14 de fevereiro de 2014

Coronel do Exército será "super-secretário" na maior cidade de Santa Catarina

“Vou retribuir o que recebi de Joinville”, diz Juarez Tirelli
Vindo da área militar, Tirelli vai comandar a secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, uma das mudanças dentro do projeto de reforma administrativa do governo municipal
Tirelli será nomeado presidente da Fundema, enquanto nova secretaria não é criada (Secom/Divulgação/ND)
João Batista e Luiz Veríssimo
Depois da passagem por Joinville como subcomandante do 62º Batalhão de Infantaria, entre 2001 e 2003, Juarez Tirelli Gomes dos Santos, 57 anos, gaúcho de Porto Alegre, optou por morar definitivamente em Joinville, cidade onde revela que foi muito bem acolhido e que passou a admirar. “Escolhi Joinville pela qualidade de vida”. Após as experiências na área militar e na iniciativa privada, com estadas em diversas cidades e até fora do país, Tirelli assume o novo cargo público com gratidão. “Vejo como uma forma de retribuir o que recebi da cidade”.
O convite para fazer parte do governo Udo é fruto de conversas iniciadas com o prefeito no ano passado. De início, o novo secretário não sabia que função iria ocupar, mas aceitou o desafio. Num primeiro momento, Tirelli assumirá a Fundema e, só depois da extinção da Fundação e aprovação da chamada “super-secretaria” pela Câmara, será nomeado para a nova pasta.
Com experiência de sete meses no comando da Base Administrativa Brasileira na Missão das Nações Unidas no Haiti, em 2004, Tirelli se diz preparado. Em Porto Príncipe, em missão do Brasil no Haiti, desempenhou funções que iam desde a segurança do Exército, passando pela manutenção de viadutos, compra de alimentação e controle de finanças e de pessoal. “Essa diversidade para mim não é novidade”, disse, destacando que não vê diferença entre a coordenação de equipes na área militar e na gestão pública. “Vamos trabalhar para que haja agilidade na prestação dos serviços e melhorar a gestão”.
Tirelli ainda considerou que a experiência no Haiti, onde há um total descaso com o meio ambiente, serviu para arraigar o pensamento pela necessidade de preservação e pelo bom uso do dinheiro público, o que será valorizado em sua gestão. Apesar de aposentado, ele vê a nova oportunidade no setor público com muita motivação. “Sei que ainda posso colaborar muito. Não vou ter hora para trabalhar. Para mim, sábado e domingo é tudo ‘feira’”. Mesmo com as novas atribuições, Tirelli não vê conflitos com seu hobby favorito – o paraquedismo –, do qual ele e a esposa são praticantes.

O Sr. já tem uma ideia da grandeza de sua secretaria?
Sim. Conversei com o prefeito e fui informado de tudo. Amanhã (hoje) assumo a Fudema até ser criada [a nova pasta]. Serei exonerado e assumirei a secretaria, que terá secretaria terá duas diretorias, uma do meio ambiente e outra de serviços públicos.

Já sabe dos nomes?
Não. Primeiro vamos começar na Fundema. Depois vamos ver.

No Exército o sr. já teve envolvimento com o meio ambiente?
Sim, passei dois anos na Amazônia, onde atuamos no desenvolvimento sustentável.

Houve indicação político-partidária na sua indicação?
Não. Nunca tive envolvimento partidário, embora eu seja politizado. Leio muito.

Como é o seu relacionamento com o prefeito Udo Döhler?
Conheço bem o prefeito Udo. Afinal, moro aqui desde 2004, quando entrei para a reserva. Escolhi Joinville para morar em 2000. Por dois anos fui subcomandante do 62º BI. Fui transferido para Florianópolis e minha esposa e duas filhas ficaram em Joinville, onde compramos um imóvel. Minha filha é da primeira turma do Bolshoi.
Notícias do Dia/montedo.com

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