Frente Parlamentar quer retirar investimentos em defesa dos contingenciamentos do Orçamento
Lourenço Canuto
Brasília – O presidente da Frente Parlamentar da Defesa Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse ontem (15) que a frente vai trabalhar para retirar os investimentos do setor de defesa do contingenciamento do Orçamento.
Segundo o parlamentar "há projetos muito importantes em tramitação no Congresso Nacional e que precisam ser aprovados para o desenvolvimento do setor, com a obtenção de inovação e conhecimento". Ele destacou que “para tanto o Brasil precisa priorizar recursos livres de contingenciamento para serem investidos na defesa”.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim disse que a indústria da defesa “precisa ser inserida no processo econômico e para isso é fundamental a contribuição do Congresso Nacional, onde a sociedade civil está representada”. Ele defendeu a elaboração de um fluxo de recursos para investimentos permanentes nos planos e projetos estratégicos para que não fiquem à mercê de contingenciamentos anuais.
Jobim argumentou que "não é justificável que o país com sua diversidade e extensão continental não tenha um sólido controle espacial e não domine a tecnologia dos satélites e de outras áreas das comunicações. Trata-se de uma agenda nacional, apartidária, e não especificamente da área militar, dada a sua importância para a soberania brasileira". O ministro reiterou que "o volume da voz que um país passa a ter com relação ao resto do mundo depende da sua capacidade na área da defesa".
O ministro participou hoje do relançamento da Frente Parlamentar da Defesa Nacional, em cerimônia no Clube do Exército, com a presença de militares das Forças Armadas e de parlamentares.
Ao chegar ao Clube do Exército, Jobim afirmou que não há previsão ainda sobre quando serão adquiridos os novos aviões para a Força Aérea, assim como outras aeronaves e equipamentos para as Forças Armadas. De acordo com o ministro, "a decisão será tomada no momento oportuno e depende da presidenta da República Dilma Rousseff".
Agência Brasil