28 de fevereiro de 2010

CEMITÉRIO DE AVIÕES MILITARES

Imagens de satélite do cemitério de aviões militares americanos, em Tucson, Arizona.



BBC News

AVIÃO DA FAB RESGATA BRASILEIROS NO CHILE

Um avião da FAB pousou em Brasília na madrugada deste dominto, trazendo doze brasileiros resgatados do terremoto no Chile, sendo três militares e nove civis.
A estudante brasileira Rafaela Link morava havia dois meses em Santiago, no Chile. Na noite de sábado, 27, ela e amigos divertiam-se em um bar karaokê quando viu tudo tremer. “Parecia que tudo ia cair. Foi um pânico generalizado. Vi a morte bem de perto”, lembra. Ela foi um dos 12 brasileiros que chegaram da capital chilena por volta das 5h15 da manhã deste domingo em uma aeronave VC-99 B Legacy da FAB na Base Aérea de Brasília. “Quando o avião pousou, eu chorei. Fiquei muito emocionada por estar de volta”. Rafaela não pretende sair tão cedo novamente do Brasil.

AERONÁUTICA ENTREGA DOCUMENTOS SECRETOS QUE DIZIA TER DESTRUÍDO


São 189 caixas, com 50 mil papéis de 1964 a 1985, com relatos sigilosos sobre Che, Fidel e Lamarca, entre outros
Felipe Recondo e Marcelo de Moraes
Após quatro anos de pressão do governo, a Aeronáutica entregou ao Arquivo Nacional, no início do mês, pelo menos parte dos documentos secretos que produziu durante a ditadura militar. A própria Aeronáutica informara anteriormente que esses itens haviam sido destruídos, o que reaviva a suspeita de que as Forças Armadas mantêm escondidos papéis sigilosos da ditadura.
O arquivo inédito faz parte do acervo do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (Cisa). São 189 caixas, com aproximadamente 50 mil documentos acumulados nos governos militares, entre 1964 e 1985. O lote inclui informações sobre Ernesto Che Guevara, Fidel Castro e Carlos Lamarca. Mas há indícios de que registros importantes tenham sido retirados antes de efetivada a entrega, no último dia 3.
No acervo estão fichas pessoais, relatórios de monitoramento, segredos diplomáticos, instruções a militares e papéis referentes à Guerrilha do Araguaia, tudo o que a Aeronáutica negou existir em 2006.
Foi preciso a intervenção da Casa Civil, chefiada pela pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff, exigindo a entrega dos arquivos para que ocorresse a liberação. A Aeronáutica acatou a ordem, mas não aceitou a entrega por civis. Oficiais de alta patente comandaram a transferência dos documentos, sob a proteção de soldados.
A Aeronáutica chegou a comunicar à Casa Civil, em 2006, a existência de um acervo com "documentação genérica" e conteúdo "de fortuito componente histórico". Além disso, negou existir qualquer papel que tratasse de monitoramento, infiltração de agentes, perseguição política e estratégias de ação. Mesmo assim, a documentação não foi entregue à época.
O conteúdo só apareceu depois que o Ministério Público Militar cobrou das três Forças informações sobre a destruição de papéis secretos. Mas a disponibilização, autorizada pelo próprio comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, ficou inicialmente restrita ao Ministério Público Militar.
 
COBRANÇA
A informação de que esses documentos não foram queimados e estão agora no Arquivo Nacional intrigou o Planalto e levou a Casa Civil a pedir oficialmente ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, a apuração dos fatos. Em 2006, o então comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, enviou ofício ao então ministro da Defesa, o vice-presidente José Alencar, negando a existência dos papéis - não foram entregues nem mesmo os documentos "inofensivos" que estão no Arquivo Nacional e que não envolvem ações de repressão interna contra brasileiros.
Segundo Bueno, parte do acervo foi deliberadamente destruída, como permitia a legislação da época. Os termos dessa destruição, porém, também teriam sido inutilizados. Outra parte dos arquivos foi eliminada em incêndio no Aeroporto Santos Dumont, onde funcionava o Ministério da Aeronáutica.
Quando assumiu o ministério, mais de um ano depois de os militares terem negado a existência dos papéis, Jobim perguntou às três Forças se, de fato, não havia documentos escondidos. A resposta do Exército, Marinha e Aeronáutica foi a mesma: todo o material foi destruído. A informação foi repassada pelo ministro à Casa Civil.
Depois disso, a pedido do Palácio do Planalto, o ministro da Defesa criou uma comissão para apurar as condições em que isso ocorrera. A lei permitia que certos papéis fossem destruídos, mas impunha condições, como a presença de testemunhas e a produção de um termo de destruição. Agora, a comissão criada na Defesa terá de avaliar se houve insubordinação dos militares e desrespeito à ordem dada por Dilma e amparada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de recolher todos os arquivos da ditadura.
A análise de alguns dos informes do Cisa indica que documentos importantes podem ter sido retirados antes da entrega ao Ministério Público Militar. Um desses sinais está presente no arquivo cujo título é "Top Secret". A folha, com marca de um grampo retirado, faz referência a documento que seguia em anexo. Esse anexo, porém, não seguiu para o Arquivo Nacional.
O acervo, em fase de catalogação, não está disponível para consulta. O Estado, porém, teve acesso aos papéis, que revelam, por exemplo, a busca da ditadura pelo paradeiro de Guevara no Brasil. Incluem cartas inéditas escritas por Carlos Lamarca para colegas de guerrilha.
ESTADÃO

EXÉRCITO CAÇOU CHE ENTRE 1966 E 1967

Brasil fez caçada a Che entre 1966 e 1967 

Texto: Estadão  Imagem: Blog do Joel Bueno

Disfarçado de 'comprador de couros', ele teria sido visto em Pirizeiro, em Mato Grosso, de acordo com informação classificada como 'confidencial'

Felipe Recondo e Marcelo de Moraes
Arquivos secretos da Aeronáutica revelam que o governo brasileiro fez uma caçada silenciosa por todo o território nacional, de 1966 a 1967, para achar Ernesto Che Guevara, um dos principais líderes da revolução cubana. Em pelo menos um dos informes enviados ao Arquivo Nacional, o serviço de inteligência da Aeronáutica colheu relatos de que Che teria estado em Mato Grosso disfarçado de "comprador de couros".
Na expectativa de que entrasse no Brasil por algum ponto da fronteira com Paraguai ou Uruguai, o governo chegou a determinar ordem para sua prisão, caso fosse identificado e encontrado, como revela o Informe 386, emitido e classificado como "secreto" pelo Quartel General da Quarta Zona Aérea da Aeronáutica, em 21 de julho de 1966. "Se realmente identificado, solicita-se a prisão imediata", diz a ordem, que nunca foi revogada e inclui cópia de quatro fotos de Che, com e sem barba, de terno e com trajes militares.
Em pelo menos uma ocasião, o governo teve a certeza de sua entrada no Brasil. Segundo a Informação 038, classificada como confidencial e emitida em 30 de junho de 1967, ele teria sido visto no mês de março em Pirizeiro (MT), conforme relato do Comando da 9ª Região Militar. Um oficial foi enviado para a região num avião Regente e ouviu pessoas. Mostrando a foto do guerrilheiro, o militar brasileiro teve a confirmação de que Che estivera no Estado.
"O referido oficial interrogou diversos moradores e trabalhadores locais, todos unânimes na afirmação de que um elemento branco, alto, barbado, trajando marrom com platinas e portando arma (não se conseguiu apurar o tipo da mesma), tendo uma cavalo como montada, esteve naquela região em fins de março, dizendo-se comprador de couros", relata o informe.
"O elemento considerado era alto, cabelos aloirados, permaneceu dois dias no local, dizendo que seguia para San Matias e Roboré - Bolívia; falava português bastante arrastado. Ao ser mostrada a fotografia de Che Guevara aos depoentes, mesmo sendo a priori esclarecido que só afirmassem com plena convicção, todos foram unânimes em apontá-lo como o verdadeiro elemento que lá estivera", acrescenta o relatório do governo.

HISTÓRICO
Nascido na Argentina em 1928, Che se juntou a Fidel Castro em Cuba nos anos 50, até a vitória da revolução socialista que derrubou o presidente Fulgencio Batista, em 1959. Che se tornou um dos principais líderes do novo governo cubano, ocupando cargos estratégicos como o de ministro da Indústria e presidente do Banco Nacional.
Em 1961, esteve no Brasil em visita oficial, quando recebeu do presidente Jânio Quadros a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. O governo cubano se tornou cada vez mais próximo da União Soviética e, com a chegada dos militares ao poder no Brasil, a ruptura de relações com os cubanos foi imediata. Qualquer assunto referente a Che ou Fidel passou a ser considerado subversivo pelo governo brasileiro.
A partir de 1965, com apoio de Fidel, Che decidiu que correria o mundo para espalhar os ideais da revolução cubana e ajudar na montagem de guerrilhas em outros países, ao lado de voluntários.
Fracassou na primeira operação, realizada no Congo, na África, e decidiu fazer nova investida na Bolívia, onde acabou sendo morto em 9 de outubro de 1967. Sua figura se tornou mitológica entre os integrantes dos grupos de esquerda de todo o mundo, incluindo o Brasil. Um dos grupos, o MR-8 foi batizado dessa maneira em referência ao dia 8 de outubro, quando Che foi preso na Bolívia.
Por causa disso, a simples possibilidade de sua passagem pelo território nacional já provocava mobilização na área de inteligência do governo militar. A partir de 1966, suas "viagens" pelo Brasil passaram a assombrar o governo, que recebeu vários informes desse gênero. Ouviu histórias sobre um suposto encontro entre Che e Carlos Marighella em São Paulo. Recolheu histórias sobre uma possível passagem pelo Rio. Mas nunca esteve perto de encontrar ou capturar o guerrilheiro. 
ESTADÃO

TENENTE PERDE CONTROLE DO CARRO E QUASE CAUSA TRAGÉDIA NO ACRE

O tenente do Exército Francisco da Cunha Araújo(21), do 61º Batalhão de Infantaria de Selva,  perdeu o controle do Audi que dirigia e invadiu os quintais de três residências, nesta sexta (26) em Cruzeiro do Sul (AC).
Segundo o jornal Voz do Juruá, o carro, que estava a mais de 100 km/h no momento do acidente, atravessou um campo de pelada onde, minutos antes, crianças jogavam futebol. O militar não havia ingerido bebida alcoólica, porém não tinha habilitação para dirigir. Leia mais.

27 de fevereiro de 2010

SOLDADO DA AERONÁUTICA É INDENTIFICADO COMO SUSPEITO DE INTEGRAR BONDE DOTRÁFICO

Policiais da 81ª DP do Rio de Janeiro identificaram um soldado da Aeronática entre os homens flagrados pilotando motocicletas na chamada "esquina do medo", em Jacarezinho.
O suspeito, que aparece conduzindo uma motocicleta ao lado de outra moto que carregava um bandido armado com fuzil, serve na Base Aérea do Galeão e informou por telefone à polícia que apenas estaria saindo da favela no momento das imagens.

MILITAR DO EXÉRCITO É BALEADO NO RIO DE JANEIRO

Um rapaz de 25 anos, militar do Exército Brasileiro, foi internado no Hospital das Clínicas depois de ser alvejado com um tiro quando passava pelo Vale da Revolta. Ele foi submetido à cirurgia, sendo retirado um projétil de pistola, aparentando ser de calibre 380 e, segundo informações do hospital, o estado do paciente inspira cuidados. A vítima, moradora em Juiz de Fora, Minas Gerais, trafegava pela Rodovia Rio-Bahia, tendo como destino a cidade de Armação de Búzios, quando teve o carro atingindo por um tiro.
De acordo com informações da polícia, em determinado ponto da BR-116 o veículo da vítima foi fechado por um Fiat Palio de cor prata, onde um elemento forte, alto, aparentando 35 anos, barba e sobrancelha fechada, trajando jaqueta de couro preta, calça bege e boné de cor clara, saiu do carro com uma lanterna apontando a luz na direção da vítima. O elemento que estava sentado no banco do traseiro do carro do elemento efetuou um disparo, acertando a vítima. Depois do tiro, o elemento que portava a lanterna disse ao comparsa que a vítima não era o alvo, acrescentando: “Não são eles”. Os bandidos fugiram em direção ignorada. A vítima foi socorrida e levada ao HCT. Após ela dar entrada, Policiais Militares do 30º BPM foram acionados e conduziram a ocorrência para o registro na delegacia. O delegado substituto da 110ª DP – Wellington Pereira Vieira, instaurou o inquérito policial e iniciou as investigações. Ele acionou o serviço de Inteligência do Exército para acompanhar as investigações. O delegado esteve no local onde a vítima foi alvejada e também no hospital, onde apreendeu o projétil retirado do corpo do militar. Segundo o delegado, já iniciou as diligências a fim de localizar o autor do crime e já está em busca dos acusados.

GENERAIS BOICOTARAM TRIBUTO AOS HERÓIS DO HAITI

Causou embaraço ao Comando do Exército e grande revolta na tropa a ausência de generais na homenagem do Senado, terça (23), aos 17 militares mortos no terremoto do Haiti. Ninguém explica o boicote. O Exército ignorou a pergunta da coluna. Seu Centro de Comunicação Social limitou-se a informar que “se fez representar” por “oficiais do gabinete” do comandante Enzo Peri e familiares das vitimas.
CLÁUDIO HUMBERTO

5º BEC: HÁ 44 ANOS, A CHEGADA EM PORTO VELHO

"NÃO VIVEMOS EM VÃO!"
(Lema do 5º Batalhão de Engenharia e Construção, de Porto Velho, Rondônia, o lendário 5º BEC)

Em 21 de fevereiro último, comemorou-se 44 anos da chegada do 5º BEC à Porto Velho, depois de uma épica jornada que começou no Rio de Janeiro. Só quem morou em Rondônia pode aquilatar a importância dessa unidade militar na formação daquele estado da Amazônia Brasileira.


"Ah! Meu amigo, se me visses, qual Ulisses moderno, abrindo dois mil quilômetros de estrada, de Cuiabá a Rio Branco, numa Odisséia real, para que descobrisses um novo Brasil, certamente não falarias assim."
Trecho de meu artigo, SOLDADO!, publicado neste blog.

O jornal Alto Madeira publicou reportagem especial sobre a memorável jornada. Vale a pena conferir.
O País deve muito à Engenharia do Exército. A saga do 5º BEC é uma dentre tantas que merecem ser resguardadas pela memória nacional. BRASIL!

HAITI: IMAGENS DA VISITA DE LULA À BRABATT

 

26 de fevereiro de 2010

EL DIABO LOS CRIA Y ELLOS SE BAÑAN

Do blog Cuba Democracia y Vida (Suécia)
Dica de Reinaldo Azevedo

DENÚNCIA: HOSPITAL DA MARINHA NO RJ É CASO DE POLÍCIA!

Texto e fotos do leitor José Roberto Medeiros do Nascimento em O GLOBO
RIO - O Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, já foi motivo de orgulho para as Forças Armadas, mas hoje está longe disso. Desorganizado, em condições de higiene precárias, com atendimento médico de péssima qualidade, o hospital coleciona reclamações e não tem dado a seus pacientes condições dignas de atendimento.
Há mofo espalhado pelas instalações, cadeiras quebradas, estofados rasgados, fios à mostra, banheiros entupidos, sangue espalhado pelos banheiros, lixo pelo chão, bicas quebradas, demora e falta de humanidade no atendimento médico. Essas são apenas algumas das reclamações do hospital que coleciona casos de erros médicos, como é o caso, por exemplo, de uma senhora de 44 anos que, aos 30 anos, teve que fazer uma cirurgia de redução de mama por questões médicas (e não estéticas) e teve seus seios deformados.
O sangue espalhado pelo banheiro e o lixo jogado pelo chão dos ambulatórios constituem um grande risco de infecção hospitalar para todos os pacientes e uma prova do descaso que reina nesta unidade. As escadas rolantes do saguão principal (entrada do ambulatório) quase sempre estão desligadas ou em manutenção, fazendo com que pacientes idosos e com problemas de locomoção tenham mais dificuldade ainda para se mover dentro do hospital.
Para coroar a situação caótica que habita na instituição, pacientes são mantidos por mais de 24 horas no serviço de emergência sem receber nenhum tipo de alimentação. Idosos, crianças, adultos e gestantes sofrem sem ter como se alimentar enquanto aguardam um atendimento que é sempre demorado e que, na maioria das vezes, é ineficaz. Os idosos, em geral, são os que mais sofrem com as condições desumanas de atendimento do Hospital Naval Marcílio Dias.
A saúde militar já foi um exemplo bem sucedido, mas hoje, um dos principais hospitais da marinha - senão o principal - encontra-se em uma situação caótica que é um verdadeiro desrespeito para todos aqueles que dedicaram uma vida inteira de serviço a esta instituição.

HAITI: NAVIO PARTE DO RIO DOMINGO LEVANDO 60 T DE MATERIAL PARA AJUDA HUMANITÁRIA

Da Agência Brasil
O Navio de Desembarque de Carros de Combate Garcia D’Ávila, da Marinha, recebe hoje (26), a partir das 14h, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, um carregamento de 60 toneladas de material, em continuidade às ações de ajuda humanitária do Brasil ao Haiti.
O navio parte domingo (28) do arsenal, com previsão de recebimento de mais carga nos portos de Recife e Fortaleza. A chegada a Porto Príncipe, capital haitiana, está prevista para o dia 22 de março.

HAITI: A FALA DE LULA

Média com as legiões
O chefão em comando $talinácio fez ontem uma média com os militares, aproveitando a hora do almoço com as tropas brasileiras da Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti).
Na formatura, Lula elogiou o trabalho dos 1.266 militares do Batalhão Brasileiro (Brabatt):
Embora vocês não precisem de medalhas, eu poderia dizer que poucas vezes na história do Brasil as Forças Armadas foram motivo de tamanho orgulho para o povo brasileiro como tem sido o seu comportamento e trabalho na Minustah”.
Será que $talinácio pensava bem assim, com o mesmo respeito e consideração aos militares, quando ordenou que um General ficasse a paisana, sem farda, para recebê-lo durante um de seus fins de semana com mordomia em unidades militares?
Do blog Alerta Total

HAITI: EXÉRCITO INSTAURA IPM PARA APURAR DESAPARECIMENTO DE ARMAS DURANTE O TERREMOTO

Bruno Tavares
O comando do Exército instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar o desaparecimento de material bélico que estava em poder de militares brasileiros em 12 de janeiro, quando um terremoto devastou o Haiti. A investigação busca esclarecer em que circunstâncias desapareceram três pistolas calibre 9 mm, um lança-granadas e um fuzil 7.62 mm.
Segundo o Exército, todas as armas estavam com militares fora da base brasileira. Até agora, foram recuperadas uma pistola, que estava ao lado do corpo de um dos 18 militares mortos na tragédia, e o lança-granadas. Os militares dizem que as buscas continuam.
Duas pistolas 9 mm estavam com militares no Hotel Christopher, onde funcionava a sede da Minustah. O edifício veio abaixo com o tremor. No Ponto Forte 22, um sobrado de três andares usado pelos militares, desapareceram uma pistola 9 mm e um lança-granadas. O fuzil 7.62 mm estava com um militar que atuava no Forte Nacional, principal fortificação na região de Bel Air, no centro da capital.
Mais do que atender à obrigação legal de apurar o sumiço de material bélico, a principal preocupação do Exército é evitar que as armas caiam nas mãos de civis ou gangues. Segundo um militar ouvido pelo Estado, todo o armamento que estava com soldados que morreram já foi encontrado e retornou ao Brasil em 28 de janeiro.
O promotor da Justiça Militar Jaime de Cássio Miranda foi designado para acompanhar o inquérito. O prazo para a conclusão do estudo é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.
O ESTADO DE SÃO PAULO

OS PETISTAS VÃO INVADIR A INTERNET!

Meio milhão de guerrilheiros virtuais
Para fortalecer a campanha presidencial de Dilma Rousseff, 500 mil petistas serão estimulados a inundar as redes sociais na internet com propaganda favorável à ministra, além de respostas às críticas feitas pelas siglas de oposição
O PT prepara uma operação de guerra na internet a fim de dar fôlego à campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A ideia é municiar com textos, áudios e vídeos os 518.912 filiados que participaram, em novembro de 2009, das eleições internas do partido. Eles terão a missão de reproduzir e distribuir o material de propaganda em blogs e redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter e Google Buzz.
Uma das prioridades do novo secretário nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), a estratégia tenta transplantar para o mundo virtual (1)a base social da legenda, considerada um dos trunfos na ofensiva para derrotar o PSDB na sucessão presidencial.
CORREIO BRAZILIENSE

25 de fevereiro de 2010

OS IRMÃOS CASTRO MATAM MAIS UM! E UMA MÃE DENUNCIA: "UM ASSASSINATO PREMEDITADO!"

Vocês sabem, morreu terça-feira o dissidiente cubano Orlando Zapata Tamayo, preso na ilha dos Castro por "crime de opinião" e em greve de fome  desde o ano passado. A morte de Zapata foi decorrência de falência renal, porque seus carcereiros negaram-lhe água.
É a Cuba de Fidel & Raúl, estes gigantes da democracia, admirados e bajulados por Lula et caterva.
Confira abaixo o depoimento de Reina Zapata Tamayo, mãe de Orlando, divulgado pela corajosa Yoani Sánchez, em seu blog Desde Cuba.


Esta tarde (23/2), horas depois da morte de Orlando Zapata Tamayo, Reinaldo e eu pudemos aproximar-nos do departamento de Medicina Legal na rua Boyeros.
Um cordão de homens da segurança do estado vigiava o lugar, porém conseguimos aproximar-nos de Reina, mãe do falecido, e fazer-lhe estas perguntas.
Dor, indignação em nós…tristeza profunda nela.
Aqui deixo a gravação, alternativa e sem luz, porém testemunho pungente da angústia de uma mãe.
Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto
Desde Cuba

EM CUBA, LULA TAMBÉM NÃO SABIA DE NADA


“Eu não recebi nenhuma carta. As pessoas precisam parar com o hábito de fazerem carta, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”. LULA, ontem, em Havana.

HAITI: TRABALHO INTENSO PARA RECEBER OS NOVOS SOLDADOS DA MINUSTAH

Desde 09 fevereiro 2010, os militares do BRABATT B trabalham intensivamente na construção de sua base em Porto Príncipe, no Campo Charlie, sem descuidar da manutenção do preparo físico Os integrantes dos dois primeiros escalões do Batalhão já dispõem de alojamentos, banheiros, cozinha, internet, água e energia e dedicam esforços para bem acolher as próximas levas.
 
  
  

24 de fevereiro de 2010

RORIZ, O IMPOLUTO, OU: O ROTO FALANDO DO RASGADO E DO DESCOSIDO

Roriz, padrinho político de Arruda e P.O. pergunta: como pôde chegar nisso aí?

Roriz fala da crise no DF em horário eleitoral gratuito - O Escândalo from joaquimroriz on Vimeo.

HAITI: SENADO HOMENAGEIA MILITARES MORTOS

A hora do expediente da sessão desta terça-feira (23) foi dedicada a homenagear a memória dos brasileiros vitimados pelo terremoto que deixou mais de 200 mil vítimas no Haiti, no último dia 12 de janeiro.
Entre essas vítimas estavam a médica Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral Nacional e Internacional da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa; e o diplomata Luiz Carlos Costa, representante especial adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Além destes, morreram 18 militares integrantes das forças de paz da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
A sessão foi requerida pelos senadores Flávio Arns (PSDB-PR - sobrinho de Zilda Arns), Romeu Tuma (PTB-SP), Aloizio Mercadante (PT-SP), Magno Malta (PR-ES), Paulo Paim (PT-RS) e João Pedro (PT-AM).
- Tenho a certeza de que o exemplo de vida de Zilda Arns, Tia Zilda, dos soldados do Exército brasileiro e da Polícia Militar do Distrito Federal, dos oficiais e de nosso Embaixador, Dr. Luiz Carlos da Costa, vai ser como semente no chão desta nação tão rica, que pôde abrigar em seus seio essas pessoas extraordinárias, de um povo brasileiro que sabe ser tão solidário; semente de justiça, encaminhando-nos para uma nação de paz - disse o senador Flávio Arns, sobrinho de dona Zilda, durante a homenagem.
Militares
Foram 18 os militares brasileiros mortos durante o terremoto no Haiti. São eles: Davi Ramos de Lima; Felipe Gonçalves Julio; Douglas Pedrotti Neckel; Washington Luis de Souza Serafim; Antonio José Anacleto; Rodrigo Augusto da Silva; Tiago Anaya Detimermani; Arí Dirceu Fernandes Júnior; Kleber da Silva Santos; Raniel Batista de Camargos; Leonardo de Castro Carvalho; Francisco Adolfo Vianna Martins Filho; Bruno Ribeiro Mário; Marcus Vinicius Macedo Cysneiros; Emilio Carlos Torres dos Santos; Márcio Guimarães Martins; Rodrigo de Souza Lima; e João Eliseu Zanin.
José Paulo Tupynambá / Agência Senado

VANNUCHI DUVIDA DE CRISE MILITAR

Titular da Secretaria de Direitos Humanos critica Nelson Jobim
Roldão Arruda
Em palestra proferida em São Paulo, o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) criticou o titular da pasta da Defesa, Nelson Jobim, e pôs em dúvida a crise militar ocorrida em dezembro, com a ameaça de demissão dos chefes das Forças Armadas, que teriam manifestado descontentamento com o Programa Nacional de Direitos Humanos. "Tenho dúvida se as cartas de demissão existiram ou não", afirmou. "Foram os militares que pressionaram Jobim? Ou foi ele que pressionou os militares para se solidarizarem com ele?"
A crise militar levou o presidente Lula a rever itens do programa que havia aprovado dias antes. Na ocasião, Vannuchi, abatido e sem contar com nenhuma manifestação de apoio oficial do Palácio do Planalto, chegou a acenar com um pedido de demissão. Na segunda-feira, porém, se mostrou animado e comemorou o fato de o 4º Congresso do PT, realizado no fim de semana, ter aprovado por unanimidade uma moção de apoio às suas ações à frente da Secretaria de Direitos Humanos.
Além do ministro da Defesa, ele criticou setores da Igreja Católica que atacaram o programa: "Essa não é a igreja de d. Paulo Evaristo Arns e de d. Pedro Casaldáliga. Ela é muito parecida com a Igreja de 1964 (que apoiou o golpe militar)."
Vannuchi apresentou um histórico de suas divergências com Jobim. Disse que começaram a se agravar em abril do ano passado, quando o ministro da Defesa, sem consultá-lo, criou uma comissão militar para realizar as buscas de corpos de mortos e desaparecidos na região da Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início dos anos 70.
Vannuchi protestou imediatamente, dizendo que se tratava de uma responsabilidade de sua pasta e que a comissão não podia ser constituída sem a presença de familiares dos mortos. "Disse a ele que não podia fazer aquilo, que o presidente havia me dado mandato para fazer", contou.
A disputa teve de ser arbitrada pelo presidente Lula e pela Casa Civil. No fim, Jobim criou um grupo de observação, com a presença de familiares.
No caso do Programa Nacional de Direitos Humanos, Vannuchi lembrou que a principal divergência foi em torno da Comissão da Verdade ? destinada a levantar informações e apurar responsabilidades por crimes de violações de direitos humanos ocorridas na ditadura.
Jobim teria batido pé, até as vésperas do lançamento do programa, para que o texto evitasse a expressão "no contexto da repressão política". Falando em nome da cúpula militar, o ministro da Defesa preferia "conflitos políticos" ? o que significava que havia grupos divergentes em disputa.
Lula tentou intermediar. Em Copenhague, onde participava da conferência mundial sobre clima chegou a pedir ao chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, que ligasse para Vannuchi. "Eu disse que não dava mais tempo, porque o programa já estava na gráfica, assinado por todo mundo. E eu tenho dúvidas se deveria entrar "conflitos políticos", porque isso poderia criar complicação para a Dilma e o Franklin Martins (ministros que participaram da luta armada), porque poderiam ir depor ao lado do Ustra." Vannuchi se referia ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou a repressão política em São Paulo, entre 1971 e 1974, e é acusado por crimes de tortura e morte de opositores do regime. "Nós não podemos cometer uma estupidez dessas."
Vannuchi também disse que o País precisa conhecer melhor o pensamento das Forças Armadas: "Ainda não sabemos qual a transição que as Forças Armadas fizeram, ou não, para o pensamento democrático constitucional."

23 de fevereiro de 2010

SPONHOLZ

BRASIL AFORA, EXÉRCITO CORRE PELA PAZ!

No último domingo (21) o Exército Brasileiro realizou a Corrida pela Paz, para promover os Jogos Mundiais Militares, que se realizarão em 2011, no Rio de Janeiro.
Confira algumas imagens:
MANAUS - AMRESENDE -RJ


TRÊS CORAÇÕES (MG)



RIO DE JANEIRO (RJ)


DOURADOS (MS)
RECIFE (PE)
SÃO LUÍS (MA)
BAGÉ (RS)
Créditos(pela ordem): Sgt Almeida, Ten Távora, Sd Douglas, Sgt Nunes, Subten Andrade, Cb S. Amaral, Sub Ten Cairo
FONTE: EXÉRCITO BRASILEIRO

RUSSO TRANSFORMA TANQUE EM CARRO DE PASSEIO

Alguns gostam de incrementar um Opala antigo com motor de esportivo luxuoso, estofamento especial, suspensão e freios de última geração. Tem gente que prefere “pimpar” veículos mais arrojados. Um verdadeiro tanque de guerra, por exemplo.
Foi o que fez um russo – que não diz seu nome, ironicamente, por motivos de segurança. O homem, que mora em Moscou, comprou um BRDM, sigla para Veículo de Combate, Patrulha e Reconhecimento, e o levou para uma oficina. Em um ano, transformou o monstrengo de guerra – movido a diesel, com 7,7 toneladas, 5,75 m de comprimento, 2,75 m de largura e 2,31 m de altura - em um simpático carro de passeio.
Muitos modelos do BRDM, produzidos entre 1962 e 1989, foram usados em conflitos no Iraque, Irã e Síria, vendidos pela antiga União Soviética. É um veículo anfíbio, que se locomove bem em estradas lamacentas, rios e lagos.
Seu poderoso motor V8 5.5 não é exatamente econômico, mas o dono não liga. Está mais interessado na versatilidade – só não sabemos se ele pretende navegar com a engenhoca em estradas fluviais, ao lado da família. 
O BRDM pimpado conta com oito rodas. Quatro delas ficam escondidas e podem ser acionadas em terrenos cheios de lama.
Para dar conforto, o russo montou uma sala dentro do tanque. Ele conta com sistema de som distribuído em oito caixas, sistema de navegação com GPS, TV, DVD e periscópio – para poder submergir sem ficar desorientado. Possui também câmeras noturnas, para poder se locomover no mato ou na selva.
O carro tem autorização do governo para circular pelas ruas, estradas, lagos e rios.  
O dono jura que não tem canhão algum escondido no interior do carro.
 R7

HAITI: BATALHÃO BRASILEIRO JÁ DISTRIBUIU 1,2 MIL TONELADAS DE ALIMENTOS

O Brasil já distribuiu à população do Haiti, 30 dias após o terremoto que devastou este país, 1.200 toneladas de alimentos, 280.000 litros de água e 60 toneladas de medicamentos. O balanço foi feito pelo Batalhão de Infantaria de Força e Paz (Brabatt), que integra a Missão da Organização das Nações Unidas (ONU) em território haitiano. Além da ajuda direta, o Brabatt também ofereceu a segurança necessária para que outras organizações distribuíssem mantimentos à população do Haiti.
A Força Aérea Brasileira (FAB) participa desse esforço desde o início, com a operação de uma ponte-aérea Brasil-Haiti. Em pouco mais de um mês, mais de cem voos foram realizados, com o transporte de mais de 900 toneladas de alimentos, água, remédios e equipamentos, além do envio de militares e de equipes de resgate.
Segundo o Brabatt, os números revelam que a distribuição dos mantimentos foi um êxito, apesar de ter sido iniciada durante a troca dos efetivos brasileiros. O Brasil troca seu contingente na Missão de Paz no Haiti a cada seis meses. Esse rodízio de tropas iniciou-se em 2004, quando a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) estabeleceu-se no país, por decisão do Conselho de Segurança da ONU. Quando ocorreu o terremoto, o 11º. Contingente estava iniciando a mudança para o Brasil e, nesse processo, cerca de 10 por cento do 12º. Contingente já havia embarcado do Brasil para o Haiti. Portanto, a tarefa de distribuir os alimentos foi, no início, realizada pelo 11º. Contingente.
Com o prosseguimento da troca de efetivos, porém, o 12º. Contingente foi aos poucos assumindo a tarefa, em meio à grande comoção e privação pela qual passava o povo haitiano. As missões se concentraram na distribuição de água, comida e medicamentos e na segurança da distribuição destes itens por ONGs, organismos da ONU e demais entidades de ajuda humanitária de diversos países. Sem descuidar da segurança de responsabilidade do Batalhão brasileiro, essas operações demandaram efetivos consideráveis e grande planejamento, para que atingissem seu objetivo de minimizar o sofrimento da população haitiana.
No momento, em Porto Príncipe, há milhares de pessoas vivendo em acampamentos improvisados em terrenos vazios, parques, estádios e áreas livres. A despeito disso, não foram registrados aumentos na violência nas áreas de responsabilidade do Batalhão, pois foram intensificadas as patrulhas para a prevenção da escaladas na violência pós-terremoto. Criminosos que fugiram após o terremoto, estão sendo recapturados pelas patrulhas do Brabatt.
Os sobreviventes da tragédia haitiana tentam retomar sua vida normal. O comércio está aos poucos retomando suas atividades. O Brabatt segue contribuindo para que o país possa se recuperar, o mais breve possível, e retomar o rumo em direção a um futuro próspero para a nação haitiana.
Fonte: Ministério da Defesa e CECOMSAER

22 de fevereiro de 2010

BOLSONARO: GENERAL SANTA ROSA E A COMISSÃO DA "VERDADE"

HISTÓRIA: O ÚLTIMO SAMURAI DO IMPERADOR

Aos que apreciam relatos de coragem, honra e lealdade, qualidades inexistentes nos que nos governam hoje, apreciará as experiências desse exemplo da atualidade.
O Segundo Tenente Hiroo Onoda (Onoda Hirō; nascido em 19 de março, 1922)  um oficial  de inteligência do exército japonês, estava posicionado em Lubang nas Filipinas durante a Segunda Guerra Mundial. Antes disso servira na China, e era perito em artes marciais e combates em missões especiais de alto risco. Estava lá quando a ilha foi invadida pelos aliados em fevereiro 1945, onde combateram ferozmente seu inimigo.
Com o isolamento da ilha e pela falta de suprimentos, a maioria das tropas japonesas morreram combatendo até o fim, e poucos foram capturados por forças americanas, que tiveram baixas muito grandes, em mãos japonesas.
Onoda e outros homens, entretanto, esconderam-se na selva densa para continuarem a atacar o inimigo.  A rendição era considerada desonra, e a morte em combate ou por Arakiri uma vitória.
Onoda continuou sua campanha, vivendo inicialmente nas montanhas com os três soldados. Viviam da pesca, caça, coletavam frutas e por vêzes invadiam fazendas e "requisitavam" gado e cereais.  Um de seus camaradas rendeu-se às forças Filipinas, e os outros dois foram mortos em batalhas com as forças locais - um em 1954 e outro em 1972 - deixando Onoda sozinho nas montanhas. Por 29 anos, recusou a render-se, negando cada tentativa de convencê-lo de que a guerra tinha acabado com a rendição do Imperador.
Em 1960, Onoda foi declarado legalmente morto no Japão. Durante esse periodo, Onoda continuou a atacar os soldados Filipinos, "aliados" dos americanos, matando ainda cerca de trinta deles e causando prejuizos.
Chegaram a enviar seu pai e um irmão às Filipinas, onde esses falaram em alto falantes próximo à área habitada por Onoda, pedindo-lhe para render-se e informando que a Guerra havia terminado a tempos. Onoda considerou isso uma armadilha  americana, e não se rendeu.
Em 1973, um estudante japonês propôs-se a encontrá-lo, e partiu para as Filipinas. Finalmente encontrado pelo estudante Norio Suzuki, Onoda recusou-se ainda a aceitar que a guerra tinha acabado, a menos que recebesse ordens para baixar suas armas diretamente ao seu oficial superior. Suzuki se prontificou a ajudar, e retornou ao Japão com as fotografias de si mesmo e de Onoda como a prova de seu encontro.
Em 1974, o governo japonês encontrou o antigo oficial comandante de Onoda, o ex-major Taniguchi, que havia se tornado um livreiro. Taniguchi foi para Lubang e informou a Onoda da derrota do Japão na segunda Guerra e ordenou-lhe a depor armas.
Assim, em ato público com cobertura da imprensa, o tenente Onoda emergiu da selva 29 anos após o fim da segunda guerra mundial, e aceitou a ordem de baxa de seu oficial comandante, vestindo seu uniforme ainda preservado e seu sabre de oficial, portando seu rifle Arisaka de 7,7 mm ainda em boas condições operacionais, com cêrca de 500 cartuchos de munição, diversas granadas de mão e utensilios de infantaria.
Embora tivesse matado aproximadamente trinta habitantes Filipinos locais e se engajado em diversos tiroteios com a polícia, as circunstâncias destes eventos foram levadas em consideração pela situação, e Onoda recebeu o perdão do presidente filipino Ferdinand Marcos.
Depois de sua rendição, Onoda foi recebido no Japão como herói, e ovacionado pelo público. Em seguida, devido às dificuldades de readaptação à sociedade japonesa moderna, mudou-se para o Brasil, onde se transformou num fazendeiro de gado.
Publicou uma autobiografia:  No Surrender: My Thirty-year war (no Brasil, publicado pela Empresa Jornalística S. Paulo Shimbum S.A. como "Os Trinta Anos de Minha Guerra"), logo após sua rendição, detalhando sua vida como um combatente de guerrilha em uma guerra há muito tempo terminada. Revisitou a Ilha de Lubang em 1996, doando $10.000 para a escola local em Lubang. Casou-se com uma japonesa e voltou para o Japão, para administrar um acampamento para crianças.
 
Familiares no Brasil
Encontram-se no Brasil ainda familiares de Hiroo. Um de seus irmãos Tadao Onoda faleceu no ano de 1991, em São Paulo, porém seus filhos ainda vivem e deixam netos que ainda carregam o sobrenome.

21 de fevereiro de 2010

MILITARES CORREM PELA PAZ MUNDIAL

Foto: Ronaldo Bernardi (ZH) 

A Usina do Gasômetro recebeu na manhã deste domingo a Corrida pela Paz Mundial, promovida pela Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), que ocorreu simultaneamente em diversas capitais do país.
O evento que iniciou às 9h, faz parte da programação do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) que tem o objetivo de buscar a paz mundial por meio da promoção de atividades esportivas entre militares das Forças Armadas dos países filiados.
A corrida, que ocorre sempre na mesma época do ano, está em sua quarta edição. No Brasil, é a segunda vez que o evento ocorre. De acordo com o Major Leandro Santos da Costa, do Comando da 6º Divisão do Exército de Porto Alegre, a Corrida pela Paz Mundial visa divulgar os Jogos Militares:
— Além da divulgação, o objetivo da corrida é a conscientização da população na promoção da paz mundial por intermédio dos esportes, completa Costa.
O Brasil foi escolhido pelos países membro do CISM para sediar a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares em 2011, que serão realizados no Rio de Janeiro.

TOMADA DE MONTE CASTELO: A MAIOR VITÓRIA DA FEB!

Em 21 de fevereiro de 1945, após três tentativas fracassadas, os combatentes de Força Expedicionária Brasileira tomavam o Monte Castelo, o maior feito militar da campanha brasileira na Itália. O blog homenageia estes heróis brasileiros, com uma série de matérias especiais.
Aí do lado, você pode conferir a história da FEB contada em uma coleção de estampas das pastilhas Eucalol. Já estão disponíveis as páginas VIAGEM E INSTALAÇÃO e O DIA-A-DIA. Ao longo da semana estaremos completando a coleção.
Confira também  O BRASIL NA 2ª GUERRA MUNDIAL do jornalista Joel Silveira, correspondente de guerra na Itália.
Que os brasileiros não ousem esquecer seus HERÓIS de verdade, sob pena de sucumbir ao jugo dos  heróis fabricados pelos big brothers e as comissões de anistia da vida.

MONTE CASTELO: CHEGANDO AO TOPO DO MONTE



    Às 17h50, a voz do coronel Franklin chegava forte pelo rádio: "Estou no cume do Castelo." E pedia mais fogos de artilharia sobre pontos em poder do inimigo, além do monte. "Castelo é nosso," disse-me o general Cordeiro.
    Mais três minutos, e as baterias estavam canhoneando Caselina, Serra e Bela Vista. Os alemães responderam com morteiros, mas essa reação de nada iria adiantar, porque, como me dizia, no dia seguinte, o coronel Franklin, "estamos em Castelo e ninguém nos tira mais daqui."
    Eram mais de sete e meia da noite, noite hibernal, fechada, quando voltei a subir no meu jipe, que deixara ao lado do Posto de Observação. Nossa artilharia continuava a castigar, incansável. E Monte Castelo estava bem à minha frente, já domado.

Esta é uma parte da história da FEB, contada por  Joel Silveira, correspondente de Guerra, em trabalho realizado para a Revista "Enciclopédia Block" no ano de 1970.
Confira o trabalho na íntegra, na página especial do Blog:

A BATALHA DE MONTE CASTELO CONTADA POR UM COMBATENTE

SÓZINHO EM MONTE CASTELO
José Demuner
Minha lembrança de Monte Castelo foi a de um avião alemão que passou a pouco mais de 50 metros sobre minha cabeça, disparando quatro metralhadoras simultaneamente, contra os alvos: eu e a metralhadora Ponto 50 – que era minha especialidade. Estava guarnecendo a rota 64, que levava a Monte Castelo.
Essa infiltração aérea alemã custou a vida dos seis soldados que me acompanhavam. Como por milagre, sobrevivi, e hoje faço esta narrativa.
Em Monte Castelo, nós, da artilharia, apoiávamos a infantaria – 6º Batalhão de Infantaria da FEB -, e aquela unidade acabou sendo substituída pelo 11º Batalhão de Infantaria, composto totalmente por ex-combatentes do estado de Minas Gerais. Por sua vez, o exército alemão se aproveitava destas ocasiões, ao longo da batalha, com intensos tiroteios e ataques diversos, usando todo o arsenal disponível para eles, que não era pouco.
De repente, me dei conta de que o dia começava a raiar, pela tênue luz que se via ao largo, mesmo com o forte nevoeiro, formado de vapores, pólvora queimada e de incêndios diversos. A luz me deixou entrever um movimento de tropas numa curva do caminho adiante. Mantive a metralhadora, desta vez mirando o novo alvo. O ímpeto da defesa me fez reagir rápido, e me preparava para mandar uma rajada da Ponto 50, que equivale a 600 disparo por minuto. Numa emboscada, pode dizimar um batalhão em pouco tempo.
Uma dúvida me fez parar e examinar detidamente o ambiente.  Agarrei o binóculo, tenso, e identifiquei prontamente. Iria cometer um erro grosseiro, conhecido como fogo amigo. Lá estavam soldados brancos e negros lado a lado, visão impensável no ariano exército inimigo. Graças a Deus, este lampejo de intuição salvou vidas amigas e meu consciente. Imagine matar colegas que naquele momento se refugiavam, diante do implacável fogo inimigo, em debandada geral. Só eu fiquei naquele palco de guerra total, ficando para trás, tendo como companhia apenas a minha metralhadora Ponto 50. Meu desespero aumentava instantaneamente, ficando mais de dez horas sozinho em Monte Castelo. As coisas passaram como um filme na minha cabeça, mudando o fim da história, pelo menos naquele momento de reencontro.
A situação ficou tão tensa, como disse acima, que a unidade onde eu estava bateu em retirada, sob fogo cerrado do inimigo. As famílias italianas que moravam nas redondezas sentiram o calor da batalha, e a ameaça que rondava, também se retirando com os poucos pertences possíveis.
Eu havia tomado posição bem de frente ao palco de batalha, juntamente com quatro soldados, um cabo e um motorista. Todos ficavam no meu entorno, já que eu era especialista que comandava a metralhadora Ponto 50 e bazuca. Tudo isso sob um frio que variava de 15 a 25 graus abaixo de zero. Por volta da 1 hora da manhã eles comunicaram que desejavam um café quente. Fiquei supondo onde encontrariam tal bebida, visto que estávamos sozinhos naquela posição, ao que tudo indicava. Já não se ouviam nossas baterias por perto.
Em exemplo dos demais, os que me deixaram, não voltaram nas longas horas que se passaram, e, então, fiquei sozinho diante do inimigo, numa noite só clareada pelos canhões e outras armas de grosso calibre. Aviões com seus rasantes, bombardeio ensurdecedor, mantive ereto à posição, mesmo reconhecendo intimamente que me restavam poucas horas. É difícil para quem não viu a cena imaginar a minha aflição interior, isolado, alvo frágil diante da ferocidade do exército alemão. Só o tempo diz se você vai contar a história. A despeito do cenário, estou vivo.
Depois fiquei sabendo que minha vida foi salva pelo fracasso da estratégia alemã. Eles não avançaram pensando que poderiam cair em emboscada, num bolsão ao longo da íngreme região. Eles, os alemães, que estavam entrincheirados a 1.100 metros de altura em Monte Castelo, com vista privilegiada. Mesmo assim, essa privilegiada posição perdia com a tecnologia estadunidense: deformar a densa cerração com equipamentos de gerar fumaça.
A fortaleza alemã, com suas casamatas poderosas, com proteção contra o frio e outros confortos que conferiam aos alemães aparente supremacia. Mas, aos poucos A FEB, amparada pelo exército estadunidense, foi dominando o cenário, com verdadeiro cerco a Monte Castelo, comprimindo o inimigo no pequeno território em que se transformou o alto da montanha. Com boas roupas e comida, oferecida pelos estadunidenses, pudemos superar as mazelas do dia-a-dia de um clima inóspito, tão inimigo quanto as tropas que combatíamos.
Por fim, o 6º Batalhão voltou à cena, depois de ser substituído pelo 11º, e voltou com força total, no lugar do 11º, botando novamente as coisas no lugar, ou seja, as tropas foram reorganizadas. Isso facilitou o enfrentamento do inimigo, permitindo também maior tranqüilidade para mim.
Estes relatos são feitos para rememorar fatos que normalmente seriam ignorados, pura e simplesmente, e para que esta lembrança sirva de exemplo para novas gerações, para que sempre lembrem que a paz é a melhor solução.
Não faço os relatos pensando em promoção de qualquer espécie, e sim para que as pessoas entendam a dor de uma guerra para uma nação, para os povos, e para os militares envolvidos, inclusive eu.

20 de fevereiro de 2010

SOLDADO AMERICANO NA LAMA

Um soldado americano perde a batalha para o brejo que tenta atravessar na região de Marjah, no Afeganistão. Ele teve de correr para dar apoio ao seu batalhão depois que rebeldes dispararam tiros contra o grupo. Mas a travessia da área pantanosa se mostrou um obstáculo e tanto, que o militar teve de tirar a bota para não se atolar na lama.
soldado g

(Foto: Patrick Baz /AFP)
R7

MARINHA RESGATOU TRIPULANTES DO VELEIRO CANADENSE QUE NAUFRAGROU NA COSTA BRASILEIRA

ATUALIZAÇÃO: 15:00h

Chega ao Rio navio com estudantes resgatados do veleiro

Foto:Marcos de Paula / AE

Expectativa é que segunda fragata com canadenses atraque ainda neste sábado

Onze dos 64 sobreviventes do naufrágio de um veleiro canadense no litoral do rio de Janeiro chegaram na manhã deste sábado à Base Naval do Mocanguê, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Segundo o site G1, a fragata atracou por volta das 10h40 min. A expectativa é de que a segunda embarcação com canadenses chegue ainda neste sábado.
O embaixador do Canadá no Brasil, Paul Hunt, recebe os jovens, e afirmou que os pais dos estudantes estão no Rio para buscá-los.
Tempestade em alto mar pode ter causado naufrágio
A Marinha diz que uma tempestade em alto mar, como as de cinema, pode ter causado o naufrágio. As imagens do site de divulgação do veleiro Concórdia mostram alunos que estudaram no barco escola em anos anteriores. Em setembro do ano passado ele saiu do Canadá com jovens entre 16 e 21 anos de nove países. Passou pelo Reino Unido, Mar Mediterrâneo e África. Cruzou o Atlântico e chegou ao Recife em janeiro. No início de fevereiro, partiu em direção a Montevidéu. O último contato do veleiro foi feito na quarta-feira à noite, e foi um pedido de socorro.
Quase 24 horas depois um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou os botes salva vidas com as 64 pessoas vivas, a quase 560 km da costa brasileira.
AGÊNCIA ESTADO

ATUALIZAÇÃO DE 20/02 (09:00)

VÍTIMAS DO NAUFRÁGIO SERÃO RESGATADAS POR HELICÓPTERO

A Marinha brasileira informou nesta sexta (19) que as 64 pessoas que foram resgatadas do veleiro Concórdia, após o naufrágio da embarcação, serão retiradas dos navios onde foram abrigadas de helicóptero. Segundo a Marinha, um dos navios está com cerca de 20 vítimas e o outro com aproximadamente 44 pessoas. As vítimas serão resgatadas de helicóptero devido às condições do mar, que está com ondas de dois a três metros. A fragata deve chegar na Ilha do Mocanguê nas primeiras horas de amanhã (20). Os estrangeiros fazem parte de um programa escolar de uma instituição de ensino canadense, o “West Island College International”.
CLÁUDIO HUMBERTO

Postado em 19/02 (20:00)
Um rebocador e duas fragatas da Marinha brasileira foram enviadas para a região onde naufragou o veleiro canadense, a cerca de 560 quilômetros (300 milhas náuticas) da costa do Rio de Janeiro. As 64 pessoas a bordo sobreviveram.
O veleiro-escola havia partido de Recife, no último dia 8, e estava a caminho de Montevidéu, no Uruguai, quando afundou em alto-mar devido aos fortes ventos. Toda a tripulação - 48 alunos e 16 profissionais - escapou em quatro balsas salva-vidas. O Concórdia emitiu o sinal de socorro por volta das 17 horas de quarta-feira.
A Marinha acionou a Força Aérea Brasileira, que sobrevoou a região do naufrágio. Às 20 horas, a primeiro balsa foi localizada. A Marinha, então, entrou em contato com três navios mercantes que estavam na região - Hokuetsu Delight, Cristal Pionner e SE Stao Knutsen -, que resgataram os náufragos.
As embarcações da Marinha foram enviadas para transportar os tripulantes para o Rio de Janeiro, já que os navios mercantes vão seguir suas rotas. A previsão é que a primeira fragata alcance os navios na madrugada de sábado.
Ainda não se sabe como será feita a transferência entre as embarcações - se por bote, balsa ou helicóptero. Tudo depende das condições do mar e dos ventos (a Marinha havia emitido alerta de que os ventos na região podiam atingir até 65 km/h. Não há previsão de horário para a chegada dos estudantes e seus professores ao Rio de Janeiro.
AGÊNCIA ESTADO

MATADOR DE CABO É CONDENADO, MAS SAI LIVRE DO TRIBUNAL

O domador de cavalos Fagner Gonçalves foi condenado ontem em Campo Grande a 17 anos de prisão pela morte do cabo do Exército  Leonardo Sales Silva.
Gonçalves arrastou o Cabo Leonardo por 15 km, na madrugada de 7 de junho de 2008, qapós atropelar o militar, que ficou enroscado num dos eixos do caminhão que dirigia..
Mesmo alertado por pessoas que viram o acidente, Gonçalves seguiu com o veículo por 15 km, 5,9 km dos quais já sabendo por meio uma ligação telefônica que o rapaz era arrastado. O domador se apresentou após o crime e ficou preso por um ano e três meses, até que conquistou a liberdade no TJ-MS.
No percurso dos 15 km, o caminhão foi seguido por vários carros, um deles conduzido pelo irmão de Fagner, que o telefonou e o avisou que o cabo do Exército era arrastado pelo carro. Ainda assim, segundo versão do domador de cavalos, ele não quis parar por acreditar que era seguido.Sua carteira de habilitação estava vencida e não o credenciava para conduzir um caminhão. 
Apesar da condenação, Gonçalves aguardará a solução de recurso em liberdade.

19 de fevereiro de 2010

PROJETO PREVÊ VINTE POR CENTO DOS MILITARES NAS FRONTEIRAS

Em tramitação na Câmara, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 527/09 estabelece que pelo menos 20% do efetivo operacional das Forças Armadas deverão estar localizados na faixa de fronteira e serão dotados de poder de polícia, com atribuições subsidiárias de segurança pública para garantir a lei e a ordem.
Autor da proposta, o deputado Major Fábio (DEM-PB) argumenta que o projeto vai permitir aperfeiçoar as ações tanto preventivas como repressivas contra vários delitos, particularmente o tráfico de drogas e de armas.


Atribuições subsidiárias
Ao mesmo tempo, acrescenta o deputado, é importante definir as atribuições subsidiárias das Forças Armadas na área da segurança pública. Com isso, o projeto "busca corrigir distorções que vem sendo observadas no emprego das Forças Armadas, que as deixam juridicamente vulneráveis".
A proposta altera a Lei Complementar 97/99, que fixa as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.


Tramitação
Sujeito à votação do Plenário, o projeto tramita em regime de prioridadeDispensa das exigências regimentais para que determinada proposição seja incluída na Ordem do Dia da sessão seguinte, logo após as que tramitam em regime de urgência nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Câmara dos Deputados

FAZ DE CONTA: SENADO COBRARÁ EXPLICAÇÕES DO GOVERNO SOBRE ACORDO MILITAR COM A FRANÇA


A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado realizará audiência pública com os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre a aliança militar com a França.
O acordo é considerado complexo, pois num único documento, trata de isenção de impostos, assistência militar e cooperação industrial-militar.
Neste caso, a cooperação não se restringiria a treinamento e intercâmbio de informações, mas se estenderia à compra de material bélico como os caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O governo não esconde sua preferência pelo francês Rafale que disputa uma pouco transparente concorrência com o F-18 Super Hornet, dos Estados Unidos, e o sueco Gripen NG.
Para os membros da Comissão, o acordo de cooperação militar com a França antecipa o ganhador da licitação e compromete o processo e a credibilidade do Brasil.
No dia 7 de setembro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo havia decidido adquirir o caça francês.
A declaração de Lula foi desmentida posteriormente e o governo insiste em assegurar que o processo não foi encerrado.
O Senado também quer informações do Itamaraty sobre o futuro da cooperação com a França em áreas como tecnologias nucleares.
Dois acordos para a construção de helicópteros Super Cougar para as Forças Armadas, e de submarinos convencionais e nuclear para a Marinha, foram aprovados no ano passado pelo Senado.

Estratégia Nacional de Defesa

O Congresso Nacional pretende revisar a cada quatro anos a Estratégia Nacional de Defesa que deverá ser discutida e votada no primeiro semestre de 2010.
Proposta neste sentido já foi aceita pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
A idéia é criar uma cultura parlamentar para lidar com os temas militares como ocorre nos Estados Unidos, Espanha, França e Reino Unido.
Em março, a Câmara dos Deputados analisa a proposta que cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, que vai centralizar a política de aquisição de material militar.
Também está prevista a elaboração do Livro Branco da Defesa, que enumera as perspectivas de médio e longo prazo das Forças Armadas.

GENERAL BRASILEIRO FERIDO É BARRADO PELA PF NO AEROPORTO

Ferido de guerra

General da ONU, o brasileiro Paulo Ney foi ferido em Bagdá e chegou ontem(4ªf,17) ao Rio, no voo 442 da Air France. No desembarque, o supervisor da PF do Tom Jobim, acredite, queria que ele ficasse na fila de 400 pessoas para entrar no país.
O comandante mostrou seus ferimentos, contou que havia saído de uma cirurgia de oito horas e que, por isso, não estava fardado.
Ancelmo Gois - O Globo

18 de fevereiro de 2010

MORRE O GENERAL IVAN DE SOUZA MENDES, ÚLTIMO CHEFE DO SNI

O General Ivan de Souza Mendes, último chefe do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), faleceu esta manhã, no Rio de Janeiro.
O militar, de 88 anos, estava internado desde o início da semana e morreu de infecção generalizada.
Ivan de Soua Mendes foi inteventor da Prefeitura de Brasília, após o golde de 1964. Ligado a Ernesto Geisel, serviu no Gabinete Militar sob suas ordens e o acompanhou quando o mesmo presidiu a Petrobrás, no início dos anos 70.
Como general, ocupou varios cargos até ser nomeado ministro-chefe do SNI por José Sarney, em 1985, permanecendo no posto até a extinçção do órgão, em 1990, no governo de Fernando Collor.
O corpo será cremado no sábado.

O QUE FOI O SNI

História — O que foi o SNI
Criado em junho de 1964 com o objetivo coordenar as atividades de informações e contra-informações em todo o território nacional. Possuía secretarias específicas para acompanhar as atividades dos sindicatos, da Igreja e dos vários grupos políticos clandestinos que atuavam no país. Vigiava, também negócios realizados no exterior por empresas privadas e controlava as atividades parlamentares e partidárias em todo o país. Sob a coordenação do SNI operava a Escola Nacional de Informações (ESNI), responsável pela formação de pessoal especializado em informações. Entre os seus diretores, estiveram os ex-presidentes da República Emílio Garrastazu Médici e João Baptista Figueiredo, além dos generais Golbery do Couto e Silva, Octávio Aguiar de Medeiros, Newton Cruz e Ivan de Souza Mendes. O SNI foi extinto em 1990 por decisão de Fernando Collor de Mello. As atividades de inteligência ficaram a cargo de secretarias e subsecretarias da antiga Casa Militar — que se valiam dos levantamentos feitos pelos serviços secretos dos ministérios militares, herdeiros do acervo do antigo organismo. Em 1999, o presidente Fernando Henrique Cardoso criou a Abin — Agência Brasileira de Inteligência — que reagrupou remanescentes do antigo SNI e contratou novos funcionários.

GENERAL IVAN DE SOUZA MENDES FALA SOBRE 64, SNI, COLLOR, LULA

 Em 24 de outubro de 2006, o site Consultor Jurídico publicou uma entrevista com o General Ivan de Souza Mendes. Confira.
Ex-Chefe do SNI diz que governo Lula surpreendeu
Por Márcio Chaer e Robson Pereira
Ivan Mendes - por SpaccaA diferença entre a enxurrada de escândalos que faz a fama do governo Lula e o que aconteceu em governos anteriores é que as tantas negociatas e trapalhadas do passado não chegavam ao conhecimento público. Agora, saem na imprensa. E como saem.
A opinião não é de um petista, nem mesmo de um eleitor de Lula. É do último chefe vivo do antigo e poderosíssimo Serviço Nacional de Informações, o SNI — o general Ivan de Souza Mendes, militar que participou ativamente do regime instalado no país em 1964.
O ex-chefe do Serviço não se espanta com o noticiário das traquinagens petistas. “São coisas terríveis, mas elas sempre existiram”, garante. O que espanta é a apreciação que ele faz da gestão petista. “Lula surpreendeu e fez um bom governo”, afirma. Com uma ressalva: “Não que eu esperasse muita coisa, mas é inegável que o país não degringolou em suas mãos”. Souza Mendes votou em Lula, no segundo turno, em 2002. Mas no próximo domingo, dia 29, anuncia que votará em Geraldo Alckmin.
Como especialista em inteligência, o general observa que Lula descuidou dos serviços de informações — o que poderia poupá-lo de situações ridículas, como a do dossiê Vedoin. “Em vez de profissionais corretos, preocupados com o Estado, o presidente parece ter-se cercado de gente ordinária: mais atrapalham que ajudam.”
Embora note que o ambiente mudou, Souza Mendes, chama a atenção para o fato de que os protagonistas da vida política continuam os mesmos. “O Congresso sempre foi isso que está aí — e é impossível governar sem fazer barganhas”, diz, ressalvando que “a questão está em administrar o grau dessas barganhas”. No caso do mensalão, por exemplo, o que aconteceu “passou longe do que se pode considerar tolerável”.
Ao tempo em que serviu o governo José Sarney no Planalto, de março de 1985 a março de 1990, o general era implacável no papel de olhos e ouvidos do presidente. Nesse período, ele mesmo admite hoje, foi preciso enfrentar e bloquear encrencas parecidas com as do governo Lula. Indagado se chegou a impedir aproximações ou nomeações de pessoas com passado duvidoso ou comprometedor, disse que isso fazia parte da rotina. Lembra que teve “vários casos desses” em mãos, mas que a decisão sempre era de Sarney. “Decidir certo ou errado é prerrogativa do presidente. O que ele não pode é dizer depois que não sabia.”
O último homem forte da comunidade de informações no Brasil não aceita o argumento de que Lula só tenha tomado conhecimento das operações de compra de apoio parlamentar — o mensalão — envolvendo integrantes do seu partido e do governo pelos jornais. “Isso não é possível”, afirmou, sem preocupação de disfarçar o sorriso.
Aos 84 anos de idade, o general Ivan vive com sua mulher, Maria Stella, em um apartamento de três quartos, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Sua alegria são os oito netos e netas que lhe foram presenteadas por suas filhas Leila, Sônia e Márcia e suas duas bisnetas, os xodós da vez.
A entrevista que se segue foi feita em duas rodadas. Da primeira participou o jornalista Robson Pereira, no Rio de Janeiro. A segunda parte foi complementada no último final de semana, por telefone.
A seguir, os principais pontos da entrevista
ConJur — Como o senhor avalia o governo Lula?
General Ivan —
Ele superou minhas expectativas. Mas é preciso dizer que elas não eram tão grandes assim (risos).
ConJur — Como assim?
General Ivan —
 Esperava-se um desastre. E não foi. Estou admirado como ele conseguiu dar uma certa respeitabilidade ao governo. O começo foi muito difícil e as perspectivas eram as piores possíveis. Mas depois deu para perceber que era um governo sério. O que faltava ao Lula, basicamente, era competência. Faltava-lhe estofo. O curioso é que ele falhou na ética, onde era bom e acertou na economia, onde era mal.
ConJur — Por que o senhor acha que ocorreu isso?
General Ivan — É simples: ele acertou com os conselheiros econômicos e errou com os conselheiros políticos. É preciso reconhecer que ele é inteligente. Para a pouca cultura que tem, mostrou-se competente. Conseguiu prestígio internacional e respeito dos chefes de Estado do mundo todo. Notou que o Hugo Chaves era um bobalhão e retraiu-se, o que foi bom. No aspecto eleitoral, soube cuidar do rebanho para garantir a reeleição. E já se pode considerar reeleito.
ConJur — O senhor se surpreende com tantas denúncias de corrupção?
General Ivan — Nem um pouco....
ConJur — Mas são tantos escândalos...
General Ivan — Essas coisas que estão ocorrendo aí são terríveis, mas elas sempre existiram. Políticos envolvidos com dinheiro sempre houve... É quase a mesma coisa que havia lá atrás, por baixo dos panos. Acho que agora aparece mais, mas o Congresso sempre foi mais ou menos assim....
ConJur — Por que isso ocorre?
General Ivan — 
 O político é sempre imediatista. A preocupação do político é sobreviver politicamente. Então, paga o preço que for preciso. Não me surpreendo com isso, nem me surpreendem essas coisas. São coerentes com o comportamento dos políticos.
ConJur — O senhor acha possível que episódios como o mensalão não tenham chegado antes ao conhecimento do presidente Lula?
General Ivan — 
 Não é possível não. A maioria das coisas o presidente deveria saber. Os instrumentos para ele saber existem, mas o político gosta muito de ajeitar as coisas. O presidente deve cercar-se de profissionais. Pessoas corretas. Comprometidas com o Estado, não com facções.
ConJur — O senhor é otimista em relação ao futuro do país?
General Ivan —
 É lógico que sim. Apesar de tudo, estamos caminhando para frente. Devagar e às vezes até dando alguns passos para trás, mas estamos avançando.
ConJur — Como o senhor vê o festival de indenizações para pessoas que dizem ter sido vítimas de perseguição política e já garantiram cerca de R$ 3 bilhões do governo sem precisar ir à Justiça?
General Ivan — Não se pode fazer pouco caso da dor alheia e é preciso respeitar direitos. Mas o que estamos testemunhando, na maior parte dos casos, é marmelada. Uma coisa vergonhosa. Gente de má-fé aproveitando para tirar o pé da lama. Beira o estelionato. É indecente.
ConJur — Como o senhor chegou ao SNI?
General Ivan —
 Fui convidado pelo Tancredo Neves. Acho que foi coisa do Leônidas [Pires Gonçalves, ministro do Exército], que tinha mais intimidade com ele. Depois, quando o Tancredo morreu fui ao Sarney e disse que o cargo estava em suas mãos. Para ele ficar à vontade... Mas ele insistiu que eu ficasse e fiquei até o fim do seu mandato. Não recebi de bom grado o cargo de chefe do SNI, mas era uma missão.
ConJur — Como era o seu relacionamento com o presidente José Sarney?
General Ivan — Sarney era muito político. Inteligente e experiente em matéria de política e estava numa função importante. Eu já encontrei no SNI uma rotina, implementada pelo Octavio [Medeiros]. O chefe do SNI falava com o presidente quatro vezes por dia . De manhã, quando ele chegava; depois quando ele saia para almoçar, quando voltava do almoço e quando ia embora. Eu tinha contato com o Sarney constante. Transmitia para ele certas coisas e respondia o que ele queria saber. Nunca tive maiores problemas nesse relacionamento.
ConJur — Naquela época o senhor chegou a impedir a nomeação de alguém com passado duvidoso ou comprometedor?
General Ivan — Eu falava abertamente o que sabia e transmitia as informações ao presidente sempre de forma direta e objetiva. Tive vários casos desses. Eu falava: presidente, não posso nem quero vetar ninguém, mas não posso deixar de dizer ou mostrar certas coisas. O Sarney não era famoso pela firmeza, mas nunca tive problemas com ele. Eu dizia “isso não deve ser feito”, mas respeitava, evidentemente, a decisão dele. E como ele também respeitava o que eu dizia, passou a ter confiança em mim, tanto que fiquei com ele durante todo o governo. Acho que ajudei muito naquela transição. Eu não tinha intenção de fazer política. Fiz apenas o que achava que deveria ser feito.
ConJur — O senhor acompanha a política atual?
General Ivan —
 Leio os jornais todos os dias. Leio tudo, do começo ao fim.
ConJur — Em quem o senhor votou nas eleições passadas?
General Ivan —
 Votei no Lula, no segundo turno. Só votaria de novo se fosse para impedir a vitória de um pilantra qualquer. Mas como Geraldo Alckmin é um bom candidato, uma pessoa preparada que fez um bom governo em São Paulo, vou votar nele.
ConJur — O senhor chegou a participar de um encontro com o então candidato Lula na campanha de 2002, em um almoço no Rio, junto com outros generais quatro-estrelas...
General Ivan — Estivemos com ele, mas não houve nada relevante neste encontro. Ele levou tudo escrito. Leu a maior parte do tempo e foi muito ponderado. Bobo ele não é. Tanto é assim que virou presidente e o país não pegou fogo.
ConJur — O senhor conheceu o José Genoino?
General Ivan — Bem mais tarde. E tenho respeito por ele. Foi guerrilheiro e arriscou a própria pele.
ConJur — O senhor guarda documentos daquela época?
General Ivan —
 Nenhum. Quando terminou o governo entreguei todos os documentos à agência central do SNI. Cheguei lá e disse: a documentação em meu poder é esta aqui. Não fiquei com nada, apenas o que estava na minha cabeça. Podia ter ficado com muita coisa, mas não fiquei. Leia mais.

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