21 de novembro de 2013

Diretor da Abin desmente General Elito

DIRETOR DA ABIN DESMENTE GENERAL E ADMITE QUE ARAPONGA FOI MESMO DEMITIDO
O GENERAL JOSÉ ELITO HAVIA GARANTIDO QUE O AGENTE DA ABIN SE APOSENTARA

Em depoimento durante audiência pública no Senado, nesta quarta-feira, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, desmentoi seu chefe imediato, general José Elito, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e admitiu a demissão – por “quebra de confiança” – de um funcionário que teve encontros com um agente secreto dos Estados Unidosa . O general jurava que o funcionário foi exonerado por ter cumprido tempo de aposentadoria. O general Elito estava presente e não contestou o subordinado.
O caso envolvendo os espiões da Abin e da CIA, o serviço secreto norte-americano, foi revelado no mês passado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Os encontros entre os agentes ocorreram até agosto de 2012, no Paraná, período em que a presidenta Dilma Rousseff e o seu alto escalão estavam sob espionagem de agentes da NSA, a agência de segurança nacional dos Estados Unidos.
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A Abin demitiu o funcionário, identificado como o oficial de inteligência 008997, sem instaurar sindicância ou processo administrativo. Depois, a agência tentou abafar o caso. Após a divulgação do episódio, o ministro José Elito se esforçou para associar a exoneração do funcionário do cargo como superintende da Abin em Manaus como um caso rotineiro.
A Abin percebeu que seu oficial, um agente que atuava na região de Foz do Iguaçu, se encontrava com o agente da CIA, numa operação de contraespionagem. Wilson Trezza e José Elito estiveram nesta quarta-feira numa Comissão Mista de Inteligência, formada por deputados e senadores, nas dependências do Senado.
Trezza evitou dar detalhes sobre as conversas entre os dois espiões, gravadas por outros agentes da ABIN, mas deixou claro que a exoneração ocorreu porque o agente cometeu desrespeito à hierarquia. “No entanto, os dados que recebi não me convenceram de que havia elementos de ilegalidade que justificassem a abertura de um processo disciplinar”. Depois, mudou de ideia e adotou a sanção mais dura contra um funcionário público, a demissão.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

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