Vítimas foram lembradas em solenidade realizada no CIGS nesta sexta (14).
Avião Constellation, da Panair Brasil, caiu na selva com 50 passageiros.
Há 50 anos um acidente aéreo matou 50 pessoas nas proximidades de Manaus. As vítimas foram lembradas em uma solenidade realizada nesta sexta-feira (14), organizada pelo Exército, que na época coordenou a operação de resgate.
No dia 14 de dezembro de 1962, os jornais da época aguardavam informações sobre um acidente que não havia deixado vítimas. Faltando oito minutos para pousar em Manaus, o Constellation, da Panair Brasil, caiu na selva. A aeronave vinha de Belém e uma das vítimas foi o avô do analista de sistemas Ênio Barbosa. "Foi uma comoção realmente, ele era conhecido por várias pessoas na cidade, e era um comeciante influente", lembrou.
Em memória às vítimas, o Comando Militar da Amazônia (CMA) faria uma solenidade no local onde foi aberta a clareira para o resgate. Mas a viagem de helicóptero foi interrompida pelo mau tempo. O lugar fica localizado a cerca de 45 quilômetros da capital, próximo ao município de Rio Preto da Eva.
Na época, as dificuldades eram bem maiores e a operação de resgate dos corpos das vítimas durou nove dias. No local do acidente, ainda há destroços do avião. O lugar fica em plena mata e está em uma área que desde a década de 70 é utilizada pelo Exército para treinamento de guerra na selva.
No Centro de Instrução de Guerra da Selva (CIGS), em Manaus, está um pedaço da cauda do avião e fotos dos trabalhos na área. A solenidade simbólica em homenagem às vítimas do acidente foi realizada no Cigs. "É um momento triste, mas muito simbólico e emblemático. Anualmente é realizada uma operação nessa clareira, onde a gente faz uma reverência ao acidente, e agora com 50 anos torna-se um momento mais marcante", afirmou o general Eduardo Villas Boas, comandante do CMA.
Após 50 anos, ainda não se sabe de fato o que causou a queda do Constellation.
G1 AM/montedo.com