Forças Militares do Brasil, Peru e Colômbia iniciaramnesta terça-feira uma ação de ‘guerra’ em combate ao narcotráfico e guerrilheiros da Força Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na tríplice fronteira entre os países. no extremo oeste do Amazonas.
Cerca de 3 mil militares participam da operação batizada de ‘Colper Amazonia 2010’. Durante três semanas, os militares farão uma ‘varredura’, fortemente armados em toda a região. A operação posta em atividade ontem é destaque na imprensa peruana e colombiana.
O Exército Brasileiro participa com 250 homens do 16ª Batalhão de Infantaria de Selva (Bis), sediado em Tefé (a 520 quilômetros da capital), segundo informou o Comando Militar da Amazônia (CMA). Entre as ações está o patrulhamento na região do Alto Rio Solimões e rio Javari
No lado brasileiro da fronteira, as operações do Exército irão se estender a partir da comunidade de Vila Bittencourt, no município de Japurá, fronteira com a Colômbia até Palmeiras do Javari, em Atalaia do Norte, próxima à fronteira com o Peru.
“O crime que se instalou nesta região precisa da ação conjunta dos três países. Destruímos cinco laboratórios de processamento de drogas e 200 hectares de cultivo de folha de coca. Além disso, apreendemos 1,5 tonelada de insumos sólidos e mil galões de insumos líquidos para a elaboração de pasta de coca”, explicou o brigadeiro general Rafael Colón, encarregado da parte colombiana da operação, em entrevista a Agence Frence-Press (AFP).
Do lado colombiano, a ação se desenvolve ao longo dos rios Putumayo e Amazonas, e busca atacar centros de provisões do narcotráfico, cortar corredores de mobilidade das Farcs e impedir as atividades dos criminosos que agem na região, de acordo com a Marinha colombiana em um comunicado.
O exército peruano colabora na operação com sete navios canhoneiros. Rebocadores e embarcações de patrulha pesada, leves e rápidas da Força Naval do Sul reforçam a operação no Peru. No lado colombiano, militares da Sexta Divisão do Exército realizam operações de vigilância, interdição, segurança e apoio fluvial.
As ações militares ocorrem um mês depois que os ministros da Defesa de Colômbia, Peru e Brasil acertaram, em reunião em Letícia, intensificar a cooperação em suas fronteiras, inclusive com patrulhas nos quais participem os três países ao mesmo tempo, informa a AFP.