INVASÃO
Garimpo de ouro ilegal nas terras dos índios Kaiapós é fechado no Pará
Garimpo de ouro ilegal nas terras dos índios Kaiapós é fechado no Pará
Uma operação do Ibama e da Polícia Federal, a pedido da Funai, desmontou um garimpo ilegal de ouro dentro da Terra Indígena Kayapó, a 160 km de Redenção, no Sul do Pará. Cerca de 300 pessoas, entre elas mulheres e crianças, foram retiradas da área na operação Bateia, que foi realizada no fim de outubro e divulgada nesta quarta-feira pelo Ibama. De acordo com estimativas, o garimpo podia faturar até R$ 3 milhões mensais. Participaram da operação homens do Exército e da Força Nacional.
Segundo o Ibama, há suspeitas de que o garimpo vinha contaminando com mercúrio os rios da região, principalmente o rio Fresco, um dos afluentes do Xingu, pois a Funai detectou aumento nas reclamações dos índios das 14 aldeias kayapó sobre doenças associadas à substância. As aldeias são localizadas abaixo da área da extração ilegal. Peritos coletaram amostras da água em 15 pontos do garimpo para medir o nível de mercúrio. Se confirmada a contaminação, a área poderá ser isolada até para os índios.
Na área protegida, onde deveria haver floresta amazônica intocada, os agentes federais e os militares encontraram 160 hectares de terra arrasada pela mineração ilegal. Pelo menos 30 minas foram abertas pelos garimpeiros, deixando para trás desmatamento, solo exposto e grandes lagoas de água contaminada.
O Ibama destruiu 50 edificações improvisadas do garimpo e sistemas de captação de água, além de caminhões e tratores. A PF usou explosivos para detonar uma pista de pouso de 440 metros de extensão, usada como acesso pelos garimpeiros. Cinco espingardas e 6 kg de mercúrio também foram apreendidos.
Apesar da entrada de não-índios na reserva ser proibida, os garimpeiros invadiram e instalaram diversos acampamentos. Alguns levaram até mesmo a família para viver na terra dos kayapós. Cerca de cem barracos de madeira e palha foram montados no local. A comunicação era feita por uma central de comunicação por rádio e foi instalada luz elétrica. Cinco antenas parabólicas estavam em operação.
Os garimpeiros, porém, tinham vida difícil. Um refrigerante chegava a ser vendido por R$ 20 e muitos trabalhavam para pagar o comércio local.
Os policiais destruíram também as cadernetas onde as dívidas eram anotadas, o que foi comemorado pelos garimpeiros.
A mineração em terras indígenas só pode ocorrer com a aprovação do Congresso Nacional. Segundo a Polícia Federal, todos os envolvidos serão indiciados e poderão ser presos ao final do processo. Os garimpeiros surpreendidos na Terra Kayapó tiveram que deixar o local, levando apenas o que podiam carregar.
Segundo o Ibama, há suspeitas de que o garimpo vinha contaminando com mercúrio os rios da região, principalmente o rio Fresco, um dos afluentes do Xingu, pois a Funai detectou aumento nas reclamações dos índios das 14 aldeias kayapó sobre doenças associadas à substância. As aldeias são localizadas abaixo da área da extração ilegal. Peritos coletaram amostras da água em 15 pontos do garimpo para medir o nível de mercúrio. Se confirmada a contaminação, a área poderá ser isolada até para os índios.
Na área protegida, onde deveria haver floresta amazônica intocada, os agentes federais e os militares encontraram 160 hectares de terra arrasada pela mineração ilegal. Pelo menos 30 minas foram abertas pelos garimpeiros, deixando para trás desmatamento, solo exposto e grandes lagoas de água contaminada.
O Ibama destruiu 50 edificações improvisadas do garimpo e sistemas de captação de água, além de caminhões e tratores. A PF usou explosivos para detonar uma pista de pouso de 440 metros de extensão, usada como acesso pelos garimpeiros. Cinco espingardas e 6 kg de mercúrio também foram apreendidos.
Apesar da entrada de não-índios na reserva ser proibida, os garimpeiros invadiram e instalaram diversos acampamentos. Alguns levaram até mesmo a família para viver na terra dos kayapós. Cerca de cem barracos de madeira e palha foram montados no local. A comunicação era feita por uma central de comunicação por rádio e foi instalada luz elétrica. Cinco antenas parabólicas estavam em operação.
Os garimpeiros, porém, tinham vida difícil. Um refrigerante chegava a ser vendido por R$ 20 e muitos trabalhavam para pagar o comércio local.
Os policiais destruíram também as cadernetas onde as dívidas eram anotadas, o que foi comemorado pelos garimpeiros.
A mineração em terras indígenas só pode ocorrer com a aprovação do Congresso Nacional. Segundo a Polícia Federal, todos os envolvidos serão indiciados e poderão ser presos ao final do processo. Os garimpeiros surpreendidos na Terra Kayapó tiveram que deixar o local, levando apenas o que podiam carregar.