13 de setembro de 2017

Condenadas a 22 anos de prisão irmãs que mandaram matar coronel do Exército no DF

Uma delas era casada com militar; motivo do crime seria a separação do casal. Outras quatro pessoas envolvidas já haviam sido condenadas pela morte.
Ex-oficial do Exército Sérgio Murillo Cerqueira e a mulher, Cristiana Maria Cerqueira  (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ex-oficial do Exército Sérgio Murillo Cerqueira e a mulher, Cristiana Maria Cerqueira
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Por G1 DF
A Justiça do Distrito Federal condenou nesta terça-feira (12) as duas irmãs acusadas de encomendar a morte do tenente-coronel do Exército Sérgio Murillo Cerqueira, em maio de 2015. Cristiana Maria Pereira Osório Cerqueira e Cláudia Maria Pereira Osório, que eram mulher e cunhada do coronel respectivamente, vão cumprir 22 anos de prisão em regime fechado.
O casal estava se separando quando o crime ocorreu e o assassinato teria sido encomendado para que Cristiana recebesse a pensão pela morte do Coronel. As irmãs foram condenadas por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por uso de meio que dificultou a defesa da vítima. Além delas, outras quatro pessoas foram condenadas pelo crime em fevereiro de 2017.
O julgamento de Cristiana e Cláudia começou na segunda-feira (11), quando seis testemunhas foram ouvidas. Nesta terça (12), a sessão foi retomada para que as acusadas fossem interrogadas. Também puderam se manifestar a defesa e o Ministério Público.
Ex-oficial do Exército Sérgio Murillo Cerqueira foi assassinado em Brasília em maio de 2015 (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ex-oficial do Exército Sérgio Murillo Cerqueira foi assassinado em Brasília em maio de 2015
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Relembre o caso
Em 2015, a Polícia Civil informou ao G1 que Cristina havia pago R$ 15 mil ao filho da ex-empregada de Cláudia para executar o marido. Segundo o delegado Leandro Ritt, então responsável pelo caso, o rapaz teria cooptado outras três pessoas para praticar o homicídio.
"O tenente-coronel estava na casa de um amigo, do Exército, e a mulher ficou no apartamento funcional com a filha", disse o delegado Ritt. "A cunhada não confessou que planejou a execução, mas disse que a ideia era dar um tiro na perna, para que, machucado, ele tivesse de voltar para casa e reatar o casamento."
As investigações apontaram, ainda, que o autor dos disparos tinha passagem pela polícia e havia sido liberado do presídio dois dias antes – a polícia não informou se o atirador era o filho da ex-empregada de Cláudia.
Ex-oficial do Exército Sérgio Murillo Cerqueira ao lado da mulher, Cristiana Maria Cerqueira
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Pensão por morte
A possível motivação do crime, segundo o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, teria sido uma insatisfação da mulher do coronel com a pensão alimentícia que iria receber após a separação – R$ 2 mil.
Por isso, teria planejado o crime com a irmã para receber a pensão por morte do militar, que seria de R$ 10 mil. A hipótese de latrocínio foi descartada pela polícia na época.
G1/montedo.com

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