Exército diz que situação está controlada, mas para advogado motim ainda vai estourar
Jéssica Iane
Em entrevista ao Portal Stylo na manhã desta sexta-feira, 8, o comandante do 22º Batalhão de Infantaria do Exército, Coronel Martin, confirmou que os presos queimaram colchões e quebraram grades, mas, segundo ele, a situação já foi controlado e não há vítimas fatais ou feridos.
"Eles queimaram pelo menos 12 celas e o problema é que eles quebraram as grades de fechamento. Mas graças a ação da polícia, que usou de armas não letais, não tem ninguém morto, ninguém ferido. A situação foi controlado e os detentos estão deitados na área de sol", garantiu o comandante, embora a imprensa tenha recebido a informação de que dois presos teriam sido feridos..
Um pouco antes, o PS conversou com parentes dos dentendo que afirmaram estar muito preocupadas com a situação. "Não recebemos nenhuma informação até agora. Eu fiquei sabendo da rebelião por uma ligação anônima. Não sei quem me ligou. A gente fica preocupada porque temos filhos lá dentro", disse a mãe de um rapaz que está preso há apenas uma semana. Ela não quis se identificar.
De acordo com o advogado criminalista Wilson Filho, representante de alguns presos, o motivo da rebelião foi as péssimas condições com que os presos são tratados. "Bandido tem que ser tratado como bandido, mas se a pessoa vai passar 40 anos ou outra pena na cadeia, que seja com dignidade. Eles são tratados como porcos. poucas celas, poucos políciais para 400 presos, que ficam estressados e maltratam os detentos. A polícia controlou a situação agora, mas se o governo não fizer alguma coisa, o motim ainda vai estourar", enfatizou.
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