Brasil chefia missão da ONU que combate terrorismo na África
Foto: Tereza Sobreira – Ascom – Ministério da Defesa Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_03_12/Brasil-chefia-miss-o-da-ONU-que-combate-terrorismo-na-Africa-4356/ |
Em palestra realizada na segunda-feira, 10, no Ministério da Defesa, em Brasília, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, desde junho de 2013 comandante da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo, afirmou que o conflito naquele país é, de fato, um problema regional, complexo e que envolve os países vizinhos.
O general Santos Cruz disse que um dos focos da missão, neste momento, é combater os grupos armados que usam táticas terroristas como o Allied Democratic Forces (ADF) e o Democratic Forces for the Liberation of Rwanda (FDLR).
De acordo com o militar brasileiro, as guerrilhas foram responsáveis por cerca de seis milhões de mortes na África nos últimos vinte anos. O comandante da Força da ONU informou ainda que esses grupos utilizam até crianças e mulheres nas ações, que se concentram na parte leste do país – onde atuam prioritariamente as forças de paz.
Em novembro do ano passado, o general Santos Cruz, à frente de sua Brigada de Intervenção e com o apoio do exército congolês, derrotou os rebeldes do grupo armado M23, um dos mais violentos em ação na área.
Sob comando do oficial brasileiro, a Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo – MONUSCO conta com a participação de 20 mil militares de 18 países e tem um orçamento anual de 1,4 bilhão de dólares. Esta missão de paz é considerada a maior já realizada pelas Nações Unidas.
A República Democrática do Congo faz fronteira com nove países. Com cerca de 70 milhões de habitantes, o país tem uma taxa de desemprego de quase 50%.
Segundo Santos Cruz, existem cerca de 50 grupos armados no país, e há muitos interesses por trás das atrocidades. O general lembra que a República Democrática do Congo é um dos países mais ricos do planeta em recursos naturais, e que o coltan, minério usado na fabricação de celulares e outros aparelhos eletrônicos, é encontrado em abundância no local, sendo que 65% das reservas do mundo estão localizadas precisamente naquele país africano.
Voz da Rússia/montedo.com