11 de dezembro de 2013

MP quer fim de privilégio de acesso para militares em praia no RJ

MP quer fim do privilégio de militares na Praia do Forte
Promotor recomenda que Marinha pare de usar área em Niterói ou libere para a população
Área da Praia do Forte do Rio Branco é considerada de Segurança Nacional e proibida à visitação. Atualmente só militares podem frequentar
Foto:  Reprodução Internet
Rio - Localizada em área de Segurança Nacional, a Praia do Forte do Rio Branco, em Niterói, é proibida à visitação. Porém, para um grupo restrito de permissionários da Marinha, uma exceção à regra pode ser obtida por R$ 500 ao ano, por titular, e mais R$ 125 por dependente. As permissões chamaram a atenção do Ministério Público Federal, que expediu ontem recomendação ao comandante do 21º Grupo de Artilharia de Campanha, Coronel Luciano Batista de Lima, para anular o benefício. Instaurado pelo procurador da República Wanderley Sanan Dantas, o documento aponta ‘vícios de ilegalidade’, como a utilização fora dos ‘padrões de uso sustentável’.
“Por ser uma área de Segurança Nacional, com a guarda de armamentos bélicos, o acesso de civis compromete a segurança”, diz o procurador. “Caso o entendimento da Marinha mude e a área não seja mais considerada de segurança nacional, as praias devem estar disponíveis a todos, mesmo que seja mantido o controle de frequência, seguindo o princípio constitucional da isonomia”, explica.

Prazo de cinco dias
Segundo o MPF, a Marinha tem cinco dias para acatar a recomendação. Em caso de recusa, cabe ao procurador entrar com uma ação contra o comandante. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que vai manter as permissões até a data de vencimento, suspendendo novas concessões até que a Advocacia-Geral da União se pronuncie.
Para General Bandeira, representante do Clube Militar, a recomendação é “estranha”. “Os fortes que temos ao redor da Baía sempre foram usados por militares e nunca houve qualquer ameaça a esses locais. O uso costuma ser gratuito mediante a agendamento prévio”, afirma. Leia mais.
O Dia/montedo.com

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