Alessandro Iglesias
Traje de infantaria da EPRSC (Foto: Divulgação) |
Um grande empecilho na guerra sempre foi o excesso de volume carregado pelos soldados. Aumentando demais o peso e prejudicando o deslocamento, muitos homens acabaram mortos ou baleados porque não conseguiram se movimentar de forma eficiente em combates. Por isso, a Engineering and Physical Research Sciences Center, localizada no Reino Unido, vem trabalhando em um traje de infantaria que servirá não só para vestir, proteger e camuflar o militar, mas também para gerar energia elétrica para seus dispositivos.
Por meio de um tecido que usa células de captação solar voltáicas, essa conversão de energia solar em elétrica poderá ser viabilizada. Junto a ele, há ainda dispositivos termoelétricos e baterias de pequeno peso, que promovem aproveitamento e conversão do calor produzido pelo corpo em energia acumulado. Possibilitando, simultaneamente, usar o traje como forma de proteção contra rastreadores que utilizam infravermelho. Todo fruto dessa conversão pode ser aplicado em aparelhos, como GPS, rádio e armamentos.
Em áreas de grande insolação, como desertos e países tropicais, o traje mostra-se mais eficiente ainda, praticamente dispensando o uso de pesadas e incômodas baterias. Levando-se em consideração que muitas vezes a bagagem composta por elas equivale a 10% do equipamento carregado, essa redução traria maior conforto e eficiência aos soldados, principalmente em situações de conflito. Fora o uso em combate, pode-se usar o traje também para alimentar satélites, preservar medicamentos em ambientes congelados e úmidos, e manter os alimentos conservados.
A EPRSC prevê que o protótipo desta roupagem estará pronto em dezembro, e já conta com um investimento de $1,04 milhão.
Popsci via Techtudo