5 de agosto de 2009

TENENTE -CORONEL ACUSADO DE ASSÉDIO VAI A JULGAMENTO E É ALVO DE NOVA DENÚNCIA

Começou no início da tarde desta terça-feira o julgamento do tenente-coronel Wilson Correa Leite Júnior, atual comandante do 44º Batalhão da Polícia Militar, em Guarulhos (Grande São Paulo), acusado de atentado violento ao pudor contra uma subordinada na corporação.
Segundo informações da assessoria do TJM (Tribunal de Justiça Militar), o julgamento teve início por volta das 13h. Apesar disso, o órgão não soube informar quais testemunhas já tinham sido ouvidas até as 15h.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça Militar, o tenente-coronel agarrou e beijou à força uma tenente, em novembro de 2004. O crime, segundo a promotoria, foi no gabinete do oficial na sede do 4º Batalhão da PM.
Ontem, o advogado João Augusto de Padua Fleury Neto, defensor de Leite Júnior, disse "estar impedido pelo seu cliente de falar sobre o caso". Também disse que Leite Júnior não quer conceder entrevista.
Leite Junior, caso seja condenado, poderá ter a pena agravada porque o atentado violento ao pudor praticado por militar, segundo o Código Penal Militar, tem agravantes quando praticado por um oficial ou durante o serviço na corporação.
Nova acusação
Às vésperas de ser julgado pelo assédio denunciado pela Promotoria contra a tenente na sede do 4º Batalhão, Leite Júnior passou a ser novamente investigado sob a suspeita de assediar uma policial.
De acordo com documentos reservados da PM, Leite Júnior é investigado sob suspeita de assediar no começo de junho uma soldado temporária que trabalhava como uma espécie de secretária dele no 25º Batalhão, em Itapecerica da Serra (Grande SP).
Essa nova investigação causou a transferência de Leite Júnior do comando do 25º Batalhão para o do 44º Batalhão. A apuração é feita em segredo pelos oficiais do CPA/M-7 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 7) da PM, em Guarulhos.
Atualização das12:00h
O Tenente-Coronel Leite Jpunior foi condenado a pena de um ano de detenção, em regime aberto. Defesa e acusação prometem recorrer da decisão. O militar aguardará a solução do recurso em liberdade.

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