Numa medida que demonstra extrema preocupação com a segurança de Barack Obama, a Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu proibir vôos de 5.500 metros de altura em vastas áreas do espaço aéreo no Rio de Janeiro e em Brasília, quando o presidente americano estiver em visita às duas cidades. No Rio de Janeiro, a exclusão aérea atingirá uma área de 390 quilômetros quadrados, que vai das imediações do aeroporto Santos Dumont até Jacarepaguá. A interdição terá início da noite de sábado, quando Obama chega ao Rio, e só termina na segunda, quando o presidente americano deixa o país.Em Brasília, a zona de exclusão abrangerá uma área de 35 quilômetros quadrados, que inclui o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, endereços por onde passará a comitiva presidencial ao longo do sábado, quando Obama chega ao Brasil. Segundo o comando da Aeronáutica, desobediências às restrições serão punidas de acordo as normas de policiamento do espaço aéreo. Entre as sanções previstas está o eventual abate de aeronaves invasoras.
A FAB também criou áreas de restrição, onde serão permitidos vôos devidamente controlados por autoridades encarregadas da segurança geral do espaço aéreo. No Rio, a área de proibição parcial se dará num círculo com raio de 36 quilômetros. O círculo terá como centro um trecho entre o aeroporto Santos Dumond e a Zona Norte. Em Brasília, as limites aos vôos serão estendidos a um raio de 100 quilômetros do Plano Piloto.
A FAB sustenta que as restrições não vão atingir pousos e decolagens de vôos comerciais e militares nos aeroportos de Brasília e do Rio. "As medidas deverão afetar vôos de aeronave de pequeno porte, helicópteros, táxi aéreo, planadores, asas-delta, ultraleves, parapentes, paragliders, balões a ar quente e aeronave para lançamento de paraquedistas", diz nota do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
O GLOBO