Inquérito investiga hospital inacabado
As obras inacabadas no hospital da Base Aérea de Santa Cruz (Basc) viraram alvo da Justiça
Obras do HBASC vão parar na Justiça (Arte de Victor Nieva) |
Rio - As obras inacabadas no hospital da Base Aérea de Santa Cruz (Basc) viraram alvo da Justiça. A Força Aérea Brasileira solicitou à Procuradoria Regional da União no Estado do Rio de Janeiro abertura de ação contra a empresa Prescon por “inexecução contratual” da unidade de saúde, cujas obras estão paradas há sete anos. O interior do hospital está deteriorado e vem servindo de depósito de entulho.
Enquanto isso, militares somente podem fazer inspeções de saúde no Centro de Medicina Aeroespacial (Cemal), na Ilha do Governador, apesar de haver outras unidades mais próximas ou menos lotadas, como Hospital Central da Aeronáutica (HCA), no Rio Comprido, Hospital da Força Aérea (Hfag), no Galeão, e o Hospital de Aeronáutica dos Afonsos, que fica no bairro de Guadalupe.
A FAB informa à coluna que, ao contrário das queixas, a unificação das inspeções permite desafogar os hospitais da Força Aérea no Rio. “A concentração das inspeções no Cemal facilita a ampliação do banco de prontuários médicos dos militares e o acesso aos dados”, explicou a nota, informando que o Cemal é referência nacional em perícias médicas para civis e militares.
MARTÍRIO: EXAME APÓS 3 MESES
O martírio do militar para conseguir ser atendido no Centro de Medicina Aeroespacial começa antes de ir ao local. Para marcar uma consulta na unidade de saúde da FAB, o militar tem somente das 8h às 12h para conseguir os agendamentos, que, em muitos casos, são feitos somente para depois de três meses.
OBRIGATORIEDADE: FARDADOS SOB RISCO
Outra queixa recorrente dos militares da FAB que precisam ir ao Cemal é a obrigatoriedade de estarem fardados na consulta. Muitos reclamam que correm risco por estarem uniformizados, já que precisam sair de casa de madrugada para chegarem cedo no hospital e depois seguirem para seus respectivos quartéis.
OBRIGATORIEDADE II: REGRA NÃO MUDARÁ
Sobre a obrigatoriedade do militar estar fardado para o atendimento de saúde, a Aeronáutica também informou à coluna que “para ingressar em toda unidade militar, inclusive em hospitais militares, o uso do uniforme nas dependências é obrigatório, exceto em caso de emergência médica”. E essa regra não será alterada.
MADRUGADA NA FILA: SONO PROIBIDO
O sofrimento dos militares que precisam usar o serviço de saúde da Aeronáutica já foi pior. Para serem atendidos e voltarem aos seus quartéis, muitos militares chegavam por volta das 4h e alguns dormiam nas filas do HCA. Até que a FAB resolveu o problema ao proibir os militares de dormirem na porta do hospital.
Força Militar (O DIA)/montedo.com