31 de outubro de 2013

"Cabeça do cachorro":Operação não encontra registro de tráfico na fronteira, revela general

Segundo Exército, ação militar que durou um mês na área da ‘Cabeça do Cachorro’ foi um sucesso

Clarice Manhã . portal@d24am.com

Militares fizeram o patrulhamento na região da ‘Cabeça do Cachorro’, que abrange três municípios do AMManaus - A Operação Curare 3 foi encerrada com sucesso, na avaliação do general de brigada Sergio Luiz Goulart Duarte, que comanda o Batalhão de Infantaria de Selva na área de fronteira com a Colômbia e Venezuela. Em um mês, o patrulhamento intensivo percorreu 295.600 quilômetros quadrados na fronteira, uma área equivalente ao tamanho da Inglaterra.
“Tivemos um excelente resultado. Durante a operação, não tivemos registro de tráfico, um indicativo de que o patrulhamento surtiu efeito e causou um grande prejuízo para quem lucra com este comércio”, disse o general.
Duarte ressaltou que o primeiro objetivo da operação, fazer o patrulhamento intensivo, foi alcançado com a colaboração do Comando Militar na Amazônia (CMA). Ele também destacou o apoio com fornecimento de helicóptero e tropas especiais.
“É importante lembrar a extensão da área, que praticamente não tem estradas”, disse. A operação foi concentrada na região da ‘Cabeça do Cachorro’ e abrangeu os municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos.
Outra meta atingida foi a interação entre o Exército e outras agências do Estado, como a Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (Icmbio) e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis). “Essa parceria foi fundamental e deve continuar mesmo com o fim da nossa operação”, analisou.
A operação Curare mobilizou 1260 homens, entre militares e servidores dos órgãos federais. Durante as atividades, foram totalizadas 100 horas voadas, 10 mil quilômetros de rios navegados e 400 embarcações revistadas. Também foram identificadas algumas pistas não homologadas. “Encontramos ainda dois civis pescando em área de reserva indígena”, contou o general.
O nome da operação faz referência ao termo indígena ‘curare’, um veneno usado nas flechas para caça de subsistência. O curare é extraído de casca de cipós de plantas encontrados na selva amazônica. A substância tem intensa e letal ação paralisante, assim como o objetivo do Exército nesta operação, que era paralisar as atividades criminosas na regiões da fronteira.
D24am/montedo.com

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