Na presença do Ministro de Defesa, Raul Jungmann, e do governador Robinson Faria, o Exército apresentou os detalhes da Operação Potiguar III, iniciada nas últimas 24h e que entra ainda hoje, 30, na segunda fase. A expectativa é que até o final do dia, cerca de 2.800 homens estejam nas ruas da Grande Natal e em Mossoró. A reunião aconteceu na tarde deste sábado, na 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, e contou com a presença de representantes de todas as entidades ligadas à Segurança.
“A operação terá duração inicial prevista de 15 dias, podendo ser prorrogada ou não, visando restabelecer a ordem e a segurança. Podemos afirmar que a virada de ano no RN será tranquila, e podemos assegurar também aos turistas que podem vir aproveitar todas as as belezas e cultura que o estado oferece”, destacou o ministro.
Na primeira fase da operação, que contempla as primeiras 24h após o decreto que instituiu a GLO, cerca de 1.100 homens já passaram a atuar na segurança estadual. Estão em deslocamento outros quase 1.700 militares, vindo do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, dando início à segunda fase, que contará também com efetivo da Força Aérea.
A operação dividiu a Grande Natal em seis áreas de atuação. Mossoró, a sétima área, receberá o efetivo que vem do Ceará. A tropa é formada por militares da Força Nacional, da Marinha e da Aeronáutica, além do Exército.
“Deixo a palavra de gratidão ao presidente Michel Temer, que tem sido solidário ao Rio Grande do Norte. Já conseguimos ver nas ruas a confiança das pessoas nas forças militares. Esse reconhecimento é muito valioso”, disse o governador Robinson Faria que destacou ainda que a presença das tropas será importante não só para a proteção da população, mas também da preservação da atividade turística.
O governador ainda retomou o apelo para que as polícias voltem o mais rápido possível às ruas, e realçou que tem feito todos os esforços para regularizar os salários. Até ontem, 86% dos policiais do RN receberam os vencimentos de novembro e os demais vão receber na próxima semana.
Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em “intervenções” (GLO) nos Estados. Só no RN, as FA já foram usadas 3 X, em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade “Zero”. Os números da violência corroboram as minhas palavras.
Fac-símile da Portaria (BE 29 - Calaborou. Capitão Roberto Alves)
Quase dez anos após ser denunciado por uma paciente por sua conduta durante um exame ginecológico, finalmente Marcus Vinicius Carreira Bentesos, ex-médico há cinco anos, é também oficialmente ex-major do Exército. A portaria determinando sua demissão ex-officio foi publicada no último Boletim do Exército de 2017.
O fato que gerou a denúncia, oferecida pelo MPM em 18 de junho de 2008, ocorreu em 2007, no Hospital Geral de Campo Grande – HGCG. Na época, o major atendeu a uma paciente com problemas renais que o procurara para entregar o resultado de exames solicitados por outro urologista. Segundo a denunciante, o médico, após pedir-lhe para levantar o vestido para um exame, a tocou sem luvas. Relatou ainda que ele estava ofegante e apresentava sinais de excitação.
Sindicância e punição. Só isso?
Sindicância aberta no HGCG considerou não haver provas consistentes para a abertura de inquérito, mas condenou o militar a 10 dias de prisão por conduta antiética ao realizar o exame sem acompanhante, por não ter utilizado lençol para cobrir a genitália da paciente e por não ter usado luvas para fazer o exame.
Histórico de abuso
Pesavam contra o militar acusações de jovens quando ele fazia exames médicos para a uso da piscina do Clube de Subtenentes e Sargentos da cidade paulista de Lorena. As denúncias de Lorena foram tratadas como simples transgressões disciplinares, apesar de o acusado pedir que jovens filhas dos praças ficassem nuas para o exame.
Haviam também contra o médico acusações de abuso quando ele serviu em Fortaleza, uma delas feita pela esposa de um sargento. O argumento da insuficiência de provas foi utilizado para absolver o médico nos episódios. “Em todas as ocasiões o acusado nega com veemência a sua participação e é levantada uma injusta suspeição sobre a moral das vítimas. Em se tratando de delito cuja prática dá-se entre quatro paredes e sem testemunhas, poderá o acusado molestar sexualmente centenas de vítimas e eternamente a justiça considerará as provas insuficientes?”, questionou o MPM na denúncia.
Insuficiência de provas, só que não!
O Conselho Especial de Justiça para o Exército da Auditoria da 9ª CJM, em 17 de novembro de 2008, absolveu o oficial sob a alegação de inexistência de prova. Ainda em novembro de 2008, o MPM apelou ao Superior Tribunal Militar argumentando, entre outras razões, que sete senhoras, que não se conheciam, narraram condutas de abuso sexual cometidas pelo oficial médico, e isso não poderia ser considerado insuficiência de provas.
Em 2010, o Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul retirou o direito de Bentes de exercer a medicina, decisão referendada pelo Conselho Federal de Medicina em julho de 2012.
Condenado, finalmente
Quase três anos após a denúncia, a Procuradoria de Justiça Militar em Campo Grande/MS conseguiu que major-médico do Exército fosse condenado por abuso sexual cometido durante consulta médica. Em julgamento de apelação do MPM, ocorrido em maio de 2011, o Superior Tribunal Militar condenou o militar a um ano de detenção pela prática do crime de libidinagem, art. 235 do Código Penal Militar.
Exclusivo: com doença grave, comandante do Exército adia sucessão
Preferido de Villas Boas, o general Azevedo em evento dos Jogos Olímpicos, ao lado de Eduardo Paes
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, sofre de esclerose lateral amiotrófica. Em estado avançado, a doença degenerativa o impede de cumprir integralmente sua missão à frente do Exército.
Na maior parte do tempo, Villas Boas permanece em casa, numa cadeira de rodas. Mas resiste a passar o comando e tenta levar a situação até o fim de março, quando entrarão para a reserva os quatro generais mais antigos, na linha sucessória, capacitados para substituí-lo.
Um desses generais é Antonio Hamilton Mourão, punido recentemente por criticar Michel Temer. Os outros são Juarez Aparecido de Paula, Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira e João Camilo Pires de Campos.
Com os quatro na reserva, o caminho fica livre para o general Fernando Azevedo e Silva, o mais novo, preferido de Villas Boas e com trânsito no Planalto.
Azevedo foi indicado por Dilma Rousseff para presidir a Autoridade Pública Olímpica e depois foi catapultado por Villas Boas à chefia do Estado-Maior, atropelando os mais velhos e causando mal-estar no Alto Comando.
Natal (RN)- Com 720 homens, o Exército começou a patrulhar as ruas da napital potiguar na noite desta sexta-feira (29). Na manhã deste sábado, tropas do Exército foram aplaudidas na praia de Ponta Negra, famoso ponto turístico de Natal. O efetivo total das Forças Armadas no Rio Grande do Norte deve chegar a 2 mil homens nos próximos dias.
Em Decreto publicado no Diário Oficial do estado, o governador Robinson Faria transferiu o controle operacional dos Órgãos de Segurança Pública para o General de Brigada Ridauto Lúcio Fernandes, Comandante da Operação Potiguar III.
Crise
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão aquartelados desde a última terça-feira (19). A polícia civil trabalha em regime de plantão. As categorias reivindicam, além de melhores condições de trabalho, o pagamento dos salários e 13º, que estão atrasados. A paralisação das polícias gerou uma onda de crimes em várias cidades do estado. Assaltos, arrombamentos e arrastões se repetem diariamente desde o dia 19.
"A prisão é um local de segregação e de isolamento. Como é que se explica que entra essa quantidade de armas num local como este? Como se explica essa quantidade de celulares (507), de drogas (1.101), de televisores (201)?. Essa responsabilidade é do sistema prisional, sem a menor sombra de dúvidas." Esse questionamento foi feito por Raul Jungmann, ministro da Defesa, em entrevista
concedida ao UOL.
Para Jungmann, o sistema prisional brasileiro é dominado pelas facções criminosas. "O sistema penitenciário não está nas mãos do Estado brasileiro e sim nas mãos das grandes quadrilhas. É o home office dos grandes criminosos, que comandam de suas celas ações criminosas no país e no exterior."
"O Brasil talvez seja o único país no mundo em que as grandes quadrilhas foram criadas dentro do sistema penitenciário. O sistema é a maternidade, o berçário dessas grandes quadrilhas, o que já um
indicador extremamente negativo", afirma o ministro.
Metade dos presos brasileiros tem armas
Chefes da FDN registram uma "selfie" antes de começar o massacre do Compaj
Agentes das Forças Armadas encontraram, em 2017, quase 11 mil "armas brancas e objetos perfurantes" durante inspeções realizadas em 31 presídios do país. As unidades prisionais vistoriadas
abrigam 22,9 mil presos, o que indica que um em cada dois detentos tem acesso a objetos como facões, peixeiras, estiletes e chuchos (facões improvisados). As varreduras encontraram ainda dois revólveres e 24 munições. As varreduras foram feitas por 11 mil membros das Forças Armadas, a pedido dos governos de sete Estados: Acre (seis presídios vistoriados); Amazonas (também
seis); Mato Grosso do Sul (dois); Pará (dois); Rio Grande do Norte (cinco); Rondônia (nove) e Roraima (um).
O ministro defende a medida tomada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública de restringir o direito de visita íntima nos presídios federais.
"Os comandantes destas quadrilhas, apesar de estarem há décadas em presídios federais como o de Mossoró (RN), Catanduvas (PR), permanecem no comando, pois o fluxo de informações ainda não foi interrompido. E isso se dá nas visitas íntimas, nas visitas de amigos e parentes e, infelizmente, nas visitas de advogados", diz.
"É preciso acabar com visitas íntimas em presídios e monitorar as visitas de parentes e advogados, ressalvando o direito de defesa dos condenados."
Raul Jungmann, ministro da Defesa, fez o anúncio nesta sexta-feira
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante entrevista - Ailton de Freitas/Agência O Globo/28-12-2017
EDUARDO BRESCIANI
BRASÍLIA — O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira um decreto prorrogando a ação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) das Forças Armadas no Rio de Janeiro até 31 de dezembro de 2018. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.
— O presidente assinou um decreto que assegura GLO até 31 de dezembro de 2018, como aliás, tinha se comprometido — disse Jungmann.
Ele afirmou que na próxima semana haverá uma reunião entre ele, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e o governador Luiz Fernando Pezão para definir um protocolo sobre como será a atuação no próximo ano.
— Na próxima semana eu, o ministro da Justiça e o ministro do GSI estaremos nos reunindo com o governador do Rio para definir um protocolo a vigir no ano de 2018. Esse protocolo visa estabelecer o compromisso que tem governo federal e o do governo estadual e queremos tornar isso público para que possa ter um acompanhamento da sociedade — afirmou o ministro.
A reunião dos ministros com o governador deve acontecer na próxima quinta-feira, dia 4 de janeiro de 2018.
Tabatinga/AM: Um trator, que carregava uma caçamba com combustível para o fornecimento de Energia Elétrica, atolou na Estrada do Estirão e o 4º PEF foi acionado. A batalha foi difícil, mas nossos soldados da #Amazônia, venceram a guerra. #BraçoForte@CmdoCMApic.twitter.com/FuCBDsS533
Sem segurança, Natal vide dias de cao(PEDRO VITORINO /PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
O governador Robinson Faria (PSD) usou o Twitter no final da manhã desta sexta-feira (29) para anunciar que o Presidente Michel Temer autorizou o uso da tropas do Exército na segurança do Rio Grande do Norte a partir de sábado (30).
As tropas do exército começam a atuar na segurança da população do RN a partir deste sábado. Acabo de receber uma ligação do presidente Temer confirmando o atendimento ao nosso pedido.
Os policiais militares do RN estão aquartelados há 11 dias. Eles querem melhores condições de trabalho e pagamento de salários atrasados. O Estado enfrenta um rotina de assaltos, mortes e arrastões.
Palanque e solenidade dispensável
Segundo o governador, o ministro Raul Jungmann está voando neste momento para Natal, para assinar o ato que marca o início da atuação das Forças Armadas na segurança potiguar. A solenidade seria totalmente dispensável, não fosse o fato de Jungmann ser o pré-candidato do PPS ao governo de Pernambuco.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, estará hoje à tarde em Natal para assinar o ato para o início da atuação do exército na segurança dos potiguares. Me avisou há pouco, antes do embarque.
Robinson solicita ajuda do Exército para garantir segurança no RN
Governador espera confirmação do presidente Temer para a chegada das Forças Armadas
Foto: Vlademir Alexandre (Agora RN)
Rafael Nicácio
O governador Robinson Faria pediu apoio das tropas do Exército para “para garantir a segurança da população do RN”. Desde a última semana, a bandidagem aproveitou o momento em que os agentes de segurança estão realizando paralisações, e seguem praticando crimes em diferentes cidades do estado.
De acordo com a secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte, a região metropolitana de Natal já registrou mais de 450 arrombamentos, roubos e furtos nos últimos nove dias. Desse total, 208 foram roubos a carros e outros tipos de veículos. No mesmo período, em todo o estado, houve 59 homicídios, segundo o Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO) – instituto que contabiliza crimes contra a vida.
Na mensagem divulgada em redes sociais, Robinson diz: “Renovei o apelo ao governo federal hoje e estamos aguardando, a qualquer momento, a confirmação da chegada do exército para garantir a segurança da população do RN. Fizemos a solicitação do apoio das forças militares ao Presidente Temer e ao Ministro da Defesa há 8 dias, e reiteramos hoje. Após o nosso pedido na semana passada, a Força Nacional reforçou o efetivo no Estado. Mas precisamos neste momento, também, do apoio do exército.”
Crise na segurança
Com salários atrasados, o estado enfrenta paralisações da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. Eles pedem regularização dos salários atrasados e melhores condições de trabalho. Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da capital e do interior e policiais civis trabalham em regime de plantão. 70 homens e mulheres da Força Nacional foram acionados para fazer patrulhamento na capital.
A Justiça considerou a paralisação ilegal, mas após reunião nesta quarta-feira (27), a PM decidiu manter a posição de não ir às ruas.
Já os policiais civis e delegados, que também aderiram ao movimento, marcaram para esta quinta-feira (28) uma assembleia para definir como voltarão aos trabalhos, mas durante a manhã a reunião foi reagendada para esta sexta (29). Desde a semana passada a Polícia Civil trabalha em regime de plantão, atendendo a população apenas das delegacias de plantão e regionais.
Ajuda financeira
O próprio governador anunciou nas redes sociais – no dia 21 de dezembro – que o RN receberia R$ 600 milhões do governo federal e divulgou calendário de pagamento dos salários de novembro, dezembro e 13º. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação do Ministério Público de Contas. O estado recorreu da decisão administrativamente.
Na terça (26), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que está em estudo no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande do Norte. Segundo ela, a ajuda não envolverá recursos da União, mas, sim, um empréstimo do Banco Mundial ao estado.
Alto Comando do Exército determinou ao Grupo de Trabalho (GT) que aprofunde os estudos de viabilidade do projeto de transferência
Resultado final deve ocorrer antes da publicação do edital dos concursos do IME e da EsPCEx.
Escola de Cadetes, EsPCEx, em Campinas poderá receber primeiro ano dos aprovados no IME (Foto: Priscilla Geremias/G1)
Por Patrícia Teixeira, G1 Campinas e Região
A definição sobre a transferência do primeiro ano das turmas do Instituto Militar de Engenharia (IME) no Rio de Janeiro (RJ) para a Escola de Cadetes (EsPCEx) em Campinas (SP) foi adiada para maio de 2018. A informação foi confirmada ao G1 nesta terça-feira (19) pelo Departamento de Ciência e Tecnologia, órgão de direção setorial do Exército.
A determinação do novo prazo é do Alto Comando do Exército, que solicitou aprofundamento dos estudos de viabilidade da transferência, prevista para 2019.
O Grupo de Trabalho (GT), formado por representantes do Departamento de Ciência e Tecnologia, do Estado Maior do Exército e do Departamento Geral do Pessoal, localizados em Brasília (DF), além do Departamento de Educação e Cultura do Exército, no Rio, que tem a EsPCEx como escola subordinada, teve 40 dias para apresentar um laudo com as pontuações sobre a mudança. A entrega ocorreu em 30 de novembro para o Estado-Maior do Exército, em Brasília (DF).
Segundo o coronel Tales Villela, assistente do chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia e membro do GT, a decisão precisa ser divulgada antes da publicação dos editais do IME e EsPCEx do concurso de 2018.
"Nada está definido, a mudança está sendo avaliada. A decisão final será tomada pelo Alto Comando do Exército. [...] Não ficou faltando informação. As linhas apresentadas tiveram desdobramentos que precisam ser avaliados", afirma Villela.
O coronel ressalta que a escola de Campinas tem uma área que poderia ser melhor aproveitada. Em nota oficial, o Centro de Comunicação Oficial do Exército já havia justificado que a "modificação faz parte do processo de transformação e racionalização pelo qual passa o Exército Brasileiro, com a finalidade de otimizar o emprego dos recursos públicos".
Fundado em 1792, o IME é a escola de engenharia mais antiga do Brasil. Atualmente a formação de homens e mulheres nas carreiras de engenharia ocorre em cinco anos, todos cursados na sede da instituição, no bairro da Urca, no Rio.
A intenção de mudar o primeiro ano do curso para Campinas se assemelha ao que ocorre com os aprovados no concurso da EsPCEx. Os militares seguem os estudos na Academia das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), após passar um ano na Escola de Cadetes.
Segundo a EsPCEx, a estimativa é que o efetivo da escola aumente em 100 estudantes com a transferência da primeira turma do IME. No caso das mulheres aprovadas, há alojamento preparado para elas, desde que o ingresso de alunas passou a ser a realidade na Escola de Cadetes no início deste ano.
Para ex-chefe da Polícia Federal no Estado, Sisfron não passa de "engôdo"
Edgar Paulo Marcon, que chefiou Superintendência da PF em MS, diz que atuação pontual do Exército é improdutiva
Edgar Marcon diz que se 10% do dinheiro gasto no Sisfron fosse destinado para a PF, situação seria outra (Foto: Arquivo)
Helio de Freitas
Dourados (MS) - O delegado aposentado da Polícia Federal Edgar Paulo Marcon chamou de “engodo” o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron, que desde 2012 já recebeu R$ 1 bilhão para a instalação do projeto-piloto na linha internacional entre Mato Grosso do Sul e Paraguai. Atual especialista em segurança e advogado, Marcon foi superintendente da PF em MS de 2011 a 2015.
“Se tivessem dado para a Polícia Federal 10% do que gastaram com esse engodo, a segurança na fronteira seria 100% melhor do que se apresenta”, afirmou Marcon. Segundo o Exército, cinco anos após o lançamento, 60% do projeto-piloto do Sisfron está implantado em 695 km da fronteira, de Mundo Novo a Caracol.
Em 20 deste mês, o Campo Grande News publicou reportagem mostrando que policiais federais e estaduais reclamam da ineficiência do Sisfron, afirmando nunca terem recebido qualquer informação do sistema de monitoramento de fronteira. O Exército rebate e diz que os dados são compartilhados.
Ineficiente
“Segurança pública se faz com policiais nas ruas e inteligência, é o binômio prevenção e repressão. As Forças Armadas já demonstraram diversas vezes que não querem se envolver de forma permanente com o combate à criminalidade. Querem atuar de maneira ‘pontual’, e isto é improdutivo, totalmente ineficiente”, afirmou Edgar Marcon ao Campo Grande News.
Para o ex-chefe da PF, que fez carreira no combate ao crime organizado, o sistema de radares do Sisfron tem pouca eficiência. “Radares por si só não servem para muita coisa. Eles têm que estar operantes e à disposição permanente das forças policiais, que por sua vez, também, precisam de investimento para amplas condições de atuar. Não adianta ter a informação de que 50 aeronaves cruzaram a linha de fronteira, se o sistema não prevê a forma de interceptá-las”.
Chefes do crime
Soldado do Exército vigia a fronteira em helicóptero do Sisfron (Foto: Ademir Almeida/Defesa Net)
Marcon defende a elaboração de um plano específico para a fronteira, com verba carimbada, destinada a equipar o poder de repressão ao contrabando e ao narcotráfico, além de estruturar o serviço de inteligência da polícia.
“Os grandes traficantes e contrabandistas não residem na fronteira, mas sim, nos grandes centros onde devem ser combatidos via inteligência policial. Todavia, o produto de seus crimes é material e transportado por meio de aeronaves, barcos e veículos pelas fronteiras. Para isto, as forças policiais têm que estar presentes, também, de forma visível nestas regiões”, opina.
Além de mais dinheiro para a polícia, o especialista defende o intercâmbio de informações e de policiais com os países vizinhos. “Pode ser feito nos moldes da integração policial internacional existente na Polícia Federal, através de suas adidâncias”. Marcon foi adido da PF em Assunção nos últimos dois anos.
“Nesta região de fronteira seca deveria se buscar formas para constituir grupos de repressão binacional, com integrantes das polícias e do Ministério Público, escolhidos rigidamente, que tivessem autorização para atuar em ambos os lados da fronteira”, afirma.
Rio - Dois homens em uma EcoSport furaram uma barreira do Exército e atropelaram dois soldados na altura do 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado, na Vila Militar, Zona oeste do Rio. O fato ocorreu na noite desta quarta-feira (27).
Os meliantes vinham em fuga desde a Avenida Brasil, onde o carro furou uma blitz da PM carioca. O bloqueio permanente dos militares do Exército fica mais adiante, na altura do Banco Itaú. Após ultrapassá-lo, a dupla atropelou logo a seguir dos soldados da Polícia do Exército, que tentaram interceptar o carro. Próximo à Magalhães Bastos, ainda na Vila Militar, os fugitivos tentaram ultrapassar outra blitz, mas foram atingidos por tiros disparados por militares da Brigada Paraquedista. Um bandido morreu e o outro foi ferido na mão direita.
Os soldados atropelados são do 11º Batalhão de Polícia do Exército e foram levados ao Hospital Geral do Rio de Janeiro. O Exército não divulgou informações sobre o estado de saúde dos militares.
Atualizaçao
Os dois soldados do Exército estão fora de perigo, segundo o G1. Vídeo registra momento da abordagem
Armas apreendidas com três tenentes da Marinha, no dia 8 deste mês (Foto: Arquivo)
Helio de Freitas
Dourados (MS) - Os três tenentes da Marinha do Brasil, flagrados no dia 8 deste mês em Rio Brilhante, a 160 km de Campo Grande, com armas e munições compradas ilegalmente no Paraguai, foram transferidos do quartel do Exército em Dourados para o presídio da corporação na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro (RJ).
A transferência, determinada pela juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 2ª Vara Federal em Dourados, ocorreu em data não revelada, mas foi confirmada ao Campo Grande News por uma fonte do Exército.
No dia 11, Ana Lúcia Petri Betto manteve a prisão de Ivan Passos da Cruz, 29, Clércio Gondim Da Silva Júnior, 28, e André Luis Nascimento Fragoso, 28, flagrados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) viajando em um ônibus que faz a linha entre Ponta Porã e São Paulo, mas que tinham como destino a cidade do Rio, onde são lotados.
Na audiência de custódia, a magistrada afirmou que permanecem presentes os requisitos que levaram à prisão cautelar dos oficiais da Marinha e manteve a prisão preventiva dos três acusados.
No dia 18 ela determinou à Marinha que fizesse a remoção dos três para o presídio no Rio de Janeiro. Os três alegaram terem comprado as armas para defesa pessoal, em função de ameaças sofridas no Rio de Janeiro, onde moram.
Abordados pelos policiais rodoviários federais durante vistoria no ônibus, na BR-163, Cruz, Clércio Júnior e André Fragoso se identificaram como oficiais da Marinha e apenas um deles admitiu estar armado.
Entretanto, como o tenente não tinha registro da arma, os policiais rodoviários fizeram uma vistoria nas bagagens de mão e revista pessoal. Na cintura do segundo oficial foi encontrada outra pistola. O terceiro tentou esconder a pistola desmontada no assento do ônibus, mas foi descoberto.
Além das três pistolas 9 milímetros marca Clock, de fabricação austríaca, que estavam com a numeração raspada, os policiais rodoviários aprenderam oito carregadores, duas espingardas marca Boito calibre 12, também com número de série raspado, 260 munições calibre 12, 100 munições calibre 40 Winchester, 900 munições calibre 9 milímetros, dois coldres para pistola, um case para arma longa, uma bandoleira, duas placas balísticas para colete e quatro acessórios para calibre 12.
A empresa russa Kaspersky Lab se tornou a responsável por fornecer soluções de segurança cibernética para as Forças Armadas do Brasil –Exército, Força Aérea e Marinha. Mais especificamente na proteção contra vírus.
"O software da Kaspersky será parte da defesa cibernética desses órgãos, que inclui outros serviços ligados à segurança digital, como setores especializados na detecção de intrusos e de atividade maliciosa." - Folha de S. Paulo
A PCMag fez uma avaliação do Software da Kaspersky como Excelente dando uma nota 9,0.
O contrato de 3 anos custou ao bolso do Brasileiro R$8,4 Milhões, sendo que a maior parte de R$4,5 Milhões é exclusivamente do exército. O software russo agora tem acesso a 120 mil maquinas do Exército Brasileiro, Marinha e Força Aérea.
Ao mesmo tempo, recentemente o mesmo Software foi banido de todos os computadores do governo nos Estados Unidos por suspeita de espionagem.
"Agências e departamentos do governo federal norte-americano foram ordenados a remover ou substituir produtos da empresa de segurança russa Kaspersky Lab" - G1
Nos Estados Unidos cada vez mais estão constatando interferência direta nas eleições que levaram o pais a ter talvez um dos presidentes mais polêmicos dos últimos tempos. A presidência de Trump vem sistematicamente tentando colocar uma agenda ofensiva e retrograda nos Estados Unidos, incluindo o fim da Neutralidade de Rede. O caso do envolvimento da Russia parece cada vez mais eminente. Aqui a BBC faz um resumo completo (em ingles).
É de se questionar por que o Brasil está investindo em software estrangeiro quando há empresas que desenvolvem Anti Virus dentro do território nacional. Sem dúvidas um software que tem uma importância tão grande dentro da estrutura inteira de comunicação e armazenamento de dados da segurança nacional deveria ser cautelosamente escolhido, ou preferencialmente desenvolvido em colaboração com empresas de tecnologia nacionais. Este segmento de TI é um segmento que o Brasil poderia estar fazendo muito dinheiro, mas não faz por falta de incentivo. Estes milhões que estão indo para a Russia, poderiam estar fomentando estudos e pagamento salários para Brasileiros.
Hoje são os mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para o Planalto
O ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro (Fotos: André Dusek/Estadão Conteúdo e André Durão / Agência O Globo)
MARCELO ROCHA
Os dois pré-candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas apareceram num relatório do Centro de Informações do Exército em 1989. O documento mencionava notícia “plantada” pelo PT de que Lula fora convidado a visitar a China e a União Soviética. Bolsonaro era criticado pelos comentários “desairosos” ao comando do Exército e pela exploração de interesse pessoal que fazia da questão salarial dos militares.
Raul Jungmann construiu a carreira política na resistência ao regime militar, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) para depois ajudar a fundar seu sucedâneo, o Partido Popular Socialista (PPS), onde permanece. Hoje ministro da Defesa, Jungmann virou admirador confesso das Forças Armadas. “A formação dos nossos militares não deve nada a quaisquer outros mundo afora”, disse ele a esta coluna.
SALÁRIOS NA CABEÇA
Jungmann é capaz de citar de cabeça os baixos níveis salariais de cada patente, situação que ele considera bastante injusta.
POLOS SE ATRAEM
O antecessor de Jungmann, Aldo Rebelo (ex-PCdoB, hoje no PSB) é outro comunista que virou admirador das Forças Armadas.
RECIPROCA É VERDADEIRA
Comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas também elogia Jungmann e Rebelo, cujo conhecimento em história militar o encanta.
28.mai.2017 - O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, observa teste de um novo tipo de defesa antiaérea, em foto divulgada pela agência estatal de notícias do país.(KCNA-Reuters)
The NYT
Choe Sang Hun, Motoko Rich, Audrey Carlsen e Natalie Reneau
Quando o líder norte-coreano, Kim Jong-un, comemorou o lançamento de um novo e poderoso míssil, no mês passado, estava cercado por um grupo de altos cientistas e autoridades. A mídia estatal não os identificou, mas todos já foram vistos com Kim antes.
Esses homens --conhecidos por apelidos como a "dupla nuclear" e o "quarteto dos mísseis"-- construíram um míssil balístico intercontinental que parece capaz de atingir qualquer cidade nos EUA, uma façanha de física e engenharia que surpreendeu o mundo.
Com apenas 33 anos, Kim é impiedoso na consolidação do poder e já executou dezenas de autoridades, inclusive o próprio tio. Mas ele cobre os cientistas de seu regime de adulações e incentivos, transformando-os em heróis públicos e símbolos do progresso nacional.
"Nunca ouvimos falar que ele mate cientistas", disse Choi Hyun-kyoo, um pesquisador graduado na Coreia do Sul que dirige o NK Tech, um banco de dados de publicações científicas da Coreia do Norte. "Ele é uma pessoa que entende que tentativas e erros fazem parte da ciência."
Analistas ainda tentam explicar como a Coreia do Norte conseguiu superar décadas de sanções internacionais e fazer tanto progresso tão rápido. Mas está claro que a nação acumulou uma base científica significativa, apesar de sua imagem de atrasada.
Cada um de seus seis testes nucleares foi mais poderoso que o anterior, reforçando a estatura de Kim em seu país e sua influência no exterior. Mas não está claro se o Norte conseguiu a tecnologia necessária para manter uma ogiva nuclear intacta quando ela faz a reentrada na atmosfera terrestre.
Adoração da ciência
Kim elevou a ciência a um ideal na propaganda do regime e pôs à mostra seu apreço por cientistas e engenheiros em demonstrações por todo o país. Isso é muito diferente da prática de seu antecessor e pai, Kim Jong-il, que preferia enfatizar o cinema e as artes como instrumentos de propaganda.
Quatro anos depois de subir ao poder, em 2011, Kim Jong-un abriu uma avenida de seis pistas em Pyongyang conhecida como Rua dos Futuros Cientistas, com torres de apartamentos reluzentes para cientistas, engenheiros e suas famílias.
Ele também inaugurou um amplo complexo em forma de átomo que exibe as conquistas do país em ciência nuclear. Bailes extravagantes são realizados para comemorar o progresso científico.
Não há muita dúvida do que está por trás da paixão de Kim pela ciência. Em cartazes de propaganda onipresentes, os foguetes norte-coreanos sobem ao espaço e caem sobre o Capitólio dos EUA.
Depois de testes bem-sucedidos, os cientistas e engenheiros são homenageados com enormes manifestações nas ruas. A caminho de Pyongyang, comboios de carros oficiais passam por multidões em ovação.
"Eles já são bastante sofisticados em metalurgia, engenharia mecânica e, até certo ponto, em química", áreas ligadas às necessidades civis e militares do país, segundo Joshua Pollack, um pesquisador sênior no Instituto Middlebury de Estudos Internacionais em Monterey, na Califórnia.
A Coreia do Norte importou trabalhos e publicações científicas do Japão durante décadas. E quando envia estudantes para o exterior ordena que eles copiem literatura científica e a levem para seu país, disse Michael Madden, que dirige o site North Korea Leadership Watch [observação da liderança da Coreia do Norte].
As sanções da ONU proíbem o ensino de material científico com aplicações militares a estudantes norte-coreanos. Mas a Coreia do Norte ainda envia estudantes para países como China, Índia e até Alemanha, segundo analistas e relatórios da ONU.
A internet também foi uma mina de ouro para o Norte. Apesar de o Estado proibir o acesso do público, permite que cientistas de elite vasculhem a web por dados de fonte aberta, sob a vigilância de guardas de segurança. O Norte também construiu bibliotecas digitais de material aprovado que são acessíveis a todo o país.
A Coreia do Norte canaliza seus principais estudantes de ciências para projetos militares. Os escolhidos para o programa nuclear e de mísseis são realocados de suas cidades e podem voltar em visitas somente com vigias do governo, segundo desertores e analistas.
Mas eles também ganham melhores rações alimentares e tem acesso ao design de armas e peças obtidos pelos espiões e hackers do país, que se concentraram nas antigas Repúblicas soviéticas.
Rostos conhecidos
Cientistas e engenheiros também gozavam de privilégios especiais sob o avô de Kim, Kim Il-sung, que lutou para reconstruir a Coreia do Norte das ruínas da guerra da Coreia. Ele acolheu os que estudaram no Japão quando a Coreia era uma colônia japonesa e mais tarde enviou centenas de estudantes à União Soviética, Alemanha Oriental e outros Estados socialistas.
Um deles foi So Sang Guk, um cientista nuclear que surgiu como uma figura chave no programa nuclear do país, mas estaria aposentado. Desde que assumiu o poder, Kim Jong-un parece ter conduzido uma troca de gerações no topo do programa de armamentos, promovendo um grupo de cientistas e oficiais sobre os quais pouco se sabe.
Ele tende a destinar autoridades a diferentes projetos, deixando-os competir por sua atenção e favor. Mas analistas identificaram seis personagens que apareceram com frequência ao lado de Kim em momentos chaves --quatro ligados ao desenvolvimento de mísseis e dois associados a testes nucleares.
Kim ao lado do grupo de militares conhecido como "quarteto dos mísseis": Kim Jong-sik (2º à esq.), Ri Pyong-chol (3º à esq.), Jon Il-ho (2º à dir.) e Jang Chang-ha (1º à dir.) (KCNA-Reuters)
Dois membros do "quarteto dos mísseis" são cientistas, segundo a mídia estatal. Jang Chan Ha, 53, é presidente da Academia Nacional de Ciência da Defesa, e Jon Il Ho, 61, é comumente descrito como uma "autoridade no campo da pesquisa científica".
Ri Pyong Chol parece ser o membro mais destacado do quarteto. Um ex-oficial comandante da Força Aérea, ele serve como primeiro vice-diretor do Departamento de Indústria de Munições do Partido dos Trabalhadores, no governo.
Kim Jong Sik, 49, começou a aparecer com Kim Jong-un em fevereiro de 2016 e tem formação em engenharia. Sua ascensão coincidiu com a aceleração dos testes de lançamento, mas ele e Ri não participaram do lançamento do mês passado.
Kim Jong Un inspeciona o programa de armas nucleares com Ri Hong Sop (conversando com Kim, à esquerda) e Hong Sung Mu (1º à dir.), conhecidos como a "dupla nuclear" (KCNA-Reuters)
Ri Hong Sop, diretor do Instituto de Armas Nucleares da Coreia do Norte, é uma importante figura do programa nuclear. Ele está na lista negra da ONU desde 2009. Hong Sung Mu, o outro membro da "dupla nuclear", é um "ex-engenheiro chefe do complexo nuclear de Yongbyon, local de nascimento do programa de armas nucleares do Norte.
A Coreia do Norte também recrutou cientistas da antiga União Soviética, oferecendo salários de até US$ 10.000 por mês, segundo Lee Yun Keol, um desertor que dirige o Centro de Serviços de Informações Estratégicas da Coreia do Norte em Seul, na Coreia do Sul, e estudou a história do programa nuclear do Norte.
Figura paterna
Pouco é deixado ao acaso na propaganda relacionada ao programa de armas. Até o menor detalhe pode ser carregado de importância.
"Ao lançar foguetes e tratar os cientistas como astros, Kim Jong-un dá às pessoas uma sensação de progresso", disse Lee. "Não é apenas um projeto militar, mas também um estratagema político."
A visita anual de Kim ao mausoléu de seu avô é o ritual mais importante desse regime dinástico. A proximidade do quarteto de mísseis com ele no evento em julho foi um sinal de sua posição elevada.
Em fotos do evento, especialistas em mísseis eram vistos compartilhando cigarros com Kim após o lançamento do míssil no mês passado --um privilégio quase inimaginável em um país onde ele é retratado como uma figura divina.
Talvez a foto mais surpreendente seja a que surgiu em março, quando Kim carregou uma autoridade não identificada nas costas, comemorando o teste de um novo motor para foguete.
Militar parece tomado pela emoção ao pular nas costas de Kim Jong-un (KCNA/Uriminzokkiri)
A imagem lembrou uma antiga tradição coreana, em que jovens carregam seus pais idosos nas costas como gesto simbólico de gratidão pelas dificuldades que eles enfrentaram pelos filhos. Mas outros viram a imagem com um significado diferente, e dizem que Kim estava na verdade fazendo o papel do pai, carregando o cientista como se fosse um filho.
Em geral, Kim é apresentado na propaganda do regime como uma figura paterna -- um patriarca nacional a quem o público deve obedecer sem questionar. Isso torna ainda mais notável o simbolismo de suas interações com os cientistas e engenheiros.
Na cultura tradicional coreana, é geralmente inadequado que um filho fume na presença do pai ou mesmo de um professor. Alguém só o faria com grande relutância --e gratidão-- por insistência do mais velho. Na verdade, Kim está insistindo que esses cientistas façam uma reverência.
Mas mesmo enquanto ele homenageia esses homens e comemora suas realizações eles continuam sendo atores secundários no palco. Todo cientista na Coreia do Norte, por mais importante que seja, deve atribuir a Kim seus sucessos,assim como os atletas do país não deixam de citá-lo como inspiração para suas conquistas na Olimpíada e em outras competições.
Afinal, o verdadeiro astro do programa de armas nucleares é o próprio Kim.
A mensagem de fim de ano do comandante do Exército
General Eduardo Villas Bôas gravou pronunciamento em que destaca a importância dos militares para que o Brasil supere, em 2018, a 'crise moral que o assola'
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, em Brasília (DF) - 22/06/2017 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A página do Exército brasileiro no Facebook divulgou neste domingo uma mensagem de fim de ano do general Eduardo Villas Bôas, comandante das tropas. No pronunciamento, ele destaca as realizações da corporação em 2017 e ressalta a importância dos militares para que o Brasil supere no ano que vem “a crise moral que o assola”.
“Esse ano se está anunciando como um período de dificuldades materiais e políticas. Mais do que nunca, a coesão de nossa instituição será um fator primordial e contribuíra para que o Brasil supere a crise moral que o assola”, declarou o general. “Dentro de tal contexto, nosso Exército é um fator de estabilidade. Não nos afastaremos da trajetória retilínea de serviços à nação brasileira sempre alicerçados na hierarquia e na disciplina.”
Na mensagem, Villas Bôas também destacou o “sentimento de orgulho e missão cumprida” com o trabalho de seus comandados no ano que se encerra. O general citou as operações de garantia da lei e da ordem nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Amazônia, além do fim da missão de paz no Haiti e do patrulhamento da enorme fronteira do país.
Caso Mourão
Neste ano, o comandante do Exército teve trabalho com um de seus subordinados. Em setembro, o general Antonio Hamilton Mourão defendeu em uma palestra a possibilidade de uma intervenção militar caso a crise política no país não fosse solucionada. “Se não conseguirem, né, chegará a hora que nós teremos de impor uma solução”, afirmou na época. Dias depois, Villas Bôas minimizou a fala de Mourão, mas deixou claro que, “sem dúvida”, a continuidade da democracia é o caminho ideal para o Brasil: “Ditadura nunca é melhor”.
"País perpetua exclusão, com 11,8 milhões de analfabetos”. Esse número e a não menos espantosa cifra de analfabetos funcionais explicam o resultado do Sr Luiz Inácio nas pesquisas eleitorais (ainda que altamente duvidosas). Daí emerge a massa de seus eleitores.
Esses dados comprovam o fracasso das duas décadas de lulopetismo. A imprensa canhota não faz essa relação. Política de Inclusão social, baseada em benefícios financeiros (sem valorizar educação e trabalho) e uma roubalheira desenfreada, nas obras e empresas públicas, empurraram o Brasil para índices africanos de desenvolvimento humano.
Desculpe a ironia, mas por incompetência, planejaram mal. Uma desconstrução mental mais vigorosa lhes garantiria o poder para sempre, mesmo negando à população saúde, escola, trabalho, segurança e, em última análise, liberdade de escolha. Estilo venezuelano.
Interessa a essa quadrilha manter o povo ignorante, desinformado e dependente da caridade institucional. Na hora H, mentiras, acompanhadas de um sanduíche de mortadela e uma gorjeta, resolvem.
Em 1914, muitas pessoas pensaram que a Primeira Guerra Mundial estaria terminada até o Natal, mas, infelizmente, nessa altura as trincheiras eram escavadas e o futuro da Europa era definido. No natal daquele ano, há 103 anos, algo notável e emocionante aconteceu.
Sem qualquer instrução ou comando, os conflitos pararam e soldados alemães e britânicos se reuniram numa terra de ninguém. Fotografias foram tiradas e presentes trocados, era uma trégua de Natal. Ninguém que lutou nessa guerra ainda está vivo, mas nos lembramos do seu sacrifício, e, na verdade, do sacrifício de todos aqueles nas forças armadas que nos servem e nos protegem hoje.
Naquela fria véspera de Natal, em 1914, muitas das forças alemãs cantaram ‘Noite Feliz’ e sua melodia melancólica avançou lentamente por ambos os lados. Essa canção de Natal é ainda muito amada hoje, um legado da trégua de Natal e um lembrete a todos nós de que, mesmo no mais improvável dos lugares, a esperança ainda pode ser encontrada.
Cruz Alta (RS) - O deputado federal Darcísio Perondi (MDB) cumpre agenda no noroeste gaúcho, sua principal base eleitoral. Na manhã deste sábado (23), Perondi esteve em Cruz Alta, reunido com empresários da região.
Um dos homens-fortes do Governo Temer, o político garantiu que a reforma da previdência estará implementada até a metade de 2018 e atingirá, além do funcionalismo, os altos salários da República, inclusive políticos, magistrados e membros do ministério público.
Militares
A reforma atingirá também os militares, embora com menor intensidade, segundo Perondi. Sem dar detalhes, ele afirmou que a classe fardada também 'contribuirá' com a reforma da Previdência.
Militares do Exército presos com maconha pegam 42 anos de cadeia
Eles foram flagrados em São Paulo com três toneladas da droga
O juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey, da 6ª Vara Criminal de Campinas (SP), condenou por tráfico os ex-cabos do Exército Higor Abdala Costa Attene, Maykon Coutinho Coelho e Raul Seixas Simão Martins a penas que, somadas, chegam a 42 anos e seis meses de prisão.
Na época lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado, de Campo Grande, eles foram presos no dia 28 de agosto de 2016, na rodovia SP-101, Vila Boa Vista, em Campinas quando acabavam de chegar a um depósito com o carregamento de três toneladas de maconha.
A droga havia sido embarcada em Ponta Porã e estava em um caminhão basculante do Exército, que teria sido furtado do estacionamento do 20º RCB. Houve troca de tiros com policiais da Denarc e o cabo Raul Seixas foi baleado.
O trio foi expulso das fileiras do Exército em setembro do ano passado, por violação dos “preceitos da ética militar, da honra pessoal, do pundonor militar e do decoro da classe”.
Por ocasião do flagrante, as três toneladas de maconha estavam distribuídas em bolsas de viagem, cobertas com uma lona plástica. Os militares teriam informado que receberiam R$ 30 mil para fazer o transporte da droga de Ponta Porã para Campinas.
Pyongyang está se preparando "para enviar terroristas por todo o mundo com armas biológicas e químicas", assegurou um desertor norte-coreano.
@AP Photo/Wong Maye-E
Um desertor do regime da Coreia do Norte afirmou que Pyongyang possui um coletivo secreto de seguidores, como um "exército de robôs", que estão dispostos a "viver e morrer" por seu líder, Kim Jong-un.
Em entrevista ao jornal Express, Kim Joo-il, que fugiu do território norte-coreano, confirmou que a Coreia do Norte não possui força suficiente do ponto de vista militar para, por exemplo, "bombardear seus inimigos" em sentido tradicional, no entanto, ela conta com soldados prontos para "infiltrarem-se no mundo livre".
De acordo com este norte-coreano que agora reside em Londres (Reino Unido), seu país conta com um esquadrão suicida especialmente selecionado e composto por membros "escolhidos pelos líderes militares e treinados para serem armas e terroristas".
A atividade dessas pessoas, que não têm pensamento próprio nem "crenças pessoais", é limitada à obediência das ordenes do seu governo: "Vivem e morrem por Kim Jong-un" e "poderão atuar como terroristas suicidas", destaca o desertor.
Atualmente, grande parte de atenção da comunidade internacional é prestada aos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. Entretanto, a verdadeira ameaça é sua intenção de "fabricar armas nucleares cada vez menores" que poderiam ser detonadas por um só agente.
Pyongyang tenciona "criar as chamadas mochilas nucleares" e "já está pronta para enviar seus terroristas por todo o mundo" com "armas biológicas e químicas", concluiu Kim Joo-il.
O governo brasileiro está aberto a uma cooperação da Embraer com a Boeing, mas não está disposto a ceder a ‘golden share’ acionária que lhe assegura o controle de uma companhia estratégica, disse nesta sexta-feira (22) o presidente Michel Temer.
“É bem-vinda a injeção de capital estrangeiro. Não se examina a questão de transferência” do controle acionário, afirmou Temer durante encontro com jornalistas em Brasília.
“Toda parceria é bem-vinda. O que não está em cogitação é a transferência do controle”, insistiu o presidente, ao se referir à Embraer, uma empresa emblemática da indústria nacional, terceira fabricante mundial de aviões, líder no segmento de aeronaves de até 150 lugares e com importante presença no setor da Defesa.
A gigante americana Boeing e a brasileira Embraer revelaram na quinta-feira que discutiam uma aliança que, segundo o Wall Street Journal, se daria mediante a compra de ações do grupo brasileiro.
Em um comunicado conjunto, os dois grupos explicaram, no entanto, que “não há garantia de que estas discussões concluam em alguma transação”, visto que esta dependerá, antes de tudo, da aprovação do governo brasileiro e de entidades reguladoras.
Surgida como estatal em 1969, a Embraer foi privatizada em 1994, mas o Estado brasileiro preservou uma ‘golden share’, que lhe permite intervir em questões estratégicas.
O anúncio fez dispararem as ações da voadora brasileira, que fecharam na quinta-feira em alta de 22,5% na bolsa de São Paulo, após terem chegado a registrar valorização de mais de 30%.
Nesta sexta-feira, os papéis da companhia apresentavam grandes oscilações, de ligeiramente negativas a altas.
Ministro da Defesa anunciou a compra do HMS ‘Ocean’ (L 12) para a Marinha
Luiz Padilha
Por ocasião da apresentação da Solicitação de Propostas, ou RFP (Request Of Proposal) do programa de construção da Corveta Tamandaré, o Ministro da Defesa Raul Jungmann anunciou a compra do navio multipropósito HMS Ocean para a Marinha do Brasil.
Após avaliações feitas a bordo do navio, avaliações estas positivas, o Comandante da Marinha, AE Leal Ferreira e o Estado Maior da Armada, deliberaram pela a aquisição após negociações junto à Royal Navy – Marinha britânica. Segundo Jungmann, a verba para esta aquisição sairá do orçamento da Marinha.
O valor de £ 84 milhões anunciado pelo Ministro da Defesa, contempla além do valor de compra, o treinamento da tripulação brasileira a bordo do navio para familiarização com os sistemas do mesmo e, algumas revisões calendáricas que serão executadas no navio antes de sua viagem ao Brasil.
O navio será descomissionado pela Royal Navy em Março de 2018 e espera-se a retirada dos equipamentos OTAN que equipam o navio, para que então se iniciem os trabalhos para o comissionamento do mesmo à Marinha do Brasil.
Não se sabe ao certo se nas negociações realizadas, o sistema CIWS Phalanx será mantido, pois depende de autorização dos EUA para ser repassado ao Brasil. Cabe salientar que este sistema além de ser antigo, possui altíssimo custo de manutenção e por esta razão talvez a Marinha venha a equipá-lo com outro sistema que possua a mesma eficiência, porém com um custo que fique dentro do orçamento disponível.
Informações extra-oficiais enviadas ao DAN, dão conta que os motores e demais sistemas do navio se encontram em perfeito estado, indo em contra o que a mídia inglesa anteriormente (TV e Jornais ingleses) alardeavam, o que criou muita expectativa sobre se a compra do navio seria um bom negócio para a Marinha.
Espera-se que a a realização das revisões e o treinamento da tripulação ocorram até o fim de Setembro, podendo, dependendo de seu andamento vir a ocorrer antes.
Dentro da Marinha já se trabalha para a escolha do nome e o indicativo que o HMS Ocean receberá quando de seu comissionamento. Existem algumas opções em estudo, e esperamos que seja um nome diferente, que homenageie um personagem importante da história da Marinha, por exemplo. Mas isso só saberemos mais para frente. Até lá, os leitores podem tentar acertar qual será a escolha da MB para seu novo Capitânea.