17 de maio de 2012

O primeiro piloto a romper a barreira do som não era americano


Voando em um jato Messerschmitt 262 (primeiro avião a jato a ser operacional), em 9 de abril de 1945, Hans Guido Mutke pode ter se tornado a primeira pessoa a romper a barreira do som, enquanto sobrevoava a Áustria. Hans Guido Mutke, piloto e ginecologista, nasceu em Neisse, Alemanha, em 25 de março de 1921. Casado e pai de dois filhos, morreu em Munique no dia 08 de abril de 2004. Na tentativa de ajudar um piloto e colega que estava sob fogo Aliado, Hans mergulhou seu Me-262 de tal maneira, que perdeu o controle do caça. O jato começou a vibrar violentamente, e isso fez com que os controles parassem de funcionar. Quando Hans recuperou o comando, o velocímetro estava travado a 1.100 km/h. Embora Hans tenha salvo seu companheiro, sua atitude poderia ter lhe custado o lugar na Luftwaffe, uma vez que os pilotos tinham ordens para não exceder a velocidade de 950 km/h. Se tudo o que foi relatado acima for comprovado, conforme recentes pesquisas, Mutke foi o primeiro piloto a romper a barreira do som, dois anos antes do piloto americano, Major George Welch. O norte-americano conseguiu o feito em 1º de setembro de 1947, quando pilotava o avião experimental Bell X-1 que mais se parecia com um foguete, nas cercanias da atual base aérea de Edwards, na Califórnia.

Mutke entrou na Luftwaffe quando ainda era estudante de medicina, e passou três anos como piloto de reconhecimento noturno, procurando e monitorando bombardeiros Aliados que sobrevoavam os céus da Alemanha. Assumiu, então, um posto na aviação de caça. Depois da guerra, ele serviu como médico da reserva da Força Aérea Alemã. Em 1957, seu Me-262 foi doado ao Deutsches Museum que fica em Munique pelas autoridades suíças, onde permanece exposto para o público. Somente em 1989 que Mutke se deu conta que tinha rompido a barreira do som, durante uma conferência entre especialistas em Munique. A conferência celebrava o 50º aniversário do primeiro vôo a jato. Mutke morreu durante uma cirurgia cardíaca, em Munique, e doou seu corpo para Gunther von Hagens, um controverso artista que usa em exposições corpos humanos e órgãos reais.
Vae Victis/montedo.com

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