30 de setembro de 2011

SOLDADO DO EXÉRCITO É PRESO POR ROUBO EM ARACAJU

Soldado do Exército preso por roubo
Ele é acusado de envolvimento em assalto e teria sido reconhecido
Cássia Santana

Soldado confessa que amigo brincou de assalto 
(Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet)

O soldado do Exército Pedro de Andrade Paixão Júnior foi autuado em flagrante delito por prática de assalto supostamente ocorrido no início da madrugada desta quinta-feira, 29, no bairro Santos Dumont, em Aracaju. Ele nega o assalto, diz que estava na companhia de amigos e que um deles teria feito uma brincadeira, entre eles mesmos, simulando um assalto, mas que teria sido interpretado erroneamente por um cidadão que passava pelo local, que acabou atirando o relógio e o aparelho de telefonia móvel em direção ao grupo que acompanhava o soldado.
A versão do soldado não convenceu e soou como confissão aos ouvidos da autoridade policial. O delegado Wellington Fernandes não tem dúvida que houve uma tentativa consumada de assalto. “Temos a confissão do soldado, os objetos do crime recuperados em poder deles, uma arma e munição apreendidas, depoimento de testemunhas e o reconhecimento da vítima”, informou o delegado, responsável pela lavratura do flagrante ocorrido na madrugada na Delegacia Plantonista.

Carro que o grupo ocupava
Na companhia do soldado do Exército estavam Anderson dos Santos da Silva, Gustavo Rafael Fontes do Nascimento e Cássio Cardoso dos Santos. Os quatro foram autuados em flagrante, segundo o delegado Wellington Fernandes, por roubo circunstanciado com base no artigo 157 do Código Penal Brasileiro, que pode culminar em pena, em caso de condenação dos acusados, de reclusão que varia entre quatro a dez anos, além de pagamento de multa. E ainda com a possibilidade da pena ser aumentada de um terço até a metade àquela aplicada pela autoridade judicial, conforme previsto no parágrafo segundo, incisos I e II, daquele mesmo artigo, por ter sido o crime praticado com emprego de arma e envolvimento de mais de duas pessoas.
Os quatro ocupavam um Siena de placa HZU – 9083/SE, de propriedade do próprio soldado Pedro Júnior. Dentro do veículo, estava um revólver e munições escondidos embaixo de um dos bancos do veículo, recuperados pelos policiais militares responsáveis pela perseguição e prisão dos acusados. Com os acusados, segundo o delegado Wellington Fernandes, também foram encontrados os objetos supostamente roubados da vítima, cuja identidade não foi divulgada: o relógio e o aparelho de telefonia móvel, segundo a Polícia.

Gente de bem
O soldado do Exército conversou com jornalistas. Disse que não tinha perfil de assaltante e se declara gente de bem. “Tenho meu emprego, ganho R$ 1,2 mil, tenho meu carro, sou estudante, sou solteiro e não preciso sair por aí roubando celular e relógio de ninguém”, desabafou.
O soldado revelou que saiu por volta das 22h10 da quarta-feira, 28, da Faculdade no bairro Siqueira Campos, onde está matriculado no Curso de Administração. De lá, conforme revelou, ele teria seguido para a Praia 13 de Julho e, quando retornava para a residência, no Santos Dumont, decidiu parar em uma lanchonete onde encontrou os amigos, que o convidaram a ir à Praia de Atalaia para a casa de umas amigas. “Paramos para urinar e Gustavo tirou uma brincadeira comigo, gritando que era um assalto. No momento, ia passando um rapaz que se assustou, jogou o relógio e o celular e saiu correndo. Me assustei (sic) e também corri em direção ao carro”, contou.
A partir daí, segundo revelou, acabou perseguido por motocicletas, no primeiro momento, e, posteriormente, abordado por policiais que ocupavam uma viatura da PM. “Eles mandaram a gente parar e já vieram com grosseria me batendo, dizendo que a gente estava com seis armas”, defende-se o soldado do Exército, queixando-se de dores no rosto e nas costas, que teriam sido provocadas pelas supostas agressões dos policiais militares.
O soldado e os amigos deles permanecerão presos e só serão libertados, segundo o delegado Wellington Fernandes, por determinação judicial. Pela manhã, familiares deles foram visitá-los na Delegacia Plantonista e demonstraram indignação com o tratamento dos policiais envolvidos na operação que culminou com a prisão dos acusados.

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