Cunhado de soldado do Exército morto em assalto é preso
Ele é suspeito de ser um dos mentores do crime; outras quatro pessoas foram presas
Delegada Elaine Fernandes, da Roubos e Furtos: "Planejamento, a receptação, os objetos roubados estavam circunscritos ao âmbito de amizade da vítima" |
O ex-cunhado do soldado do Exército Rodirley Fernando Faria dos Santos, de 23 anos, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), foi preso suspeito de ter sido um dos mentores intelectuais do crime. A.A.M. e outras cinco pessoas foram presas pela Polícia Civil por envolvimento no caso.
No assalto, ocorrido no dia 25 de maio deste ano, dois ladrões, um deles armado, roubaram o Gol prata do soldado, no bairro Novo Horizonte, em Cuiabá. Rodirley reagiu ao assalto, e foi baleado. O soldado ainda ficou vários dias internado no Pronto-Socorro de Cuiabá, mas não resistiu e morreu no dia 9 de junho.
Pelo latrocínio, foram presas cinco pessoas – duas pela execução e três pela receptação. Estão presos A.S.S. de 26 anos, apontado como o autor dos três tiros que atingiram a vítima, J.N.S, de 24, que teria levado o carro, A.J.Q. de 28, A.A.M. de 23 e E.S.R., de 25. Os três últimos são apontados como os autores intelectuais do crime. Todos estão com a prisão temporária decretada.
Segundo a delegada Elaine Fernandes, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, antes de morrer, o soldado do Exército pronunciou a palavra “espeto”. A partir dela, os policiais chegaram até a dupla de suspeitos, pois eles trabalham num carrinho de espetos, no bairro Altos da Serra em frente a um açougue.
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“Durante as investigações, chegamos até uma testemunha ocular que não teve dúvidas em reconhecê-lo, afirmando com absoluta convicção(A.S.) como o autor dos disparos”, destacou a delegada. Ela acrescentou que a namorada da vítima também o reconheceu. J.N. teria sido o responsável em levar o carro roubado.
O carro foi encontrado no dia seguinte ao assalto, numa região de chácaras do Doutor Fábio, perto de onde os suspeitos residem. Os acessórios foram retirados do veículo e vendidos. A partir daí, unindo as pistas, os policiais chegaram até a dupla.
“Apuramos que o planejamento, a receptação, os objetos roubados estavam circunscritos ao âmbito de amizade da vítima”, ressaltou a delegada.
Elaine Fernandes acrescentou que A.A.M. era cunhado do soldado do Exército e saiu da prisão dia 17 de maio, nove dias antes do crime. Ele estava preso sob acusação de roubo. Para pagar o advogado, a mãe do rapaz vendeu a moto dele para Rodirley.
Mas, ao sair da prisão, brigou com o cunhado exigindo a devolução da moto. O soldado, no entanto, continuou com a moto.
As investigações apontam ainda que E.S. sabia que a Rodirley tinha recebido dinheiro, e estava monitorando os passos dele minutos antes do crime. Mas, a vítima nao estava com o dinheiro quando foi assaltada.
O quinto envolvido, A.J.Q., tinha oferecido alguns produtos tirados do carro roubado.
Na Delegacia, os dois suspeitos de terem cometido o crime negaram a participação. Eles disseram ser inocentes e que querem que o verdadeiro autor seja preso. Explicaram que estavam no Espeto no dia do crime.
MidiaNews/montedo.com