Mulheres de traficantes do Rio são presas suspeitas de envolvimento na criminalidade
Militares patrulham a favela da Maré (UOL) |
Do R7, com Domingo Espetacular
Há uma semana as Forças Armadas ocupam o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. O Domingo Espetacular mostra como está a segurança nessa área. Nesse período, a polícia prendeu os chefes do tráfico na região, mas ainda assim as quadrilhas encomendaram uma grande quantidade de armas, que foi interceptada pelos policiais federais.
O arsenal de guerra, com submetralhadoras, fuzis, pistolas e muita munição, estava escondido entre caixas de frango congelado em um caminhão frigorífico, que iria do Paraná para o Rio. De acordo com a polícia, as armas iriam direto para os traficantes da Maré.
Na mesma operação foi preso o traficante Illan Nogueira de Sales, o Capoeira. Ele é apontado como chefe de uma das maiores facções criminosas do Estado e atuava na Maré. Essa não foi a primeira baixa na liderança do tráfico. Uma semana antes, o cabeça da organização criminosa que dominava a área foi preso. Marcelo Santos das Dores, o Menor P, era considerado um traficante violento e perigoso. Ele morava em um prédio na zona oeste do Rio.
No último sábado (5), a ocupação ganhou caráter militar. Saíram os homens da PM e entraram as tropas do Exército e da Marinha com 2.500 militares, que devem ficar na Maré até o fim de julho. Esse é o maior efetivo usado pelas Forças Armadas em um processo de pacificação.
Damas do crime
Com a ocupação aumentando nas favelas do Rio e a prisão dos chefes do tráfico, as mulheres dos traficantes surgem como sucessoras na criminalidade. Danúbia Rangel, conhecida domo Xerifa, é mulher do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Ela estava no Mato Grosso do Sul para ficar perto do marido e foi detida pela polícia em Campo Grande.
Mesmo vivendo em outro Estado, Danúbia continuaria dando ordens na Rocinha. Ela é suspeita de repassar orientações de Nem para os comparsas da comunidade.
A ex-namorada de Menor P, Dayana Rodrigues, foi presa um dia antes de Danúbia e, assim como a Xerifa, ela é suspeita de envolvimento com os negócios do ex-namorado. Segundo a polícia, ela seria responsável pela movimentação bancária do dinheiro do tráfico de drogas na Maré.
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