
- Saí correndo. Meu revólver caiu e ainda voltei para pegá-lo. Sônia ficou e trocou tiros com eles. Não consegui dar um tiro. Sentia vento de bala passando do meu lado. Pensei que tava varado. Foram 45 minutos de tiros - revelou Wilson.
Capturado pelo Exército no fim daquele ano, Wilson ficou três anos em poder dos militares, que o usaram para reconhecer terroristas e dar informações sobre a localização deles na selva amazônica.
- Eu não presto (combino) com a mentira. Graças a Deus nunca apanhei e hoje tô vivo prá contar essa história - disse Wilson, que se orgulha por nunca ter mentido ou sofrido tortura ou maus-tratos por não cooperar com o Exército.
O GLOBO
Comento:
Interessante a lógica dos guerrilheiros: em prol da causa, vale até mesmo engambelar e por em grave risco a vida de uma criança. Fico imaginando o que estaria reservado para nós se esses "defensores da democracia" tivessem obtido êxito.