou que o objetivo brasileiro é se juntar paulatinamente a "Cruz del Sur", inicialmente com o envio de um pelotão da Polícia do Exército e oficiais para compor o Estado-Maior Conjunto Combinado. Na fase seguinte, o Brasil enviará uma companhia completa de Infantaria.
Ele garantiu que a participação do Brasil na iniciativa reforçará a integração regional e a formação de uma identidade de defesa sul-americana.
"Até pelo histórico das relações entre o Chile e a Argentina, a Força 'Cruz del Sur' é uma iniciativa simbólica da cooperação Sul-Sul. Temos forte desejo de que a nossa participação seja concretizada", afirmou o ministro.
Já Burgos afirmou que abordará o assunto na visita oficial que realizará à Argentina a partir de amanhã.
A força de paz Cruzeiro do Sul, que começou a operar em 2006 e cujo comando trocado anualmente, conta com mil militares, dois navios e oito helicópteros. A força, com participação do exército, marinha e aeronáutica do Chile e da Argentina, está permanentemente à disposição das operações da ONU. O Brasil estuda se unir ao grupo desde 2012 quando enviou um grupo de observadores para acompanhar militares da brigada em Bahía Blanca, a 700 quilômetros de Buenos Aires.
Na reunião os dois ministros também abordaram o aumento da cooperação nas pesquisas na Antártida e uma possível troca para melhorar a capacitação na operação de submarinos franceses Scorpène. Atualmente, o Chile tem dois deles e o Brasil está fabricando cinco, sendo um nuclear, no estaleiro de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
EFE/montedo.com

AP: Exército lança pedra fundamental da "Brigada Foz do Amazonas".

Brigada no Amapá vai comandar três Batalhões de Infantaria do Norte
Unidade do Exército Brasileiro ficará pronta em 2017 e abrigará 3 mil militares.
Brigada vai comandar 34º BIS no AP, 24º BIL no MA e 2º BIS no PA.
Houve cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Brigada da Foz (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
Houve cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Brigada da Foz (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
Cassio Albuquerque
Do G1 AP
A partir de 2017, os Batalhões de Infantaria do Amapá, Maranhão e Pará serão comandados por uma brigada militar que funcionará em Macapá. O projeto de construção da unidade batizada como "Brigada Foz do Amazonas" foi anunciada na quinta-feira (28), pelo Comando Militar do Norte (CMN) do Exército Brasileiro.
A brigada será construída na área do Comando de Fronteira do Amapá, localizado no 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS). As obras iniciarão em setembro e a previsão é que se conclua até janeiro de 2017. O local será um complexo operacional e administrativo que deverá abrigar cerca de 3 mil militares. O projeto está orçado em R$ 18 milhões.
A unidade também irá comandar as ações do 34º BIS no Amapá, 2º BIS, em Belém e o 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), de São Luís, no Maranhão. As unidades atualmente são coordenadas pelo CMN.
Segundo o comandante do CMN, general Oswaldo Ferreira, devido a proximidade com a Guiana Francesa, o Amapá necessita que haja um reforço dos militares nas áreas de fronteira.
"Será um grande comando que terá autonomia e capacidade de atuar sozinho. Essa brigada terá logística, comunicações, engenharia e cavalaria. Ou seja, todas as partes que fazem funcionar uma organização militar para atuar de forma isolada", reforçou.
Brigada vai comandar batalhões do Amapá, Maranhão e Pará (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
Brigada vai comandar batalhões do Amapá, Maranhão e Pará (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
O comandante do 34º BIS, Alexandre Ribeiro, diz que com a construção da brigada e a integração dos três batalhões, haverá mais facilidade no cumprimento das missões do Exército no estado. Apenas o Amapá e o Acre, estados de fronteira do país, não possuem brigadas.
"Será uma estrutura multidisciplinar que vai proporcionar um trabalho mais efetivo e intensificado", declarou.
No quartel ocorreu também a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental, no local onde será construída a Brigada da Foz, além da formatura de soldados e palestra para os militares.
G1/montedo.com

29 de agosto de 2014

Modelo da Copa: PEC de Dilma quer alterar papel constitucional das Forças Armadas.

Governo cria PEC para integrar forças de segurança estaduais e federal
Centro Integrado de Recife funcionou durante a Copa (Foto: Diego Nigro/JC Imagem-UOL NE)
A presidenta [e] Dilma Rousseff vai enviar ao Congresso Nacional nas próximas semanas uma proposta de emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de integrar os papéis das forças de segurança pública estaduais e federal. A intenção é criar Centros Integrados de Comando e Controle (Cicc) em todas as capitais, semelhantes aos órgãos criados nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo deste ano.
“Nós vamos mandar ao Congresso [uma proposta] alterando o papel da União”, disse a presidenta [e], explicando que atualmente as Forças Armadas têm somente dois papéis: o de garantir a segurança de fronteira e a garantia da lei e da ordem (GLO), solicitada pelos estados de modo excepcional.
Dilma justificou que a experiência com os centros de comando da Copa foram “muito bem sucedidos” e mostraram que era possível atuar em conjunto. Por esse motivo, essa “política nacional comum”, quando criada, vai possibilitar ações de inteligência e controle da segurança nas cidades. Como exemplo, citou que os centros têm capacidade de monitorar rapidamente a ocorrência de interrupções de trânsito. “Nós queremos que o modelo da Copa se torne permanente”, declarou.
Destacando que atualmente a União só pode repassar ações ou promover parcerias pontuais, como por exemplo as GLOs, Dilma disse que a proposta não visa a ampliar a ação das Forças Armadas. O objetivo, continuou, é que “nós tenhamos que nos responsabilizar por quais são os procedimentos nacionais que vão ter, como vamos unificar nossas ações”. Segundo ela, a União não tem essa prerrogativa, motivo pelo qual há a necessidade de uma emenda à Constituição.
Sobre os recursos para a criação desses órgãos, Dilma disse que a proposta não cria novas estruturas, sendo somente uma junção dos papéis das polícias militares, das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. “É uma ação conjunta, ninguém botou funcionário lá contratado a mais. Cada um entra com o seu e integra no que faz”, disse, acrescentando que será possível “fazer muito” com o que “temos de recursos”.
A presidenta [e] disse que, com a experiência da criação dos centros durante a Copa será possível acelerar a construção dos órgãos nas demais 15 cidades, prevendo um prazo de cerca de um ano e meio para a concretização da proposta. Ainda, segundo ela, a proposta está sendo articulada pelo Ministério da Justiça e está sendo discutida com todos os secretários de Segurança Pública estaduais. Para o monitoramento de estradas federais e fronteiras dos estados, esse plano já vinham sendo discutidos pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desde o fim da Copa .
CapitalTeresina/montedo.com

RN: sargento do Exército é preso por desacato em blitz da Lei Seca

Barreira foi montada na madrugada desta quinta (28) na Av. Roberto Freire.
Segundo a PM, foram realizados 259 testes de bafômetro.
Blitz da Lei Seca foi montada na Av. Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul de Natal (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Blitz da Lei Seca foi montada na Av. Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul de Natal (Foto: Divulgação/PM-RN)
Do G1 RN
Natal (RN) - Onze motoristas foram presos embriagados durante a realização de mais uma blitz da Operação Lei Seca na Zona Sul de Natal. Entre eles, um sargento do Exército de 39 anos, que acabou detido e autuado por desacato à autoridade, desobediência e resistência à prisão. A barreira foi montada pela Polícia Militar, Departamento Estadual de Trânsito e Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira (28) na Avenida Engenheiro Roberto Freire.
Segundo o tenente Styvenson Valentim, que coordenou a operação, foram realizados 259 testes de bafômetro. Além das prisões por embriaguez, outros 31 condutores de veículos foram autuados administrativamente. A fiscalização aconteceu entre 0h30 e 4h30.
"O sargento do Exército estava muito bêbado. Ele sequer teve condições de fazer o teste. E, ainda por cima, estava muito exaltado", afirmou o tenente da PM. Leia mais.
G1/montedo.com


TRE pede apoio de forças federais para eleições em 3 municípios no AM

Solicitações são para São Gabriel da Cachoeira, Itacoatiara e Canutama.
Iranduba teve o pedido indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Diego Toledano
Do G1 AM
Área de São Gabriel da Cachoeira no Amazonas (Foto: Adneison Severiano G1/AM)
Área de São Gabriel da Cachoeira no Amazonas
(Foto: Adneison Severiano G1/AM)
Três municípios do Amazonas poderão receber reforço de forças federais durante as eleições deste ano. Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), Itacoatiara, São Gabriel da Cachoeira e Canutama tiveram os pedidos de reforço realizados na segunda-feira (25). As solicitações, que ainda passarão por análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referem-se a preocupações de que aconteçam embates durante o processo eleitoral. A cidade de Iranduba teve o pedido indeferido.
Em Itacoatiara, o relator da solicitação, Marco Antonio Pinto da Costa, descreveu a necessidade de forças federais por conta de insuficiência de policiais militares para atender os 76 locais de votação e os 55,369 eleitores presentes no município. Segundo dados do pedido, o relator avalia a presença de cerca de dois policias por zona como insuficiente.
Além dos 140 policiais militares presentes no município, a cidade poderá receber também outros 150 para auxiliar nas ações de segurança durante as eleições.
Em São Gabriel da Cachoeira, a solicitação trata sobre a distância de algumas seções eleitorais. Segundo o requerimento, 50 delas encontram-se na zona rural, com mais de 13,4 mil eleitores - metade do total de eleitores da cidade (26,814). Alguns destes locais, conforme o documento, ficam em áreas em que é necessário viajar por 17 dias de voadeira para serem alcançados.
No pedido, é apontado que a cidade receba também apoio da Polícia Militar. Além dos 23 policiais presentes em São Gabriel da Cachoeira, outros 70 seriam necessários para atuar no município durante o período eleitoral.
Já em Canutama, a solicitação trata da necessidade de apoio das Forças Armadas por conta de vários incidentes relacionados a disputas político-partidárias registradas nas eleições de 2008. No documento, a iminência de novos conflitos é descrita para frisar o requerimento. "Entende que haverá acirrada disputa local, vez que postulantes a cargos legislativos estadual têm sua base eleitoral nos municípios daquela calha, ampliando o âmbito de interesse de eventuais participantes do processo eleitoral, pelo qual o deferimento de forças federais nas datas de realização do pleito seria medida impositiva para a necessária estabilização de ordem pública", descreve o relator.
O município de Iranduba foi o único dos quatro municípios solicitantes de Forças Armadas que teve o pedido indeferido. A cidade havia solicitado o auxílio alegando que os 114 policiais militares no município são insuficientes para atender os 37 locais de votação.
No documento que oficializa a decisão, o TRE explicou que o envio de reforço é uma medida extraordinária. "A requisição de Força Federal é medida de ordem excepcional que somente se justifica quando cabalmente demonstrado, em razão das circunstâncias ou fatos específicos, que o exercício do sufrágio ou a apuração dos votos possam estar comprometidos", afirmou.
G1/montedo.com

É show! Banda do Exército grava DVD.

Banda do batalhão de infantaria de Guajará-Mirim, RO, grava DVD
Repertório eclético que vai de sertanejo à baladas internacionais.
Lançamento do DVD ainda não tem data definida.
Banda se apresentou para cerca de 600 pessoas (Foto: Cleilson Sales/Arquivo Pessoal)
Banda se apresentou para cerca de 600 pessoas (Foto: Cleilson Sales/Arquivo Pessoal)
Dayanne Saldanha
Do G1 RO
A banda do 6º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) de Guajará-Mirim (RO), município distante cerca de 330 quilômetros de Porto Velho, pretende lançar em breve um DVD. O grupo com 15 integrantes gravou, no último sábado (25), a apresentação na Igreja Batista da Liberdade para cerca 600 pessoas. Com repertório eclético, a banda emocionou o público com músicas que variaram de clássiocos internacionais de Whitney Houston ao cantor brasileiro Daniel.
O morador do município Abraão Correia foi prestigiar o evento e gostou. "Foi muito gratificante para a cidade, pois nos trouxe alegria e a banda é muito boa, fez ótimos arranjos", destaca o estudante.
O maestro, tenente Rufino Santana, conta que foram dois meses de ensaio para a apresentação e o resultado foi muito positivo."Foi muito ensaio para chegar ao objetivo final, que me deixa muito feliz e honrado por comandar esta banda de qualidade", comenta o tenente.
Feliz com a apresentação, o comandante Vieira de Abreu explica que a banda acompanha o batalhão em missões fora de Guajará-Mirim. "O objetivo é mostrar para a cidade a parte artística dos soldados. Também gostamos de música de qualidade e nós levamos a banda para diversos lugares do nosso estado", diz o comandante.
O DVD está sendo confeccionados e ainda não tem data de lançamento, mas a expectativa da banda é grande e pretendem lançar o mais rápido possível.
G1/montedo.com

28 de agosto de 2014

Exército e a ‘síndrome do medo’

Miguel Dias Pinheiro*
25º BC está protegido por cerca elétrica (Imagem: Portal AZ)
Custei acreditar, mas constatei “in locu” uma triste realidade em Teresina: o 25º BC e o BEC, do nosso glorioso Exército Brasileiro, instalaram em seus muros cercas elétricas para (pasmem!) protegerem-se contra a violência. Não importa de quem tenha sido a idéia. Não é o caso. O que está em jogo a “insegurança” (vejam só) demonstrada por uma instituição que está obrigada a impor segurança para sociedade. É o fim da picada!
Será isso somente em Teresina? Aqui ou alhures, concretamente, não há qualquer justificativa plausível para uma degradação moral dessa magnitude. O Exército “rastejando” e assustado com a insegurança. Quartéis armados se protegendo com cercas elétricas temendo invasão de bandidos sociais e ladrões de galinhas, é uma a irretocável demonstração de fragilização institucional, de uma fraqueza que deixa o cidadão perplexo diante do caos social que agora também se abateu sobre as Forças Armadas, alimentando no seio social a perversa “síndrome do medo”, rachando de uma vez por todas os nervos de um povo indefeso. Um absurdo!
Quando o Exército parte para tal decisão está a criar no corpo social uma sensação de que a impunidade é norteadora, é ameaçadora e incontida para aqueles que cometem crimes pela ausência de fatores geradores de punições, consequência de um estado que não consegue realizar sua obrigação de gerar segurança aos seus cidadãos.
Bayardo Brizolla Filho leciona que “esta situação foi criada pela ausência e abandono do estado como um todo, abrangendo todos os seus poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo, nas esferas federal, estadual e municipal, na omissão de permitir a banalização do crime. O que ocorre é que o estado negligenciou no que tange às suas instituições e não reformulou sua legislação, de forma a combater o aumento da criminalidade, deixando a míngua um Judiciário preso a normas e leis ultrapassadas, que não consegue inibir com alguma norma punitiva eficaz o problema do aumento da violência, defasado de recursos (humanos e materiais) e despreparado para arcar com a demanda que se tornou necessária”.
E diz mais: “A intolerância e a ignorância política são os principais responsáveis por esta série de acontecimentos, pois são às consequências históricas da falta de atenção do estado para com o seu povo, que cresceu e se modificou com a modernidade, necessitando cada vez mais de políticas sociais mais justas, pois as exigências são maiores e as obrigações nunca foram cumpridas, além de novos mecanismos e leis que garantam a tranquilidade a todos os cidadãos indistintamente, de instituições modernizadas e que funcionem com a rapidez e retidão necessárias para estes novos tempos, conforme a necessidade da população em geral, pois nosso estado no que tange a oferecer ao povo justiça social e segurança, parece trabalhar no século XIX, utilizando-se de instituições funcionalmente arcaicas, abrindo espaço para oportunistas, reacionários e delinquentes, que vivem da violência”.
Com a falta da presença eficaz do estado, a juventude desassistida da periferia das grandes cidades “criminaliza-se”, indo buscar o que justificam como justiça social os bens de consumo que não podem conseguir na situação em que se encontram, através de atos criminosos em regiões de classes mais abastadas, levando a violência e o medo. Sentimento esse reconhecido por nosso Exército, que ao passo de se proteger contra a violência, humilha-se e não consegue demonstrar força para a sociedade, uma prova indiscutível da forma e para o qual foi criado.
*advogado
portal AZ/montedo.com

Artilharia antiaérea: armamento russo é bom negócio para quem, mesmo?

Defesa envia comitiva à Rússia para avaliar sistema de artilharia antiaérea de média altura
Uma comitiva composta por nove oficiais militares do Ministério da Defesa embarcou nesta terça-feira (26) com destino a Moscou, na Rússia, com o objetivo de realizar avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1. O grupo brasileiro participará de um exercício de campo das forças armadas russas, quando poderão verificar in loco requisitos considerados essenciais para que o processo de aquisição, iniciado em 2013, tenha prosseguimento e possa entrar em sua fase contratual.
Comitiva foi designada no DOU de 31 de julho
O brigadeiro Gérson Machado, responsável pela Chefia de Logística do Ministério da Defesa, será o comandante da comitiva – que terá integrantes da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Os militares brasileiros irão à cidade de Tula, a 200km de Moscou, para ver o sistema Pantsir-S1 em ação num campo de provas.
“Temos de fazer a verificação de requisitos operacionais num campo de provas, onde todos os procedimentos são controlados e podem ser analisados com precisão. Teremos acesso aos dados e à telemetria”, explicou o brigadeiro. Segundo Machado, os militares russos adaptaram o exercício em conformidade com a demanda brasileira. “O cenário foi montado de acordo com o que foi pedido”, disse.
Serão nove dias de análises que deverão subsidiar relatório essencial para que o processo de aquisição de três sistemas Pantsir-S1 entre na fase contratual. O cuidado com as observações, segundo o brigadeiro, deve-se ao fato de que o acordo prevê a transferência irrestrita de tecnologia. “São muitas as variáveis a serem levadas em conta. Não se consegue analisar tudo em apenas um único teste”, ressaltou Machado, em alusão às provas realizadas em campo de tiro no início do ano.
Leia também:
Brasil vai comprar da Rússia sistemas de defesa antiaérea. Um péssimo negócio

Forças Armadas querem baterias de mísseis antiaéreos russos

Subtenente músico, marido de Ideli Salvatti passou duas semanas na Rússia avaliando sistema de defesa antiaérea

Figueiredo, o sargento que interpreta Ideli e os russos


Média altura
O processo para a aquisição dos sistemas Pantsir-S1 tem o objetivo de atender a demanda das Forças Armadas para contar com um sistema de defesa antiaérea de média altura – para abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros. Cada uma das três Forças singulares, caso o negócio seja concretizado, ficará responsável por um dos sistemas, que deverá proteger, prioritariamente, estruturas estratégicas militares e civis, como usinas hidrelétricas e instalações nucleares. A doutrina para emprego das baterias antiaéreas será de responsabilidade do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
As tratativas entre Brasil e Rússia na área de Defesa iniciaram-se em 2008, com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnico-Militar entre os dois países. Em dezembro de 2012, a relação entre os dois países passou a ser regida pelo Plano de Ação da Parceira Estratégica, que prevê cooperação a longo prazo, fundamentada no interesse mútuo, nas parceiras industrias e na transferência de tecnologia.
O procedimento para a aquisição dos sistemas de artilharia antiaérea Pantsir-S1 foi iniciado concretamente a partir de fevereiro de 2013, quando os dois países assinaram uma Declaração de Intenções. O documento estipulou que o processo de compra pautaria-se pela transferência efetiva de tecnologia, sem restrições; pelo desenvolvimento conjunto de novos produtos; e pela sustentabilidade logística integrada.
De acordo com o brigadeiro Machado, é objetivo do Brasil ter, no médio prazo, capacidade tecnológica e industrial para o desenvolvimento de suas próprias baterias de artilharia antiaérea. “É por isso que o nosso processo de aquisição tem de ser meticuloso. Não vamos apenas comprar um produto. Queremos ser parceiros no desenvolvimento”, explicou.
O processo de aquisição já passou pelas fases diagnóstica e exploratória. Agora, encontra-se na parte final da fase de negociação. Após a visita dos militares brasileiros à Rússia, caso todos os requisitos sejam aprovados, as autoridades brasileiras entrarão na fase contratual com a empresa estatal russa Rosoboronexport – responsável por intermediar a venda de produtos de Defesa do país.
Além dos três sistemas de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1, o Brasil também deverá reforçar a defesa do seu espaço aérea com a aquisição dois sistemas de artilharia de baixa altura Igla – também de origem russa –, e o desenvolvimento, pela indústria nacional, de um subsistema de controle e alerta de média altura, composto por três sensores e três centros de operações de artilharia antiaérea.
Fotos: Rosoboronexport/Ascom-MD
DEFESA/montedo.com

Reproduzo matéria da Veja, publicada no blog em novembro passado:
Brasil vai comprar da Rússia sistemas de defesa antiaérea. Um péssimo negócioPara equilibrar a balança comercial com o país de Vladimir Putin, o Brasil vai comprar dos russos uma tecnologia cara e que desagrada aos militares brasileiros
Leonardo Coutinho
A carne atormenta as relações comerciais entre Brasil e Rússia. Volta e meia, esse país, que é o segundo maior comprador de carne bovina, suína e de frango do Brasil, impõe limites à importação desses produtos por meio do embargo a frigoríficos que não estariam dentro dos padrões sanitários. Pode-se até criticar o excesso de zelo com a carne brasileira, mas não dá para negar a eficiência do governo russo em defender os interesses de seu país, ainda que os argumentos técnicos sirvam apenas como forma de pressão comercial. O mesmo não se pode dizer do governo brasileiro. No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou, com o seu equivalente russo, um compromisso para uma compra de armas que, em pelo menos dois aspectos, é um péssimo negócio. Pelo acordo, a Rússia vai vender ao Brasil três sistemas de defesa antiaérea do modelo Pantsir-S1, cada um com quatro ou seis veículos lançadores de mísseis terra-ar, ao custo de 1 bilhão de dólares. O Ministério da Defesa garante que o preço ainda pode ser reduzido, mas a negociação já começou mal: no mês passado, o Iraque comprou o mesmo tipo de equipamento por um quarto do valor unitário que o Brasil está disposto a pagar.
Além de desperdiçar o dinheiro do contribuinte, o governo brasileiro conseguiu desagradar até a caserna com a escolha dos Pantsir-S1. Há pelo menos cinco anos as Forças Armadas pleiteiam um bom conjunto de baterias antiaéreas. Depois de muito estudo, em 2012 os militares distribuíram a trinta fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações desejadas para o equipamento. Entre outras exigências, as baterias deveriam ser compatíveis com os radares usados no país, caber nos aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB) e ser equipadas de mísseis com alcance de 30 quilômetros. Pois o Pantsir-S1 não atende a esses requisitos. “Pagaremos um preço aviltante por um equipamento que nem sequer poderá ser integrado ao nosso sistema de comunicação militar”, diz um oficial do Exército que participou das discussões sobre as necessidades da artilharia antiaérea. Não faltam modelos da concorrência que, além de mais baratos, cumprem com as exigências. Assinante lê mais aqui(R. A.) (Veja)
Realmente, trata-se de um bom negócio. Para os russos, bem entendido.

TRE pede tropas federais para patrulhar eleições no RJ

Eleições Rio 2014
Após reclamações de candidatos, Secretaria de Segurança listou 41 áreas em que há restrições a campanhas eleitorais
Passarela da Rocinha, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer
Passarela da Rocinha, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (Márcia Foletto/Agência O Globo/VEJA)
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
O plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o envio de tropas federais ao estado para assegurar a livre circulação de candidatos em campanha nas favelas. A decisão na noite desta quarta-feira ocorreu por unanimidade – sete desembargadores do colegiado –, mas ocorrre a contragosto do governador-candidato Luiz Fernando Pezão (PMDB), que descartou a necessidade de aumento do policiamento com forças federais.
O pedido de reforço foi baseado num relatório de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O documento lista 41 áreas do estado em que candidatos estão sujeitos a extorsões ou ameaças de milícias. Na opinião do vice-presidente do TRE, Edson Aguiar de Vasconcelos, a região metropolitana do Rio necessita da ocupação imediata de áreas dominadas por traficantes ou milícias pela Força Nacional de Segurança. Ele disse, no entanto, que Exército, Marinha ou Aeronáutica também podem participar da tarefa. "Preferimos a Força Nacional de Segurança Pública, porque já conhece esses lugares. O objetivo é garantir a campanha dos candidatos e também a liberdade dos eleitores", afirmou.
Uma comissão do tribunal, composta por três desembargadores e três advogados, vai decidir quais áreas devem ser ocupadas pelas forças federais. Dois desses advogados, Eduardo Damian e Francisco Pessanha, representam, respectivamente, Pezão e Anthony Garotinho (PR) na Justiça Eleitoral.
De acordo com o desembargador Edson Aguiar de Vasconcelos, houve ocupação de favelas pelas tropas federais naas eleições de 2008, 2010 e 2012. Desta vez, candidatos como a deputada estadual Cidinha Campos (PDT) reclamaram da cobrança de "pedágio" para fazer campanha em favelas e relataram hostilidades.
Leia também:
Número de pedidos de tropas do Exército por Estados provoca críticas

MPE quer Forças Armadas para garantir eleições no Rio
Apesar do relato feito pela Secretaria de Segurança Pública, Pezão afirmou que o secretário José Mariano Beltrame não achava necessário requisitar tropas federais para garantir a circulação nessas favelas.
Para o desembargador eleitoral Fábio Uchôa, nomeado pelo TRE para acompanhar o assunto, a necessidade de reforço de tropas federais é imediata. "Precisaria de uma ocupação nessas favelas desde agora. O que adianta assegurar a lisura somente no dia da eleição se os candidatos não puderem apresentar propostas aos eleitores desses locais? A eleição vai ficar viciada", afirmou Uchôa ao site de VEJA.
De acordo com o relatório da Secretaria Estadual de Segurança Pública, nem favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estão imunes de restrições impostas pelo crime organizado. O texto menciona 10 localidades, entre elas os complexos da Maré e do Alemão e a Rocinha. Também são relacionadas 16 comunidades controladas por milícias.
Na terça-feira, Anthony Garotinho, candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PR, cancelou carreata no Complexo do Alemão, alegando falta de segurança. No mesmo dia, Pezão circulou pela favela da Rocinha, mas horas antes policiais civis fizeram uma operação para prender chefes do tráfico.
Veja/montedo.com

27 de agosto de 2014

Fuzileiros descobrem armas e drogas em mata fechada durante treinamento

Polícia afirma ser a maior apreensão do ano na Região dos Lagos do Rio.
Em 15 tonéis tinham 7.800 balas, 45 armas e mais de 100Kg de drogas.


Tomás Baggio 
Do G1 Região dos Lagos
Drogas e armas foram encontradas por fuzileiros da Marinha em Cabo Frio (Foto: Renata Igrejas / Inter TV)
Foram 15 tonéis encontrados na mata fechada
(Foto: Renata Igrejas / Inter TV)
Fuzileiros da Marinha do Brasil encontraram armamento pesado e uma grande quantidade de drogas durante um treinamento em mata fechada na terça-feira (26) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. A informação foi divulgada durante uma entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta (27) na 126ª DP (Cabo Frio). Entre o material há 7.800 balas, 45 armas de diferentes calibres e mais de 100 Kg de drogas.
Segundo as informações da Polícia Civil, os fuzileiros da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia realizavam o treinamento em uma área da União entre os bairros Praia do Siqueira, Guarani e Vila do Sol. O local, que é tomado por vegetação de restinga, fica próximo a salinas que estão às margens da Lagoa de Araruama, nos fundos de uma fábrica de sal e próximo a uma universidade particular.
"Os fuzileiros estavam no treinamento quando viram dois tonéis azuis. Ao encontrarem as armas e drogas eles nos chamaram. Nós fomos até lá e encontramos mais 13 tonéis, totalizando 15", disse a delegada Flávia Monteiro de Carvalho, explicando ainda que os tonéis estavam espalhados pela mata e nem chegaram a ser enterrados. "Segundo as nossas investigações esse material pertencia a uma facção criminosa que atua no tráfico de drogas no bairro Praia do Siqueira", completou ela.
Adaptador de uso restrito das Forças Armadas também foi apreendido   (Foto: Reprodução/ Inter TV)
Adaptador de uso restrito das Forças Armadas
também foi apreendido (Foto: Reprodução/ Inter TV)
No total foram encontrados 39 pistolas, cinco revólveres, uma carabina, um adaptador de pistola, quatro rádio transmissores, uma capa para colete a prova de balas, 66 carregadores, 7.800 balas de diversos calibres, uma pedra de crack pesando dois quilos, 68 tabletes de maconha pesando um quilo cada e 65 tabletes de cocaína com o mesmo peso.
"Estamos encaminhando tudo hoje (quarta-feira) para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, no Rio de Janeiro. Vamos fazer diligências no local para tentar localizar os responsáveis e também para averiguar a possibilidade de haver outras coisas escondidas naquela região", disse a delegada da 126ª DP.
G1/montedo.com

Mais de quatro mil sargentos são promovidos no Quadro Especial. E uma lição não aprendida.

Endosso, na íntegra, este comentário de um leitor do blog, na postagem 

Em campanha: no Dia do Soldado, sargento do Exército faz manifestação por melhores salários.

Anônimo disse...
LIÇÃO QUE DEVERIA TER SIDO APRENDIDA MAS NÃO FOI.
No Informex de hoje, 27 Ago 14, foram promovidos a contar de 01 Dez 13, mais 3.607 à 2º Sgt QE. A contar de 01 Jun 14, mais 522.
Quase todos, sabem que essa promoção só ocorreu devido a ação de um grupo de QE lá no Sul, junto a Deputados.
Mas e o aprendizado ? Acho que não houve não.
PRECISAMOS DE DEPUTADOS ESTADUAIS E DEPUTADOS FEDERAIS ORIUNDOS DAS FFAA ( FORÇAS ARMADAS ).
Ufá ! Ufá ! Ufá.

RJ: general tem programa de rádio na Maré

Radialista cuja família combateu a ditadura e oficial do Exército dividem programa em rádio da Maré
General Brito, comandante da Força de Pacificação Maré, apresenta o programa ao lado do radialista Wladimir Aguiar
General Brito, comandante da Força de Pacificação Maré, apresenta o programa ao lado do radialista Wladimir Aguiar Foto: Divulgação
Lara Mizoguchi
Na rádio, o som de Aviões do Forró e Ivete Sangalo. O locutor anuncia que, em instantes, haverá “o pronunciamento do Excelentíssimo general Brito, da Força Pacificadora da Maré”. Às 10h35m, o radialista Wladimir Aguiar, de 55 anos, cuja família combateu a ditadura e que é diretor-presidente da rádio comunitária Maré FM e coordenador e apresentador do programa “Bom dia, Maré”, introduz o convidado, que ocupa uma das cadeiras do programa todas as quartas-feiras, das 10h ao meio-dia.
O militar está lá para que os moradores da comunidade possam esclarecer dúvidas, fazer reclamações e elogios. Segundo o Exército, esta é a primeira vez que uma instituição federal tem um canal direto para ouvir a população do Complexo da Maré.
A cada transmissão, um tema diferente. Na semana passada, o assunto foram as abordagens a menores que, por recomendação do Ministério Público, devem ser filmadas.
Uma das moradoras, que preferiu não se identificar, reclamou no programa de estar voltando da igreja, às 22h, com a filha de 15 anos e uma vizinha, e cruzar com militares com o fuzil apontado para a frente. “Quero saber se é a maneira correta de andar na rua”, perguntou.
O general Brito, comandante da Força de Pacificação Maré, criticou a ação dos soldados, mas disse que “temos que sempre considerar que a nossa tropa vem recebendo tiros em algumas horas”.
Ao conversar com outro ouvinte, o militar cantou um trecho da Canção do Expedicionário.
— Com a iniciativa, o objetivo é oferecer um contato rápido, direto e dinâmico com os 140 mil moradores do Complexo, uma espécie de canal de denúncia. Sem a rádio comunitária, podemos concluir que dificilmente alcançaríamos o que buscávamos — explica o general Brito.
Sobre dividir um programa de rádio ao lado de um general, o radialista Wladimir Aguiar ressalta a importância do contato da comunidade com o Exército:
— O general é quase inacessível para o cidadão comum. É o posto mais alto do Exército, abaixo apenas do ministro. É um canal aberto com o qual pode-se falar com ele na hora.
O general também aprova a aproximação:
— A chegada da Força de Pacificação ainda é muito recente. Contudo, são claros a aproximação e o interesse da comunidade, com boas participações dos ouvintes.
Às 11h42m, o programa encerra e toca a música “Do seu lado”, na versão dos mineiros do Jota Quest.
Militares e esquerda pela comunidade
O curioso no programa, no entanto, é que a apresentação é feita por Wladimir Aguiar, de uma família de esquerda, que combateu a ditadura, e um general.
— Meu pai escondia livros de esquerda embaixo da cama. Não é a toa que meu nome é Wladimir — fala em referência a Vladimir Herzog, morto nos anos de repressão. (*)
É por isso que, ao ver um carro da Força Pacificadora em frente ao estúdio, em abril, ele se assustou.
— Pensamos logo na possibilidade de quererem averiguar algo. Quando chegamos até eles, havia um relações públicas do Exército vindo de Brasília com um ofício na mão, solicitando um espaço na rádio para divulgar o trabalho que iriam fazer na Maré — conta Wladimir.
Carlos Minc, coordenador do Fórum de Defesa das Rádios Comunitárias, se diverte com a história:
— O Wladimir Aguiar contou a história (do susto ao ver o carro) numa audiência pública e todo mundo achou graça, porque ele era da antiga esquerda e, no final, o general queria dividir um programa. (R. A.)
EXTRA/montedo.com

Nota do editor:
(*) "Não é a toa que meu nome é Wladimir — fala em referência a Vladimir Herzog, morto nos anos de repressão." 
- Manifestação explícita de ignorância (da jornalista, do radialista ou de ambos). Se o dito cujo têm 55 anos, nasceu em 1958 ou 1959, quando Herzog (1937/1975) ainda era um desconhecido estudante de filosofia. 

Em campanha: no Dia do Soldado, sargento do Exército faz manifestação por melhores salários.

O Sargento Feliciano, candidato a deputado estadual pelo PRTB/RJ, fez outra manifestação por melhores salários para as Forças Armadas. Após descer a ponte Rio-Niterói de rapel e escalar a estátua do Marechal Deodoro, desta vez Feliciano passeou de parapente pelos céus da capital carioca no Dia do Soldado (25 de agosto), carregando uma faixa com os dizeres 'salário justo Forças Armadas".
Imagem: Facebook Eugênio Pacelli Costa
Leia também:
Protesto por melhores salários: sargento do Exército é preso ao descer de rapel a ponte Rio-Niterói

Não é pelos 16 centavos! Depois do rapel na ponte, sargento do Exército escala estátua do Marechal Deodoro.

26 de agosto de 2014

Projeto usa esporte para inclusão de militares com deficiência

Igualdade
Objetivo é resgatar a autoestima de profissionais que se tornaram pessoas com deficiência após acidentes em trabalho
Ministério pretende resgatar a autoestima de militares que com deficiência após acidente de trabalho
Divulgação/PH Freitas e Comitê Paralímpico
“Deficientes somos nós que não entendemos os outros.” A declaração do diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa (MD), brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira, resume o objetivo principal da iniciativa que começa a ser desenvolvida no MD: resgatar a autoestima, por meio do esporte paralímpico, de integrantes das Forças Armadas que se tornaram deficientes após acidentes em trabalho e, consequentemente, foram reformados (aposentados).
O Ministério da Defesa instituiu grupo de trabalho para desenvolver o projeto. “Queremos proporcionar qualidade de vida, desenvolver a autonomia, o equilíbrio emocional e a aptidão física”, explica o brigadeiro Amaral.
Na última semana, integrantes da Defesa se reuniram com representantes de diversas entidades que atuam na área para levantar experiências, definir focos de interesse, viabilizar patrocínios, verificar acessibilidade de locais de treinamento, deslocamento, entre outros.
Também debateram a proposta de inserir a iniciativa nas discussões do grupo interministerial da Defesa acerca de grandes eventos. Em 2016, o Brasil será sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, na cidade do Rio de Janeiro.
O vice-presidente do Projeto Para-Esportivo do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), capitão-de-mar-e-guerra Luiz Carlos Pinheiro Serrano, falou sobre a experiência da instituição com iniciativas desta natureza. “Montamos em 2011 um grupo de trabalho para desenvolver o programa”, explicou, mostrando aos presentes detalhes de todas as fases trabalhadas.
Integrantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) elogiaram o Ministério da Defesa pela ação. Para o vice-presidente do órgão, Ivaldo Brandão Vieira, “o projeto vem em boa hora e temos uma ampla gama de possibilidades”. “As Forças Armadas estão dando passo importante na inclusão”, sentenciou.
O Brasil é veterano em competições esportivas paralímpicas. São 19 anos, 229 medalhas e participação em 22 modalidades, o que alça o país ao posto de 7ª potência do paradesporto. “Temos mais medalhas do que nas Olimpíadas”, destacou o brigadeiro Amaral.

Centro de Treinamento
O diretor-técnico do CPB, Edilson Alves da Rocha, mostrou o andamento das obras do Centro de Treinamento Paralímpico Parque Fontes do Ipiranga, que está sendo construído em São Paulo. O investimento é do governo federal e do estado.
O local terá capacidade para abrigar 15 modalidades dos Jogos. O espaço prevê pista de atletismo, duas piscinas, campo de futebol, sala de esgrima, entre outros.
A previsão de entrega da obra é entre abril e maio de 2015. “Teremos uns oito meses para usar as instalações em treinamentos, antes dos Jogos Paralímpicos”, disse Edilson Rocha. Cerca de 1,2 mil pessoas trabalham na área.

Forças no Esporte
O Ministério da Defesa já atua na inclusão esportiva por meio do Programa Forças no Esporte (Profesp), que beneficia crianças e adolescentes de 7 a 17 anos com aulas de vôlei, futebol, natação, basquete, por exemplo. Também são oferecidas atividades culturais, de artes e reforço escolar.
Ao todo, são 16 mil participantes, que contam com a estrutura de mais de 120 instituições militares em todo o Brasil. O Profesp foi criado em 2003 e é uma parceria com os ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
A diretora de Políticas Interssetoriais do Ministério do Esporte, Andrea Ewerton, afirmou que a Defesa é estratégica no trabalho em conjunto desenvolvido no Profesp e explicou a importância do programa. “Algumas crianças entram em contato pela primeira vez com a prática esportiva pelo projeto.”
Fonte: Ministério da Defesa
Portal Brasil/montedo.com

Soldado morre após atirar em si mesma em base americana

A militar apertou o gatilho contra si própria enquanto negociava com a polícia
Fachada da base militar Fort Hood, em Killen, no Texas  (Foto: Reuters/III Corps Public Affairs/U.S. Army/Handout/Files )
Fachada da base militar Fort Hood, em Killen, no Texas (Foto: Reuters/III Corps Public Affairs/U.S. Army/Handout/Files )
A soldado americana que se entrincheirou em um escritório e atirou em si mesma em uma base do Exército na Virgínia, nesta segunda-feira, não resistiu aos ferimentos e morreu no Virgina Commonwealth University Medical Center, para onde foi levada, indicaram oficiais.
A soldado atirou em si mesma com uma pistola no Quartel-General do Comando de Armas de Apoio em Fort Lee, cerca de 210 quilômetros ao sul de Washington, informou o Exército em um comunicado divulgado mais cedo.
Por volta das 8h45 (9h45 no horário de Brasília), a soldado entrou no QG em Fort Lee, "sacou uma arma e, depois, entrincheirou-se em um escritório", completou a nota.
Segundo o comunicado, um alarme soou em toda a base, e a polícia entrou em contato com a soldado em poucos minutos. "No decorrer da negociação com a soldado, ela pegou a arma e apontou para si mesma" para, então, atirar.
Depois de vários tiroteios fatais em bases militares, as autoridades dos Estados Unidos adotaram medidas adicionais de segurança e têm isolado as instalações ao primeiro sinal de perigo.
O incidente está sob investigação criminal, e as circunstâncias por trás da atitude da soldado ainda não foram esclarecidas.
UOL/montedo.com

Aumento salarial das Forças Armadas: proposta de debate no Senado é arquivada por falta de apoio.

A falta de apoio referida no título não é dos parlamentares e sim dos supostos interessados (nós).

 

25 de agosto de 2014

Houve a época do Soldado Brasileiro

Geraldo Câmara
Para que não comecem a pensar bobagens sobre o que vou escrever, informo logo que um dia, eu fui soldado do Exército Brasileiro.
E sempre considerei que foi uma das melhores escolas de vida pela qual passei.
Principalmente para mim que fazia parte de família abastada, que tinha um pai que fora ministro, que tinha padrinho ministro da Guerra, por tudo isto até pareceria que eu teria privilégios.
Não tinha.
Agi e fui tratado como qualquer soldado e aprendi muito.
Sobretudo aprendi a igualdade entre as pessoas, aprendi a conhecer o ser humano de maneira mais contundente, apesar de que, em minha casa não se praticavam diferenças.
O melhor do soldado de então era defender a pátria, as cores nacionais, o hino nacional e saber que um dia, da teoria à prática parecia um pulo.
Afinal, quando servi, teriam se passado apenas 12 anos do final da 2ª Guerra Mundial, cujos horrores ainda tilintavam em nossos ouvidos.
Lembro-me que aos 7 anos recebi na escola um oficial recém chegado da guerra e olhava para ele como um verdadeiro herói.
Talvez estejamos, os brasileiros, precisando reverenciar mais os nossos heróis, cuidar mais para que os nossos soldados sejam respeitados e que sejam vistos como gente que pode nos defender sempre e em muitas missões, ainda que de paz.
Meus abraços, hoje, 25 de agosto, Dia do Soldado, a todos, engajados ou não.
primeiraedição/montedo.com

União é condenada a indenizar ex-soldado do Exército por repreensão humilhante durante serviço

Repreensão de militar a inferior não pode ser humilhante, diz juíza federal

“É inaceitável tolerar abusos por parte dos comandantes e superiores que, por capricho pessoal ou outras banalidades, como a fórmula de preparo de chá a ser servido, acabam gerando um ambiente de estresse coletivo entre os subordinados.” Fundado nesta argumentação, a 4ª Vara Federal de Santa Maria (RS) condenou a União a pagar R$ 7,5 mil, a título de danos morais, a um ex-soldado. A decisão foi proferida no dia 5 de agosto.
Na ação indenizatória, o rapaz informou que ingressou no serviço militar obrigatório em março de 2011, na 6ª Bateria de Artilharia Antiárea. Disse que, em maio, foi agredido a socos pelo 2º sargento, por ter preparado de forma errada o chá para o comandante da guarnição. Informou ainda que a sindicância realizada resultou no afastamento do superior.
A União apresentou contestação, defendendo que o episódio foi resultado de uma brincadeira infantil praticada pelo autor. Sustentou ainda que a repreensão pode ter sido deselegante, mas não representou um ato de humilhação causador de abalo psicológico.
Para a juíza federal substituta Débora Coradini Padoin, embora não seja possível comprovar a ocorrência da agressão física, o dano moral existiu. O autor foi “repreendido pelo seu superior hierárquico de forma desrespeitosa, na frente de seus colegas de trabalho, causando vergonha, humilhação e sentimento de inferioridade”.
A magistrada afirmou que tais comportamentos são “completamente alheios aos nobres fins militares e que em nada contribuem para a instituição ou para a formação e crescimento pessoal de quem presta o serviço militar obrigatório”. Cabe recurso da decisão. Com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal do RS.
Conjur/montedo.com

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