Segundo informação do blog Geledés , o Capitão do Exército José Mário Soares, que responde pela alcunha de Capitão Marinho, está preso no quartel do 3º Batalhão Logístico, em Bagé (RS), unidade a qual pertence, desde a última sexta-feira (7).
Integrante do pseudomovimento intitulado capitanismo, do qual faz parte, entre outros, o ex-candidato e quase ex-capitão Luiz Fernando, Marinho tem buscado notoriedade por outros meios, que não a política partidária. Virou ícone da esquerdalha ao escrever um artigo sob o título: SOU OFICIAL DO EXÉRCITO E VOTO EM DILMA. Fico a imaginar o que aconteceria se algum milico da ativa, como ele, tivesse o topete de escrever um artigo apoiando José Serra. O mundo viria abaixo.
De outra parte, o mocinho usa o amplo manto do combate ao racismo para misturar luta racial com guerra de classes, tudo pincelado com matizes verde-oliva, tendo como pano de fundo uma crítica feroz ao emprego do Exército na segurança pública, notadamente nas operações no RJ.
Em seu livro "O Exército na segurança pública - uma guerra contra o povo brasileiro", brinda seus leitores com pérolas como esta: "Os militares do Exército são treinados para não ter compaixão, para beber o sangue do inimigo como se bebe um copo de água gelada em uma tarde quente de verão." Deveria dividir o Jabuti com Chico Buarque. Tenho certeza de que a idéia seria muito bem aceita pela camarilha que roubou o prêmio de Edney Silvestre.
Mas a notícia diz que o capitão está preso "sem ter sido informado do motivo do aprisionamento". Com a dúvida me corroendo as entranhas (seu livro despertou em mim certa licenciatura poética - hehehe), bradei aos quatro ventos: Oh, céus, porquê estará cativo o infeliz mancebo?
Encontrei na web algunas cositas que podem esclarecer o mistério:
Maria Rocha
"Está tudo errado na segurança pública"Tais entrevistas não seriam mais do que legítimas manifestações de opinião, não fossem estas emitidas por um OFICIAL DA ATIVA DO EXÉRCITO BRASILEIRO, sem autorização para tal. Esse comportamento fere o Estatuto dos Militares (que é uma Lei do País) e está sujeito, sim, a sanções disciplinares. Aliás, esse tipo de postura irresponsável, incentivada por lideranças políticas, foi uma das vertentes que vieram a desaguar no movimento de março de 1964. A história se repete.
A questão é simples: o militar está sujeito a rígidas regras hierárquicas e disciplinares, estabelecidas claramente em legislação própria, da qual todo profissional tem conhecimento. Conviver com isso não é algo fácil, mas absolutamente necessário, por ser vital à própria sobrevivência das Forças Armadas. A solução, para quem não concorda com com esse ordenamento jurídico e regulamentar, está do lado de fora do portão dos quartéis.
Por isso, um conselho: Capitão Marinho, pede pra sair!!!!
Tome vergonha na cara, rapaz! Peça as contas, vá embora do Exército e venha defender suas idéias aqui fora, poupando os cidadãos de terem que pagar seu salário. Deixe de mamar nas tetas da nação e vá sobreviver da venda dos seus livros! Caso não seja suficiente, certamente não faltarão ONGs dispostas a sustentá-lo.