130 militares deixaram a Base Aérea de Brasília neste sábado (22).
Insegurança e combate à epidemia de cólera são desafios da tropa
Familiares se emocionam no embarque de militares para o Haiti (Foto: Débora Santos/G1) |
Um grupo de 130 militares brasileiros embarcou neste sábado (22) da Base Aérea de Brasília para compor a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti. Pouco mais de um ano depois do terremoto que assolou o país, os novos integrantes da tropa têm a missão de manter a segurança e ajudar na reconstrução do Haiti.
Os militares que viajaram neste sábado vão substituir a tropa que atua na região há seis meses. Desde o início da operação brasileira naquele país, em 2004, duas vezes por ano o contingente é substituído. Este é o 14º grupo de militares a integrar a missão de paz.
O grupo que saiu de Brasília vai se juntar a outros militares vindo de Campo Grande (MS) e do Rio de Janeiro. Segundo o comandante Coronel Júlio Cezar de Arruda, os militares também estão qualificados para ajudar no combate à epidemia de cólera no Haiti.
“A nossa tropa está bastante capacitada. Temos médicos e enfermeiros ajudando bastante nesse combate ao cólera. A companhia de engenharia atua na reconstrução e auxilia no bem-estar da tropa, melhorando as condições de higiene, principalmente, agora por causa do cólera”, disse o comandante.
O Brasil coordena a missão de paz, que é composta por 18 países e conta atualmente com 8.940 militares de diferentes nacionalidades.
Parentes se despedem do cabo Woshington Freitas (Foto: Débora Santos/G1) |
Emoção
O embarque dos militares para o Haiti foi acompanhado pelas famílias. A emoção da despedida marcou a solenidade realizada pelo Exército para homenagear os oficiais. A família do cabo Woshington Freitas levou uma faixa para dizer adeus. “A gente queria expressar o nosso amor por ele”, afirmou Sandra Cunha, tia do militar.
O coronel William Abrahão vai comandar o 1º batalhão de infantaria da missão de paz a partir do dia 15 de fevereiro. Para ele, a saudade é maior para quem fica no Brasil.
“Para a família é mais dolorido do que para quem está em missão, mas, com internet e telefone, conseguimos amenizar a saudade. A expectativa é de que tudo dê certo para que continuemos levando o nome do nosso país e das Forças Armadas brasileiras”, disse o coronel.
G1, via Blog do Lomeu