Jaraguá do Sul (SC) – Foi uma noite de emoção. O lançamento do livro “Um Soldado Desarmado”, do ex-expedicionário Anselmo Bertoldi, reuniu um grande número de familiares e amigos no saguão da Fundação Cultural que foram prestigiar e abraçar o veterano da 2ª Guerra Mundial que lançou a obra aos 92 anos de idade, graças ao apoio e patrocínio da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul.
Foi pelo menos 10 anos de manuscritos de suas memórias que resultaram numa bela obra, mais uma contribuição para a história e para a cultura da paz. O herói brasileiro Anselmo Bertoldi preside desde 1999 a Seção Regional Jaraguá do Sul da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionário Brasileira, fato lembrado por Ivo Kretzer, filho de expedicionário e atual secretário da Associação, que garantiu que jamais a história da FEB será apagada e que a entidade continuará ativa.
Bertoldi embarcou para a Itália no dia 22 de setembro de 1944 e chegou ao porto de Napoli 15 dias depois. “Escrever um livro era o sonho dele”, lembrou Ivo. Também se pronunciaram Andréia Cavalheiro Lopes, responsável pela Ação Educativa “FEB - Museu da Paz”, a professora Iria Tancon, do Conselho Estadual de Educação, a neta Vânia Boni em nome da família e o presidente da Fundação Cultural, Jorge Luiz da Silva Souza.
Jorge comentou que tudo o que é feito pelos ex-expedicionários é muito pouco pelo que contribuíram pela paz mundial. “O “seo” Anselmo é uma pessoa doce de quem todos se apaixonam. Ele deixou uma grande marca na história do Brasil”, disse.
Ao falar e agradecer, Bertoldi deixou transparecer toda a emoção pela realização pessoal de escrever um livro no qual é protagonista na 2ª Guerra Mundial, na importante missão de padioleiro, o soldado desarmado que recolhia os feridos em combate para os cuidados médicos. A publicação traz relatos pessoais emocionantes.
A solenidade marcou também a abertura da exposição “Memórias dos Ex-Combatentes”, que conta a sua vida. No ato, participaram três companheiros de batalha, Walter Carlos Hertel, Hercílio Spézia e Lino Vicenzi, de Rio dos Cedros, que também está escrevendo um livro sobre a 2ª Guerra.
Jornal do Vale do Itapocu/montedo.com