General Abreu é vice na chapa de Marcelo Crivella (Imagem: O Globo) |
Às vésperas do primeiro turno, ele concedeu esta entrevista ao jornal O Globo. Confira:
Filho de um ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, o candidato participa pela primeira vez de uma disputa eleitoral. No Exército, exerceu os cargos de chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste (Recife), comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (Rio de Janeiro), diretor de Serviço Militar (Brasília) e diretor de Logística do Ministério da Defesa (Brasília). Quando comandou a 1ª Divisão do Exército no Rio, foi responsável por planejar as ações de segurança dos grandes eventos da capital, como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.
Alguns analistas políticos apontam para a "função decorativa" dos vices. Pezão, por exemplo, conseguia acumular o cargo com a secretaria de obras. Caso eleito, como o senhor trabalhará para tornar relevante o seu mandato? Serei um vice que estará sempre presente, coordenando o trabalho das secretarias e acompanhando diversos trabalhos no estado. Procurarei ser um vice atuante.
Como é sua relação com o candidato a governador? Como surgiu o convite para integrar a chapa? A relação é muito cordial e amistosa, pautada pelo respeito mútuo e comprometimento. O convite surgiu após eu passar para a reserva no Exército e por indicação de amigos comuns, que sabiam da admiração do Crivella pelo Exército Brasileiro.
Qual é o maior desafio do Estado do Rio de Janeiro nos próximos quatro anos? Penso que é enfrentar as enormes demandas da população em setores sensíveis, como: saúde, habitação, saneamento, segurança, educação e transporte. Será um trabalho árduo e permanente, para atender aos anseios da população fluminense.
Qual a opinião do senhor sobre as UPPS? Elas são o melhor caminho? Devem ser melhoradas? Devem ser mantidas mas aperfeiçoadas e universalizadas. As instalações precisam ser melhoradas para oferecer melhores condições de trabalho e de segurança aos policiais que trabalham nas UPPs.
Estamos a poucos dias da eleição. O que o senhor diria para mudar o voto de quem ainda está indeciso? Escolham candidatos ficha limpa e comprometidos com a necessidade de melhorar e sanear a política no estado. É claro que o melhor candidato, que preenche esses requisitos citados, é o Marcelo Crivella para governador.
O senhor foi responsável pelo esquema de segurança de megaeventos como Rio+20, JMJ e Copa das Confederações. Que lições podem ser tiradas para as Olimpíadas de 2016? A perfeita integração entre as agências voltadas para as ações de defesa e segurança dos eventos, mediante a coordenação a cargo do Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, dos órgãos policiais de nível federal, estadual, o governo do estado e a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Foram operações que trouxeram a certeza de que, com vontade política e o perfeito entendimento do papel das diversas instituições e órgãos envolvidos, tudo pode ser realizado com sucesso.
O senhor nunca ocupou nenhum cargo eletivo até hoje. Por que decidiu entrar na política? Tenho 42 anos de vida pública, como oficial do Exército Brasileiro, logo, não estou ausente da realidade brasileira e de meu estado, o Rio de Janeiro. É grande a vontade de somar forças para que o Crivella seja um excelente governador.
O candidato Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. O que o senhor acha da mistura entre política e religião? O fato de o Crivella ser bispo licenciado da Igreja Universal não significa que ele misture religião e política, aliás, não conheço qualquer projeto de lei de sua autoria, ou mesmo qualquer ação política do Crivella que tenha beneficiado a sua igreja.
O senhor é militar. O que acha da atuação das Comissões da Verdade, tanto no Rio quanto no Brasil? Os crimes militares daquele período devem ser investigados? Penso que a minha opinião sobre esse tema, no momento, não é relevante para o momento político em que vive o Estado do Rio de Janeiro, bem como para a campanha eleitoral no estado.
O que o senhor achou da atuação das forças de segurança pública durante as manifestações de 2013? Fizeram o melhor que estava ao seu alcance para enfrentar os atos de vandalismo que se seguiram às manifestações pacíficas. (O GLOBO)
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