7 de agosto de 2012

Assédio da aviação comercial sobre pilotos militares deve aumentar, diz oficial da FAB

APERTO NA FORMAÇÃO DE PILOTOS APÓS 84 ACIDENTES ESTE ANO

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai apertar a partir deste mês a fiscalização às escolas de aviação no País. Nelas são formados pilotos civis. Baseado no novo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (número 61), que foi publicado em junho, o aperto tem razão: desde janeiro o Brasil registrou 84 acidentes aéreos, sendo os mais recentes o do último sábado, em Juiz de Fora (oito mortos) e o do dia 12 de julho, em Angra dos Reis (três mortos).
"Nos dois casos é grande a possibilidade de o acidente fatal ter ocorrido por erro humano. O tempo estava ruim e as aeronaves estavam com a licença de voo em dia", avalia fonte da Coluna. Oficial da Força Aérea, ele destaca que o aperto sobre as 372 escolas de aviação do País repercutirá nas unidades da Força Aérea e da Marinha.
"O assédio da aviação comercial sobre os pilotos militares vai aumentar. A demanda por pilotos cresce a cada dia, puxada pelo bom momento econômico do País e pela indústria do petróleo. Com as escolas de aviação tendo que aumentar o rigor nas avaliações para aprovação dos pilotos, os salários do setor serão inflacionados e terão força ainda maior para atrair pilotos militares", analisa o oficial.
O assédio da aviação comercial sobre os pilotos militares é só mais um aspecto da novela em torno da perda do poder de compra dos soldos militares e consequente aumento dos pedidos de baixa antecipada dos quartéis. Já dado como certo, o aumento a ser anunciado este mês pode não ter volume para evitar mais baixas. Limitado ao teto de 45% e parcelado em três anos, o reajuste a ser anunciado este mês e que deve entrar na conta só a partir de janeiro de 2013 perde força quando são consideradas as perdas para inflação de 2011, deste ano e dos próximos dois anos do governo Dilma Rousseff.
O Dia Online/montedo.com

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