10 de novembro de 2012

Integração entre civis e militares é essencial para políticas eficientes de defesa

Guilherme Jeronymo
Para reforçar as ações logísticas da Minustah,
a Marinha do Brasil enviou o Navio de Desembarque
de Carros de Combate(Foto: Marinha do Brasil)
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta terça-feira (6) o livro Defesa Nacional para o Século 21, produzido em conjunto com pesquisadores de universidades fluminenses e militares do Exército. Durante o lançamento, a aproximação entre civis e militares foi classificada como essencial na elaboração de políticas efetivas de defesa.
“Quanto mais instituições debaterem a defesa, sejam civis ou militares, dentro ou fora do governo, mais diversas serão as perspectivas acerca dos problemas que nós temos de enfrentar na área. Países que têm uma defesa forte são países que têm, não somente Forças Armadas funcionais e modernas, mas aqueles que conseguiram envolver a sociedade civil no debate em torno da defesa”, avaliou o pesquisador do Ipea e um dos organizadores do livro, Rodrigo Fracalossi.
A integração não poderia ser mais oportuna, segundo o diretor de Desenvolvimento Institucional do Ipea, Luiz Cesar Loureiro de Azevedo, devido ao atual cenário internacional, citando a eleição presidencial nos Estados Unidos e mudanças no comando da China, países que influenciam as políticas globais de defesa.
Para Loureiro, a reconfiguração do cenário político internacional tem pressionado os países a avaliar mudança de posicionamento sobre domínio da tecnologia nuclear e intervenções das grandes potências em nações com menor estrutura militar e econômica. “Não se trata de defender a não intervenção quando um país ruir e seu povo estiver em risco, mas de não se permitir mais que alguns países intervenham quando quiserem, segundo seus interesses”, disse.
Outro ponto importante, destaca o diretor, é o momento atual pode abrir oportunidades para o Brasil consolidar as estratégias de defesa na região em conjunto com os vizinhos da América do Sul e desenvolver parcerias no setor de tecnologia com outros países, como a África do Sul e a Índia.
Agência Brasil/montedo.com

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