Uruguai quer pedir desculpas ao Haiti por abuso de soldados
O ministro da Defesa uruguaio, Eleuterio Fernández Huidobro, disse nesta terça-feira que o governo quer pedir desculpas ao Haiti "o quanto antes" e indenizar a vítima de uma suposta agressão sexual por parte de um grupo de capacetes azuis uruguaios no país caribenho. "Nós agimos com a maior preocupação, o mais urgentemente possível, para pedir desculpas ao governo do Haiti e recompensar a vítima", disse Fernández Huidobro em uma coletiva de imprensa, após informar o caso à Comissão de Defesa da Câmara dos Deputados.
O ministro assegurou que isso "deve ser a questão central", assim como investir nas "investigações e aplicar as máximas sanções imagináveis".
Fernández Huidobro, ex-guerrilheiro, admitiu que "isso traz muito dano ao Uruguai, às Forças Armadas, que têm mortos, gente que entregou sua vida" pelas missões de paz.
Nos últimos dias, o Uruguai - país que contribui proporcionalmente com o maior número de soldados para as forças da ONU na nação caribenha (1.200) - foi atingido pela denúncia de uma suposta agressão sexual contra um jovem por parte de um grupo de capacetes azuis no Haiti.
O episódio foi filmado com um telefone celular e divulgado no fim de semana pela internet.
Atualmente, as Nações Unidas, o comandante das forças da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) e o Ministério de Defesa uruguaio investigam o episódio em separado.
As Forças Armadas indicaram no domingo em um comunicado que o relatório preliminar da ONU descartou a intenção de abuso sexual por parte dos envolvidos, mas Ferández Huidobro disse nesta terça-feira que "o Ministério da Defesa não descarta nada".
TERRA