10 de novembro de 2012

Coleção de armas pode ter motivado assassinato de coronel do Exército em Porto Alegre

Exército recolheu 20 armas que coronel assassinado na Capital mantinha em casa
Ex-comandante do DOI-Codi, Julio Miguel Molinas Dias, seria colecionador

Roberto Azambuja
roberto.azambuja@zerohora.com.br
Uma solicitação feita pela família do coronel reformado Julio Miguel Molinas Dias, 78 anos, morto na noite do dia 1º na Capital, mobilizou uma operação do Exército durante a semana. Veículos militares fecharam a rua onde ele morava, no bairro Chácara das Pedras, e recolheram pertences de sua casa.
De acordo com o chefe do Estado-Maior do Comando da 3ª Região Militar do Exército, coronel José Carlos Vianna, a corporação atendeu a um pedido de recolhimento das armas que Molinas Dias tinha na residência, na Rua Professor Ulisses Cabral. Possível colecionador, ele mantinha cerca de 20 unidades — entre espingardas, revólveres e pistolas — guardadas em casa. O Exército, no entanto, não sabe explicar o motivo da atitude dos familiares.
— A família solicitou que as armas fossem recolhidas e atendemos o pedido. Elas foram fotografadas, catalogadas e guardadas em local seguro — argumenta o coronel Vianna.
Conforme vizinhos de Molinas Dias, durante a semana, um caminhão e dois jeeps do Exército teriam fechado o trecho da Professor Ulisses Cabral, entre as ruas Butantã e Licínio Cardoso, para realizar a operação. Testemunhas teriam visto militares deixando o local carregando diversas caixas.
O fato pode reforçar a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) no caso. Os suspeitos teriam seguido até a casa de Molinas Dias para roubar as armas. No entanto, a polícia investiga se os criminosos possuíam informações sobre a coleção do coronel.
O delegado Luís Fernando Martins de Oliveira, da 14ª Delegacia de Polícia (DP), pediu ao Exército a relação dos armamentos sob posse do militar. Porém, até esta sexta-feira, ainda não havia recebido resposta. A 14ª DP disponibilizou o telefone (51) 3348.2824 para informações a respeito do caso.
Leia também:
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O militar era o comandante do Destacamento de Operações de Informações — Centro de operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no Rio de Janeiro, no controvertido Caso Riocentro, em 1981, quando um atentado desastrado matou um sargento.
Zero Hora/montedo.com

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