DARPA quer injetar espuma em soldados feridos para evitar hemorragia
A tecnologia pode aumentar a taxa de sobrevivência das vítimas para até 72% nas três primeiras horas.
Vinicius Karasinski
Muitas vezes, quando um soldado é ferido em campo de batalha, ele acaba morrendo por não ter um atendimento médico imediato no local. Um dos principais motivos disso é a hemorragia, que é algo difícil de ser contido longe de um posto de atendimento médico avançado. Logo, preparar um paciente para o transporte rápido é algo essencial para a sua sobrevivência.
Para ajudar nessa situação, a DARPA — “Defense Advanced Research Projects Agency” (Agência Avançada de Pesquisa de Projetos de Defesa) — através do Wound Stasis System (Sistema de Estagnação de Feridas, em tradução livre) desenvolveu um programa de tratamento curioso: uma espécie de espuma injetada no ferimento ajuda a conter a hemorragia e a estabilizar os órgãos, permitindo que o paciente seja transportado de forma mais segura.
Espuma para conter a hemorragia?
Essa espuma é um tipo de polímero de poliuretano que é injetada no paciente na forma de dois líquidos; quando ambos se encontram e se misturam dentro do corpo da vítima, eles expandem em cerca de 30 vezes o seu volume, solidificando-se, estancando o sangramento e mantendo “tudo no lugar” até que o socorro médico possa chegar até o paciente.
Para completar, essa espuma pode ser removida com facilidade por qualquer médico cirurgião em menos de um minuto, pois ela deixa poucos resíduos.
Durante os testes executados, a espuma conseguiu estancar hemorragias internas severas por até três horas, sendo que o sangue perdido durante o período foi seis vezes menor. Com isso, a taxa de sobrevivência de pacientes com sangramento severo na marca de três horas subiu de 8 para 72 por cento. Uma marca impressionante para uma técnica aparentemente tão simples.
Fonte: DARPA
Tecmundo/montedo.com