Ministro da Defesa italiano ainda analisa vinda de oficiais ao Rio de Janeiro
O caso Cesare Battisti pode provocar a ausência da Itália na quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, que será disputada entre os dias 16 e 24 de julho no Rio de Janeiro. Ignazio La Russa, ministro da Defesa do país europeu, disse, em entrevista à agência de notícias italiana Ansa, que ainda não sabe se vai liberar seus oficiais para viajar ao Brasil no próximo mês.
- Estou verificando a eventual participação dos nossos militares no evento que acontecerá em breve, o campeonato mundial militar. A libertação de Battisti é inaceitável e inconcebível. A decisão de autorizar os militares italianos a participar da competição depende só de mim. Vou analisar a situação com coerência - disse La Russa.
A polêmica começou em 2007, quando Battisti, um ex-militante condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, foi preso no Brasil após sair da França. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter o italiano no país como refugiado político e autorizou sua libertação. A decisão foi ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de julho. O governo italiano levará o caso ao Tribunal Internacional de Haia, na Holanda.
Na semana passada, a dupla formada por Alison e Emanuel sofreram com a ira de torcedores italianos na etapa de Roma do Circuito Mundial de vôlei de praia. Antes do confronto contra os dinamarqueses Soderberg e Hoyer, eles receberam uma "chuva" de laranjas, em protesto contra a libertação de Battisti. Os protestantes pertenciam ao movimento "Roma - Europa Social".
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