30 de abril de 2014

Soldado do Exército é preso com maconha no Ceará

Soldado do Exército é preso com maconha em Cascavel, no Ceará
Soldado foi abordado pela Polícia Militar em uma fiscalização.
Ele foi autuado em flagrante por tráfico de droga.

Do G1 CE
Um soldado de 19 anos da ativa do Exército Brasileiro foi preso na tarde desta segunda-feira (28), com 205 gramas de maconha, em Cascavel, a 65 Km de Fortaleza. Segundo o Comando de Policiamento do Interior (CPI), o soldado foi abordado pela Polícia Militar em uma fiscalização.
saiba mais
Sargento e soldado da PM no Ceará são presos por extorsão, diz delegado
A polícia informou que o soldado trafegava em uma motocicleta sem placa junto com um amigo adolescente. Policiais realizaram abordagem e encontraram a droga dentro de uma mochila.
Os dois foram detidos e encaminhados para a Delegacia Municipal de Cascavel. O soldado do Exército Brasileiro foi autuado em flagrante por tráfico de droga, enquanto o adolescente foi liberado.
G1/montedo.com

Ministra não garante reajuste de militares das Forças Armadas

Audiência pública com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para debater o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, de 2015 Foto - Agência Senado
Brasília- Em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, não garantiu o pagamento do reajuste de 28,86% aos militares das Forças Armadas. Segundo ela, a questão está na Justiça e a AGU entende que o pagamento somente será considerado quando houver conclusão deste processo.
Um dos requerimentos que solicitou a audiência é de autoria do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente da CREDN. O evento é um desdobramento da audiência pública que aconteceu no último dia 9 de abril, na CREDN, com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e da Comissão Geral que discutiu o assunto.
Barbosa afirmou que está acompanhando de perto todas as questões pertinentes à Defesa Nacional e questionou a ministra sobre a previsão de pagamento do reajuste de 28,86% concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que esse aumento, dado a princípio somente aos oficiais, deveria ser estendido aos demais militares.
Para o deputado, a ministra simplesmente não garantiu o repasse dos recursos para o pagamento dos militares. Segundo ela, a despesa com pessoal do Ministério da Defesa teve aumento de R$ 15,7 bilhões e o Acordo de 2013-2015 vai garantir um aumento de 30% na folha de pagamento de militares. No entanto, se houver decisão judicial a favor dos militares, o governo pagará com precatórios.
"Temos militares de auto padrão técnico e estamos observando o esvaziamento desse pessoal de alto nível das Forças Armadas, o que traz um prejuízo muito grande ao nosso país", destacou o deputado, tendo como exemplo o salário dos médicos que, nas Forças Armadas ganham pouco mais de R$ 3 mil, enquanto profissionais cubanos do Programa Mais Médicos percebem R$ 10 mil.
Eduardo Barbosa também se disse preocupado com o contingenciamento de recursos da Defesa que afetam o cronograma de execução dos Projetos Estratégicos das Forças Armadas. “Para se impor na América Latina e conseguir uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil precisa de uma retaguarda e uma infraestrutura”, afirmou.
DEFESA NET/montedo.com

Começou: professora compara socialismo x capitalismo em Colégio Militar: adivinhe qual o melhor?

Didática socialista
Polêmica na sala de aula

Lauro Jardim
Uma professora de Geografia que lista vantagens do socialismo em relação ao capitalismo a alunos de 13 e 14 anos em um colégio militar. É difícil, mas acredite: tem acontecido no Colégio Militar do Rio de Janeiro e assustado pais de alunos.
O material distribuído contém, conforme explica o rodapé, “experiências dos países que aplicaram na prática o socialismo e o capitalismo”. Beleza. Mas o que se lê, contudo, não condiz com a História. Os tópicos mostram, sim, traços da teoria socialista, mas que ficaram no papel nos lugares em que ela foi posta em prática.
Entre outros pontos, diz a professora sobre a experiência socialista: “o governo garante o necessário para a sobrevivência das famílias. Baixíssimo índice de pobreza”, “a renda derivada da produção é socializada entre os trabalhadores” e “baixa desigualdade social”.
Militar, o pai de uma garota de 13 anos soube das aulas ao acompanhar o material da filha. Ouviu dela, concluindo uma análise das diferenças entre os dois sistemas apresentadas pela professora, que “o Brasil deveria ser socialista”:
- Ela sempre quis estudar lá. Tenho evitado reclamar com o colégio para não prejudicá-la.
Radar on-line/montedo.com

Defesa institui comissão para promover os direitos das mulheres

(Imagem: MD)
Brasília – O Ministério da Defesa (MD) vai atuar de forma mais incisiva na promoção dos direitos das mulheres e na igualdade de gênero em seu âmbito de atuação. Portaria publicada há duas semanas no Diário Oficial da União institui a Comissão de Gênero, que irá estudar e propor ações nesse sentido.
Imbuído da consciência de que homens e mulheres não possuem os mesmos problemas e necessidades, mas devem possuir os mesmos direitos, a ação conjunta e integrada de todos os setores do MD é importante para incorporar a perspectiva de gênero nas políticas públicas e na rotina do Ministério.
Por isso, a nova comissão está vinculada ao Gabinete do Ministro e será integrada por representantes das chefias integrantes do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd), da Secretaria de Organização Institucional (Seori), da Escola Superior de Guerra (ESG) e do Instituto Pandiá Calógeras, além dos Comandos Militares.
Ao todo, há cerca de 22 mil mulheres nas Forças Armadas, o que representa aproximadamente 6% dos efetivos militares. Trabalha-se com uma previsão de aumento, quantitativo e qualitativo, tanto em termos de áreas de atuação, com em níveis hierárquicos.
A preocupação com questões de gênero está presente em diversas atividades relacionadas ao Ministério da Defesa, como a participação de militares em missões de defesa da pátria e de garantia da lei e da ordem, em operações de paz sob a égide da ONU e nas chamadas ações subsidiárias, o que recomenda capacitação específica dos profissionais incumbidos.

Enfrentamento à discriminação
A criação da Comissão de Gênero, no âmbito do MD, vai ao encontro de ações empreendidas pelo Governo Federal no enfrentamento institucionalizado às diversas formas de discriminação contra a mulher, missão capitaneada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
Já em 2011, o Ministério da Defesa e a ONU Mulheres firmaram uma carta de intenções visando, entre outros objetivos, a cooperação em treinamento das tropas de paz em questões de gênero; promoção de atividades de cooperação Sul-Sul sobre o tema; desenvolvimento de programas de utilização de práticas esportivas com enfoque em gênero para a promoção da paz e do desenvolvimento.
O documento também menciona a implementação, no Brasil, da Resolução nº 1.325, do Conselho de Segurança da ONU, que preconiza o aumento da participação feminina em processos decisórios de atividades de paz e segurança; a promoção da incorporação do enfoque de gênero em atividades de pacificação, recuperação e reconstrução; a proteção de mulheres afetadas por conflitos; e a melhoria da condição das mulheres em situações de pós-conflito.
Em 2012, o MD pactuou um Protocolo de Intenções com a SPM-PR, alinhado com os propósitos firmados com a ONU Mulheres. Esse Protocolo deu origem às ações do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) em que MD e SPM-PR figuram com corresponsáveis.
MD/montedo.com

Exército e PRF previnem ataque a caixas eletrônicos no Nordeste

Fiscalização foi feita na BR-020, considerada rota para o transporte ilegal de drogas e explosivos para o Nordeste
(Imagem: Calina Notícias)
O Exército fez hoje (29) uma fiscalização na produção, utilização e transporte de explosivos em todo o país para reprimir o comércio ilegal do produto. O chefe de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, tenente Elimar Serpa, informa que os explosivos utilizados na indústria da construção civil são os mais vendidos ilegalmente. “São os encartuchados de nitrato de amônia. Eles substituem o antigo TNT, chamado de dinamite”.
Na manhã desta terça-feira, 29, um dos pontos de fiscalização foi na BR-020, perto de Formosa, em Goiás. Seis cães farejadores auxiliaram no trabalho. O major De Paula disse que os animais são treinados para farejar até 17 produtos utilizados na fabricação de explosivos. O trabalho dos cães substitui o do homem. "Os cães facilitam as buscas. É muito mais fácil e mais eficiente”, explica o major responsável pelo treinamento dos animais.
A BR-020 é rota para o transporte ilegal de drogas e explosivos para o Nordeste, explicou o inspetor da Polícia Rodoviária, Marcos Cordeiro. “Todos os veículos que vem do Paraguai, São Paulo e Minas Gerais passam por aqui. E no Nordeste tem acontecido muitos casos de explosão de caixas eletrônicos”. Iniciada ontem (28), a fiscalização termina amanhã, com a divulgação de um balanço da operação. (R. A.)
Agência Brasil/montedo.com

29 de abril de 2014

Ministra do Planejamento fala no Congresso sobre política salarial para os militares


Colunista da Veja ironiza Bolsonaro e se dá mal

Lauro Jardim, colunista da Veja, publicou uma nota nesta segunda (28), ironizando a candidatura de Bolsonaro à presidente. Em poucas horas, a postagem já teve mais de dois mil comentários, em sua esmagadora maioria favoráveis a candidatura.

Missão cumprida: FAB encerra buscas a avião no Pará

sms de Rayline para tio antes de avião sumir no Pará (Foto: Reprodução / GloboNews)
SMS de Rayline para tio antes de avião sumir no
Pará. (Foto: Reprodução / GloboNews)
FAB encerrou operação de resgate após identificação de vítimas.
Mais duas vítimas de queda de avião são identificadas em Itaituba, PA
Corpos de Luiz Feltrin e Ari Lima foram identificados no IML do município.

Do G1 PA
O Instituto Médico Legal (IML) de Itaituba confirmou na noite desta segunda-feira (28) que foram identificados os corpos do piloto Luiz Feltrin e do motorista Ari Lima, vítimas da queda de um avião bimotor nas proximidades do município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. Com a identificação das duas últimas vítimas do acidente, a Força Aérea Brasileira (FAB) declarou encerrada a operação de busca e resgate das vítimas do acidente.
Os dois últimos corpos de vítimas do acidente foram localizados na tarde desta segunda, e foram transportados até Itaituba no início da noite. No último domingo, 27, foram removidos os corpos das técnicas de enfermagem Rayline Campos, Raimunda Costa e Luciney Aguiar de Sousa, que já foram identificados e velados nesta segunda em Santarém, e serão sepultados nesta terça.
Com a identificação dos corpos das cinco vítimas, o trabalho da FAB será direcionado nesta terça (29) à investigação das causas do acidente e à remoção dos destroços da aeronave. Os Bombeiros também devem encerrar as operações no local do acidente. "Chegamos agora a noite à Itaituba com os dois corpos restantes e a operação será encerrada com a identificação", informou o Major Tito, do Corpo de Bombeiros de Itaituba, que chefiou a operação de resgate no local da queda e acompanhou o traslado dos corpos das vítimas até o IML do município.
De acordo com o major, familiares das vítimas acompanharam a chegada das equipes de resgate a Itaituba. "A esposa e a filha do piloto, assim como os amigos, acompanharam a chegada do helicóptero com os corpos e foram orientadas a se dirigir ao IML para o reconhecimento", disse Tito, revelando que houve comoção no momento da chegada dos corpos. "É um momento delicado, e eles vão agora fazer os preparativos para velório", relatou o Major.
De acordo com a viúva do piloto, Marília Feltrin, o corpo de Luiz, após ser liberado pelo IML, deve ser encaminhado para Birigui, interior de São Paulo, cidade natal da vítima.
O delegado Lucivelton Ferreira, de Jacareacanga, informou que alguns militares já deixaram a cidade, e os motores da aeronave serão transportados nesta terça para Belém, onde serão periciados por equipes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).

Entenda o caso
O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com cinco pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima. A equipe de saúde seguia para atendimento de uma comunidade indígena de Jacareacanga.
A técnica de enfermagem Rayline Campos mandou um SMS para o tio pedindo socorro instantes antes do avião desaparecer. A aeronave fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. As causas do acidente são investigadas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
No último dia 22 de abril, a aeronave foi encontrada dentro de uma mata de difícil acesso pelo garimpeiro Fausto Pereira. Ele espera pela recompensa de R$ 19 mil anunciada pelos familiares das vítimas.
G1/montedo.com

Operação do Exército fiscaliza explosivos em todo o País

Imagem IPU Notícias (Divulgação)
O Exército Brasileiro, por intermédio da Diretoria de Fiscalização e Produtos Controlados, e com o apoio de órgãos federais, estaduais e municipais, realiza nesta semana, nos 27 Estados da União, uma grande operação de fiscalização de explosivos e produtos correlatos, inspecionando de maneira inopinada pessoas jurídicas e físicas, cadastradas ou não no Exército, que exercem atividades com esse tipo de material.
O principal objetivo da operação é evitar ou reduzir a possibilidade de que explosivos utilizados por empresas registradas, ou de origem ilícita, sejam desviados e empregados contra pessoas e estruturas, permitindo o seu uso somente por pessoas legalmente habilitadas.
[...]
A operação está inserida no exercício do Poder de Polícia Administrativa do Exército, conforme preconiza a Lei, e em perfeita sintonia com as diretrizes do Ministério da Defesa para os preparativos da Copa do Mundo, na medida em que coopera com as ações de defesa no eixo 10: Fiscalização de Explosivos e Produtos Correlatos.
A realização dessa operação faz parte de um conjunto de medidas que vem sendo adotadas pelo Exército Brasileiro, desde o ano passado para tornar cada vez mais eficiente a fiscalização sobre o exercício de atividades com explosivos.
As ações de fiscalização do Exército normalmente são exercidas por meio do controle dos estabelecimentos registrados para o exercício de atividades com explosivos, das inspeções realizadas por ocasião da concessão e da revalidação de registro, e das fiscalizações inopinadas, que podem ocorrer de forma isolada ou em operações interagências.
Além dos militares do Exército, participam da operação a Polícia Rodoviária Federal, os Corpos de Bombeiros, Polícias Militares e Civis dos estados, funcionários do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), funcionários da Receita Estadual e funcionários do Ministério do Trabalho, além de membros do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.
EB/montedo.com

28 de abril de 2014

Vídeos: reunião no Ministério da Defesa

"Até o final do mês": secretário informa que a Defesa encaminhará projeto que prevê uma política de remuneração dos militares, valorizando a carreira militar e compatibilizando-a com a carreira de estado, com o conhecimento e a capacidade exigidas para seu desempenho.



Kelma Costa: "Estamos buscando é uma resposta!"

Dois dias dos gastos militares excedem toda despesa anual com operações de paz

Dois dias dos gastos militares excedem todo dinheiro gasto em operações de pazDois dias dos gastos militares excedem todo dinheiro gasto em operações de paz

A verba alocada anualmente através das Nações Unidas nas operações de paz iguala - apenas - dois dias de toda a despesa necessária para manter a operacionalidade das forças armadas existentes no mundo, revela um relatório do World Watch Institute.
A verba aprovada pelas Nações Unidas para o atual período de 12 meses (julho de 2013 a junho de 2014) ascende aos 7,83 mil milhões de dólares, mais 390 milhões do que o total dedicado às missões de segurança e manutenção da paz no período anterior.
De acordo com relatório divulgado há poucos dias através do World Watch Institute e assinado pelo investigador Michael Renner, os orçamentos militares (em termos mundiais) ascenderam, num único ano (2012), a 1,75 biliões de dólares.
Segundo a mesma fonte, o total anual alocado pela comunidade internacional para operações de paz não daria sequer para dois dias de operação das forças armadas de todo mundo...
DINHEIRO DIGITAL/montedo.com

Mais um sapo: petistas querem dar nome de João Goulart à Base Aérea de Brasília



CUTUCA-CASERNA

Leandro Mazzini
Base Aérea Presidente João Goulart?

Deputado Renato Simões (PT/SP)

Os deputados Renato Simões (PT-SP) e Erika Kokay (PT-DF) pretendem batizar de Presidente João Goulart a Base Aérea militar de Brasília. 
Como se sabe, Goulart foi deposto pelos       militares em 1964.

Deputada Erika Kokay (PT/DF)

BLOG COLUNA ESPLANADA/montedo.com

Governo reedita “Bolsa Copa” com passagem e hospedagem para servidores

Pelo menos oito cidades-sedes têm bases militares com alojamentos. Resta saber se a turma vai trocar os hotéis pelos Quartéis.
Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com
Leandro Mazzini
Após editar decreto em Junho passado que bancava viagens para servidores para a Copa das Confederações (aqui), o Palácio do Planalto reeditou a ‘Bolsa Copa’ para funcionários do alto escalão que vão a trabalho ou em assistência de organização aos jogos da Copa da FIFA nas 12 cidades sedes. O Decreto nº 8.228 de 22 de Abril foi assinado pela presidente Dilma e pela ministra Miriam Belchior (Planejamento).
Apesar de propalar, desde a gestão do ex-presidente Lula, que evitaria gastos com o evento privado, o governo vai pagar para servidores passagens e hospedagens em hotéis nas cidades-sedes - com majoração (aumento) de até 100% na tabela de valores estipulada pela União.
O benefício é para oficiais militares e policiais que vão atuar na segurança, mas se estende também para secretários-executivos dos ministérios e equipe escolhida por eles – é a 'Patota Futebol Clube'.
Segundo o decreto do Planalto, ‘Poderá haver subdelegação’ para 'dirigentes máximos de autarquias e fundações públicas' e para os funcionários da Secretaria de Administração (que vão acompanhar a presidente em eventuais visitas aos jogos) e para os da Secretaria-Geral da Presidência, chefiada pelo ministro Gilberto Carvalho.
É fato que o governo se envolve diretamente na segurança no entorno e dentro das arenas em dias de jogos, mas nada impede que ministros e equipes beneficiados com as passagens/diárias se esbaldem em camarotes nos estádios.
Os benefícios de passagem mais hospedagem para os servidores da Copa se estenderão até dia 15 de agosto, um mês depois do término do torneio internacional.
Parágrafo único do Decreto avisa que os benefícios não se aplicam a ‘deslocamentos para os quais a administração pública disponibilize hospedagem’ ou não haja pernoite. Pelo menos oito cidades-sedes têm bases militares com alojamentos. Resta saber se a turma vai trocar os hotéis pelos Quartéis.
A majoração (aumento do valor pago) para diárias e passagens se dará em 50% para quem for para São Paulo, Curitiba e Salvador; em 75% para Belo Horizonte, Natal e Porto Alegre; e em 100% para Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Recife e Rio.
BLOG COLUNA ESPLNADA/montedo.com

27 de abril de 2014

Tropas do Exército encerram operação na Bahia

Tropas do Exército recrutadas em greve de PMs encerram operação
Equipes foram chamadas para reforçar a segurança devido à paralisação.
Eles ficaram cerca de 10 dias e atenderam pelo menos 15 ocorrências.

Do G1 BA
As tropas do Exército recrutadas para reforçar a segurança durante a greve de policiais militares, e que continuaram em cidades baianas mesmo com fim da paralisação, encerraram a operação nesta sexta-feira (25). O governador Jaques Wagner pediu à Presidência a retirada do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A greve durou dois dias e, nesse período, 59 homicídios foram registrados na capital e na região metropolitana, além de 156 roubos de carro e seis furtos.
Eles atuaram durante nove dias sob comando do general Racine Bezerra Lima, da 6ª Região Militar. "O Exército manteve-se comprometido com a missão de proteger e garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio", diz a nota do órgão.
De acordo com o tenente coronel Costa Neto, responsável pelo setor de comunicação, foram 15 ocorrências, em média, atendidas pelos militares, entre elas, autos de prisão por saques e assalto.s Segundo ele, nesse período, as equipes também encontraram corpos em alguns locais da capital baiana. Em todos os casos, foi acionado a Polícia Civil. A Justiça Federal estipulou multa em R$ 1,4 milhão e bloqueou bens das associações grevistas para manter os custos das tropas no Estado.
O líder da ação, vereador Marco Prisco, continua preso em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF), a partir do ministro Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido de liberdade. Ele é diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra). A defesa do vereador informou que entraria com recurso.
A defesa de Marco Prisco argumentou que a prisão é ilegal porque a greve terminou. Na avaliação do ministro, dois dias de greve foram "alarmantes" e o fim da paralisação não restabeleceu a ordem pública no estado.
G1/montedo.com

General que afirmou que Brasil trata a Amazônia como colônia vai assumir segurança da Copa

Entrevista
General gaúcho assumirá o comando militar da segurança da Copa 2014
Eduardo Dias da Costa Villas Bôas troca, na terça, Manaus por Brasília, onde assume o Comando de Operações Terrestres
General gaúcho assumirá o comando militar da segurança da Copa 2014 Sgt Sun L. Vega/Chairman of the Joint Chiefs of Staff,FLICKR
Villas Bôas (E) em encontro com o exército americano, em março de 2012Foto: Sgt Sun L. Vega / Chairman of the Joint Chiefs of Staff,FLICKR
Taís Seibt
tais.seibt@zerohora.com.br
São 11 mil quilômetros de fronteira com oito países, sendo três deles os maiores produtores de cocaína. Cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados abrigam recursos naturais e biodiversidade. Áreas acessíveis apenas por água, outras somente por ar e algumas impossíveis de acessar. Tensões permanentes envolvendo indígenas, fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e ambientalistas.
Some-se a isso a fraca presença do Estado nessa região, enormes vazios populacionais e uma estrutura de segurança dependente do fator humano e você tem uma ideia do tamanho da responsabilidade de estar à frente do Comando Militar da Amazônia (CMA).
Quem desenha o quadro acima é o general de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 62 anos, há dois anos e oito meses no cargo. Gaúcho de Cruz Alta e torcedor do colorado, o militar lembra com afeto da infância no noroeste do Estado, onde viveu até os 14 anos entre fazendas e plantações de soja da família.
Mas se inflama feito um nativo ao falar do território onde atuou nove anos como militar, entre idas e vindas em diferentes postos. Com esse histórico, considera-se "meio amazônico", embora mencione mais de uma vez que toma chimarrão em seu gabinete, em Manaus, enquanto conversa, por telefone, com Zero Hora.
Os pertences pessoais já foram despachados por alguma balsa a caminho de Brasília — a capital do Amazonas está sem ligação por terra com o restante do país desde 1988, devido à deterioração da BR-319 —, quando Villas Bôas fez um balanço crítico do que viu na Amazônia antes de assumir o novo desafio, no Comando de Operações Terrestres, tendo como primeira missão a segurança da Copa do Mundo.
A cerimônia de posse ocorreu no começo de abril, mas o desligamento do CMA será somente na próxima terça-feira. A comparação da Amazônia com uma colônia é a mais forte de suas declarações, fato que ele atribui não a um ou outro governo, mas ao que chama de "processo histórico".

Assume papel de mediador em momentos de tensão
O vazio institucional é outro ponto marcante no discurso do general, que se vale da dura que levou de um caboclo quando comandava o 1º Batalhão de Infantaria de Selva para ilustrar seu relato: "muito bonito, coronel, o Exército vem aqui com o Ibama para ver se eu faço pesca predatória e apreende a minha rede, vem aqui a Receita ver se eu vendo peixe sem nota e me multa.
Agora, para colocar posto de saúde, ninguém aparece, alguém para colocar uma escolinha não aparece, alguém para transportar minha produção, não aparece".
— Eu fiquei extremamente envergonhado, porque me dei conta que estava sendo a mão do Estado que chega para reprimir, sem que chegue antes a mão do Estado para apoiar, fomentar, desenvolver — reconhece o general.
Em pouco mais de uma hora de conversa, Villas Bôas contou como passou da vergonha à ação, assumindo o papel de mediador em situações de tensão. Falou, também, da necessidade de investir em tecnologia para melhorar a atuação do Exército na região e da preocupação com o avanço do narcotráfico. Da nova missão, limita-se a dizer que a experiência amazônica deverá lhe ajudar.

ENTREVISTA
"O narcotráfico está se agravando no Norte"

Entre um e outro gole de chimarrão em sua sala no Comando Militar da Amazônia, em Manaus, o general de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas descreve o que viu e aprendeu na região. Agora, o militar vai aplicar os conhecimentos obtidos nos tempos da selva e nas quatro décadas de Exército para assumir o Comando de Operações Terrestres.
Com sede em Brasília, o comando tem a missão de auxiliar forças de segurança pública no caso de necessidade, como ocorreu na recente greve da Polícia Militar na Bahia. Fica em regime de prontidão para entrar em ação, se for preciso, durante a Copa do Mundo e as eleições, em outubro. A seguir, confira os principais trechos da entrevista concedida por telefone.

Zero Hora — O senhor tem dito que o Brasil trata a Amazônia como uma colônia. Por que o senhor diz isso?
Eduardo Dias da Costa Villas Bôas — Essa imagem da colônia surgiu conversando com um coronel do Exército, o Jarbas Passarinho, e ele me contou que, quando era governador do Pará, ele havia recebido a visita do embaixador da França, que havia percorrido a Amazônia e depois foi visitá-lo. O embaixador disse: "governador, conhecendo a Amazônia, eu me dei conta que os países europeus têm colônias extraterritoriais ou extracontinentais, e o Brasil tem uma colônia no seu território". Como o que nos chega aí no Sul relativo à Amazônia é incompleto, é estereotipado. Acaba a Amazônia ficando como área periférica. A Amazônia tem três importantes papéis a cumprir. O primeiro são os recursos naturais. São bastante divergentes os estudos nesse sentido, mas os mais abrangentes indicam que a Amazônia abrigaria
US$ 23 trilhões em recursos naturais. O segundo papel, um pouco além, quase uma questão de geopolítica, é que existe uma pan-Amazônia. São 7 milhões de quilômetros quadrados, dos quais nós detemos mais ou menos 70%. São nove países-condôminos da Amazônia e todos têm características muito semelhantes no processo histórico. O terceiro papel decorre do fato de que a Amazônia abriga a solução para algumas das principais questões que afligem a humanidade. Estamos falando de produção de energia renovável, água, produção de alimentos, biodiversidade, mudança climática e outras questões. Quero destacar que isso não é culpa de ninguém, é decorrente de um processo histórico, mas as coisas que são feitas na Amazônia não têm como foco o benefício na Amazônia.

ZH — Situações tensas, como o recente caso da reserva de Tenharim, onde o senhor fez uma mediação, são frequentes?
Villas Bôas — Há uma tensão sempre presente, e isso é decorrente da fraca presença do Estado. As pessoas não têm atendimento de saúde, educação, transporte ou energia. Elas não têm acesso à cidadania, não têm como fazer uma identidade. Quase tudo que se faz na Amazônia tem caráter repressivo. Você delimita a terra, e o índio fica abandonado. É o pressuposto de que, colocando uma redoma na comunidade indígena, você vai preservar a cultura. Como você não atende às necessidades básicas, o próprio índio é levado ao ilícito, deixa que façam extração de madeira, garimpo ilegal. Em Tenharim, eles foram estimulados a colocar um pedágio na Transamazônica. Mas isso foi gerando uma revolta entre fazendeiros, até que um índio sofreu um acidente de moto e morreu. Alguém estimulou os índios a pensarem que ele tinha sido assassinado. Em retaliação, três pessoas que passavam pela rodovia foram mortas. Houve um princípio do que poderia ser uma catástrofe. Não havia ninguém com capacidade de conduzir a situação, então fomos lá cumprir esse papel. Esperamos que isso tenha gerado um novo modelo de tratamento do problema indígena.

ZH — O narcotráfico é uma das grandes preocupações?
Villas Bôas — Isso é um problema muito sério. Nós fazemos fronteira com os três países produtores de cocaína: Colômbia, Peru e Bolívia. O narcotráfico está se agravando no Norte. A coca do Peru, uma parte vai para a Colômbia e uma grande parte entra no nosso território ou para abastecer o mercado interno ou para ser mandada para o Exterior. O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína no mundo. Não somos produtores, mas essa tem sido uma preocupação muito grande, porque foi desenvolvida uma variedade de coca adaptada ao clima da Amazônia baixa, que já está vindo para a nossa faixa de fronteira, principalmente do lado peruano. E aí entra a questão dos nossos índios. Às vezes, índios peruanos da mesma etnia de brasileiros plantam a coca, então eles vão lá visitar e trazem a coca para o nosso território. É o tráfico formiga. Nossa preocupação tem sido evitar que a plantação da coca passe para o nosso lado. Porque, a partir do momento que a gente se tornar produtor de cocaína, vai haver um adensamento de todas essas estruturas do narcotráfico, nós vamos ter a presença aqui de cartéis internacionais, uma participação muito maior das organizações criminosas das grandes cidades do Brasil.

ZH — O contingente e a tecnologia de que o Exército dispõe não são suficientes para essa área?
Villas Bôas — Desde a década de 1980, o Exército vem transferindo unidades para a Amazônia. Naquela época tinha 6 mil militares, hoje são quase 30 mil e continuamos num processo de transferência. Talvez a gente vá chegar a 2030 com 40 mil. Temos de ter sistemas modernos de comando e controle, satélites de comunicação, aumentar muito nossa mobilidade. O Exército desenvolveu um grande projeto chamado Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Está sendo implantado em Mato Grosso, e, no próximo ano, vamos começar em Rondônia e no Acre. É uma linha de sensores de radares de vigilância aérea, terrestre e com veículos não tripulados na faixa de fronteira. Esse sistema vai estar interligado ao sistema operacional, porque temos de ter essa capacidade de resposta. É um sistema de vulto, de R$ 10 milhões, e vai ser implantado num período de 10 anos. Com isso, nós teremos uma capacidade muito maior de monitoramento e vigilância do nosso território.

ZH — O senhor deixa o Comando Militar da Amazônia para assumir o Comando de Operações Terrestres, tendo de início um grande desafio, que é a Copa do Mundo. Como o senhor encara isso?
Villas Bôas — Eu levo daqui uma experiência que vai me ajudar muito. Este ano temos as eleições também e toda a atividade operacional do Exército fica a cargo desse comando de operações. No caso da greve dos PMs na Bahia, por exemplo, a presidente decretou estado de garantia da ordem, as tropas percorreram a cidade garantindo a segurança. Estamos garantindo a segurança de áreas indígenas no sul da Bahia e Maranhão, além das enchentes em Rondônia e no Acre. São todas atividades que estão a cargo deste órgão.

ZH — Durante a Copa, o Exército pode empregar tropas em possíveis protestos?
Villas Bôas — Usamos como exemplo a Copa das Confederações, em que os órgãos de segurança pública, com maior ou menor dificuldade, cumpriram suas funções. Mas só atuamos quando os órgãos esgotam sua capacidade. Então, na Copa do Mundo, nós só seremos empregados nesse tipo de ação caso seja necessário.

ZH — Qual será o foco da atuação do Exército durante a Copa?
Villas Bôas — Temos forças de contingência para atuar em casos de emergência e forças de segurança para pontos estratégicos. Chamamos de pontos sensíveis onde estaremos fazendo a segurança. Estamos em condições de atuar também em situações antiterrorismo, já estamos atuando na parte de inteligência, e na parte de alguma emergência química ou bacteriológica.
ZERO HORA/montedo.com

PNR, Auxílio Moradia??? Isso é 'pros fraco'!


Gestapo, a polícia de Hitler

Confira a história da Gestapo, a polícia secreta de Hitler
Ela nasceu em 1933 para esmagar a oposição a Adolf Hitler e logo se transformou na peça central do terror nazista. Com a ajuda de cidadãos comuns, a Gestapo vigiou, sequestrou, torturou e executou milhares de pessoas
Eduardo Szklarz
Em 1934, a estudante de música Ilse Sonja Totzke chamou a atenção dos moradores da pequena Wurtzburgo, na Alemanha. Volta e meia, era vista conversando com judeus. Graças a denúncias anônimas, em 1936, sua caixa de correio passou a ser vigiada pela Gestapo. Três anos depois, o médico Ludwig Kneisel foi ao quartel-general da polícia secreta do regime nazista para delatar o "comportamento suspeito" da vizinha. Em 1940, foi a vez da jovem Gertrude Weiss. Ela informou aos agentes que a estudante nunca respondia à saudação "Heil Hitler!".
Questionada no ano seguinte, Totzke confirmou que tinha amigas, mas não amigos judeus. Corria o risco de ser acusada de ter relações sexuais com eles - um grave delito de "desonra racial". Em vários interrogatórios, a Gestapo advertiu que a mandaria a um campo de concentração se mantivesse as amizades. Mas ela deu de ombros: declarou que não apoiava o antissemitismo do Reich. Em 1943, sob ameaça crescente, fugiu com a judia Ruth Basinsky para Estrasburgo (atual França), sua cidade natal. As duas cruzaram a fronteira com a Suíça, mas foram detidas na aduana e entregues à Gestapo. Totzke foi enviada ao campo de concentração de Ravensbruck - e nunca mais voltou.
Raros alemães desafiaram a Gestapo como ela. Milhões, contudo, viveram no mesmo clima de pavor, em que todos eram denunciantes e potenciais denunciados.
Após a Segunda Guerra, a polícia secreta de Adolf Hitler tinha a fama de ser infalível e implacável, quase onisciente, até. Hoje, porém, historiadores têm uma visão distinta. Embora fosse a peça central do terror nazista e agisse praticamente acima da lei, a Gestapo não teria a mesma eficácia sem a colaboração de cidadãos comuns, como Kneisel e Weiss. As fichas da estudante de música e outras vítimas também indicam que a brutalidade não atingiu a todos por igual nem aconteceu do dia para a noite. Ao menos no início do Terceiro Reich, muitos tiveram margem de manobra para lidar com as investidas do estado policial... até que já fosse tarde demais.

Quarta-feira, 26 de abril de 1933. Criada por um decreto do ministro do Interior da Prússia, Hermann Göring, a Gestapo surgiu da necessidade de o regime nazista controlar (e eliminar) seus adversários políticos.
Vigiar o pensamento não era novidade no país. Desde os tempos do Segundo Império (1871-1918), o chanceler Otto von Bismarck costumava recorrer a leis especiais para perseguir oponentes. Após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra, o império deu lugar à República de Weimar (1919-1933). Mas a democracia manteve a velha estrutura policial, a cargo de cada estado, monitorando, inclusive, as atividades dos futuros donos do poder. Os efeitos do conflito ainda se faziam sentir, e os nazistas aproveitaram a turbulência que tomou conta da nação para obter sucessivos triunfos nas urnas.
Assim, quando o presidente Paul von Hindenburg apontou Hitler como chanceler, em janeiro, a base da Gestapo já estava pronta. Os nazistas só precisariam depurar os profissionais e aproveitar antigos métodos de inteligência, investigação e tortura para criar sua própria polícia secreta.
O incêndio do Reichstag (o parlamento), em 27 de fevereiro de 1933, foi decisivo nesse processo. Pesquisadores ainda discutem se os nazistas atearam o fogo (é provável que sim) - mas é fato que usaram as chamas para culpar os adversários comunistas. Pressionado por Hitler, Hindenburg assinou o Decreto do Reichstag, que facultou a polícia a espiar as comunicações privadas e manter suspeitos sob "detenção preventiva" sem acusação específica. O Partido Nazista obteve 43,9% dos votos nas eleições parlamentares da semana seguinte e conseguiu aprovar a chamada Lei de Habilitação, que dava ao führer o direito de dispensar o aval do parlamento ou do presidente para governar. Logo foram abolidas as liberdades de expressão, de imprensa e de associação.
Veteranos
Göring, que dirigia a força policial da Prússia desde fevereiro, já havia dispensado centenas de funcionários não alinhados com o ideário nazista. Eles foram substituídos, em geral, por integrantes das tropas paramilitares do partido, as SA e SS. O quartel-general, em Berlim, em breve teria jurisdição sobre todo o país, absorvendo outros serviços de inteligência de cada estado, que também passaram por expurgos internos. Em novembro, uma lei isentou a polícia secreta da jurisdição do Ministério do Interior e deu aos agentes uma liberdade de ação inédita.
"Cerca de 90% dos antigos agentes das polícias políticas permaneceram na Gestapo", afirma o historiador Robert Gellately, autor de várias obras sobre o Reich. Segundo ele, os veteranos acabaram atraídos por uma espécie de "tentação totalitária": o poder gigantesco adquirido pela instituição para controlar seus alvos. Suas demandas tinham prioridade sobre as de outras polícias. "A Gestapo reunia os investigadores de elite, encarregados de fazer valer as leis e os decretos que o regime considerava mais importantes: aqueles sobre raça e oposição política."
As primeiras vítimas foram os comunistas, social-democratas e demais adversários políticos. Dias após o incêndio, os nazistas ergueram 30 campos de concentração para os "inimigos". Antes que o mês de abril terminasse, mais de 5 mil pessoas já estavam em detenção preventiva. Em 25 de maio, a polícia da Baviera informou que o Partido Comunista e todos os seus afiliados "haviam deixado de existir".
A Gestapo serviu também para vigiar e punir seus próprios pares. Nomeado ministro da aviação, Göring se viu compelido, em 1934, a entregar o controle da força a Heinrich Himmler, líder da SS, então à frente das polícias de toda a Alemanha, exceto a prussiana. Interessados em conter a influência da SA (mais numerosa e dirigida por Ernst Röhm), os dois usaram a Gestapo e a SS para executar centenas de "camisas pardas" (os membros da SA) em 30 de junho daquele ano - a Noite das Facas Longas. Röhm não sobreviveu ao dia seguinte. Não era raro que as investigações da polícia secreta servissem como arma na disputa de poder dentro do regime. Que o digam Werner von Blomberg e Werner von Fritsch. Em 1938, eles renunciaram aos mais altos cargos das Forças Armadas da Alemanha por causa de informações pessoais e boatos espalhados por agentes da Gestapo. A mulher do primeiro posou para fotos pornográficas e o segundo foi acusado de ser homossexual.

Extermínio
A maioria desses agentes atuava atrás da escrivaninha, analisando denúncias. Nas batidas em locais suspeitos, nas ruas, frequentemente andavam à paisana. Mas, sob o comando de Himmler, que pretendia fundir toda a intrincada estrutura policial alemã à SS, investigadores, espiões e detetives tornaram-se cada vez mais violentos. Desde o início da Segunda Guerra, membros da Gestapo passaram a integrar, ao lado da tropa paramilitar, esquadrões da morte que seguiam o Exército nos países ocupados, eliminando quem bem quisessem - principalmente os judeus.
Himmler revelou-se um dos maiores carrascos da população judia ainda antes da guerra. A perseguição começou com um boicote econômico às suas lojas, ordenado por Hitler, em 1933. Dois anos depois, as Leis de Nuremberg cassaram a cidadania dos judeus e declararam ilegais os casamentos entre eles e pessoas de "sangue alemão". Qualquer contato passou a ser visto pelo regime como um crime em potencial.
E a polícia secreta mantinha-se atenta, para azar de Samuel Novak, entre tantos outros. Em 1936, o judeu de 61 anos foi a um restaurante berlinense com a jovem ariana Augusta Hauser. Um soldado avisou a Gestapo. Interrogada, ela revelou que tinha um caso com o patrão havia dois anos. Ambos foram presos e torturados. Desesperado ao saber da confissão da amante, Novak enforcou-se na cela.
"A maioria dos alemães achou que as novas leis estabilizariam a situação do país ao relegar aos judeus uma esfera de segunda classe e que isso sanaria a violência das ruas. Em geral, não pareciam se incomodar com a violação dos direitos fundamentais", diz o historiador Michael Burleigh no livro The Third Reich: A New History (O Terceiro Reich: Uma Nova História, inédito no Brasil). "A oposição se limitava à burguesia liberal, alguns enclaves católicos e homens de negócios preocupados com as repercussões no exterior."
A perseguição se intensificou para valer com a Noite dos Cristais, em 9 de novembro de 1938. Uma onda de ira popular varreu a Alemanha em represália ao assassinato de um diplomata, em Paris, por um judeu polonês, revoltado com a perseguição a seu povo. Os tumultos foram insuflados pelos escritórios locais da Gestapo. Deixaram mais de 90 judeus mortos e centenas de feridos. Cerca de 30 mil pessoas foram enviadas aos campos de concentração, administrados pela SS. A partir daí, a polícia secreta só permitiu perseguições "metódicas e planejadas", como dizia Göring.
Durante a guerra, o controle social foi radicalizado. O regime de exceção podia considerar delito qualquer frase dita em público que pudesse ofender "a vontade do povo alemão". A Gestapo se tornara mais poderosa do que nunca. Himmler conseguira unificar todas as forças policiais do país e submetê-las à SS com a criação do Escritório Central de Segurança do Reich (RSHA). Em 1940, a polícia secreta foi liberada de cumprir o Decreto do Reichstag. Ou seja, na prática, podia atuar como legislador, juiz, jurado e executor. Assim, tornou-se a última instância responsável pelo destino dos judeus.
Comandante em Berlim, Reinhard Heydrich personificava o estereótipo dos oficiais da Gestapo: intrépido e impassível. "Muitos também tinham uma personalidade insegura. Heydrich vivia atormentado pela ideia de ter um antepassado judeu", diz Eric A. Johnson em Nazi Terror. Segundo ele, os chefes de assuntos judaicos eram selecionados entre os veteranos de aparência pouco ameaçadora - uma estratégia para fisgar suas vítimas.
"Além de refinar métodos tradicionais de tortura, terror e colaboração, a Gestapo agregou um ingrediente novo: ela operava juntamente com organizações extraterritoriais e internacionais, como a Ausland-SD (agência de inteligência no exterior com abrangência das Américas ao Japão), o corpo diplomático alemão e departamentos policiais da Interpol, que ela ajudou a fundar (leia à pág. 31)", afirma o escritor Edwin Black, autor de Nazi Nexus.

O papel dos cidadãos
"Já não dá para dizer que a Gestapo estava em toda parte e o poder do estado era total. Também não dá para dividir os alemães em dois polos opostos: o dos seguidores cegos de Hitler e o das vítimas ou combatentes da resistência", diz Johnson, relativizando a gigantesca dimensão atribuída à instituição por pesquisadores no pós-guerra. Em Krefeld, por exemplo, com 170 mil habitantes, a polícia secreta tinha apenas 13 oficiais (um para cada 13 mil habitantes). No total, a Gestapo contava com 32 mil integrantes em 1944. Para ter uma ideia, as SA tinham 2,9 milhões, dez anos antes.
Com a equipe restrita, como a instituição conseguiu criar nas pessoas a percepção de que eram vigiadas o tempo todo? Eis a colaboração do "alemão comum". Qualquer um era tomado de pânico só de receber a carta timbrada convocando para "responder perguntas". Mas o ponto é: sem a ajuda dos vizinhos e companhia, a Gestapo não teria a mesma eficiência. Entre 1933 e 1939, 41% dos processos contra judeus em Krefeld foram iniciados por denúncias de civis. Em outras cidades, não foi diferente.
Alguns fofoqueiros chegaram a integrar uma "rede de espionagem" da instituição. Ninguém sabe ao certo seu tamanho. Em Nuremberg (2,7 milhões de habitantes, em 1941), havia 80 informantes para os 150 funcionários. Vários colaboradores eram antissemitas, e outros, indiferentes - mas, em geral, receptivos à propaganda nazista. E dispostos a dedurar pelo bem do país ou resolver desavenças pessoais, até rixas com ex-amante (veja acima). Uma cliente insatisfeita, da cidade de Mitelberg, denunciou Ludwig Hell por vender aguardente a uma judia em seu armazém, em novembro de 1941. Depois de passar pela loja de manhã, Helen Pfaff voltou à tarde para comprar uma cota extra de "produtos escassos". Hell recusou-se a atendê-la, mas serviu, sem cerimônia, a freguesa seguinte, uma judia. Pfaff reclamou à Gestapo. O comerciante teve de jurar que nunca mais faria algo parecido e permaneceu sob vigilância. Já o doutor Kneisel declarou que se sentia obrigado a denunciar Ilse Sonja Totzke por seu "dever como oficial da reserva".
"À medida que o regime se tornava mais totalitário, sobretudo durante a guerra, aí sim a Gestapo infundiu muito medo e adquiriu cada vez mais poderes para apertar os mecanismos de controle. Dessa forma, o que era permissível em 1935 terminava com prisão ou morte em 1943", afirma o historiador Andrés Reggiani, da Universidade Torcuato Di Tella.
"Não esperamos ser amados por muitos", dizia Himmler. Bastava o conformismo dos cidadãos. "O que o regime precisava era estabelecer a linha oficial, obter a cooperação e atuar sem descanso com base na informação recebida", afirma Gellately. Foi o que a Gestapo fez, sem que quase ninguém na Alemanha reclamasse da matança de 6 milhões de judeus, além de gays, ciganos e outras minorias.

Julgamento
Em 1946, o Tribunal de Nuremberg julgou os 22 criminosos de guerra mais importantes da Alemanha. Doze foram condenados à morte. A Gestapo foi definida como uma organização criminosa e a corte resolveu que os responsáveis pagariam por seus crimes. Mas vários manda-chuvas menos conhecidos, como Richard Schulenburg, puderam reorganizar sua vida normalmente. Aos 68 anos, o ex-chefe de assuntos judaicos em Krefeld pleiteou uma pensão do Estado. Submeteu-se a um processo de "desnazificação", em que teve de convencer um comitê da cidade sobre seu passado impoluto. Juntou referências de moradores e jurou nunca ter cometido delito: "Eu tratava com humanismo todas as pessoas". Não conseguiu a pensão, mas seu advogado apelou, justificando que ele fora obrigado a integrar a Gestapo. Deu certo: recebeu pensão até morrer, aos 82 anos. Karl Loffer, da polícia secreta de Colônia, também se reabilitou com cartas de apoio de líderes das Igrejas católica e protestante. Diretor-geral do departamento dedicado aos judeus, Adolf Eichmann fugiu para a Argentina, mas foi capturado por israelenses em 1960 e condenado à morte. Diversos companheiros dele, contudo, continuaram gozando a boa vida na América do Sul - e sabe-se lá onde mais.


Intercâmbio produtivo
Chefões da Gestapo e da cúpula nazista dominaram a Interpol
A Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, foi criada na Áustria, em 1923, para promover a cooperação entre as polícias do mundo. Para a Gestapo, o intercâmbio significava uma bela chance de aprimorar as técnicas de investigação. Não foi à toa que vários nazistas fizeram carreira na organização. Um deles foi o general da SS Kurt Daluege, eleito vice-presidente da Interpol em 1937. Reinhard Heydrich, um dos primeiros líderes da Gestapo, chefe da RSHA (que englobava as polícias do Reich, inclusive a secreta) e arquiteto do Holocausto, ocupou a presidência da organização entre 1940 e 1942. "Sob a nova liderança alemã, a Interpol vai ser o centro da polícia criminal", anunciou ele à época. A sede nacional da Interpol ficava numa mansão em Wannsee, subúrbio de Berlim. Foi ali que a cúpula nazista realizou uma conferência, em 20 de janeiro de 1942, para planejar a chamada Solução Final contra os judeus. Heydrich morreu meses depois, vítima de um atentado em Praga, mas o Reich não perdeu a liderança da organização por muito tempo. Ernst Kaltenbrunner (sucessor de Heydrich na RSHA) tornou-se presidente em 1943 - e continuou no cargo até o fim da Segunda Guerra.

Tentação perigosa
Agentes monitoravam um dos mais luxuosos bordéis de Berlim
Segredos de alcova também alimentaram a rede de informações do Reich. Uma parceria entre a Gestapo e o SD (o Serviço de Segurança do partido nazista) transformou um badalado bordel de Berlim em centro de vigilância. O Salão Kitty tinha escutas nos quartos e prostitutas treinadas para tirar confidências de clientes como diplomatas do exterior e oficiais nazistas. A ideia de Reinhard Heydrich era identificar possíveis traidores. O bordel foi operado pelo SD entre 1940 e 1942 e inspirou o filme Salão Kitty (1976), de Tinto Brass. Mulheres ambiciosas não só espionavam mas também tiravam vantagem de seu relacionamento com os barões da Gestapo, como a atriz russa Mara Tchernycheff. Protegida por Henri Chamberlain, chefe da polícia secreta na França ocupada, ela faturou alto contrabandeando bens de judeus deportados. Ela é uma das "condessas da Gestapo", citadas no livro homônimo de Cyril Eder, sem edição no Brasil.

Sem limites
Organograma do terror: como funcionava a polícia secreta
LIVROS

• Gestapo and German Society , Robert Gellately, Oxford University Press, Oxford, 1990.
O papel de alemães comuns como força da polícia. Sem edição no país. E será lançado, em breve, Apoiando Hitler.

• Nazi Terror, Eric. A. Johnson, Perseus Books, 2002
Rica em arquivos da Gestapo, oferece uma análise dos motivos que levaram civis a cooperar na caça aos judeus.

• História da Gestapo, Jacques Delarue, Record, 1962.
O autor participou da resistência francesa e acompanhou alguns processos contra os nazistas.

Por amor à pátria
A espionagem de alemães no Brasil da Segunda Guerra
A imagem que se faz hoje dos espiões deve-se muito à indústria cinematográfica do pós-Segunda Guerra, que lançou várias produções sobre órgãos como CIA, KGB e Gestapo. Vale o mesmo quando pensamos em espiões nazistas no Brasil: emergem das telas como figuras bem preparadas para a função de informante profissional. Mas, ao estudarmos o tema, notamos uma realidade bem diferente.
A pesquisa histórica indica que os espiões alemães no Brasil eram meros imigrantes, colaboravam com o Partido Nazista local, admiravam o regime de Hitler e eram bastante inseridos socialmente, com relações nos meios comerciais, políticos e, sobretudo, diplomáticos. Eram empresários, altos funcionários de empresas alemãs e bancos, industriais, jornalistas. Sua atividade era recolher informações que passassem por eles em seu trabalho ou comunidade e pudessem ser enviadas à embaixada alemã no Rio de Janeiro. Ou, por outros meios, diretamente para a Abwehr (serviço de informação do Exército alemão), em Berlim.
Imigrantes trabalhavam pela causa nazista mesmo de forma amadora e destreinada. Coletavam e enviavam informações para colaborar com o Eixo e poderiam, ou não, pertencer a redes de espionagem que interligavam grupos pela América do Sul.
Em fevereiro de 1942, enquanto se dava o procedimento para a retirada das missões diplomáticas do Eixo, devido ao rompimento de relações com o Brasil, a polícia investigou a existência de uma estação de rádio clandestina na embaixada alemã no Rio. A aparelhagem com duas antenas transmissoras foi usada para enviar mensagens secretas à Alemanha. Havia também ali um aparelho de transmissão de alfabeto morse, mas esse já havia sido enviado à empresa elétrica A. E. G., cujo diretor era Gustav Engels, um dos chefes de uma das redes de espionagem no Brasil. Outras empresas alemãs, como a Cia. Herm Stoltz e a Theodor Wille & Co., também tiveram, entre seus altos quadros, imigrantes alemães que colaboraram com a espionagem por meio de suas atividades comerciais.
Qualquer tipo de informação, por banal que parecesse, era de interesse do comando alemão. Esses espiões agiam, antes de tudo, movidos por um sentimento de nacionalismo, acreditando colaborar com o esforço de guerra da "pátria mãe". O repertório de informações comumente obtidas e transmitidas incluía assuntos de guerra (estratégias e política nacional e internacional) e temas ligados à política nacionalista brasileira, como a repressão à comunidade alemã no governo de Getúlio Vargas.
Uma das estações de transmissão apreendidas foi a CEL, parte da rede organizada por Engels (codinome Alfredo). As informações trocadas entre a CEL e a Alemanha foram: comunicados de endereços de receptores para onde deveriam ser destinados os dados; mudanças no destino das correspondências; o trabalho de outras organizações ou redes lideradas por outros grupos; informações sobre o uso de tinta invisível; identificação de periódicos brasileiros ou americanos que deveriam ser enviados para a Alemanha e avisos sobre novos espiões que viriam para o Brasil ou que ingressavam na rede. Entre os recursos técnicos que os agentes usavam, estavam tinta invisível, signos nos passaportes, códigos telegráficos, correspondências para caixas postais disfarçadas, técnicas de micropontos e microfotografias e as estações clandestinas. De acordo com a vigilância policial, que mantinha investigadores no encalço diário de alguns alemães, eram atitudes suspeitas: vigiar navios e marinheiros (ocupando-se de informações e movimentação marítima); passear regularmente à beira-mar (no Rio, em Santos e no Recife); frequentar "redutos de nazistas" (bares e pensões); manter relações com empresas como Theodor Wille & Co., A. E. G. etc. e, num mesmo dia, dirigir-se a locais diferentes pela cidade.
Foi assim que as autoridades brasileiras passaram a desconfiar de todo e qualquer estrangeiro alemão, pois acreditavam numa intrínseca relação entre os agentes da Gestapo, membros do Partido Nazista e os espiões a serviço do Reich.
* Priscila F. Perazzo, Historiadora, é professora na USCS e autora de O Perigo Alemão e a Repressão Policial no Estado Novo

26 de abril de 2014

Fé na Missão! Grupo Família Militar Nacional ultrapassa 10.000 membros no Facebook

Fórum de discussões e mobilização em torno dos interesses dos militares, grupo criado pela mineira Kelma Costa superou os 10.000 membros.

Facebook do Exército atinge um milhão de 'likes'I

O EB é o primeiro órgão da administração pública a atingir a marca de um milhão de curtidas.

Amorim diz que tropas ficarão aquarteladas durante a Copa

Exército 'ficará em quartéis' na Copa, diz ministro de Dilma
Celso Amorim, da Defesa, afirmou em entrevista ao Terra que segurança durante os jogos será tarefa dos Estados; Exército e Força Nacional só agirão "em caso de emergência", disse
O ministro Celso Amorim ao lado do governador de SP Geraldo Alckmin
Foto: Janaina Garcia / Terra
Janaina Garcia
Direto de São Paulo
Agentes de segurança federais como Exército e Força Nacional deverão agir “apenas aquarteladas” e como “contingência” às Polícias Militares dos Estados durante a Copa do Mundo de futebol. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em São Paulo –uma das 12 cidades-sede do Mundial.
Amorim esteve na capital paulista para a cerimônia de troca de chefia do Comando Militar do Sudeste, na zona sul da cidade. O posto foi ocupado pelo general João Camilo Pires de Campos.
Em entrevista exclusiva ao Terra, o ministro sugeriu que as ações de segurança preventivas e ostensivas deverão ficar a cargo dos Estados e de braços da União como Polícias Federal e Rodoviária Federal. Sobre a possibilidade de manifestações – como as cinco já realizadas este ano só em São Paulo, por exemplo, contra o Mundial no Brasil --, ele declarou: “Não vamos misturar manifestações com Copa do Mundo. Tem muita manifestação que é saudável, que é expressão de reivindicações do povo e que tem que continuar normalmente, faz parte da democracia. Mas há as que se colocam em uma postura muito destrutiva”, observou.
Se o Exército ou a Força Nacional agirão para conter atos violentos, especialmente nas imediações dos estádios, Amorim afirmou: “Tenho a impressão de que a segurança pública, inclusive aqui em São Paulo, será muito bem exercida pelas polícias militares. Nosso papel é primeiro estratégico em relação a certas áreas, como a defesa espaço aéreo, em certos casos, também a defesa marítima e a defesa antiterrorismo, mas, na realidade, o que temos em relação à segurança propriamente dita do evento é uma força de reserva, de contingência”, disse.
“O melhor para uma força de contingência é que ela não precise ser usada. Acho que a própria presença dela como força de contingência já tem um papel dissuasório muito grande, essa é a linha. O Exército, mesmo, vai atuar basicamente aquartelado. Será uma reserva para um caso de emergência”, reforçou Amorim.
Ainda de acordo com o ministro da Defesa, será criado um comando integrado entre o Estado-Maior conjunto das Forças Armadas com os secretários de Segurança Pública estaduais “que vai permitir que isso (eventuais problemas de segurança durante o Mundial) seja resolvido de maneira harmônica”.
Nesta sexta, em Brasília, será realizada uma reunião entre o comando-geral do Exército e os comandos regionais das 12 cidades que sediarão a Copa no Brasil, em Brasília, para que sejam exibidas estratégias de segurança voltadas ao Mundial. Além de representantes do Exército, a reunião deverá ter ainda integrantes da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB) das cidades-sede.
Terra/montedo.com

Colono sim, soldado não

Irlandeses promoveram série de revoltas no Rio de Janeiro em protesto contra seu recrutamento forçado para a Guerra da Cisplatina
Na litografia, embarque de tropas na Praia Grande, hoje Niterói, para Montevidéu, na Guerra da Cisplatina. A falta de contingentes para o conflito foi o motivo do recrutamento dos irlandeses.
Na litografia, embarque de tropas na Praia Grande, hoje Niterói, para Montevidéu, na Guerra da Cisplatina. A falta de contingentes para o conflito foi o motivo do recrutamento dos irlandeses.
Gilmar de Paiva dos Santos Pozo
Em tempos de guerra, toda ajuda é bem-vinda. E os métodos para obtê-la nem sempre são os mais legítimos. Foi o que ocorreu durante o Primeiro Reinado, quando D. Pedro I se viu diante da falta de contingente militar para lutar na Guerra da Cisplatina (1825-1828). A saída foi recorrer ao recrutamento de estrangeiros na Europa.
Seguindo ordens diretas do Conde do Rio Pardo, comandante das armas na corte, a missão coube ao coronel William Cotter (1781-1833), enviado ao Reino Unido em 1826 para arregimentar “quinhentos recrutas, ou os que puder obter no menor espaço de tempo possível, no mais tardar dentro de nove meses”. Veterano da Guerra da Península – parte do processo de expansão de Napoleão no território português – combatendo pelo exército português, Cotter tinha sido empossado no comando do batalhão de estrangeiros devido à sua experiência militar e ascendência irlandesa.
O problema é que Cotter estava incumbido de uma missão considerada ilegal em território britânico. Desde 1819, a lei local impedia o alistamento de seus cidadãos em forças estrangeiras. Por isso recrutou homens na Irlanda sem revelar os verdadeiros objetivos da empreitada, ou seja, omitindo os fins militares. Parte dos engajados trouxe suas famílias, na ilusão de se tornarem colonos, e Cotter deixou claro em suas cartas que “não tinha outro remédio senão trazer muitos casados para enganar as autoridades”. John Armitage, negociante inglês que residiu no Rio de Janeiro entre 1808 e 1831, observou que entre as promessas contratuais para os imigrantes irlandeses estava a de que cada homem “receberia de salário o equivalente a um shilling”, quantia significativa para a população pobre da Irlanda naquele período, tendo em vista as inúmeras crises de fome pelas quais passava a ilha. Além disso, “os que trouxessem os seus próprios utensílios” receberiam terras para morar e produzir. Quando chegassem ao Brasil, os irlandeses seriam surpreendidos com um contrato que deixava claro que o serviço militar seria obrigatório por cinco anos, antes de poderem se assentar como colonos.
Em 29 de setembro de 1827, chegaram ao Rio de Janeiro, a bordo do brigue Rectrieve, os primeiros colonos irlandeses, e nos meses seguintes, outras oito embarcações vindas da Irlanda trouxeram mais de 2 mil colonos, entre homens, mulheres, crianças e idosos. Depois de mais de 50 dias atravessando o Atlântico, confinados em embarcações inapropriadas, a cena de seu desembarque não foi nada gloriosa, como deixou claro o periódico Aurora Fluminense: “Um grande número de irlandeses desembarcados no largo do Paço sexta-feira excitaram a compaixão de numerosos espectadores, que estavam postos ao redor de mulheres em trajes esfarrapados com seus pequenos no colo, de homens brancos quase nus, ou cobertos com trapos de miséria, e de meninas de uma figura esbelta, cujos semblantes e olhos azuis contrastavam com os rostos decrépitos de muitas velhas irlandesas, que vinham com elas”. Dois navios, Reward e Charlotte Maria, naufragaram, tornando a viagem ainda mais dramática. Um relato recuperado no obituário de Nancy Clancy, que teria aproximadamente 5 anos, publicado em 1917 no Foster´s Daily Democrat, dá ideia do terror por que passaram. Depois que seu irmão mais novo morreu de febre amarela na viagem, o corpo foi usado para pescar um tubarão que estava seguindo a embarcação. Após a cerimônia de enterro da criança, retirada das entranhas do peixe, sua carne foi dividida entre todos os passageiros famintos.
O cotidiano na capital do Império seria uma sequência de desapontamentos. Os irlandeses ficaram confinados inicialmente no depósito da Praia Grande (hoje, Niterói). Enquanto aguardavam a definição de sua condição, dormiam e comiam ao lado dos mantimentos que haviam trazido nas embarcações. Com o passar dos meses, foram aos poucos enviados para quartéis militares – também impróprios para receber tão avultado número de pessoas, pois “eles eram enfiados em alojamentos fechados, imundos, sem uma preparação mínima para qualquer conforto ou necessidades. Eles não tinham camas para dormir, nem mesmo uma esteira para evitar o contato com o chão”, como observou o irlandês Robert Walsh (1772-1852), capelão da embaixada britânica na cidade.
Naquela época havia uma recusa generalizada por parte dos homens em se inserirem nas forças armadas, alegando que não tinham se comprometido com tal exigência. Muitos procuraram outros meios de sobrevivência pela cidade, e logo vários irlandeses estavam esmolando nas ruas. Outros se embriagavam e se metiam em diversas confusões e conflitos com moradores e escravos. Em pouco tempo os recém-imigrados receberam dos negros nas ruas o apelido de “escravos brancos”. O periódico O Espelho Diamantino afirmava que os irlandeses “padecem de enfermidades da bebedice e desgraçadamente caem, e adormecem nas ruas públicas, merecendo bem pouca atenção do povo que passa”.
No início de 1828, o governo continuava tentando fazer com que o maior número possível de homens aceitasse jurar bandeira no Exército. Os irlandeses ainda estavam instalados em condições precárias, talvez uma estratégia para forçá-los a assentar praça. Em março, enfim, conseguiram o apoio do embaixador inglês no Rio de Janeiro, Sir Robert Gordon, que exigiu que o governo cumprisse o combinado, caso contrário ficaria caracterizado o descumprimento das leis do Reino Unido que restringiam a arregimentação militar. A pressão surtiu efeito: o governo brasileiro passou a conceder o soldo de um shilling e ração dobrada, e suspendeu castigos corporais. Mas a maior parte dos imigrantes persistiu em sua convicção de não se alistar. Nesse mesmo mês, 270 colonos que se encontravam nos quartéis da Praia Vermelha – os que ficaram inicialmente na Praia Grande e outros irlandeses que estavam em diferentes localidades – foram enviados para a Bahia a bordo do brigue Victoria para formarem uma colônia de povoamento no interior da província, na cidade de Taperoa.
Os que ficaram continuaram insatisfeitos. No decorrer do primeiro semestre, os irlandeses se organizaram para exigir e reivindicar seus direitos. Entre os já alistados, as atitudes de constante questionamento representavam uma grave quebra na hierarquia militar, e eles eram descritos nos documentos oficiais como turbulentos, agitadores e violentos. Os alojados no quartel da Rua dos Barbonos, no Centro, manifestavam-se desde o começo dos eventos, denunciando terem sido enganados e pedindo ao governo brasileiro que os reconduzisse à Irlanda. Um grande conflito explodiu nesse quartel e perdurou por dois dias, levando à perda de várias vidas. Os depoimentos dos envolvidos na revolta trazem à tona seu possível líder: um dos acusados dizia que “foi camarada do padre O’Grade”, outro era “tido como emissário do padre O’Grade”, e assim por diante. William John O’Grady havia sido o capelão dos colonos desde sua partida na Irlanda até abril de 1828, quando foi destituído do cargo pelo governo brasileiro, pois era evidente sua participação na resistência.
Sua forte oposição ao sistema e às condições de recrutamento acabou fomentando a explosão de uma crise maior, envolvendo as tropas estrangeiras. Em junho daquele ano, os irlandeses apoiaram alemães numa violenta rebelião no Rio de Janeiro, em protesto contra as péssimas condições pelas quais passavam os soldados germânicos em contraste com as recentes conquistas dos irlandeses. Durante os dias 9 e 10 do mesmo mês, os alemães concentraram sua violência contra oficiais superiores, que tinham por costume exagerar nas punições físicas e eram acusados de desonestidade. No dia 11, a situação se agravou: irlandeses acirraram o conflito e passaram a saquear casas e a atacar negros nas ruas. Em resposta, escravos foram armados e autorizados a matar qualquer estrangeiro. O conflito tomou as ruas próximas ao Campo de Santana, espalhando-se pelo centro da cidade. Depois de horas de descontrole, a violência foi contida com o uso de infantaria, cavalaria e soldados da polícia. Somente na manhã do dia 12, depois de muita negociação, os alemães e os irlandeses restantes foram aos poucos se rendendo.
Apesar de toda a pressão, menos de um quarto dos irlandeses que chegaram ao Brasil aceitou o serviço militar. Para além de agitar o cotidiano da cidade, a revolta das tropas estrangeiras abalou as autoridades militares e a própria figura do imperador D. Pedro I, que já vinha desgastada pela Guerra da Cisplatina e pela perda da província da Cisplatina. Enganados e recrutados para uma guerra que não concordaram em combater, os irlandeses deram o troco.
“Os que não aprendem com a História, vão repetir sempre os mesmos erros”.
*Autor da dissertação “Imigrantes irlandeses no Rio de Janeiro: Cotidiano e revolta no primeiro reinado”(USP, 2010).

Bibliografia
BASTO, Fernando L. B. Ex-combatentes irlandeses em Taperoá. Petrópolis: Vozes, 1971.
MESQUITA, Regina Márcia Bordallo de. A Revolta dos Batalhões de Estrangeiros. Dissertação de mestrado, UFF, 2003.
Revista de HISTÓRIA/montedo.com

25 de abril de 2014

Bolsonaro quer ser candidato à Presidência da República

Exército expede carteira militar a parceiro de sargento gay reconhecido

É o 1º caso de união homoafetiva na Força reconhecido judicialmente.
Sargento brigou por dois anos para que companheiro recebesse direitos.
Universitário casado com sargento recebe documento que o certifica como dependente militar (Foto: Arte G1/Arquivo Pessoal)
Universitário casado com sargento recebe documento que o certifica como dependente militar
(Foto: Arte G1/Arquivo Pessoal)
Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo
O primeiro companheiro homossexual reconhecido pelo Exército, devido a uma determinação judicial, obteve nesta semana a carteira de identidade militar, que lhe concede os mesmos direitos como dependente aos quais possuem os casais heterossexuais.
A batalha judicial do sargento J.E.S., de 40 anos, pelo reconhecimento do casal, durou mais de dois anos. Em agosto de 2013, o G1 divulgou com exclusividade a decisão da Justiça Federal de Pernambuco para que o Exército reconhecesse o estudante A.E.V.S., de 21 anos, como dependente do sargento. O casal possui uma união estável de mais de três anos.
O sargento, que atuava na época no Centro de Telemática, em Recife (PE), foi transferido no fim do ano passado para Rio Branco (no Acre). Na época, o procurador regional da União Rodrigo Veloso, da 5ª Região, afirmou que Advocacia Geral da União (AGU) não iria recorrer da decisão.
O caso transitou em julgado em outubro de 2013, mas a União entrou com recursos relativos aos honorários. Em 10 de fevereiro de 2014, a AGU pediu que a Justiça determinasse que o 4º Batalhão de Infantaria de Selva, no Acre, onde o sargento está lotado, cumprisse a decisão.
O estudante, que cursa sistemas de informação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, fez o pedido da carteira em março e o documento foi retirado no comando militar de Pernambuco nesta quarta-feira (23).
“Para nós, foi uma vitória. Já estive no hospital militar para fazer uma consulta e está tudo certo no cadastro como dependente. Agora, temos também o direito de entrar com pedido de auxílio a moradia e receber um apartamento, quando ele voltar a Recife”, diz o universitário, companheiro do sargento.
“Houve um pouco de atraso porque a União pediu também dilação do prazo para execução, mas hoje já está tudo certo e o A. foi reconhecido como companheiro do J. E. Ele pegou a carteirinha e agora está com todos os direitos, como se fosse um casal heterossexual”, diz a advogada do militar, Laurecília de Sá Ferraz.
O Comando Militar do Nordeste confirmou que o estudante foi registrado como dependente e o documento foi entregue na quarta-feira.
Leia também:
Forças Armadas têm 30 militares homossexuais reconhecidos
Sargento se separou em 2000
O sargento J.E.S. era casado com uma mulher até 2000, quando se separou para namorar o estudante A.E.V.S., de 21 anos. Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011, que equiparou casais homossexuais aos heterossexuais, ele teve o pedido negado, e o processo estava parado no Exército desde 2012.
O sargento precisou recorrer à Justiça para que o companheiro fosse incluído no cadastramento previdenciário e no sistema de saúde militar.
Segundo o Exército, há um outro pedido de cadastro homoafetivo sob análise, de um militar de outro estado. Em junho, a Força Aérea Brasileira reconheceu o casamento homossexual de um sargento de 29 anos que trabalha como controlador de voo em Recife e aceitou o pedido dele para cadastrar como dependente o marido, um vendedor de 35 anos. O reconhecimento garante benefícios, como moradia à família.
G1/montedo.com

Incidente no Mar Negro: bombardeiro russo neutraliza sistema de combate de navio amaericano

Incidente no Mar Negro expõe disputa tecnológica
Incidente no Mar Negro expõe disputa tecnológica
                O sistema com que o Su-24 havia chocado o destróier americano Donald Cook tem o nome convencional de Khibíni                              Foto: wikipedia.org
Vladímir Fiódorov, Voz da Rússia
Na semana passada, foi discutido ativamente na internet russa um comunicado de como um bombardeiro da frente russo Su-24 equipado com um o sistema de neutralização radioeletrônica de última geração paralisou no mar Negro o mais sofisticado sistema americano de combate Aegis a bordo do destroier Donald Cook.
O destroier participava das manobras americano-romenas.
“Destaque-se que a entrada de navios militares americanos neste espaço aquático contraria a convenção sobre o caráter e os prazos de permanência no mar Negro de embarcações de guerra dos países não banhados por este mar”, diz Pavel Zolotarev, perito em assuntos políticos.
A Rússia, por seu lado, enviou um avião desarmado Su-24 para sobrevoar o destroier americano.
O Aegis ainda de longe teria interceptado a aproximação do avião dando alerta de combate. Tudo decorria como de hábito, tendo os radares calculado a distância até o alvo. Mas de repente todos as telas se apagaram. O Aegis deixou de funcionar e os mísseis não receberam a indicação do alvo. Entretanto, o SU-24 sobrevoou a coberta do destroier, fez uma virada de combate e imitou um ataque de mísseis. Depois fez uma volta e repetiu durante 12 vezes consecutivas a manobra.
Após o incidente, o Donald Cook entrou com urgência num porto da Romênia.

Quais podem ser as consequências militares do incidente no Mar Negro?
“A meu ver, os americanos irão refletir sobre o aperfeiçoamento do sistema Aegis. Este é o puro lado militar. Mas é pouco provável que politicamente sejam dados quaisquer passos por uma ou outra parte. Essas ações são suficientes. Entretanto, este é um momento desagradável para os americanos. Em geral, o sistema de DAM, que estão desenvolvendo, absorve meios colossais e é necessário provar cada vez que eles devem ser canalizados do orçamento. Ao mesmo tempo, a componente terrestre do sistema de DAM –contramísseis em poços– foi testado em condições ideais, mostrando uma baixa eficácia. Este fato é escondido minuciosamente pelo Pentágono. O mais sofisticado sistema Aegis de estacionamento marítimo também revelou neste caso seus defeitos”, diz Zolotarev.
O sistema com que o Su-24 havia chocado o destróier americano Donald Cook tem o nome convencional de Khibíni, como se chama um maciço na península de Kola, na região polar da Rússia.
O Khibini é um sistema de neutralização radioeletrônica de última geração com que serão equipados todos os aviões prometedores russos. Há pouco o sistema foi testado em exercícios num polígono na Buriátia. Pelo visto, os testes foram bem-sucedidos. Ainda são aguardados testes do sistema em condições próximas de combate.
GAZETA RUSSA/montedo.com

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