Militar cria página para ajudar idoso vítima de vandalismo em Campinas
Banca próxima à Prefeitura foi destruída por manifestantes na quinta (20).
Alfred Lambert, de 20 anos, quer ajudar 'Tio Paulo' a pagar os prejuízos.
Banca foi danificada durante o protesto na Praça Carlos Gomes, em Campinas (Foto: Anaísa Catucci / G1) |
Do G1 Campinas e Região
Uma página virtual criada nas redes sociais pretende ajudar o comerciante Paulo Roberto, dono de uma de lanchonete próxima à Prefeitura de Campinas (SP) que foi destruída na noite da última quinta-feira (20), quando vândalos quebraram as portas da banca para saquear. O soldado do exército, Alfred Lambert, de 20 anos, tenta arrecadar fundos por meio de movimentação na internet para tirar o "Tio Paulo" dessa situação.
Segundo o jovem, a ideia surgiu a partir de uma conversa com uma amiga após ambos lerem a matéria publicada no G1 sobre a situação do comerciante. Lambert conta que não conhece o dono da banca, porém já frequentou o local algumas vezes. "Nós estávamos conversando e comentando como poderíamos ajudar. Não é justo com ele. Sempre passo próximo à banca e já até comprei algumas coisas lá. Ele sempre me pareceu uma boa pessoa", comenta.
Agora, o debate na página é com relação às maneiras de ajudar o comerciante. Com o evento criado em uma rede social, Lambert pensou em convidar pessoas que estejam dispostas a colaborar e, quem sabe, arrecadar dinheiro para diminuir os prejuízos e no conserto das portas da banca, que ficaram destruídas. "Como mexer com dinheiro é difícil, tenho que pensar e organizar bem. Primeiro quero entrar em contato com ele e ver o que podemos fazer", explica.
A reportagem do G1 entrou em contato com Paulo Roberto, que disse esperar a ligação de Lambert. "O que vier pra mim é lucro, né? Não quero exigir nada. Mas acho muito legal essa ação dele. Vou esperar o contato e verificar a possibilidade para conversar e acertar", comenta.
'Trabalho de uma vida destruído', diz Tio Paulo
Vândalos destruíram barraca de Paulo Roberto (Imagem: Facebook) |
Esse foi o sentimento de Paulo Roberto, ao encontrar sua banca destruída por manifestantes na noite de quinta-feira. O estabelecimento ficou destruído e foi saqueado durante o protesto.
Segundo ele, a banca é administrada há seis anos. O comericante ficou sabendo do acontecido por meio dos próprios vizinhos. A porta foi arrombada, as vitrines quebradas, produtos saqueados e todos os equipamentos levados. “Fechei a banca às 14h com medo de qualquer ato e fui para casa”, conta. Um dos amigos que mora aqui perto ligou e avisou, mas ele não pode fazer nada, de acordo com o Paulo.
Sem seguro do estabelecimento, Paulo afirmou que não sabe ainda o que fazer com as vitrines quebradas também não tem recursos para cercar a banca com tapumes. O registro do crime foi feito no 1° Distrito Policial.
G1/montedo.com