3 de agosto de 2012

Soldado da FAB é indiciado por aplicar golpes em Campo Grande

Militar da Força Aérea é indiciado pelo crime de estelionato em Campo Grande

Eliane Souza
M.F.N., 23 anos, soldado da Aeronáutica Brasileira com base em Campo Grande, foi indiciado na manhã dessa quarta-feira, 1º de Agosto, pelo crime de estelionato. Ele figura como sócio de duas empresas identificadas como de fachada para aplicar golpes no comércio de Campo Grande.
Cleber Gellio
O militar das Forças Armadas compareceu espontaneamente acompanhado de um advogado para prestar esclarecimentos ao delegado que investiga o caso, Valmir Messias Moura Fé. Antes disto, uma intimação foi encaminhada ao comando da Base Aérea de Campo Grande para que apresentasse o militar.
De acordo com o delegado, o militar reconheceu como sua a assinatura em uma das empresas, com o nome de Farina e Pais, mas negou que tivesse assinado a papelada como sócio da outra, que tem o nome de Multi Cargas.
Embora o militar tenha negado ter ciência de que as duas empresas que ele aparece como sócio eram usadas como fachada para aplicar golpes, a polícia já descobriu que ele participava diretamente em parte das negociações.
Em uma das negociações, o militar levou duas motos compradas por meio de uma empresa de fachada e trocou por um veículo. Ele recebeu a quantia de R$ 8 mil, conforme apurado pela polícia. M.F.N. entregou as motocicletas e mais quatro cheques sem fundos.
Na segunda quinzena de julho, a polícia descobriu que o grupo de estelionatários é comandado pela irmã do militar, Walquíria Farina Oliveira, o esposo dela Walter Silva Pais e Cris Pereira Cornelas. Os três últimos são considerados foragidos por conta de mandados de prisão já expedidos pela Justiça. No mesmo período foi localizada uma residência no bairro Nova Lima onde eram escondidos produtos comprados em nome das empresas de fachada.
De acordo com o delegado Valmir Moura Fé, o esquema de abertura e compra de empresas à beira da falência foi descoberto porque uma empresa especializada em dar crédito para firmas recém-constituídas fez uma transação e não recebeu por ela.
O calote comercial foi levado ao conhecimento da 6ª DP que passou a investigar o caso. Foram descobertas várias empresas abertas pelo casal e seus comparsas. Na casa onde estavam os eletrodomésticos foram encontrados vários documentos pessoais de terceiros, inclusive de uma pessoa que já morreu e tem uma empresa em seu nome que é utilizada pelo grupo.
De acordo com o delegado Moura Fé, agora a polícia faz um levantamento para descobrir se todas as empresas eram de fachada e se elas estão com CNPJ ou CPF não autorizados por seus verdadeiros donos. É investigado também se há uso de documento falso. “Ao que tudo indica, o grupo usava de alteração cadastral irregular”, diz o delegado.
Por enquanto, o militar da Aeronáutica está indiciado por estelionato. Já a irmã dele, o cunhado e Cris Pereira estão indiciados por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Até o momento, a polícia acredita que o grupo já aplicou calote de aproximadamente R$ 350 mil no comércio campograndense.
midiamaxnews/montedo.com

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